Deus é Fiel

Deus é Fiel

domingo, 27 de maio de 2018

Subsídio da EBD: Ética Cristã e Vida Financeira


Ética Cristã e Vida Financeira
A presente lição tem como objetivo geral mostrar a importância de o crente administrar bem as suas finanças. Portanto, é necessário compreender que Deus é a fonte de toda riqueza e o decreto divino que corresponde com o ato de Deus prover na vida daqueles que o teme chama-se, providência.
Providência é o decreto divino que expressa o governo de Deus sobre a criação (Sl 24.1). Dois são os aspectos da providência de Deus: sustento e governo. O sustento se revela quando se afirma que Deus mantém a criação. Já o termo governo na afirmação que Deus rege, administra e gerencia a criação. Deus se revela pelo nome Jeová Jiré, quando o assunto está associado ao decreto da providência (Gn 22.13,14).
I – UMA TEOLOGIA PARA A VIDA FINANCEIRA
1- Vida financeira equilibrada.
2- O perigo do amor do dinheiro.
Comentário:
O presente tópico tem como objetivo apresentar uma teologia para a vida financeira. Dinheiro é a palavra-chave para compreender o presente tópico.
Agur assim escreveu: Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada; para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e lance mão do nome de Deus (Pv 30. 7-9).
Logo, com base nas palavras de Agur conclui-se que uma vida financeira equilibrada não permite o cristão se entregar a uma vida libertina, entregue a atos antiéticos (venha a furtar) e nem mesmo por causa da riqueza venha negar a Deus. [...] Agur desejava dinheiro suficiente para uma vida digna que não o levasse a pecar. Ele não queria que faltasse para não ser desonesto. Nesse propósito, ele aspirava apenas à porção necessária para cada dia (Pv 30.8c). E foi exatamente assim que Cristo nos ensinou a pedir: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mt 6.11) (BAPTISTA, p.113).
Já o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males (1 Tm 6.10). O dinheiro em si não é um mal, porém o amor ao dinheiro é a causa de toda espécie de males, como por exemplo: mal espiritual (1 Tm 6.9), físico (At 5.1-10) e social.
Ocupações não legais existem por causa do amor ao dinheiro. A prostituição é uma ocupação condenável pela Escritura Sagrada e também não é aceitável pela maioria da população global, porém, mesmo assim é um mercado atuante que movimenta milhões, abusa da inocência das pessoas, aproveita da fragilidade financeira do próximo e escraviza os indivíduos espiritualmente como também fisicamente.
Portanto, o dinheiro é um bom servo e um péssimo patrão. Juntamente com o orgulho e com o sexo fora do casamento o amor ao dinheiro tem conduzido pessoas boas à ruína. [...] Existem três espécies de pecado que se encontram na raiz da queda de qualquer cristão: é o amor pelas mulheres (imoralidade sexual); o amor pelo dinheiro (o pecado da cobiça); e o amor por posições (orgulho e apostasia) [...] A cobiça vem de uma insegurança com relação à provisão de Deus e o amor pelo dinheiro (BAPTISTA, p.115).
II – MEIOS HONESTOS PARA GANHAR DINHEIRO
1- Trabalho e emprego.
2- Escolarização e Mobilidade Social.
Comentário:
O presente tópico tem como objetivo compreender a importância de se fazer uso de meios honestos para ganhar dinheiro.
Ninguém alcançará uma vida financeira equilibrada sem trabalho, lembrando que o trabalho dignifica o ser humano. Sendo que cada indivíduo é dotado de conhecimento, habilidade e atitude.
No contexto profissional o cristão deverá ser conhecedor da sua área. Logo, como profissional o cristão deverá focar no que o mesmo é bom e isto para ser eficiente e eficaz. Na capacitação (escolarização) 80% do tempo deverá está voltado naquilo em que o profissional é bom, 15% naquilo que está aprendendo e, 5% naquilo que é necessário.
Habilidade é saber fazer. Deus outorgou segundo seus decretos habilidades aos seres humanos para que os mesmos venham a desfrutarem da vida da melhor maneira.
O conhecimento, saber, e a habilidade, saber fazer, não são os únicos elementos para que o cristão venha alcançar sucesso financeiramente, pois para a concretização é necessário o saber fazer acontecer, e isto é, chamado de atitude.
III – COMO ADMINSTRAR O DINHEIRO?
1- Fidelidade na Casa do Senhor.
2- Estabelecendo prioridades.
3- Evitando as dívidas.
Comentário:
Discutir a forma correta de se empregar o dinheiro é o objetivo específico do presente tópico. Porém, quando o assunto em foco é bênção financeira a fidelidade se divide em: fidelidade espiritual e fidelidade financeira.
A fidelidade espiritual corresponde a uma vida santa. Trata-se do cristão que é guiado pelo Espírito Santo e não pelo conselho dos ímpios, enfatiza a vida dos que estão no Caminho e não com os que estão na vereda da transgressão e, corresponde com o cristão que se reúne na congregação dos santos e não na roda dos escarnecedores (Sl 1.1-3). E para estes a promessa é “tudo quanto fizer prosperará”.
Já a fidelidade financeira corresponde a ser fiel a Deus nos dízimos e ofertas. O dízimo foi instituído por Deus para que haja mantimento. Porém o dízimo não foi instituído no período da lei e o próprio Jesus ratificou a observância do dízimo (Mt 23.23). No texto áureo do tema dízimo haverá um mandamento, trazei todos os dízimos, haverá um desafio, fazei prova de mim e também haverá uma promessa se não abrir as janelas do céu (Ml 3.10). Além dos dízimos os ensinos bíblicos sobre mordomia cristã definem e explicam com clareza sobre as ofertas. Sobre ofertas existem alguns princípios importantes, como: o princípio da motivação, o que de fato leva as pessoas a contribuírem (2 Co 9.7); o princípio da distribuição, ou seja, o que possui é distribuído; o princípio da proporção, colhe o que se planta (2 Co 9.6) e em quarto o princípio da provisão, Deus é fiel e proverá o necessário para a felicidade dos seus servos. Sendo obediente nos dízimos e nas ofertas o cristão colherá de Deus o melhor para a sua vida em todas as áreas, sejam elas: física, emocional, profissional, ministerial e principalmente espiritual.
Por fim, o cristão deverá estabelecer prioridades e evitar as dívidas.
Referência:
BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos, enfrentando as questões morais de nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Culto de Doutrina: A boa conduta do cristão deverá ser visível à sociedade


A boa conduta do cristão deverá ser visível à sociedade
Texto: Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei; (1Pe 2.17).
Os versículos 11 ao 17 apresentam a necessidade dos cristãos viverem uma vida santa, que apresente boa conduta perante a sociedade como forasteiros exemplares. O apóstolo descreve a importância do abster das concupiscências da carne, ratifica a necessidade de viver honestamente por meio da manifestação das boas obras e fortifica no que corresponde o obedecer às autoridades, portanto sem deixar de temer a Deus.
Honrai a todos
Com base na dissertação de Pedro de se abster das concupiscências da carne pode-se sintetizar na seguinte descrição, honrar a todos. Pois, quando se desenvolve a concupiscência percebe-se que o desejo exagerado proporciona ações desrespeitosas para com o próximo.
Nos escritos do evangelista João nota-se a concupiscência dos olhos, da carne e a soberba da vida sendo trabalhadas separadamente (1 Jo 2.16). O desejo exagerado dos olhos possibilita o observar de maneira viciosa para com o próximo retirando assim o espaço do outro, isto, porque se relaciona a ambição ou ao materialismo.
Fato que se torna real no que corresponde também à concupiscência da carne, o desejo de tomar como posse, totalmente voltado para os prazeres pecaminosos de natureza sexual. Enquanto, a soberba da vida é o desejo exagerado referente ao orgulho.
Portanto, quando o indivíduo se desprende de todo o sentimento de prisão pecaminosa terá a condição nata de honrar a todos, mas enquanto isto não ocorre percebe-se que as concupiscências da carne impedem tais atitudes. Em suma, o cristão tem como dever tratar a todos com muito respeito.
Amai a fraternidade
Descrição que bem explica as seguintes palavras: tendo o vosso viver honesto entre os gentios. Logo, a honestidade é o respeito obtido pela vivência da boa conduta. Mas, amai a fraternidade proporciona um relacionamento especial com os irmãos, isto é, o amor é à base de todo relacionamento.
É necessário que os cristãos da atualidade viva de maneira irrepreensível, pois aqui na terra a igreja é forasteira.
Honrai o rei
As autoridades foram instituídas por Deus, logo cabe às autoridades obedecerem a Deus e a Palavra de Deus.
O dever do cristão conforme o apóstolo Paulo pode ser definido em ser sujeito pela consciência e na lealdade ao pagamento dos impostos. A sujeição pela consciência corresponde a obedecer ao governo não apenas por ser um dever civil, mas por ser um dever espiritual. Os impostos existem para serem pagos. É de responsabilidade dos cristãos o pagamento dos impostos.
Porém, em uma sociedade democrática, o cristão tem parte na administração civil, devendo fazer tudo aquilo que lhe é possível para que as ações dessa autoridade estejam em conformidade com a Lei moral de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.398).
Portanto, a sujeição às autoridades deverá ser interpretada no seu aspecto histórico, pois no período em que Paulo escreve a Igreja em Roma, Nero era o imperador e perseguia os cristãos.  Mesmo assim, era dever dos cristãos obedecer ao sistema governamental até o ponto em que este não desobedecesse a Lei de Deus. Pois, o sistema governamental e não o governo é proveniente de Deus.
Por fim, o temor ao Senhor corresponde com a real reverência a Deus, que é a base do relacionamento do cristão, pois foi Ele que elegeu as autoridades e requer que o crente seja um autêntico adorador.
REFERÊNCIA
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Subsídio da EBD: Ética Cristã e Planejamento Familiar


Ética Cristã e Planejamento Familiar
A presente lição tem como objetivo geral conscientizar a respeito da importância do planejamento familiar.
O termo casamento no contexto Bíblico é definido por ser uma união entre duas pessoas, de sexo diferente, que tem como propósito constitui filhos, logo o planejamento familiar passa a ser importantíssimo para estudo e compreensão como se deve proceder.
I – CONCEITO GERAL DE PLANEJAMENTO FAMILIAR
1- Controle de natalidade.
2- Planejamento familiar.
Comentário:
O presente tópico tem como objetivo apresentar o conceito geral de planejamento familiar.
As palavras-chave para o presente tópico são: controle (neste caso o controle de natalidade), e planejamento (aqui correspondente a planejamento familiar).
O controle de natalidade se descreve por ações governamentais para diminuir o número de nascimento ou até mesmo impedir que ocorra nascimento de crianças, em muitos dos casos a ocorrência de aborto e infanticídio. Sobre o aborto vale relembrar o que foi estudado na lição 04: Ética e o Aborto.
A palavra aborto vem do latim abortum, do verbo abortare, que significa: pôr-se ao sol, desaparecer no horizonte e daí morrer, perecer. Os médicos definem aborto como a expulsão espontânea ou provocada do feto antes do sexto mês de gestação, isto é, antes que o feto possa sobreviver fora do ventre materno. “Interrupção da gravidez antes que o feto tenha se desenvolvido o suficiente para ser viável”. (LOPES, p.483).
As principais legislações históricas foram contrárias à prática do aborto, porém na modernidade, exemplo o Brasil o aborto é permitido no caso em que haja o risco de vida da mulher, abuso sexual e anencefalia.
Biblicamente interromper a vida é pecado, pois quem outorga a vida é quem tem direito de tirá-la. Logo, Deus está sobre todos, Ele outorga a vida, é Ele quem a tira.
Percebe-se também que desde a Igreja primitiva os cristãos tem se manifestado contrário à prática do aborto. Sendo assim na modernidade os cristãos não poderão se silenciar ou até mesmo apoiar, mas deverá sempre propagar o direito da vida, pois:
Aceitar o aborto é intervir no direito de alguém nascer, sem falar que se trata de um assassinato (LOPES, p.491).
Já a respeito do planejamento familiar pode dizer que corresponde com a instituição responsável da paternidade-maternidade, que se trata de uma ação voluntária por parte dos pais não correspondendo a uma imposição do Estado. São exemplos de fatores observados no planejamento familiar:
Saúde dos pais;
Condições financeiras e a renda da família;
O tempo de uma gestação para a outra;
E o espaçamento do nascimento entre um e outro filho (BAPTISTA, p.104).
II – O QUE AS ESCRITURAS DIZEM SOBRE O PLANEJAMENTO FAMILIAR
1- A família e a procriação da espécie.
2- O planejamento familiar no Antigo Testamento.
3- O planejamento familiar no Novo Testamento.
Comentário:
Compreender o que as Escrituras Sagradas dizem a respeito do planejamento familiar é o objetivo específico do presente tópico.
Possuir filhos no Antigo Testamento era dádiva divina e ter muitos filhos era a concretização da benevolência de Deus, outorgando felicidade ao casal, fato perceptível na vida de Ana antes de ter os seus filhos, sendo descrita na Bíblia pela sua infelicidade, porém ao conceber nota-se a presença de um ar de alegria.
Já no Novo Testamento compreende-se que a intervenção divina está presente no fator de multiplicação do uma casa para outra, verdade ratificada pelos exemplos de Maria e Isabel.
III – ÉTICA CRISTÃ E O LIMITE DO NÚMERO DE FILHOS
1- A questão do fator de multiplicação.
2- A questão ética no planejamento familiar.
Comentário:
Para muitos cristãos quando se fala sobre planejamento familiar vem logo na mente a quantidade de filhos, sendo a grande pergunta: limitar o número de filhos é pecado? Logo, o objetivo específico do presente tópico é discutir a ética cristã e o limite do número de filhos.
Sendo que Baptista responde a pergunta acima da seguinte maneira:
[...] Portanto, o mandamento de multiplicação é cumprido quando o casal gera um filho, pois eram duas pessoas e agora passaram a ser três. Deve-se ainda entender que a ordem de procriação é geral e não específica, ou seja, Deus ordenou a reprodução da raça, e não obrigatoriamente que cada pessoa se reproduza. Em consequência, algumas pessoas vão reproduzir muito, outras vão reproduzir pouco e outras não vão reproduzir (p. 110).
Referência:
BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos, enfrentando as questões morais de nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
LOPES, Jamiel de Oliveira. Psicologia Pastoral, a ciência do conhecimento humano como aliada ministerial. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

domingo, 13 de maio de 2018

Subsídio da EBD: Ética Cristã e Sexualidade


Ética Cristã e Sexualidade
A presente lição tem como objetivo geral mostrar que a sexualidade é uma dádiva divina que deve ser usufruída dentro dos parâmetros instituídos pelo Criador. Tendo como versículo chave: venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará (Hb 13.4).
O casamento, conforme Hebreus 13.4, é imaculado, logo deve assim se manter, pois Deus tratará julgamento para os que se entregam à prostituição e ao adultério.
I – SEXUALIDADE: CONCEITOS E PERSPECTIVAS BÍBLICAS
1- Conceito de Sexo e Sexualidade.
2- O sexo foi criado por Deus.
3- A sexualidade é criação divina.
Comentário:
O presente tópico tem como objetivo apresentar o conceito de sexualidade segundo uma concepção bíblica.
A palavra-chave para o presente tópico é sexualidade, termo que corresponde ao conjunto dos fenômenos da vida sexual, ou qualidade sexual, em fim, são os fenômenos ligados ao sexo. O sexo em si não é pecado se o mesmo for realizado no casamento. Porém, antes ou fora do casamento o sexo deixa de ser uma bênção e passa a ser uma maldição. Como bênção o sexo proporciona maior harmonia entre os cônjuges e é o meio pelo qual Deus em sua bondade outorga a possibilidade da vida se perpetuar, ou seja, por meio do sexo há a procriação, porém o sexo tem finalidades além da procriação.
Já como maldição o sexo é realizado fora do casamento. De tal ação se percebe o aumento de DST que dentre tantos é mais um dos problemas sociais. Logo, o sexo passa a ser um meio de dor e angústia social.
No Antigo Testamento três pontos são destacáveis sobre a questão sexual entre o homem e a mulher, são elas:
Primeiro, se uma pessoa tivesse relação sexual antes ou fora o casamento deveria ser apedrejado.
Em segundo, o sacerdote deveria se casar com uma virgem.
E por terceiro, a virgindade era valorizada e necessária.
II – O PROPÓSITO DO SEXO SEGUNDO AS ESCRITURAS
1- Multiplicação da espécie humana.
2- Satisfação e prazer conjugal.
3- O correto uso do corpo.
Comentário:
Discutir os propósitos do sexo segundo as Escrituras Sagradas é o objetivo do segundo tópico.
O sexo como intimidade corresponde ao conhecimento que os cônjuges possuem sobre ambos. Identifica-se com avanços sem se envolverem em pecados da carne. Trata-se da alegria provinda do ato, pois existem pessoas que veem no ato sexual uma obrigação e não em uma fonte de prazer e alegria. Uma psicóloga afirmou: “é muito comum ver no meu consultório mulheres que se submetem ao desejo do outro sem ter vontade só por medo de perdê-lo. Isso faz com que ela passe a temer o sexo.” Se a cama não for uma bênção será uma maldição.
Portanto, na concepção biológica o sexo é um ato reprodutivo, já na psicologia o sexo descreve um ato de união.
[...] Desse modo, a completa satisfação sexual envolve emoções, sentimentos, carícias e prazer para ambos os cônjuges. De acordo com as Escrituras, o romance e o dom da sexualidade devem ser usados para o prazer mútuo dentro do contexto do casamento monogâmico e heterossexual (BAPTISTA, p. 95).
A respeito da heterossexualidade e a monogamia ratifica Soares.
A heterossexualidade é o relacionamento conjugal com aprovação divina dentro do casamento. Quando Deus disse: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28), estava se referindo ao casal “macho e fêmea” (v.27). Isso diz respeito à procriação, que é possível pelo ato conjugal entre um homem e uma mulher (p.154).
A monogamia é o sistema que estabelece o casamento de um homem com uma única mulher e vice-versa, estabelecido por Deus na criação: “apegar-se-á à sua mulher” (Gn 2.24) (p.155).
III – O CASAMENTO COMO LIMITE ÉTICO PARA O SEXO
1- Prevenção contra a fornicação.
2- O casamento e o leito sem mácula.
Comentário:
Conscientizar a respeito do casamento como limite ético para o sexo é o objetivo específico do terceiro e último tópico.
Conforme a narrativa Bíblica há quatros tipos de pecados que correspondem com atos sexuais que estão diretamente ligados com a desobediência do sétimo mandamento “não adulterarás” (Êx 20.14).
1- Adultério. Em algumas versões o termo utilizado é prostituição (pornéia), isto é, imoralidade sexual. Para muitos eruditos a prática do adultério corresponde com a traição entre casais e, de fato adultério tem como significado dormir em cama estranha.
2- Fornicação. A relação sexual entre jovens sem haver a venda do corpo e sem corresponder com a traição de um terceiro se resume em fornicação.
3- Impureza. Correspondem com pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios. Porém, este tipo de pecado é alimentado por pensamentos e desejos da alma (Ef 5.3, Cl 3.5).
4- Lascívia. Corresponde com o pecado da sensualidade. Tal prática conduz as pessoas ao ponto de perderem a vergonha. Por isso, tornou se natural no presente contexto civilizatório à falta de decência e a perca do pudor.
O casamento é o limite ético para o sexo, porém quando este não é afetado pela concupiscência e pela carência.  A concupiscência dos olhos e da carne são fatores decisivos para as traições conjugais. Por isso, cabe a cada um dos cônjuges a vigilância e o dever de não alimentar a mente com pensamentos contrários ao bem estar conjugal e assim também não alimentar a visão com meios que se transformará em transtorno familiar. Já a carência corresponde com a não atenção de um dos cônjuges para a necessidade da intimidade do casal.
 A sequência fundamental da vida do cristão deverá ser: Deus, família e ministério. O primeiro rebanho do pastor é a sua família. Para com a família o cristão deverá prestar os cuidados fundamentais que são deveres do pastor.
Referência:
BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos, enfrentando as questões morais de nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

terça-feira, 8 de maio de 2018

Culto de Doutrina: Do deixar ao desejar para alcançar o pleno crescimento


Do deixar ao desejar para alcançar o pleno crescimento
Texto: Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo; (1Pe 2.1,2).
O crescimento do cristão se dá por meio de uma vida santificada, sendo que a santidade se concretiza na vida daqueles que buscam a Deus em oração, leitura da Bíblia e permanência na assembleia dos santos, ambiente onde a Palavra é pregada e ensinada.
Entretanto, todo cristão autenticamente convertido deseja crescer, porém para a ratificação deste, é necessário abandonar alguns elementos que são nítidos na vida daquele que não teme ao Senhor.
O que se deve abandonar?
Conforme o apóstolo Pedro cinco elementos deverão ser abandonados: toda malícia (mau), todo engano (mentira), fingimento, inveja e todas as murmurações (críticas injustas).
1- Abandonar toda a malícia. Malícia corresponde a todo desejo em praticar o mal para com os outros. Portanto, é um vício que se associa com pessoas de mau caráter em que a perversidade e a depravação são reinantes em suas atitudes (Rm 1.29). Denota o desejo para a maldade assim como ações que propaguem a maldade.
2- Abandonar todo o engano. Engano corresponde com atitudes mentirosas, isto é, a prática do forjar a verdade. O nono mandamento do Decálogo diz que não é permitido dar falso testemunho (Êx 20.16). Mentira tem como significado, palavra de negação da verdade, de fato são negações falsas ditas a alguém ou sobre alguém. O falso testemunho está no mesmo nível dos pecados de assassinato, adultério e de furto.
Engano condiz com truques e artimanhas desenvolvidas para enganar o próximo.
3- Abandonar todo fingimento. Fingir ser o que não é, e fingir viver o que não vive, são atitudes que proporcionam e revelam a morte espiritual, o grande exemplo para os cristãos na atualidade no que corresponde ao fingimento são os casos de vida mentirosa de Ananias e Safira (At 5.3).
Pedro usa essa palavra no plural para expressar que toda atitude para esconder as más intenções contra alguém atrás de uma máscara de santidade é errada e tem de ser evitada (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 692).
4- Abandonar a inveja. Inveja é o mesmo que cobiça, e é regularmente traduzida em algumas versões pelas seguintes expressões: avareza, avidez, intuito ganancioso e principalmente pela palavra concupiscência. Entretanto, inveja poderá ser definida como a disposição que sempre estar pronta a sacrificar o próximo em lugar de si mesmo em todas as coisas, não meramente em negócios de dinheiro.
A cobiça nasceu no momento em que Lúcifer desejou ser maior que Deus (Is 14. 12-20). Adão e Eva desobedeceram a Deus por causa da concupiscência (Gn 3. 1-5). E por causa da inveja Abel foi assassinado pelo seu irmão Caim (Gn 4.5).
5- Abandonar todas as murmurações. Em algumas versões o termo “murmurações” é substituído por “críticas injustas”, que pode ser categoricamente definido por: persistir em reclamar, falar mal de outrem em voz baixa ou em segredo e também em questionar de maneira maliciosa. Murmurações são palavras ditas para denegrir ou acabar com a reputação de alguém (ou seja, calúnias) (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 693).
O que se deve desejar?
O cristão deve desejar o conhecimento proveniente da Palavra de Deus. Pois, este conhecimento proporciona crescimento espiritual. Porém, a palavra, desejai, no presente escrito de Pedro corresponde a ansiar com todo o ser pela Palavra, não apenas para aprendê-la, mas principalmente para amadurecer na fé.
Por fim, o desejo de Deus presente nos escritos da Primeira Epístola de Pedro 2.1-10, corresponde com o abandono dos cristãos das coisas deste mundo e com o despertar do desejo de está totalmente com Deus. Também convém com o vivenciar dos cristãos como filhos de Deus e não no viver como pessoas comuns a este mundo que corrobora com a maldade, a mentira, a inveja, o fingimento e com a murmuração.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Subsídio da EBD: Ética Cristã e Doação de Órgãos


Ética Cristã e Doação de Órgãos
A presente lição tem como objetivo geral mostrar que a doação de órgãos está fundamentada na doutrina do amor cristão. O versículo apresentado no Texto Áureo é nítido em expressar o dever do cristão em outorgar a vida pelos irmãos.
 Há três dimensões para compreender a ação do amor.
Dimensão vertical, amor a Deus. O amor a Deus por parte do homem deve ser exclusivo (Mt 6.24), alicerçado na gratidão (Lc 7.42), obediente (Jo 14.15) e comunicativo (BARCLAY, 2010, p. 74).
Dimensão horizontal, amor ao próximo. O amor ao próximo é definitivamente expressado pelo fruto do Espírito.
Dimensão interior, amor a si mesmo. O indivíduo só poderá amar a Deus se amar a si mesmo. Da mesma forma o indivíduo só amará o próximo se a amar a si mesmo.
I – DOAÇÃO DE ÓRGÃOS CONCEITO GERAL
1- Definição de transplante.
2- O conceito de doação na Bíblia.
3- A doação de si mesmo: pertencemos a Deus.
Comentário:
O presente tópico tem como objetivo específico explicar o conceito geral de doação de órgãos.
A doação de órgãos corresponde com o avanço direto da medicina, fato notável que tem outorgado inúmeros benefícios, porém deverá ser analisado com cautela, principalmente quando corresponde com a eliminação de embriões para o desenvolvimento de células-tronco embrionárias, pois o princípio ético cristão associa a doação pelo outro, em que ambos sejamos beneficiados, um pelo ato de doar e presenciar o receptor beneficiado pelo órgão outorgado, e não poderá ser vista pela eliminação de um para a existência do outro.
[...] A excelência da doação repousa na disposição de renunciar e até de se sacrificar e sofrer com base no amor pelos outros (Rm 5.8). Doar ao necessitado é uma forma de colocar a fé em prática (Tg 2.14-17). E ainda, a reciprocidade está presente no gesto de doar. Foi o Senhor Jesus que assegurou: “Dai, e ser-vos-á dado” (Lc 6.38a). (BAPTISTA, p. 82).
Conforme o fragmento citado a excelência da doação se notabiliza:
Na renuncia, no sacrifício, na prática da fé e na reciprocidade. Na renúncia dos próprios interesses para o bem está do outro. No sacrifício em doar para o bem do próximo. Já na prática da fé corresponde com o fazer a doação por acreditar no agir de Deus. E por fim, é um ato de reciprocidade, pois se recebe, logo é necessário que outorgue.
[...] Doar é um gesto de amor, solidariedade e empatia (BAPTISTA, p. 83).
II – EXEMPLOS DE DOAÇÃO NA BÍBLIA
1- O exemplo dos gálatas.
2- O desprendimento de Paulo.
3- A doação suprema de Cristo.
Comentário:
Já o segundo tópico tem como objetivo específico mencionar os exemplos de doação na Bíblia.
João Calvino associa Gálatas 4.15 ao amor da Igreja para com o pastor local, descrição que corresponde a uma ação que vai além do respeito.
[...] Paulo já falara sobre o respeito que os gálatas lhe demonstraram e agora fala sobre o amor deles. Estarem dispostos a arrancar os próprios olhos, se necessário fosse, era uma evidência de amor extraordinário, um amor mais forte do que a disposição de desistir da própria vida (CALVINO, p.120).
Já na passagem de 2 Coríntios 12.15 percebe-se o amor de Paulo para com a obra de Deus, diretamente manifestada para com as almas dos irmãos:
Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas.
Por fim, o tópico trabalha a doação suprema de Cristo, ou seja, a grande demonstração do amor de Deus que recebe o nome de ágape. O termo amor do latim, amorem, corresponde à dedicação afetiva. Deus doou o seu único filho para a salvação da humanidade (Jo 3.16), não há em toda história da humanidade prova maior de amor do que esta. Sendo que dentre os atributos divinos o amor é considerado um dos mais altos e mais sublimes. O amor é um dos atributos morais de Deus. Deus é amor (1Jo 4.8). Tal dedicação afetiva é altruísta, pois aceita o mundo inteiro em meio à natureza pecadora da humanidade (Rm 5.8).
III – DOAR ÓRGÃOS
1- O princípio da empatia e da solidariedade.
2- O princípio do verdadeiro amor.
Comentário:
Conscientizar de que doar órgãos é um ato de amor corresponde com o objetivo específico do presente tópico que está dividido em duas partes: o princípio da empatia e da solidariedade (parte em que outorga ao doador um olhar voltado para a necessidade do próximo, no instante em que se coloca no lugar do outro), e o princípio do verdadeiro amor (ou seja, quem ama sofre, espera, suporta, e principalmente doa se for necessário).
Referência:
BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos, enfrentando as questões morais de nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
BARCLAY, W. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.
CALVINO, João. Gálatas. São José dos Campos – SP: Editora Fiel, 2007.