Deus é Fiel

Deus é Fiel

domingo, 29 de abril de 2018

Subsídio da EBD: Ética Cristã e Suicídio


Ética Cristã e Suicídio
A presente lição tem como objetivo geral apresentar que o suicídio está na contramão da vontade de Deus para o crente. Tendo como ponto central, Deus é quem deve ter a última palavra a respeito da vida.
O suicídio é definido pela seguinte descrição: retirar a própria vida. Fato que não deve ser analisado apenas pela ótica social, mas que de fato corresponde com a realidade imaterial, pois as causas do suicídio não são apenas de origem sociais; elas possuem elementos de natureza espiritual (BAPTISTA, p. 68).
I – O SUICÍDIO NAS ESCRITURAS E NO MUNDO
1- No Antigo Testamento.
2- No Novo Testamento.
3- O suicídio no mundo.
Comentário:
O presente tópico tem como objetivo específico descrever o suicídio nas Escrituras e no mundo, focando em uma análise abrangente entre o Antigo e Novo Testamento.
Seis casos de suicídio são encontrados na narrativa Bíblica, são eles:
1- Primeiro caso, o de Sansão. Porém, este é analisado como sacrifício de guerra e não como caso de suicídio.
2- Segundo caso, o de Saul.
3- Terceiro, o escudeiro de Saul.
4- Quarto, o caso de Aitofel.
5- Quinto caso, o rei Zinri.
6- Sexto caso, Judas Iscariotes. Conforme Mateus: E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar (Mt 27.5).
Sobre a morte de Judas assim também escreveu Lucas:
Ora, este adquiriu um campo com o galardão da iniquidade e, precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram (At 1.18).
Ao analisar as duas citações conclui-se que Judas foi-se enfocar em uma árvore que estava no alto de um precipício e provavelmente o galho da árvore ou a corda teria se quebrado e o corpo ao ser precipitado rebentou ao meio.
Por fim, Judas era um homem materialista e ansiava para obter poder no reino terreno. Por tal visão Judas foi desmoralizado em cada ensinamento do Senhor Jesus, perdendo então a motivação por não compartilhar a visão messiânica. Judas rejeita ao ministério do Messias e decide trair o Mestre. Judas se arrependeu (Mt 27.3), mas de maneira negativa, isto é, reconheceu o pecado, porém não voltou para Cristo, tendo como resultado um ato ainda pior, o suicídio.
II – OS TIPOS DE SUICÍDIO
1- Suicídio convencional.
2- Suicídio pessoal.
3- Suicídio sacrificial.
Comentário:
Elencar os tipos de suicídio é o objetivo específico do presente tópico.
Primeiramente se destaca o suicídio convencional que corresponde com o suicídio provocado pelas tradições.
Em segundo o suicídio pessoal que se caracteriza por ser considerado a busca por soluções ou a fuga dos problemas.
Já em terceiro o suicídio sacrificial, isto é, morte em prol dos outros. O que não o torna um tipo clássico de suicídio, mas o correlaciona com um ato de amor.
III – O POSICIONAMENTO CRISTÃO PARA O SUICÍDIO
1- O posicionamento teológico.
2- O posicionamento ético.
Comentário:
Apontar os posicionamentos teológico e ético a respeito do suicídio é o objetivo específico deste tópico.
Conforme o posicionamento teológico o suicídio é pecado, pois fere a Palavra de Deus quando ensina que não é permitido matar. Quem outorga a vida é Deus, logo quem tem o direito de tirá-la também é Deus.
Por fim, o posicionamento conforme a ética cristã também condena o ato do suicídio, pois o suicida viola o mandamento divino, banaliza a vida e demonstra ingratidão a Deus, sem contabilizar a falta de confiança em Deus.
Referência:
BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos, enfrentando as questões morais de nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Doutrina: Sede Santos


Sede Santos
Texto: Porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo (1Pe 1.16).
A santidade define a pessoa de Deus, logo a mesma também define os filhos de Deus. O apóstolo faz menção da santificação no que corresponde o palmilhar do cristão, assim como também apresenta a pessoa de Deus em santidade, e o requerimento divino para com a consagração de cada cristão. Há conforme Pedro conceitos teológicos que ratificam a necessidade da santificação, que são: obediência e não conformeis com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância (1 Pe 1.13-14).
Conceito de santificação
O significado da palavra grega αγιοϛ é, puro, limpo, consagrado, sagrado e santo. Portanto, santificação pode se definir em:
Ser separado para o uso sagrado, consagrado para o uso sagrado, e limpo para o uso sagrado. Portanto, ser santificado ao Senhor significa que o cristão foi separado para o uso exclusivo de Deus.
Deus é Santo
Deus é Santo, santidade é um atributo moral de Deus. Os atributos são divididos em: naturais e morais.
1- Os atributos naturais. Define que Deus não precisa e nem depende de ninguém, são atributos unicamente do Senhor. Cinco atributos naturais merecem total atenção, são eles: a eternidade de Deus, a imutabilidade de Deus, a onisciência de Deus, a onipotência de Deus e a onipresença de Deus.
O atributo que ensina que Deus não é limitado pelo tempo é o que afirma que Deus é eterno (Sl 90.2).
Já a imutabilidade de Deus indica que Deus não muda (Ml 3.6).
Onisciência indica que Deus não é limitado pelo aspecto intelectual, porque Ele sabe todas as coisas (Hb 4.13).
Onipotência é o atributo que afirma que Deus não é limitado em poder, porque Ele é o Todo-Poderoso. A onipotência de Deus torna-se nítida e se manifesta em quatro domínios: o domínio da natureza (Gn 1.1-3), o domínio da experiência humana (Êx 7.1-5), o domínio celestial (Hb 1.13,14) e o domínio sobre os espíritos malignos (Jó 2.6; Tg 4.7).
Já a onipresença é o atributo que indica não ser Deus limitado pelo espaço.
2- Atributos morais. São os que definem a pessoa de Deus em revelação para com os teus. A santidade é uma característica fundamental e singular de Deus, pois caracteriza o Ser que é distinto, puro e separado (ou seja, em quem não há o pecado), fato que não está presente na criação.
A necessidade de uma vida santa
Primeiramente há uma necessidade da santidade por que, por meio do pecado original todos pecaram e distanciaram de Deus. Pois, quando Deus escolheu a Israel, a nação deveria vivenciar uma vida santa em toda a maneira de viver, porém este querer divino não se concretizou. Logo, nos dias atuais o novo Israel de Deus, a Igreja, deverá se santificar e vivenciar a maneira de vida que agrada ao Senhor.
Como segunda necessidade, é necessário santificar para servir ao Senhor. Deus é Santo, logo quem serve ao Senhor tem que se santificar a cada dia.
Já por terceira necessidade percebe-se que sem santificação ninguém verá a Deus.
Por fim, levando em conta a comparação entre Israel e a Igreja percebe-se que há três bênçãos em comum que podem ser chamados de três privilégios, que são: propriedade peculiar, reino sacerdotal e povo santo.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Subsídio da EBD: Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia


Ética Cristã, Pena de Morte e Eutanásia
A presente lição tem como objetivo geral estabelecer a perspectiva doutrinária da sacralidade da vida. Tendo como ponto central, a vida humana é sagrada. Portanto, a lição se desenvolve tendo como foco dois pontos fundamentais: pena de morte e eutanásia.
A vida humana é o ponto de partida para todos os demais direitos da pessoa. Se a vida humana não estiver assegurada, torna-se impossível à realização dos outros valores. No entanto, em contradição a esse pressuposto, temas relacionados à punição com pena de morte e o direito à eutanásia são frequentemente discutidos e aceitos na sociedade pós-moderna (BAPTISTA, p.51).
I – A PENA DE MORTE NAS ESCRITURAS
1- No Antigo Testamento.
2- No Novo Testamento.
Comentário:
O presente tópico tem como objetivo específico mostrar a perspectiva bíblica acerca da pena de morte, focando em uma análise abrangente entre o Antigo e Novo Testamento.
No Antigo Testamento, o sexto mandamento do decálogo abrange temas como guerra, pena capital, suicídio, aborto e eutanásia. Sobre a pena de morte, não cabe a ninguém tirar a vida de outra pessoa. Pois, Deus é quem dá a vida, logo só Ele pode tirar a vida das pessoas. Portanto, o sexto mandamento também expressa objetivos no campo religioso, assim como no social, pois garante a vida e proporciona a paz entre as pessoas.
Em suma, o sexto mandamento corresponde com o direito à vida. Por isso, o cristianismo tem assumido um compromisso em favor da vida e é totalmente contra a pena de morte e a eutanásia.
Para Coelho:
Este mandamento refere-se ao respeito pela vida. Esta é dom de Deus, e não pode ser retirada por outros homens. Infelizmente, a história da humanidade apresenta um número imenso de pessoas que assassinaram outras, quer por motivos fúteis, quer por motivos políticos. Tais pessoas prestarão contas a Deus por seus atos (2013, p.74).
Adolf Hitler é a primeira pessoa que vem na mente dos leitores ao lerem “que assassinaram outras [...] por motivos fúteis [...] políticos,” apenas judeus, o líder do nazismo ordenou a morte de seis milhões. Quantas outras pessoas que matam por drogas ou por dinheiro? Tais pessoas prestarão conta a Deus por seus atos.
Percebe-se que no Antigo Testamento quem praticasse o homicídio doloso, que é quando atos são desenvolvidos com o propósito ou intenção de matar. Havia uma pena, isto é, o homicida doloso deveria morrer. Enquanto, o homicida culposo teria duas saídas, ou iria para uma cidade de refúgio, ou agarraria nas pontas do altar.
No Novo Testamento também se percebe que Jesus em seus ensinos ratificou o direito a vida, principalmente na narrativa com a mulher que foi pega em adultério, que segundo a Lei a mesma deveria ser apedrejada até a morte, porém, Jesus não a condenou, mas a liberou e a aconselhou a não cometer os mesmos erros. Por fim, o Novo Testamento apenas reconhece que a pena capital existe (SOARES apud BAPTISTA, p.52).
II – EUTANÁSIA: CONCEITOS E IMPLICAÇÕES
1- O conceito de eutanásia.
2- As implicações da eutanásia.
Comentário:
O presente tópico tem como objetivo específico expor o conceito e as implicações éticas da eutanásia.
Eutanásia pode ser definida por:
[...] é o procedimento em que de modo ativo ou passivo uma pessoa pode antecipar ou acelerar o processo de morte. Por vezes é chamada de “morte assistida” ou “suicídio assistido”. No Brasil, a eutanásia é ilegal e desaprovada pelo código de medicina (BAPTISTA, p. 60).
Portanto, a eutanásia tem implicações legais, morais e ética.
As implicações legais correspondem com a ilegalidade da eutanásia pelo Código Penal Brasileiro, pois quem induzir alguém ao suicídio ou prestar auxílio poderá ser recluso de dois a seis anos.
Já as implicações morais correspondem com a violação do sexto mandamento. O direito a vida é outorgado por Deus.
Por fim, as implicações éticas correspondem com as seguintes perguntas: É lícito exterminar pessoas doentes? Descartar enfermos, inválidos e idosos não se constitui conceito racista da eugenia? Será ético interromper o tratamento de alguém que está sedado para não sentir dores ou induzido ao coma? As pessoas que desejam morrer estão com a mente sã e em condições psicológicas para essa tomada de decisão? (BAPTISTA, p.63).
III – A VIDA HUMANA PERTENCE A DEUS
1- A fonte originária da vida.
2- O caráter sagrado da vida.
Comentário:
Conscientizar sobre o aspecto sacro da vida é o objetivo específico do presente tópico. Logo, a fonte da vida é exclusivamente divina, sendo assim o poder absoluto sobre a vida e a morte pertence unicamente e exclusivamente a pessoa de Deus. Portanto, a vida humana é sagrada e deve ser protegida, cuidada, preservada, respeitada e valorizada (BAPTISTA, p. 64).
Referência:
BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos, enfrentando as questões morais de nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
COELHO, Alexandre. DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Culto de Doutrina: Sofrimento versus Glorificação


Sofrimento versus Glorificação
Texto: Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimento que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir (1Pe 1.10,11).
O sofrimento de Cristo é de fato evidente em seu ministério terreno, perceptível na agonia da cruz, pois o Seu sofrimento inicia-se anteriormente à crucificação e se conclui com as técnicas desenvolvidas para produzir a dor até a condução da morte. Porém, após a dor e a morte, a glória se manifestou. Logo, o objetivo do presente estudo é compreender que assim como Cristo sofreu e foi glorificado, de fato isto ocorrerá com todos os cristãos que permanecerem firmes até o fim.
Cristo: sofrimento e glória
1- O sofrimento. A popularidade de Jesus provocou a inveja e o ciúme da parte dos líderes religiosos. Fato que se transformou em sofrimento.
1.1- Sofrimento anterior à crucificação. Sofrimento dividido em cinco frases:
A) Primeira frase, Ele entristeceu – Mateus 26.37. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.
B) Segunda frase, Ele foi abandonado – Mateus 26.56. Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.
C) Terceira frase, Ele foi espancado – Mateus 26.67. Então cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhaladas, e outros o esbofeteavam.
D) Quarta fase, Ele foi julgado – Mateus 26.57, 27.2. E os que prenderam a Jesus o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos. E maniatando-o, o levaram e entregaram ao presidente Pôncio Pilatos.
E) Quinta frase, Ele foi humilhado – Mateus 27.28-31. E, despindo-o, o cobriram com uma capa de escarlate; E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e em sua mão direita uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos judeus.
1.2- Sofrimento no momento da crucificação. Segundo a tradição cristã os malfeitores que foram crucificados com Jesus eram chamados de Dimas e Gestas. E a cruz de Jesus possuía aproximadamente 130 quilos.
A) Sobre o tempo de Jesus na cruz. Foi Ele crucificado na hora terceira (Mc 15.25) e morto um pouco mais da hora nona (Mc 15.34-37). Segundo Myer Pearlman “a crucificação era uma morte longa e dolorosa e a vítima podia continuar assim até por 36 horas”.
B) As pessoas perto da cruz. Três atitudes são ilustradas pelas pessoas que se aproximaram da cruz de Cristo.
A primeira atitude corresponde com os soldados que se posicionaram com indiferença.  A segunda atitude refere aos religiosos que posicionaram em oposição. Já a terceira atitude corresponde com os próximos de Jesus que esteve ao lado dEle nos pés da cruz, isto se refere a simpatia.
C) A doutrina da cruz. A morte de Jesus foi uma expiação pelos pecados da humanidade. Expiar o pecado é cobri-lo, apaga-lo e perdoar o transgressor.
A morte de Jesus também foi uma propiciação, isto é, foi o aplacar da ira de Deus.
Em terceiro a morte de Jesus foi uma substituição (Rm 5.6).
2- A glória. A morte de Jesus seria a ocorrência que desenrolaria anteriormente à glorificação, pois a ressurreição ratificaria as palavras, as obras e a morte de Jesus, glorificação que é bem compreendida nas palavras do salmista Davi:
Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra (Salmos 24.7,8).
O sofrimento do cristão
O evangelista João registrou as seguintes palavras: tenho vos dito isto porque no mundo tereis aflições, mas tendes bom ânimo eu venci o mundo (Jo 16.33).
Tenho vos dito isto, frase que confirma as palavras dos capítulos 13 ao 16. Pois, no capítulo 13, Jesus instrui os discípulos a amarem uns aos outros. No capítulo 14, a seguirem no caminho. No capítulo 15, a permanecerem na Videira Verdadeira. No capítulo 16, a serem guiados pelo Espírito Santo.
Assim, como o Senhor Jesus passou por situações adversas o cristão também passará. Tal verdade foi vivenciada por inúmeros cristãos no decorrer da história da igreja. Fato que confirma a palavra do Senhor Jesus.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Subsídio da EBD: Ética Cristã e o Aborto


 Ética Cristã e o Aborto
A presente lição tem como objetivo geral mostrar que a dignidade humana, o direito à vida e o cuidado à pessoa vulnerável são princípios fundamentais da fé cristã. Tendo como ponto central, a dignidade humana e o direito à vida são princípios fundamentais da fé cristã. Portanto, a palavra chave para a compreensão da lição é o termo aborto.
Em termos gerais, a prática do aborto é a interrupção da gravidez (BAPTISTA, p.39).
Porém, o grande problema que ocorre nos dias atuais corresponde com pessoas que são simpatizantes com a prática do aborto, de fato, pessoas que se mobilizam e são favoráveis ao aborto, chamados de pró-escolha.
I – ABORTO: CONCEITO GERAL E BÍBLICO
1- Conceito geral de aborto.
2- O aborto no contexto legal.
3- Conceito Bíblico de aborto.
4- O aborto na história da Igreja.
Comentário:
O presente tópico tem como objetivo específico expor o conceito geral e bíblico do aborto.
A palavra aborto vem do latim abortum, do verbo abortare, que significa: pôr-se ao sol, desaparecer no horizonte e daí morrer, perecer. Os médicos definem aborto como a expulsão espontânea ou provocada do feto antes do sexto mês de gestação, isto é, antes que o feto possa sobreviver fora do ventre materno. “Interrupção da gravidez antes que o feto tenha se desenvolvido o suficiente para ser viável”. (LOPES, p.483).
As principais legislações históricas foram contrárias à prática do aborto, porém na modernidade, exemplo o Brasil o aborto é permitido no caso em que haja o risco de vida da mulher, abuso sexual e anencefalia.
Biblicamente interromper a vida é pecado, pois quem outorga a vida é quem tem direito de tirá-la. Logo, Deus está sobre todos, Ele outorga a vida, é Ele quem a tira.
Percebe-se também que desde a Igreja primitiva os cristãos tem se manifestado contrário à prática do aborto. Sendo assim na modernidade os cristãos não poderão se silenciar ou até mesmo apoiar, mas deverá sempre propagar o direito da vida, pois:
Aceitar o aborto é intervir no direito de alguém nascer, sem falar que se trata de um assassinato (LOPES, p.491).
II – O EMBRIÃO E O FETO SÃO UM SER HUMANO
1- Quando começa a vida?
2- O que diz a Bíblia?
3- Qual a posição da Igreja?
Comentário:
O segundo tópico apresenta como objetivo específico, afirmar que o embrião e o feto são seres humanos.
O Salmo 139.16 é explicativo a respeito da origem da vida, pois (...), de acordo com as Escrituras, a vida começa quando ocorre a união do gameta masculino com o feminino (BAPTISTA, p.46).
Compreende ainda que:
O desenvolvimento do feto era um grande mistério para os antigos. Para eles, era como se o feto estivesse se desenvolvendo embaixo da terra. A palavra hebraica traduzida por meu corpo indica o embrião.
No teu livro. A ideia é de que a vida, a estrutura e o sentido da vida da pessoa são estipulados desde o começo por Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 938).
Portanto, a Igreja é pró-vida, ou seja, totalmente contrária à questão do aborto.
III – TIPOS DE ABORTOS E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS
1- Aborto de Anencéfalo.
2- Aborto em caso de estupro.
3- Aborto terapêutico.
Comentário:
Por fim, o terceiro tópico tem como objetivo específico destacar os tipos e as implicações do aborto.
Apoiar o aborto anencéfalo é ser associado à ideologia da eugenia, o que defende a existência apenas dos seres saudáveis e fortes. Por outro lado, justificar o aborto por causa de abuso sexual é aceitar que um crime justifique o outro, ou biblicamente pode ser descrito em deixar que um pecado justifique outro pecado, isto é, o pecado de abuso que justifique o dissabor praticando o aborto (caso a vítima).
Para concluir:
Não há respaldo bíblico que apoie a interrupção da vida no ventre, qualquer que seja a razão. Não há uma referência bíblica sobre o assunto, mesmo nos casos da gravidez por estupro ou violência sexual, ou até mesmo por má-formação do feto (LOPES, p.490).
Referência:
BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos, enfrentando as questões morais de nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
LOPES, Jamiel de Oliveira. Psicologia Pastoral, a ciência do conhecimento humano como aliada ministerial. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Doutrina: A Esperança Viva Proveniente da Misericórdia Divina


A Esperança Viva Proveniente da Misericórdia Divina
Texto: ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso, alcançando o fim da vossa fé, a salvação (1Pe 1.8,9).
O apóstolo Pedro proporciona aos cristãos perseguidos a compreensão de três pontos importantes para a concretização da caminhada cristã. Primeiramente, o apóstolo comenta a respeito da viva esperança (1Pe 1.3). Em segundo, descreve a respeito da salvação que se revelará no último tempo (1Pe 1.5). E em terceiro, a respeito da necessidade da alegria mediante as tentações (1Pe 1.6).
Esperança Cristã
A esperança cristã pode ser definida como âncora da alma (Hb 6.19), o vocábulo esperança é usado de duas maneiras diferentes. No primeiro caso significa grande coragem, aquela que permanece firme a despeito de todas as tentações. No segundo caso, indica a salvação infinita que a esperança obterá; no presente versículo (Rm 8.24) podem estar em foco ambos os aspectos (LUTERO apud CHAMPLIN).
Para Lutero a esperança outorgava coragem para enfrentar as tribulações do dia a dia e proporcionava firmeza mediante toda desordem. Assim também como outorgava a certeza da salvação mediante a continuação sincera diante de Cristo.
O cristão pode se alegrar diante da esperança futura (Rm 5.2), isto é, a glória que o cristão desfrutará ao lado do Criador. Este orgulhar demonstra total segurança, porque Deus depositou no coração de cada cristão o Espírito Santo (Rm 5.5). Quem tem o Espírito Santo tem a salvação.
A esperança não traz confusão, logo os servos de Cristo não serão envergonhados ou humilhados por causa da esperança, pois ela cumprirá (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.373).
Portanto, a esperança é a certeza que em meio às crises o cristão é mais do que vencedor.
Glorificação fenômeno que se relaciona com a salvação final
A glorificação corresponde com o instante em que os cristãos de todas as épocas se encontrarão com o Senhor Jesus e serão transformados em corpo de glória conforme a semelhança de Cristo. O arrebatamento e a ressurreição são as duas doutrinas Bíblicas que determinam e explicam categoricamente o instante em que os cristãos serão glorificados.
1- Arrebatamento. O arrebatamento será no abrir e fechar de olhos e tem como propósitos: a ressurreição dentre os mortos (1Co 15.22,23), a transformação dos vivos (1Co 15.51,52), o arrebatamento dos fiéis e a apresentação da Igreja a Cristo na qualidade de esposa (Ap 19.7-9). Logo, o arrebatamento é o primeiro tema a ser analisado no que corresponde à doutrina das últimas coisas.
2- Ressurreição. Ressurreição significa “volta miraculosa à vida”. E no contexto Sagrado há três tipos de ressurreição: ressurreição de mortos, ressurreição dentre os mortos e ressurreição dos mortos.
A- Ressurreição de mortos. É o tipo de ressurreição que abrange todos aqueles que por milagre divino tiveram suas vidas restabelecidas.
Os exemplos são: o filho da viúva de Sarepta (1Rs 17.21-22), o filho da Sunamita (2Rs 4.34,35), o homem que tocou os ossos de Eliseu (2Rs 13.43,44), o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17), a filha de Jairo ( Mc 5. 40-42), Lázaro (Jo 11.43,44), Tabita (At 9.40,41) e o jovem Êutico (At 20.9-12).
B- Ressurreição dentre os mortos. Neste segundo tipo de ressurreição pela ordem ocorreram e ocorrerá: a ressurreição do Senhor Jesus (1Co 15.23), a ressurreição dos que ressuscitarão no momento do arrebatamento da Igreja (1Co 15.23,24), a ressurreição das duas testemunhas (Ap 11.11,12) e a ressurreição dos mártires da grande tribulação (Ap 20.4).
C- Ressurreição dos mortos. É o tipo de ressurreição que abrange a todos aqueles que morreram em seus delitos e pecados, ou seja, é a ressurreição geral (Jo 5.29).
Cristãos contristados por várias tentações
Tentação tem como significado (do grego, peirasmos), prova, provação ou teste. Ser tentado não é pecado; pecado é ceder à tentação. Logo, pecado é errar o alvo. O pecado poderá ser cometido por palavras, por ações ou por pensamentos. José foi tentado, porém, não pecou (Gn 39.12). Jó foi tentado, porém, não pecou (Jó 3.9).
Um dos objetivos da tentação para o cristão é o fortalecimento.  Pois, ninguém cresce na fé, sem passar por tentação. Isto porque as provas exercitam a fé do cristão. Logo, a tentação passa a ser uma disciplina que educa o cristão a ser forte, porém, quando este não é vencido pela tentação.
Ao associar a tentação com a tribulação perceberá que após a tribulação surgirá à paciência, a experiência e a esperança (Rm 5.3-5). Isto é, a tentação quando vencida proporciona fortalecimento, aumenta a paciência, desenvolve a experiência e como resultado proporciona a esperança.
Portanto, a tentação não é motivo para o isolamento do cristão, mas torna-se motivo de alegria, pois ao vencer a tentação o prêmio será a coroa da vida (Tg 1.12). Em suma, o motivo pelo qual o cristão é provado não é outro senão para que persevere na vida cristã e atinja o modelo de perfeição segundo Cristo Jesus.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 2. São Paulo: Hagnos, 2014.

domingo, 8 de abril de 2018

Subsídio da EBD: Ética Cristã e Direitos Humanos


Ética Cristã e Direitos Humanos
A presente lição tem como objetivo geral conscientizar a respeito da importância dos Direitos Humanos e a ação social da igreja. Tendo como ponto central, a ideia de Direitos Humanos brota do mandamento de amor revelado nas Escrituras. Descrição ratificada pela verdade prática que define serem os direitos do ser humano revelados na Palavra de Deus têm como fundamento o amor.
I – A ORIGEM DOS DIREITOS HUMANOS
1- Definição de Direito.
2- Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
3- Declaração Universal dos Direitos Humanos.
4- Direitos Humanos no Brasil.
Comentário:
O primeiro tópico tem como objetivo específico mostrar a origem dos Direitos Humanos. O termo direto tem como significado aquilo que é reto ou justo. Porém, historicamente três momentos foram fundamentais para selarem a origem do olhar secular para com os direitos do homem e do cidadão, são eles: o humanismo, o iluminismo e Revolução Francesa.
O humanismo teoricamente é o foco direcionado para com o homem. O iluminismo provocou as discussões filosóficas a respeito da liberdade, igualdade e fraternidade, apesar de que o foco final voltou para com a liberdade. Já a Revolução Francesa em 26 de agosto de 1789 promulgou a Declaração do Homem e do cidadão, vocalizando na universalidade dos direitos, porém não são universais, isto porque cada país possui um regimento cultural diferente para com determinadas temáticas.
Portanto, a declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada em 10 de dezembro de 1948 após a Segunda Guerra Mundial, sendo originada das irregularidades vivenciadas por povos perseguidos e muitos civis mortos por intermédio da defesa da raça superior, ou seja, caos por causa da apregoação da ideologia nazista.
Por fim, no Brasil a ação dos direitos Humanos é questionada, isto por defender os bandidos, sendo que a sua origem ocorre no período do militarismo.
II – A BÍBLIA E OS DIREITOS HUMANOS
1- Direitos Humanos no Pentateuco.
2- Direitos Humanos nos Evangelhos.
3- Direitos Humanos em Paulo.
Comentário:
Correlacionar a Bíblia com os Direitos Humanos é o objetivo específico deste tópico.
No Pentateuco percebe-se o cuidado divino para com os menos favorecidos e o valor da dignidade humana (BAPTISTA, p.33). Seguem-se dois exemplos:
O estrangeiro não poderia ser maltratado (Êx 22.21).
A viúva e os órfãos eram protegidos (Êx 22.25,26).
Já no Novo Testamento, especialmente nos dias de Cristo, os Direitos Humanos eram manifestos na descrição da mensagem abrangente do amor.
Há três dimensões para compreender a ação do amor.
Dimensão vertical, amor a Deus. O amor a Deus por parte do homem deve ser exclusivo (Mt 6.24), alicerçado na gratidão (Lc 7.42), obediente (Jo 14.15) e comunicativo (BARCLAY, 2010, p. 74).
Dimensão horizontal, amor ao próximo. O amor ao próximo é definitivamente fruto do Espírito.
Dimensão interior, amor a si mesmo. O indivíduo só poderá amar a Deus se amar a si mesmo. Da mesma forma o indivíduo só amará o próximo se a amar a si mesmo.
Porém, o amor é o antídoto contra o pecado, pois quem ama não peca contra Deus e nem peca em denegrir a imagem de Deus, isto é, o seu próximo. O amor conduz os cristãos à obediência, pois quem ama a Deus obedece a Palavra de Deus. Sempre lembrando que Deus é amor.
Por fim, o apóstolo Paulo também reconhecia o direito da igualdade entre as pessoas de raças diferentes. Pois, em Gálatas 3.28 o apóstolo faz menção de três situações diferentes.
Na primeira o apóstolo expõe o exemplo de nações “Não há judeu nem grego”, isto indica que as nações estão debaixo da superioridade divina.
Já na segunda o apóstolo expõe o exemplo da condição perante o status adquirido “Não há... escravo nem livre”, aqui indica que o homem em toda circunstância social é dependente de Deus.
E por último, o apóstolo apresenta a situação do sexo “Não há... homem nem mulher”, logo não é o homem superior à mulher, mas Deus é superior à criação (Gl 3.28).
III – A IGREJA E OS DIREITOS HUMANOS
1- A Igreja e o trabalho escravo.
2- A Igreja e os prisioneiros.
3- A Igreja e o problema social.
Comentário:
O objetivo específico do presente tópico é comparar a ação da Igreja com a realidade social, e o escritor Bíblico que chama atenção para as questões sociais e o dever da Igreja é o apóstolo Tiago.
O enriquecimento ilícito corresponde com o enriquecimento de forma corrupta que é desenvolvido muitas das vezes por comerciantes que não pagam o salário adequando aos funcionários e sonegam os impostos. O amor para com as riquezas faz com que ações não permitidas por Deus sejam consumadas.
Assim como Tiago o profeta Amós faz menção das ações injustas desenvolvidas por pessoas que não ajudam os que passam por necessidades. A mensagem de Amós assim como dos demais profetas do Reino do Norte tratavam basicamente da crítica ao Estado, à religião e ao povo, por estarem na situação de miséria e não buscarem a Deus. Porém, o profeta Amós profetizou em período de prosperidade de uma minoria em que não compartilhavam com o restante do povo. Daí o enfoque de Amós a injustiça social. Palavras chaves que correspondem à decadência social são: preconceito, indiferença, desprezo e suborno.
O preconceito dos que possuíam para como os que nada possuíam.
Indiferença dos ricos para com os pobres.
Desprezo para com os próprios irmãos de sangue ao pondo de vendê-los ao preço de um par de sandálias.
Por fim, havia também o suborno em que uma autoridade vendia a própria justiça (Am 2.6).
O cristão quando por Deus exaltado nas atividades financeiras não poderá de maneira alguma agir sem a ética. A ética cristã se desenrola na força e na ação do amor. No Antigo Testamento Deus entregou a Moisés o decálogo, isto é, os dez mandamentos.
Quatro dos dez mandamentos estavam na primeira tábua da Lei, enquanto o restante se encontrava na segunda tábua.
Na primeira tábua os quatro mandamentos se resume nas seguintes palavras: amar a Deus acima de qualquer coisa. Já na segunda as palavras se resumem no amar o próximo como a si mesmo. Ou seja, o cristão não poderá agir sem ética.
Referência:
BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos, enfrentando as questões morais de nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
BARCLAY, W. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.