Deus é Fiel

Deus é Fiel

segunda-feira, 26 de março de 2018

Subsídio da EBD: O que é Ética Cristã


O que é Ética Cristã

A presente lição tem como objetivo geral apresentar o conceito e os fundamentos da ética cristã. Tendo como ponto central a ética cristã remonta as virtudes do Reino de Deus. A lição tem como texto áureo 1 Coríntios 10.23, texto que destaca as seguintes palavras: Todas as coisas me são lícitas. Embora tendo liberdade, também temos a responsabilidade de ajudar os outros em seu crescimento cristão. Nosso primeiro dever é com os outros, não com nós mesmos (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 429).
Logo, as Escrituras Sagradas ensinam o que convêm à virtude do bem-viver cristão em sociedade (VERDADE PRÁTICA).
I – O CONCEITO DE ÉTICA CRISTÃ
1- Definição Geral.
2- Ética e Moral.
3- Ética Cristã.
4- Princípios da Ética Cristã.
Comentário:
O primeiro tópico tem como objetivo específico conceituar ética cristã. Apresentando as seguintes divisões: definição geral, interligação entre ética e moral, descrição a respeito da ética cristã, e os princípios da ética cristã.
Sobra a definição de ética, duas concepções são bem descritivas: a primeira, descrição de cunho teológico; e a segunda, cunho filosófico.
Portanto, a ética pode ser definida em:
Estudo sistemático dos deveres e obrigações do indivíduo, da sociedade e do governo. Seu objetivo: estabelecer o que é certo e o que errado. Ela tem como fonte a consciência, o direito natural, a tradição e as legislações escritas; mas, acima de tudo, o que Deus estabeleceu em Sua Palavra – a Ética das éticas (ANDRADE, p.121).
O destaque da primeira descrição está quando o autor descreve a relação da origem da ética em ser superior a todos os demais conceitos éticos desenvolvidos e vivenciados.
Ética é o conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida: 1. quero? 2. devo? e 3. posso? Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero. Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve (CORTELLA, 2014).
Já o conceito da moral se sintetiza em ser o desenvolvimento do indivíduo na sociedade em comportamento íntegro que priorize a obediência às regras estabelecidas pela comunidade.
Por fim, a ética cristã é a ação do cristão em obedecer a Deus mediante os princípios da ética Bíblica que se resume nas palavras imutável e universal. A base da ética vivenciada pelo cristão é a Bíblia que não altera a sua mensagem e visualiza universalizar as práticas que agradam a Deus.
II – FUNDAMENTOS DA ÉTICA CRISTÃ
1- O Decálogo.
2- Os profetas.
3- O sermão do Monte.
4- As Epístolas Paulinas e Gerais.
Comentário:
O presente tópico tem como objetivo específico expor os fundamentos da ética cristã, sendo que esta exposição ocorre mediante a seguinte divisão: o decálogo, os profetas, os Evangelhos, o sermão do monte e as epístolas paulinas e gerais.
No decorre da narrativa do decálogo percebe-se que este se trata de resumo da lei moral de Deus. Os dez mandamentos em duas tábuas. Do primeiro ao quarto mandamento na primeira tábua. Do quinto ao décimo na segunda tábua. Na primeira tábua encontrava os mandamentos que estavam diretamente relacionados com a vida do indivíduo para com Deus com direção vertical. Já a segunda tábua com sentido horizontal tratava-se dos mandamentos que outorgam ligação entre o indivíduo e o seu próximo. O decálogo corresponde com a ética cristã: amar a Deus acima de todas as coisas (sentido vertical) e amar o próximo como a si mesmo (sentido horizontal).
Porém, nota-se que os motivos do decálogo são tríplices:
Prover um padrão de justiça, pois os dez mandamentos proporcionam a formação do caráter e da conduta do ser humano. O caráter corresponde com o modo de ser de cada indivíduo. E a conduta corresponde com o modo de agir. Ambas se definem no Ser e no Fazer.
Identificar e expor a malignidade do pecado, pois os dez mandamentos expõe os seguintes tipos de pecado: idolatria, desrespeito, desonra, assassinato, traição, roubo, concupiscência...
Revelar a santidade de Deus, Deus é Santo e isto se torna evidente com os dez mandamentos. Pois, se a lei revela o pecado e requer que aquele que aproxima de Deus não peque, logo se conclui que Deus é Santo.
Assim como o decálogo são também as outras divisões enfáticas em descrever o amor como elemento fundamental para a ocorrência da ética cristã.
III – CHAMADOS A VIVER ETICAMENTE
1- Não cobiceis as coisas más.
2- Não vos torneis idólatras.
3- Não nos prostituamos.
Comentário:
Conscientizar de que fomos chamados para viver uma vida eticamente cristã é o objetivo específico deste presente tópico que descreve a respeito da cobiça, idolatria e a prostituição.
Inveja é o mesmo que cobiça, e é regularmente traduzida em algumas versões pelas seguintes expressões: avareza, avidez, intuito ganancioso e principalmente pela palavra concupiscência. Entretanto, inveja poderá ser definida como a disposição que sempre estar pronta a sacrificar o próximo em lugar de si mesmo em todas as coisas, não meramente em negócios de dinheiro.
A cobiça nasceu no momento em que Lúcifer desejou ser maior que Deus (Is 14. 12-20). Adão e Eva desobedeceram a Deus por causa da concupiscência (Gn 3. 1-5). E por causa da inveja Abel foi assassinado pelo seu irmão Caim (Gn 4.5).
Já a respeito da idolatria percebe-se que é tudo aquilo que usurpa o lugar de Deus (GOMES, 2016, p. 112).
Na visão divina idolatria é:
Abominável (Dt 7.25).
Odiosa para Deus (Dt 16.22).
Tola e sem sentido (Sl 115.4,8).
Não tem proveito algum (Is 46.7).
É contagiosa (Ez 20.7).
É pedra de tropeço (Ez 14.3).
São impotentes (1 Co 8.4; Hb 10.5) – (GOMES, 2016, p.114).
Portanto, além da negação à cobiça e a idolatria nota-se que a descrição de 1 Coríntios 10 a respeito de uma analogia à ética descreve o dever dos cristãos em não nos prostituamos, não tentemos ao Senhor e não murmureis.
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
CORTELLA, Mário Sérgio e BARROS FILHO, Clovis de. Ética e Vergonha na Cara. São Paulo: Editora Papirus, 2014.
GOMES, Osiel. As obras da carne e o fruto do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

terça-feira, 20 de março de 2018

Doutrina: Aprendendo com os escritos do apóstolo Pedro


Aprendendo com os escritos do apóstolo Pedro
Texto: Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia (1Pe 1.1).
O apóstolo Pedro escreveu duas cartas que fazem parte das Epístolas Gerais. No ministério público e privado do Senhor Jesus o apóstolo se destacou por ser íntimo ao Mestre, sempre estava próximo e de prontidão para agir, sendo que em parte até mesmo de maneira incorreta (Mt 26.51).
O presente estudo tem como objetivo compreender de maneira panorâmica as duas cartas escritas pelo apóstolo Pedro.
Conhecendo o apóstolo Pedro
O apóstolo Pedro é destaque nas citações dos Evangelhos nos instantes em que Jesus transmite aos discípulos ensinamentos concernente a vida cristã. O nome Pedro (gr. Πετρος; transliteração, Petros) tem como significado pedregulho, isto é, pedra grande ou grande quantidade de pedras miúdas, significado que também corresponde ao nome aramaico Cefas que significa rocha. A mudança de Simão (aquele que ouviu) para Pedro é caracterizada pela missão que ele estava prestes a realizar.
A Igreja é edificada sobre Cristo a pedra angular, logo, Jesus representa a estrutura espiritual em que a Igreja está edificada, porém Pedro e os demais apóstolos tornaram-se os alicerces da Igreja visível, fato que se comprova na estrutura ministerial, sendo os apóstolos os primogênitos na propagação do Evangelho. Compreender a vida do apóstolo Pedro conforme a Bíblia Sagrada é fundamental, pois a vida do apóstolo está didaticamente esquematizada em duas partes: Pedro antes de negar a Jesus, ouvinte falante; e, Pedro depois de ter negado a Jesus, ouvinte praticante.
Jesus vocacionou a Pedro dando-lhe poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e poder para curar pessoas enfermas (Mt 10.2). Sendo assim conforme o evangelista Lucas pessoas eram postas onde Pedro passasse para que pelo menos a sua sombra cobrisse os enfermos, entretanto conclui-se que todos eram curados (At 5.15,16).
Ao contrário de Judas o apóstolo Pedro esteve presente na última instrução do Senhor Jesus aos discípulos, fato que conduz o apóstolo a se comprometer com a propagação do Reino de Deus. A boa comunicação terá como resultado a prática. O cristão não poderá se limitar a ser um ouvinte falante, mas deverá ser ouvinte praticante, isto é, tudo o que receber de Cristo deverá divulgar.
A Primeira Epístola
 Conforme a saudação inicial (1 Pe 1.1) torna-se nítido que o autor da carta é o apóstolo Pedro. E a carta foi direcionada aos cristãos que viviam dispersos na Ásia Menor, hoje a região da Turquia. Portanto, o objetivo da epístola é encorajar os cristãos a permanecerem firmes em Cristo até mesmo mediante o sofrimento. Provavelmente a carta foi escrita entre os anos 62 a 64 d.C.
Percebe-se que o apóstolo Pedro aprofundou em cinco temas diferentes.
Sendo que o primeiro tema corresponde com o sofrimento, analisando-o como ferramenta para moldar o caráter divino dos cristãos (1 Pe 1.6,7).
Já o segundo tema (1 Pe 1.13-16), é evidente quando Pedro exorta aos crentes a permanecerem em retidão mesmo diante do sofrimento o qual os cristãos estavam enfrentando, pois o cristão não pode pagar o mal com o mal.
Como terceiro tema, os cristãos não deveriam associar o sofrimento como sendo castigo divino (1 Pe 2.20).
Já em quarto, a submissão é fundamental e necessária para que haja harmonia no cenário cristão (1Pe 2.13-19).
E, por fim, como quinto tema, o apóstolo Pedro destaca que o sofrimento de Cristo na cruz foi para salvar o ser humano da escravidão do pecado (1 Pe 1.2-5;3.18-22).
A Segunda Epístola                                
Entre os anos 64 a 67 d.C foi escrita a segunda carta do apóstolo Pedro, que tem como tema central: santidade. O apóstolo Pedro foi uma testemunha dos fatos que marcaram o primeiro século da era cristã. Provavelmente a segunda carta foi endereçada aos indivíduos que estavam com dificuldade de servir a Jesus Cristo. Por isso, percebe-se que o apóstolo não queria que seus leitores vivenciasse a arrogância dos falsos mestres.
Verdade corroborada por Miranda:
Aparentemente, junto com a perseguição, a crise doutrinária é o principal problema que os últimos autores do Novo Testamento precisaram enfrentar. Influenciados por filosofias gregas e religiões orientais, alguns pregadores e líderes tentaram levar igrejas inteiras atrás de seus ensinos. Assim, o principal tema dessa carta é a crise com os falsos líderes (MIRANDA, p. 123).
Portanto, para encorajar seus leitores o escritor transmite informações concernentes ao Dia do Senhor que terá como resultado num novo céu e numa nova terra. Porém, as palavras de encorajamento se encerram com a descrição da necessidade dos cristãos serem pacientes.
Em suma, a vida do apóstolo assim como os seus escritos proporcionam aos cristãos da atualidade a se posicionarem perante o Senhor para viver uma vida de santidade. Não importa o tamanho da dificuldade, o importante é saber que há um Deus que peleja pelos seus.
Referência:
MIRANDA, Valtair. Fundamentos da Teologia Bíblica. São Paulo: Mundo Cristão, 2011.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Subsídio da E.B.D: Exortações Finais na Grande Maratona da Fé


Exortações Finais na Grande Maratona da Fé
A presente lição tem como objetivo geral mostrar que, assim como um atleta, o cristão corre a grande maratona da fé.
I – A CORRIDA PROPOSTA
1- O exemplo dos antigos.
2- O exemplo de Jesus.
3- O exemplo da Igreja.
Comentário:
O presente tópico é mediado pelo seguinte objetivo: discutir a respeito da corrida que nos foi proposta por Deus. Sendo que três exemplos são nítidos: dos antigos, de Jesus e da Igreja.
O exemplo dos antigos corresponde com os heróis da fé que são descritos em situações básicas, onde a fé tornou-se decisiva para determinar a vitória mediante as perseguições, o tempo, a aproximação da morte e perante a certeza.
1- Perante as perseguições. Tanto perseguições provenientes de ordens espirituais como humanas, pois, os quais, pela fé venceram reinos (v.33).
2- Perante o tempo. Ou seja, perante o tempo no que corresponde ao alcançar as promessas, pois os quais, pela fé, alcançaram as promessas (v.33).
3- Perante a chegada da morte. As mulheres receberam, pela ressurreição os seus mortos (v. 35).
4- Perante a certeza. Isto é, a certeza de vivenciar uma melhor ressurreição (v. 35).
A fé em si é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem. Logo, a fé é o firme fundamento da esperança e a certeza do cristão.
O exemplo de Jesus corresponde com o ato de o Messias ter suportado a cruz, desprezado a afronta e por fim, assentou a destra do trono de Deus. Com base nos versículos 3 e 4 compreende que os crentes hebreus estavam desfalecendo. Deveriam, portanto, tomar como exemplo Jesus Cristo, que, mesmo sendo inocente, suportou a afronta dos pecadores.
[...] Jesus Cristo não apenas suportou o escárnio, o desprezo e a oposição dos pecadores; muito mais do que isso; Ele derramou seu sangue pela humanidade. Era verdade que os cristãos hebreus haviam passado por certas provas e sofrimentos, mas não ao ponto de derramar sangue. Não havia, portanto, razão para recuar (GONÇALVES, p.118).
Já o testemunho da Igreja se caracteriza em aplicar a disciplina, ou seja, a correção divina que se apresenta nos versículos 5 e 6. O termo correção na língua portuguesa pode ser definido por retificação, ou seja, alteração do que não está certo. Porém, no texto Bíblico (Hb 12.5), a palavra pode ser definida por instrução que significa ensino desenvolvido por Deus a aqueles que Ele ama. Pois, a palavra grega presente no texto (παιδευει) e que é citada treze vezes na Bíblia, significa corrigir a criança. Portanto, se compreende que Deus sendo Pai instrui os seus filhos.
1- A correção do Senhor é motivada pelo amor. Champlin apresenta duas frases que merecem destaque sobre a correção divina: o oposto da injustiça não é a justiça, mas o amor, e o juízo é um dedo da mão amorosa de Deus (p. 933).
2- Ao receber a correção divina. Que filho há quem o pai não corrija? Quem não recebe a correção é bastardo e não filho (v.8). Portanto, quando o crente recebe de Deus a correção o mesmo não poderá: outorgar espaço para a ira, desanimar e não se esquecer do propósito.
A existência da ação em corrigir alguém está relacionada com o pecado. A correção é dirigida a aqueles que estão no pecado, sobre o poder do pecado e sobre a condenação do pecado. Se alguém não aceita a correção este não é considerado filho, mas de fato um bastardo.
O indivíduo suporta a correção quando o mesmo reconhece a paternidade divina e quando sente uma tristeza segundo Deus.
1- O reconhecimento da paternidade divina. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai (Rm 8.15).
2- A tristeza segundo Deus. Agora, no entanto, me alegro, não porque fostes contristados, mas porque o efeito da tristeza vos levou ao arrependimento. Porquanto, segundo a vontade de Deus é que fostes entristecidos, a fim de que não sofrêsseis prejuízo algum por nossa causa. A tristeza, conforme o Senhor, não produz remorso, mas sim uma qualidade de arrependimento que conduz à salvação; porém, a tristeza do mundo traz a morte (2 Co 7.9,10).
Portanto, a finalidade da correção é produzir paz e justiça (v.11). Pois, a aprendizagem que se tem do ato da correção até a produção da justiça e da paz é que há necessidade de esforço da parte do cristão para a conquista de resultados.
A correção que Deus impõe nos dá oportunidades cada vez mais novas para nos exercitarmos espiritualmente, e desta forma nos aproximarmos mais do objetivo de Deus para nós, de vida verdadeiramente justa e de paz interior (RICHARDS, p. 511).
II – CORREDORES BEM TRENADOS
1- Respeitam limites.
2- Mantêm a mente limpa.
3- Valorizam as coisas espirituais.
Comentário:
O presente tópico apresenta o seguinte objetivo específico: mostrar que precisamos ser corredores bem treinados. A palavra-chave para compreender este tópico será o termo, santificação, pois quando o cristão reconhece a necessidade de se santificar, é porque este reconhece as suas limitações. Atitude esta que proporciona a manutenção de uma mente limpa e a valorização das coisas espirituais.
III – A CORRIDA FINAL, EXORTAÇÕES FINAIS
1- Valorizar a liderança.
2- Valorizar a doutrina.
3- Valorizar a adoração.
Comentário:
O presente tópico tem como objetivo: saber que estamos na reta final da nossa corrida da fé. E para a concretização da vitória é necessário que valorize a liderança, a doutrina e a adoração.
Portanto, conforme a aprendizagem do parágrafo (Hb 13.7-17) os pastores deverão ser lembrados por terem ensinado aos membros da comunidade cristã uma mensagem cristocêntrica (vv.8,9), por terem conduzido os crentes à correta liturgia na adoração (vv.10,11,15), instruído a comunidade cristã ao objetivo da morte de Cristo no calvário (vv.12,13,14), e por terem exortado aos crentes a vivenciarem uma autêntica prática cristã (v.16).
Referência:
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 1. São Paulo: Hagnos, 2014.
GONÇALVES, José. A supremacia de Cristo: fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

terça-feira, 13 de março de 2018

Doutrina: João Batista, o maior dos que nasceram de mulher


João Batista, o maior dos que nasceram de mulher
Texto: Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos Céus é maior do que ele (Mt 11.11).
João Batista era um ser humano e por mais que ele tenha sido grande a sua posição era a de menor no Reino dos Céus. Logo, estas descrições são verdades que se devem compreender a respeito do precursor do Messias.
Concernente à vida do profeta João Batista alguns pontos deverão ser analisados com cautela, que de fato descrevem a grandeza não apenas de um homem, mas acima de tudo de um profeta comprometido com a mensagem do Reino dos Céus: primeiro, a síndrome; segundo, o conselho; e por terceiro, o compromisso com a verdade.
A Síndrome de João Batista
Síndrome é um conjunto de sinais ou sintomas que define a manifestação clínica de determinadas doenças.  Conjecturando percebe-se que João Batista enviou os seus discípulos ao Mestre para perguntar se de fato era ele mesmo o que havia de vir ou aquela geração deveria esperar outro? (Mt 11.3).
Portanto, a dúvida é visível na descrição do profeta quando expressou as seguintes palavras:
E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; e ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3.11).
O batismo com o Espírito Santo se difere do batismo com fogo. Logo, o batismo com o Espírito Santo corresponde com o revestimento do alto, porém, o batismo com fogo corresponde com juízo, ou seja, com a condenação.
Na Sua primeira vinda, Cristo batizou com o Espírito. Porém, quando vier novamente, Ele batizará com fogo.
O significado de fogo aqui é controverso, mas pode ser entendido como uma expressão do juízo proclamado por Deus antes (Mt 3.10) e depois (Mt 3.12). Uma comparação cuidadosa de três passagens semelhantes (Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33) revela que o batismo com fogo é mencionado somente quando o juízo aparece antes no contexto (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 20).
Portanto, a síndrome de João Batista é que ele esperava que Jesus condenasse aqueles que rejeitassem a mensagem do Reino, fato que só ocorrerá no período do juízo.
O conselho de João Batista
Os discípulos de João Batista perceberam que muitos iam ter com o Senhor Jesus, o que levou o profeta a expressar as seguintes palavras:
É necessário que ele cresça e que eu diminua (Jo 3.30).
Para o profeta Jesus deveria crescer em popularidade, enquanto ele tinha que diminuir. Os seis versículos posteriores apresentam três explicações que ratificam o motivo de que Jesus deveria crescer e João diminuir.
Primeiro motivo: a origem divina do Messias (Jo 3.31).
Segundo motivo: o ensinamento divino do Messias (Jo 3.32-34).
Terceiro motivo: a autoridade divina de Jesus (Jo 3.35,36).
Compromisso de João com a verdade
João tinha um compromisso com a verdade ao ponto de reprender a uma autoridade política incrédula utilizando os mesmos princípios regentes aos crentes, pois o profeta reprendeu Herodes que ao ir a Roma, seduziu Herodias, mulher de seu irmão e casou se com ela, categoricamente desfazendo dois matrimônios. Fato que conduziu João a reprender Herodes com as seguintes palavras: não te é lícito possuí-la (Mt 14.4).
A descrição do profeta descreve o seu compromisso com a verdade, tanto em proclama-la como em vivê-la.
Em fim, a vida do profeta João deverá ser inspiradora e motivacional para que os cristãos da atualidade possam vivenciar o Evangelho puro. Amando na prática a Palavra, não buscando a condenação do próximo, mas buscando o crescimento da popularidade do nome e da Pessoa de Cristo, pelo compromisso firmado com a verdade.
Referência:
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

segunda-feira, 12 de março de 2018

Subsídio da E.B.D: Os gigantes da fé e o seu legado para a Igreja


Os gigantes da fé e o seu legado para a Igreja
A presente lição tem como objetivo geral apresentar os gigantes da fé segundo Hebreus 11 e o seu legado para a Igreja. Ratificando a verdade prática, pois a fé é a confiança irrestrita na promessa de Deus.
O capítulo 11 é conhecido no mundo cristão por citar a galeria dos heróis da fé. A citação de homens e mulheres que pela fé conseguiram agradar a Deus e que de fato tornaram exemplos de fidelidade, adoração e confiança no Senhor, logo, estes alcançaram o testemunho. Há três pontuações no capítulo que merece bastante atenção: definição prática da fé, o testemunho alcançado pela fé e a essencialidade da fé.
Primeiramente é necessário saber que o termo fé (gr. πίστις) significa convicção e confiança. Porém, tendo como base o capítulo percebem-se duas definições, sendo que estas definições correspondem com o sentido prático da fé.
Em primeiro, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam (v.1). Fundamento significa essência ou realidade. A fé trata as coisas que se esperam como realidade (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 660). Por segundo, a fé é a prova das coisas que se não veem (v.1). Prova significa evidencia ou convicção. A própria fé prova que o que é invisível é real, como serão, por exemplo, as recompensas do crente na volta de Cristo, (2Co 4.18) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 660).
I – A FÉ QUE GERA CONFIANÇA EM DEUS
1- O sacrifício de Abel.
2- O testemunho de Enoque.
3- A confiança de Noé.
Comentário:
O primeiro tópico tem como objetivo específico, discutir a respeito da fé que gera confiança em Deus. E os três exemplos são: Abel, que por confiar em Deus ofereceu a maior oferta; Enoque, que por confiar em Deus andou com Deus e foi arrebatado; e, por fim, Noé que por confiar em Deus transmitiu a mensagem concernente ao dilúvio, sendo que nunca tinha ocorrido chuva sobre a Terra.
Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala (Hb 11.4). Abel está entre os heróis da fé e é o primeiro a ser citado na carta escrita aos Hebreus. As realizações executadas por Abel fizeram do mesmo um homem fiel às oferendas outorgadas a Deus, feito pelo qual Abel alcançou testemunho de que era justo (Hb 11.4).   Portanto, o sacrifício de Abel foi aceito por causa das suas características de homem justo (Mt 23. 35), dedicado e obediente a Deus.
Já Enoque alcançou o testemunho daquele que não viu a morte (v.5). Portanto, alcançou o testemunho de que agradara a Deus.
Dentre as qualidades de Noé a que primeiramente deve ser foca é a sua fé (Hb 11.7), e pela fé Noé foi avisado a respeito das coisas que não se viam, e pela mesma temeu para salvação da sua família e obediência à sua missão. Na vida do cristão o que é importante não é o que ele mesmo fala de si e nem o que os outros dizem dele, e sim o que o Senhor fala a seu respeito, e sobre Noé Deus descreve a sua justiça (Ez 14.14), Noé era um homem justo, logo era íntegro, imparcial, e andava conforme a justiça, e para agradarmos a Deus deveremos viver em justiça (Sl 101.6) e principalmente sermos justos no andar (Pv 14.2). E a terceira qualidade de Noé é a obediência. Por 120 anos o mesmo trabalhou na confecção da arca e mais tempo foi dedicado à pregação de arrependimento para com a sua geração. Portanto, Noé alcançou o testemunho daquele que obedeceu (v.7). Sua fé não só o salvou da inundação, mas também do juízo de Deus, pois se tornou herdeiro da justiça (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 660).
II – A FÉ QUE FAZ VER O INVISÍVEL
1- A obediência de Abraão.
2- A fidelidade de José.
3- A determinação de Moisés.
Comentário:
O segundo tópico tem como objetivo, mostrar que a fé nos faz ver o impossível. Verdade nítida na vida de Abraão que pela fé recebeu o cumprimento da promessa; José que pela fé contemplou o Êxodo dos Israelitas; e, por fim, Moisés que pela fé enxergou o invisível.
Abraão é um dos maiores vultos da história. Dele descendem os judeus e os árabes. Estes últimos por parte de Ismael. De Abrão, pai da altura passou a ser chamado de Abraão que tem por significado pai de uma multidão de nações (Gn 17.5). Foi chamado aos 75 anos de idade (Gn 12.4), teve o nome mudado aos 99 anos de idade (Gn 17.1) e teve o seu filho aos 100 anos de idade (Gn 21.5).
Dentre as características de Abraão três nos chama atenção: primeira, foi chamado de amigo de Deus (Is 41.8); segunda característica, é chamado de o fiel Abraão (Gl 3.9) e por fim, como terceira característica, é considerado como o pai de todos nós (Rm 4.16).
Logo, compreende-se que o chamado de Abraão foi pela fé (Hb 11.8) isto indica que o patriarca não andava por vista (1Cor 5.7), mas por ser justo viveu pela fé, pois o justo viverá pela fé (Rm 1.17) e o mesmo sabia que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
Já concernente ao patriarca José percebe-se que o mesmo é notável na Bíblia Sagrada por sua inteligência e sabedoria (Gn 41. 39) e por possuir o Espírito de Deus (Gn 41.38).
Enquanto, que Moisés foi usado por Deus durante quarenta anos para guiar a nação israelita em direção à terra prometida. Foi também usado por Deus para escrever o Pentateuco, o salmo 90 e provavelmente o livro de Jó.
Pela fé Moisés foi protegido. Anrão e Joquebede não temeram o rei do Egito e por três meses esconderam Moisés da perseguição egípcia que era feita aos meninos judeus (Hb 11.23).
Pela fé Moisés escolheu bem. Como filho da filha de Faraó Moisés tinha privilégios. E dentre tantos privilégios o mesmo gozaria de plena liberdade e conforto. Mas, para o legislador Moisés a liberdade não estava associada ao poderio bélico do Egito e sim na beneficência do Senhor (Êx 15.13).
Pela fé Moisés saiu do Egito. Pela fé, Moisés deixou o Egito, não temendo a ira do rei (Hb 11.27).
Pela fé Moisés celebrou a páscoa. A páscoa conforme o significado é passagem, ou seja, é a comemoração do êxodo e da libertação dos israelitas do Egito. De iniciou a páscoa era comemorada com um cordeiro assado, pães asmos e ervas amarga. O cordeiro servia como recordação do sacrifício, o pão asmos da pureza e ervas amarga da servidão amarga do Egito (Êx 12.8).
III – A FÉ QUE DÁ PODER PARA AVANÇAR
1- A ousadia de Josué.
2- A coragem de Raabe.
3- O heroísmo de Gideão.
Comentário:
Por fim, o terceiro tópico apresenta como objetivo específico à necessidade de compreender que a fé dá poder para avançar.
Josué conquistou a terra prometida.
Raabe conquistou o direito de não perecer com os incrédulos.
E Gideão avançou com apenas 300 homens e conduzir o triunfo para os israelitas diante dos midianitas (Jz 7.19).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

domingo, 4 de março de 2018

Subsídio da E.B.D: Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança


Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
A presente lição tem como objetivo geral mostrar que a Nova Aliança é uma dádiva divina que traz grandes responsabilidades. Ratificando a verdade prática, pois a Nova Aliança é uma dádiva divina que traz grandes responsabilidades.
A respeito da dádiva ratificada no capítulo em apreço, pode-se concluir que:
O autor de Hebreus contrasta os sacerdotes levíticos com Jesus, nosso Sumo Sacerdote. Os sacerdotes levíticos sempre ficavam de pé diante de Deus. Não havia assento no santuário, porque o serviço dos sacerdotes nunca terminava. Havia sempre pecados para serem expiados. Por sua vez, Cristo se assentou à destra do Pai (Hb 1.3;8.1) depois de haver oferecido a si mesmo como sacrifício. Isso indica que Seu trabalho de expiação terminara. Suas palavras finais na cruz, está consumado (Jo 19.30), declaram essa realidade espiritual (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 656).
I – A DÁDIVA DA NOVA ALIANÇA
1- Uma única oferta.
2- Um único ofertante.
3- Uma única vez.
Comentário:
A oferta foi única, realizada por um único ofertante e apenas uma única vez, sem ser necessária a repetição das oblações pelos pecados. Perceba a riqueza dos seguintes versículos:
Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus (Hb 10.10,12).
Santificados pela oblação do corpo de Jesus, feita uma vez em um único sacrifício. Logo, conclui-se que o sacrifício de Jesus Cristo foi definitivo, isto é, não é necessário que outro sacrifício seja desenvolvido, e também foi eficaz, pois outorga a santificação definitiva, proporcionando a regeneração. Pelo sacrifício definitivo de Cristo, os crentes foram afastados de seus pecados e separados para Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 656).
II – OS PRIVILÉGIOS DA NOVA ALIANÇA
1- Regeneração.
2- Adoração.
3- Comunhão.
Comentário:
O presente tópico destaca três privilégios: regeneração, adoração e comunhão.
O termo grego para regeneração é παλιγγενεσία e significa novo nascimento, regeneração, reprodução, sendo que no sentido moral corresponde com mudança pela graça, sendo a mudança da natureza carnal para uma nova vida, ou mudança de uma vida pecaminosa para uma vida santificada. Subentende ainda que regeneração pode ser definida pelas seguintes palavras: retorno, renovação, restauração e restituição.
O novo nascimento não corresponde com a reencarnação, nascer em um novo corpo e em uma nova vida, mas corresponde em mudança de vida e de atitudes por passar a ser morada do Espírito Santo. É nascer da água e do Espírito, verdade que corresponde com o arrepender de todos os pecados, e ser submisso e guiado pelo Espírito Santo.
O versículo 25 desperta para o seguinte fato: a adoração ocorre na igreja, local onde a comunhão se notabiliza.
Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.
O escrito deixa bem claro, três motivos que são identificadores dos que deixam a casa de Deus: primeiro, o coração não purificado (Hb 10.22); segundo, a não retenção da confissão (Hb 10.23), e; por terceiro, a desconsideração para com os outros (Hb 10.24).
Na congregação cada crente pode contribuir para o bem-estar do outro, Eis por que o autor exorta os hebreus a congregar e a manter-se unidos. É provável que alguns cristãos deixassem de comparecer às reuniões da Igreja por talvez temerem perseguições (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 658).
Portanto, na congregação cada crente tem por obrigação edificar o seu irmão e nunca transformar a Palavra de Deus em um meio para justificar suas ações e provocar a ira nos demais.
III – RESPONSABILIDADES DA NOVA ALIANÇA
1- Vigilância.
2- Confiança.
3- Perseverança.
Comentário:
A vigilância é necessária para que o cristão permaneça firme na presença de Jesus, logo sem vigilância a permanência em obediência aos princípios poderão de certa maneira ser d ‘estabelecidos.
Portanto, é necessário que o cristão não perca a confiança, pois na perca da confiança se perde a esperança.
Já a palavra perseverança poder ser definida por resistência e constância. Logo, perseverança é a resistência paciente mantida até mesmo em momentos em que situações adversas são reais. Pode ser definida com o manter firme no foco a qual foi vocacionado. Vocação para salvação e não para a perdição.
Perseverança define o indivíduo persistente que tem constância nas suas ações e não desiste diante das dificuldades. Firmeza é o termo apropriado para caracterizar o indivíduo que não duvida dos princípios aprendidos e os colocam em prática.
Deus não deixou de cumprir nenhuma das suas promessas. Na verdade, o ritmo pausado que Ele adotou é motivado pela paciência. Deus está esperando para estender a oportunidade aos seres humanos, para que se arrependam (RICHARDES, p.528).
A paciência deverá ser uma das virtudes que caracteriza o cristão em meio às tribulações da vida, pois em Cristo deverá ser lançada toda ansiedade, Ele tem cuidado da sua Igreja (1 Pe 5.7).
Portanto, a perseverança bíblica apresenta a necessidade da ação humana no que corresponde cultivar uma vida de oração, no manter o coração e a mente sob o escudo da fé, no desenvolver uma dependência de Deus em todas as situações e principalmente no cultivar a esperança que manterá os olhos em Cristo (POMMERENING, p. 129).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS, Lawence O. O Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.