Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Culto de Doutrina: Davi, homem segundo o coração de Deus

Davi, homem segundo o coração de Deus
Texto: E, quando este foi retirado, lhes levantou como rei a Davi, ao qual também deu testemunho e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, varão conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade (At 13.22).
A nomenclatura Davi tem como significado amado, termo de origem hebraica. O personagem aparece nas citações Bíblicas em 1.105 referências, tornando assim o nome mais citado nas Escrituras Sagradas. Sendo que um dos versículos que mais chama atenção é o de Atos 13.22, pois Davi é apresentado como o varão conforme o coração de Deus. Portanto, o presente estudo tem como objetivos: compreender as poses como Davi é narrado na história Bíblica e entender a descrição, varão conforme o coração de Deus.
Panorama do monarca Davi nas Escrituras Sagradas
Davi é apresentado na Bíblia em cinco etapas, que podem ser definidas como sendo poses específicas para um álbum de fotografia: homem comum, poeta inspirado, soldado corajoso, rei valoroso e servo abnegado.
1- Davi o homem. A primeira análise que se deve fazer na Bíblia Sagrada do personagem em apreço é a de Davi como um homem. Deus não falou que estava à procura de um semideus, mas sim de um homem. E como homem Davi cometeu: adultério (2 Sm 11.4) e assassinato (2 Sm 11.14,15).
E por ser o filho mais novo de sua casa Davi possuía responsabilidade no processo econômico da sua família, fato que proporciona a compreensão da atividade pastoril, ocupação que outorgou coragem, virtude notável no palmilhar da existência do grande monarca Davi. Como homem outro fator decisivo para compreender a pessoa de Davi é a percepção da má vontade de seus irmãos (1 Sm 17.28).
2- Davi o poeta. Dos cento e cinquenta salmos na Bíblia, setenta e três é atribuído a Davi, em destaque o salmo 23. Como poeta Davi foi inspirado por Deus a escrever os salmos (2Sm 23.2), verdade que pode ser perceptível aos dias em que Davi de forma solitária passava nos campos cuidando das ovelhas de sua família. Para os intérpretes da música há uma consolidação em definir que a solidão passa a ser a inspiração necessária para as mais profundas letras, conformidade com o salmo 23, em que o salmista descreve os cuidados do pastor para com as ovelhas.
3- Davi o soldado corajoso. Como soldado Davi venceu Golias (1Sm 17. 32-58), liderou os exércitos de Israel em frente aos conflitos outorgando várias vitórias, o que levou as mulheres a cantarem: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18.7). O surgimento da coragem do nobre guerreiro também se percebe aos momentos em que ele cuidava das ovelhas e tinha que reagir aos ataques de ursos e leões.
4- Davi o rei valoroso. Quando Jacó abençoou os seus filhos reservou a Judá a seguinte bênção: “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos” (Gn 49.10). Como rei Davi já se encontrava nos planos de Deus. Segundo a narrativa Bíblica Davi foi tirado do curral das ovelhas para ser chefe de Israel (1Cr 17.7).
Sendo que como rei pode se citar as seguintes conquistas de Davi:
O estabelecimento das cidades dos levitas, a conquista de Jerusalém e a transformação da mesma como centro religioso e administrativo da nação, o estabelecimento da música sacra, e o intuito de construir o templo.
5- Davi o servo. Assim Paulo citou em seu sermão na sinagoga “Porque, na verdade, tendo Davi, no seu tempo, servido conforme a vontade de Deus, dormiu, e foi posto junto de seus pais, e viu a corrupção” (At 13.36). O segredo do sucesso de Davi encontra se no seu ato de ser servo. No ministério particular de Jesus, momento em que Ele supre as necessidades dos discípulos, nota-se que Jesus sendo Mestre e Senhor lava os pés dos discípulos (Jo 13). O segredo para ser abençoado é servir conforme a vontade de Deus.
Davi o homem segundo o coração de Deus
Dois elementos são fundamentais para compreender a descrição Bíblica: achei a Davi varão conforme o meu coração. Os elementos são:
a) Davi possuía um grande desejo em fazer a vontade divina.
b) Davi reconhecia as suas fragilidades, fato que o conduzia a se arrepender dos pecados quando estes eram acometidos.
Saul não conseguia obedecer ao Senhor, o ódio tinha tomado conta de seu coração, fatos que o impossibilitava de fazer a vontade de Deus. Quando o ser humano é tomado pelo ódio, o mesmo não consegue realizar as coisas de forma formidável, principalmente quando se trata de fazer a vontade de Deus aí é que se percebe a imperfeição. Deus tinha escolhido a Davi, porém o ciúme de Saul foi o empecilho para a não realização de uma transição bem-sucedida.
Por fim, em suas limitações Davi reconhecia os seus erros e pedia ao Senhor:
Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável. Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito. Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer (Sl 51.10-12).

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Subsídio da E.B.D: Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica

Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica
A presente lição tem como objetivo geral pontuar o sacerdócio do Senhor Jesus como superior à ordem levítica e que, por isso, Ele teve autoridade para inaugurar uma nova ordem.
A missão do sacerdote era mediar à relação entre o homem e Deus. Ou seja, tinha como missão levar o homem até Deus por meio de sacrifícios e pela oração intercessora. Jesus em seu ministério foi Sacerdote perfeito, pois por meio da sua morte foi o próprio sacrifício oferecido ao Pai para a salvação de todos os que creem.
Na historiografia Bíblica percebe-se que no AT existiam divisões concernentes às funções sacerdotais, que eram distribuídas entre, o sumo sacerdote, os sacerdotes e os levitas. Outro fator também determinante para compreender as distribuições das funções dos descentes de Levi é necessário citar os nomes dos filhos deste patriarca: Gérson, Coate e Merari (Êx 6.16).
Os da família de Gérson ficaram com a responsabilidade de cuidarem e trabalharem com os elementos do tabernáculo (Nm 3.22-26). Já os descendentes de Merari com os elementos estruturais como, tábuas, varais, colunas, bases, estacas, cordas, ou seja, com os utensílios do Tabernáculo (Nm 3.38-39). Enquanto, os descendentes de Coate ficaram com as tarefas mais importantes que diretamente estavam associadas com a liderança.
Aos 30 anos de idade os levitas davam início às suas obrigações que eram manuais e as encerravam aos 50 anos (Nm 4.3). Portanto, todos os sacerdotes eram levitas. Porém, nem todos os levitas eram sacerdotes. As obrigações menores, algumas vezes até manuais, como limpeza, arranjo e arrumação no templo, cabiam aos levitas não-sacerdotais (CHAMPLIN, p.17).
Enquanto, os sacerdotes eram responsáveis por desenvolverem as seguintes atividades: sacrifícios (Lv 1-6), e cuidarem das questões concernentes aos alimentos próprios e impróprios (Lv 13-14).
Já o sumo sacerdote estava encarregado de certos deveres especiais, que só ele podia cumprir, como oficial no dia da expiação, entrando no Santo dos Santos com esse propósito, e servir de principal oráculo do sacerdócio (CHAMPLIN, p.18).
I – UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À QUALIFICAÇÃO
1- Por representar melhor os homens diante de Deus.
2- Por compreender melhor a condição humana.
3- Pela posição que exerceu.
Comentário:
A superioridade do sacerdócio de Cristo torna-se nítido na doutrina da encarnação, pois Jesus Cristo se fez carne e habitou entre os homens, se fazendo homem para morrer pelos homens. Logo, se percebe que Jesus representa melhor os homens diante de Deus.
Sobre encarnação é necessário saber que:
Deu-se a encarnação quando a Segunda Pessoa da Trindade tomou a nossa forma e substância para executar o plano redentivo de Deus (Jo 1.12). O processo, que se constitue no maior mistério das Sagradas Escrituras, em nada lhe alterou a divindade.
Jesus é o verdadeiro homem e o verdadeiro Deus.
A encarnação constitui-se no segundo pilar da história sagrada. O primeiro é o êxodo dos filhos de Israel. Sem este mistério, não poderia haver Evangelho (ANDRADE, p.113).
Ao se tornar homem Jesus compreendeu melhor a condição humana para exercer a compaixão, do grego metripatheia, isto é, moderar nas paixões, ser gentil e compassivo.
II – UM SACERRDÓCIO SUPERIOR QUANTO AO SERVIÇO
1- Pela realeza e o propósito pelo qual viveu.
2- Pela vida santa que possuía.
3- Pela submissão que demonstrou.
Comentário:
Com base nos escritos da Carta aos Hebreus nota-se a superioridade do sacerdócio de Cristo pelos seguintes pontos:
a) Os sacerdotes da Antiga Aliança entravam no tabernáculo terreno, sombra do tabernáculo celestial, enquanto Jesus entrou nos céus, no verdadeiro Santo dos Santos (Hb 4.14).
b) Os sacerdotes da Antiga Aliança ofereciam um sacrifício que se repetia a cada ano, isto é, sacrifício que não era eficaz. Já Jesus ofereceu a si mesmo como sacrifício, sendo este verdadeiro e eficaz (Hb 7.27; 9.23,28).
c) Logo, o sacrifício de Jesus tornou-se o melhor de todos, por finalizar os sacrifícios (Hb 9.13-10.18). Por fim, Jesus torna mediador de um pacto novo e maior que o antigo (Hb 8.6).
III – UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À IMPORTÃNCIA TEOLÓGICA
1- Uma doutrina transcendente.
2- Uma doutrina essencial.
Comentário:
A doutrina do sacerdócio do Senhor Jesus é fundamental para o crescimento espiritual dos cristãos, porém esta requer maturidade cristã que é o resultado da meditação na Palavra do Senhor. Sem a mediação da Palavra do Senhor escolhas erradas podem ser tomadas e como consequências transtornos poderão se efetuar.
Por fim, os sacerdotes eram líderes, portanto os líderes na atualidade deverão se espelhar em Jesus como o Sumo Sacerdote, maior líder de todos os tempos, pois o sumo sacerdote concentrava nas pessoas (é constituído em favor dos homens nas coisas concernentes a Deus – Hb 5.1), eram compassivo com os fracos e ignorantes (Hb 5.2), estavam em prontidão para enfrentar o pecado (Hb 5.3), e não autonomeava, mas eram vocacionado por Deus (Hb 5.4). Portanto, sendo Jesus o Sumo Sacerdote é necessário que os cristãos mantenham firme a confissão, porque Jesus pode compadecer das fraquezas dos homens e outorgar satisfação espiritual.
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 6. São Paulo: Hagnos, 2014.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

O ABUNDANTEMENTE DE DEUS PARA COM A FAMÍLIA

O ABUNDANTEMENTE DE DEUS PARA COM A FAMÍLIA
Texto: Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera (Ef 3.20).
Entre os dias 13 a 21 de janeiro de 2018 na Igreja Cruzada Cristã Pentecostal, situada no bairro do Alto do Cruzeiro, em Santa Maria da Vitória – Ba, aconteceu o décimo segundo encontro da família, tendo como tema: o muito mais abundantemente de Deus para com a família. Em cada dia uma mensagem específica foi pregada, sendo que em síntese o décimo segundo encontro da família proporcionou os seguintes saberes:
Primeiro, o muito mais abundantemente de Deus para com a família se concretizará mediante a disciplina de cada membro do lar diante a presença de Deus, a manifestação da bondade divina e principalmente na obediência ao posicionamento de cada membro da casa mediante os deveres específicos.
Segundo, o muito mais abundantemente de Deus para com a família se manifestará mediante a obediência aos seguintes preceitos a serem desenvolvidos em família: alegrar sempre, orar sem cessar, em tudo da graça, não apagar o Espírito Santo, não menosprezar as profecias, reter o bem, abster de toda aparência do mal e se santificar diariamente espírito, alma e corpo (1 Ts 5.16-23).
Terceiro, o muito mais abundantemente de Deus para com a família irá além da humilhação e dos sonhos, pois é Deus que retira toda humilhação do homem e o exalta diante da sua preciosa presença.
Quarto, o muito mais abundantemente de Deus para com a família se notifica no salvar, socorrer, livrar, agraciar e principalmente no concretizar todas as promessas.
Quinto, o muito mais abundantemente de Deus para com a família requer que os membros do lar estejam no lugar certo e cada membro reconheça suas próprias fraquezas.
Sexto, o muito mais abundantemente de Deus para com a família permite entender que o pouco na mão da pessoa certa é muito, porém o muito na mão da pessoa errada torna-se pouco, sendo que é necessário que cada família saiba valorizar e definir as prioridades e administrar bem o que Deus tem outorgado.
Sétimo, o muito mais abundantemente de Deus para com a família corresponde com a quantidade que ultrapassa o limite da medida, porém a vida abundante só ocorrerá quando o indivíduo se aproximar de Deus.
Oitavo, o muito mais abundantemente de Deus para com a família se caracteriza com a boa convivência dos consortes, pois a convivência de ambos proporcionará uma boa criação para com os filhos.
Nono, o muito mais abundantemente de Deus para com a família é precedido pelo dia da angústia, ou seja, o dia de más notícias, ou dia de perseguições, percas e como ocorreu com Paulo o dia em que se passa na prisão; e definido também como o resultado das orações, pois aquele que com fé pede, receberá mediante o poder que em nós opera.

Cuidar da família é dever da Igreja, sendo que é responsabilidade de cada membro desenvolver e proporcionar ações que motive os lares a viverem mediante a operação da graça divina. Não há crise para os lares que estão em Cristo Jesus. 

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Subsídio da E.B.D: Jesus é superior a Josué – o meio de entrar no Repouso de Deus

Jesus é superior a Josué – o meio de entrar no Repouso de Deus
A presente lição tem como objetivo geral demonstrar que Jesus é superior a Josué na mensagem e no provimento de repouso para o povo de Deus. Sendo que a verdade prática notifica que o descanso provido por Josué foi terreno, temporário e incompleto; o descanso provido por Cristo é celestial, eterno e completo.
Josué é um tipo do Senhor Jesus no Antigo Testamento, pois como liderança proporciona a entrada do povo israelita no descanso terreno, logo este descanso é temporário e incompleto.
Champlin assim comenta a respeito de Josué:
...Ele foi o Jesus do Antigo Testamento. Ambos conduzem à Terra Prometida, e ambos receberam uma autoridade acima da de Moisés... Josué serve de ilustração do homem que confronta alguma imensa dificuldade, mas a vence, porquanto nele não havia nem dúvida e nem hesitação, de tal modo que, com coragem e resolução, ele foi capaz de realizar a tarefa que o Senhor lhe deu (2014, p. 606).
Josué era filho de Num, descendente da tribo de Efraim (Êx 33.11) e maioral (príncipe) da sua tribo e como príncipe teve como missão espiar a terra prometida (Nm 13.2,3,8,16). Dois pontos são fundamentais para compreender e entender a vida de Josué narrada nos trechos da Bíblia sagrada.
Josué como servo – Em Êxodo 17.8-16, Josué recebeu a missão de Moisés para liderar o exército de Israel contra os amalequitas. A missão de Josué era dupla: escolher homens certos e sair para a guerra (Êx 17.9). Portanto, Josué foi fiel na missão em escolher pessoas e também fiel no ir para a guerra.
Já em Êxodo 24.13, Josué acompanhou o seu líder até o pé do monte. Moisés esteve quarenta dias e quarenta noites na presença de Deus, sendo que Josué em todo este período permaneceu no pé do monte.
Em Êxodo 33.11 Josué é apresentado como servidor de Moisés que não se afastava da tenda, como resultado da prestação de serviço o que Moisés recebia da parte de Deus Josué também desfrutava, assim, o moço sucessor de Moisés na liderança do povo de Israel, desfrutava da presença do Senhor.
Procura apresentar-se a Deus aprovado (conduta espiritual), como obreiro que não tem de que se envergonhar (conduta disciplinar), que maneja bem a palavra da verdade (conduta pedagógica) 2 Tm 2.15. As três condutas acima citadas são notórios na vida de Josué: homem espiritual, disciplinar e que através do seu modo de vida torna-se um mestre para as futuras gerações dentre elas a nossa.
Josué como líder – A liderança de Josué foi por Deus aprovada. Foi o próprio Deus que falou a Moisés sobre a pessoa de Josué em sucedê-lo na liderança dos israelitas (Nm 27. 18-23). Após a morte de Moisés o novo líder de Israel recebeu de Deus regras fundamentais para uma liderança eficaz (Js 1.5-9):
a) O ponto inicial para uma liderança eficaz é saber a origem do chamado, ou seja, quem o chamou? (v.5).
b) Ter um mentor. No caso de Josué o mentor era Moisés (v.5).
c) Reconhecer a ação de quem o chamou em prol da realização da missão outorgada. Ele não deixará e nem desamparará os teus (v.5).
d) É necessário esforçar-se e ter bom ânimo (v6).
e) Manter íntegro conforme a palavra do Senhor (v.7).
f) Meditar na palavra do Senhor (v.8).
g) Gozar da presença de Deus (v.9).
I – JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ
1- Uma mensagem que deve ser recebida pela fé.
2- Uma mensagem que se fundamenta na obediência.
3- Uma mensagem que conduz à contrição.
Comentário:
A mensagem pregada pelo Senhor Jesus é superior à anunciada por Josué. Josué anunciava as boas novas correspondentes à entrada na Canãa terrena, já Jesus propagou a mensagem correspondente à entrada na Canãa celestial. Mas, para entrar na Canãa terrena os israelitas tiveram que obedecer, assim também para os que querem entrar na Canãa celestial deverão obedecer à mensagem da cruz, pois a mensagem de Deus só tem proveito quando acompanhada pela obediência (LIÇÃO, p.29).
A obediência proporciona conquistas, já o desobedecer conduz a destruição e a percas de oportunidades, exemplo: Adão foi expulso do jardim por causa da desobediência, enquanto Raabe não pereceu, pois obedeceu aos princípios de Deus para com a nação de Israel.
A obediência proporciona a crença necessária no agir de Deus, pois Josué e Calebe foram os únicos acima de vinte anos dos que saíram do Egito que entraram na Canãa terrena, pois creram na promessa de Deus.
É necessário também compreender que a obediência à mensagem de Deus possibilita ao indivíduo o desenvolvimento de um coração contrito, que necessariamente pode ser definido em ser um coração quebrantado, ou seja, um coração aberto para o querer de Deus.
II – JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR AO DE JOSUÉ
1- Um descanso total.
 2- Um descanso real.
3- Um descanso eterno.
Comentário:
A conquista da Canãa terrena não foi total, pois Josué não obteve o pleno controle de toda região conquistada, tornando assim o tipo do descanso real e eterno outorgado por Cristo. Portanto, o descanso terreno é caracterizado pela incompletude, pelo antítipo e a efemeridade.
O livro de Josué mostra as grandes conquistas efetuadas por ele, mas destaca que “ainda muitíssima terra ficou para possuir” (Js 13.1). Josué, sem dúvida, proveu uma forma de “descanso” físico, político e social, mas o verdadeiro descanso era uma promessa para o povo da nova aliança (GONÇALVES, p. 51).
A promessa para o povo da nova aliança continua em sua eficácia, pois Jesus ao se entregar no calvário se entregou para outorgar salvação a todos os que crerem (Jo 3.16).
III – JESUS PROVEU UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ
1- Uma palavra viva.
2- Uma palavra eficaz.
3- Uma palavra penetrante.
Comentário:
Sobre Hebreus 4.12 pode se afirmar que:
A palavra de Deus é o padrão de medida que Cristo usará no juízo (2 Co 5.10). A mensagem de Deus é viva e eficaz, penetrando as partes mais íntimas do ser. Diferencia o que é natural do que é espiritual, assim como os pensamentos (as reflexões) e as intensões (desejos) de cada pessoa. A palavra de Deus, enfim, expõe as motivações naturais e as espirituais do coração do crente (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 645).
Assim para Wesley a palavra de Deus é eficaz, pois é conduzida pelo poder divino e comunica vida ou morte para os que a ouvem e penetra aos lugares mais escondidos da mente humana (apud GONÇALVES, p.52).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 3. São Paulo: Hagnos, 2014.

GONÇALVES, José. A supremacia de Cristo: fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

domingo, 21 de janeiro de 2018

O MUITO MAIS ABUNDANTEMENTE DE DEUS PARA COM A FAMÍLIA

O MUITO MAIS ABUNDANTEMENTE DE DEUS PARA COM A FAMÍLIA
Texto: Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera (Ef 3.20).
A família como instituição divina tem sofrido ataques que objetivam a destruição da essência natural da perpetuação da sua existência. Porém, Deus em sua bondade tem outorgado instruções, cumprido promessas e solidificado os lares para que a alegria do Senhor ministre força e vitória para os que creem.
O apóstolo Paulo utiliza o termo περισσοϛ que tem como significado estar a mais, exceder, ultrapassar em número ou em medida, resumidamente pode ser definido em ser mais que o suficiente. Outros termos que podem definir a palavra abundantemente no Novo Testamento são: deixar sobrar, superabundar, abundar ricamente, riqueza de alguém, e ir além de certa medida.
O muito mais abundantemente de Deus é pós-estabelecido ao dia da angústia e é o resultado das orações e dos pensamentos desenvolvidos em Cristo Jesus.
O dia da angústia
Pode ser descrito como o dia em que se recebem as más notícias, que perde o que se agrada, ou dia em que se é perseguido ou até mesmo o dia em que se passa na prisão.
Ao escrever sobre o tema: quando a prisão é uma realidade. O apóstolo Paulo escreve a seguintes cartas: Filipenses, Colossenses, Filemom e Efésios.
O propósito da epístola aos Efésios torna-se notável no desejo do apóstolo Paulo em visualizar a igreja sob o governo de Jesus ressurreto (2.20-22). A epístola é dividida em duas partes.
Na primeira parte (cap.1-3), a ênfase paulina se foca nas doutrinas centrais da fé cristã. O plano de Deus para a humanidade (1.3-23), a salvação pela graça (2.1-22), na multiforme sabedoria de Deus em vocacionar pessoas e na prática da oração (3.1-21). Sendo que na primeira parte o apóstolo também defende o seu ministério apostólico (3.1-13).
Paulo se refere à Igreja como o Corpo de Cristo, e não como uma igreja local específica. E, se as cartas aos Coríntios estão repletas de problemas na congregação local, em Efésios essas alusões não aparecem de modo algum (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.501).
Já na segunda parte o Paulo descreve como as verdades espirituais devem refletir na conduta cristã (cap.4-6). A unidade da fé mediante a diversidade de dons (4.1-6), a nova vida com Cristo (4.7-5.21), bom relacionamento com Jesus e com a família (5.22-6.9), e por fim, a armadura espiritual do cristão (6.10-20).
No epílogo o apóstolo Paulo revela o seu apreço pelo ministério desenvolvido por outros, principalmente o de Tíquico e finda a mensagem escrita com as seguintes palavras: a graça seja com todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade. Amém (6.24). Sinceridade é também traduzida por sem corrupção.
Portanto, o dia da angústia proporciona ao cristão ser mais dependente de Deus. Orar antes é dependência, orar depois é gratidão, e orar sempre é relacionamento, a presente frase descreve a importância da oração em três palavras: dependência, gratidão e relacionamento. O dia da angústia motiva o cristão a ser dependente de Deus. A vitória sobre os impasses do dia angústia permite ao crente ser grato e a desenvolver um relacionamento sadio para com Deus.
O abundantemente de Deus é o resultado das orações
Na caminhada cristão três práticas são mais do que necessárias: andar por fé (2 Co 5.7), amar (1 Jo 3.16), e orar sempre (1 Tes 5.17). A fé remove montanhas, já o amor remove fronteiras, enquanto a oração move as mãos de Deus.
A oração de um justo é poderosa e eficaz (Tg 5.16), porém há trancas que bloqueiam as orações feitas a Deus, e cinco merece destaque:
Primeiramente há orações que são bloqueadas por serem desenvolvidas por corações ambiciosos, pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites (Tg 4.3).
Por segundo, orações que são feitas por homens que maltratam o consorte. Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher... e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações (1 Pe 3.7).
Em terceiro, não são atendidas por serem feitas por pessoas que menosprezam os pobres. Quem tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, também clamará e não será ouvido (Pv 21.13).
Já em quarto, quando são feitas por pessoas que possuem amargura no coração por alguém. Quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que também vosso Pai que está no céu, vos perdoe as vossas ofensas (Mc 11.25,26).
Por fim, quando se ora sem fé. Peça-a, porém, com fé, não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa, homem vacilante que é, e inconstante em todos os seus caminhos (Tg 1.6-8).
Entretanto, cinco atitudes são necessárias para aqueles que buscam a presença de Deus em oração para que recebam o muito mais abundantemente de Deus. São elas:
Orar com fé. Por isso vos digo que tudo o que pedirdes em oração, crendo que o recebereis, e tê-lo-eis (Mc 11.24).
Orar segundo a vontade de Deus. E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve (1 Jo 5.14).
Orar em nome de Jesus. E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei (Jo 14.13,14).
Orar enquanto jejua. E, havendo-lhes feito eleger anciãos em cada igreja e orado com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido (At 14.23).
Orar permanecendo em Jesus e na Palavra. Se vós estiverdes em me a as minhas palavras estiverdes em vós, pedireis o que quiserdes e vos será feito (Jo 15.7).
Palavra final
O muito mais abundantemente de Deus vai além do que pedimos em oração e além do que imaginamos, pois há um poder que opera em cada cristão. O poder que opera no cristão corresponde à ação do Espírito Santo de Deus que permite a deliberação do perdão de Deus, assim como da ação reconciliadora dos homens para com o próximo.
Referência:

ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Subsídio da E.B.D: Superioridade de Jesus em relação a Moisés

Superioridade de Jesus em relação a Moisés
Nos dois primeiros capítulos o autor salienta a superioridade de Jesus aos anjos, porém, no capítulo três o escritor notifica aos leitores em Roma a superioridade de Jesus a Moisés. O nome Moisés significa aquele que foi tirado. Já o nome Jesus significa aquele que salva. Moisés foi vocacionado por Deus para liderar a nação eleita à terra prometida, já Jesus encarnou-se para proporcionar salvação, outorgando assim o repouso eterno.
Entretanto, a presente lição tem como objetivo geral evidenciar a superioridade de Jesus em relação ao legislador Moisés.
Para Gonçalves ao relatar o contraste entre Jesus e Moisés percebe-se que:
O objetivo é chamar a atenção dos leitores para a importância e a urgência da mensagem cristã. Moisés era lembrado e reverenciado não apenas por ter sido um grande legislador hebreu, mas também como um servo que se sacrificou em prol do seu povo (p.39).
I – UMA TAREFA SUPERIOR
1- Uma vocação superior.
2- Uma missão superior.
3- Uma mediação superior.
Comentário:
O ministério de Moisés foi conduzido mediante a glória de Deus. No monte Sinai grande foi a manifestação divina. E todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subia como fumaça de um forno, e todo o monte tremia grandemente (Êx 19.18).
Entretanto, Jesus não subiu ao Sinai, mas ao Gólgota. No Sinai Deus se manifestou ao povo escolhido. Portanto, no Gólgota Deus se revelou à humanidade.
Os israelitas por terem uma missão centrípeta, isto é, em que as demais nações iriam a Israel, foram beneficiados pela manifestação divina. Portanto, a Igreja por ter uma missão centrífuga, isto é, tem como dever ir até as nações, também foram beneficiados pela glória de Cristo, porém tendo esta glória como lugar específico um ambiente de vergonha, ou seja, o Gólgota. Conclui-se que o concerto estabelecido mediante a morte de Jesus é mais glorioso do que o estabelecido no monte Sinai (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 642).
Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar (v. 5). Porém, quando o escritor da epístola fala sobre Jesus o apresenta como Filho, isto é, o próprio Deus.
Portanto, há duas coisas a se observar:
Primeira, a diferença entre Jesus e Moisés. Moisés é apresentado como servo fiel, enquanto Jesus é apresentado como Filho. Logo, se percebe a superioridade de Jesus a Moisés.
Segunda, Jesus e Moisés foram introduzidos sobre casas diferentes. A casa na qual Moisés representa corresponde com o concerto de Deus com o povo de Israel. Enquanto, a casa na qual Jesus representa corresponde com a Igreja. O que indica abrangência do ministério de Jesus ser superior ao de Moisés.
 Portanto, se para os israelitas Moisés era um exemplo de fidelidade, deveria os mesmos, retornarem para Deus e aceitarem a superioridade de Jesus ao ministério de Moisés e a superioridade de Jesus a Moisés. Porque Moisés conduziu o povo a um descanso terreno, enquanto Jesus conduzirá a todos os que crerem ao repouso eterno.
II – UMA AUTORIDADE SUPERIOR
1- Construtor, não apenas administrador.
2- O perigo de ver, mas não crer.
3- O perigo de começar, mas não terminar.
Comentário:
Moisés foi o legislador da casa de Israel e exerceu a liderança espiritual, jurídica e econômica do povo, em suma, Moisés foi o mordomo do povo de Deus no deserto. Em contra partida, Jesus é o construtor da aliança, o Criador do edifício. Porém, tanto nos dias de Moisés como nos dias atuais percebe-se que muitos não conseguiram e nem consegue crer, mesmo que contemplaram e contemple o agir de Deus, e também não conseguiram terminar, mesmo que iniciaram a jornada.
As obras de Deus nos dias de Moisés foram demonstrações exclusivas da autoridade divina, objetivando o fortalecimento dos israelitas. Entende-se que Moisés mediante a graça divina foi um vaso usado, para que o mar Vermelho se abrisse, água fluísse da rocha e maná fosse outorgado durante a estadia no deserto.
Já o Senhor Jesus no uso das atribuições outorgadas a Ele como Messias exerceu autoridade:
No perdoar pecados – autoridade divina.
No curar as pessoas – autoridade sobre as enfermidades.
No expulsar demônios – autoridade sobre o mundo espiritual.
No acalmar o vento – autoridade sobre a natureza.
E em possuir a chave do inferno e da morte – autoridade sobre a morte e o inferno.
Logo, o Senhor Jesus outorga mediante a sua morte na cruz a salvação para todos os que nEle crer, em suma, não há autoridade maior do que esta.
III – UM DISCURSO SUPERIOR
1- O perigo de ouvir, mas não atender.
2- A humilhação do servo.
3- O exemplo a ser seguido.
Comentário:
Três palavras podem categoricamente explicar o presente tópico: desobediência, humildade e exemplo.
A desobediência retira das pessoas o direito da permanência: Adão não permaneceu no Jardim do Éden porque foi desobediente. A desobediência retira das pessoas o direito da conquista: muitos dos israelitas que saíram do Egito não entraram na Terra Prometida porque não obedeceram a Palavra de Deus.
Já a humildade no ouvir outorga a permanência e a conquista. Josué permaneceu na lista dos que entraria na Terra Prometida assim como conquistou a terra.
Por fim, descrever Jesus como o exemplo é entendermos que devemos imitá-lo e segui-lo, e como aconselhou o apóstolo Paulo sermos o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza (1 Tm 4.12).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

GONÇALVES, José. A supremacia de Cristo: fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Subsídio da E.B.D: Uma salvação grandiosa

Uma salvação grandiosa
O escritor continua sua linha de raciocínio argumentando a superioridade de Jesus sobre os anjos. Porém, em meio aos argumentos percebe-se uma exortação aos crentes para que estes permaneçam firmes diante do Senhor.
Em toda carta há cinco exortações (Hb 2.1-4; 3.1-4.16; 5.11-6.20; 10.19-39; 12.1-29), no que corresponde a permaneça dos cristãos diante de Deus. Sendo que algumas frases são importantes para a compreensão destas exortações: em tempo algum, nos desviemos delas (Hb 2.1); participemos da vocação celestial (Hb 3.1); não façais negligentes para ouvir (Hb 6.12); não deixando a nossa congregação como é costume de alguns (Hb 10.25); olhando para Jesus, autor e consumador da fé (Hb 12.2).
Entretanto, a presente lição tem como objetivo geral explicar que a salvação não é algo dado ao crente compulsoriamente, por isso, ele deve ser vigilante e não negligenciar a graça recebida, pois a salvação é grandiosa, é necessária e é eficaz.
I – UMA SALVAÇÃO GRANDIOSA
1- Testemunhada pelo Senhor.
2- Proclamada pelos que a ouviram.
3- Confirmada pelo Espírito Santo.
Comentário:
Três descrições tornam-se notórias e necessárias em compreensão para a Igreja: atentar para as coisas que já temos ouvido, como escaparemos nós se não atentarmos para uma tão grande salvação, e  testificando Deus com sinais, e milagres.
Atentar para as coisas que já temos ouvido. Imaturidade e negligência passam a serem palavras descritas pelo escritor da carta. Imaturidade no atentar para as coisas ditas por populares da sociedade, e negligência por não atentar para o que é certo e o que tem aprendido. Deus tem levantado e usado pessoas para edificar os crentes por meio do ensino da Palavra. E todo cristão deverá permanecer firme diante de Deus mediante o que tem aprendido, pois o conhecimento da Palavra liberta (Jo 8.32), o conhecimento da Palavra proporciona crescimento (1 Pe 3.18) e o conhecimento da Palavra conduz a santificação (Jo 17.17).
Como escaparemos nós se não atentarmos para uma tão grande salvação. Tão grande salvação, frase que corresponde com a abrangência da doutrina da salvação, iniciando-se com a justificação, confirmando-se com a santificação e por fim, concretizando-se com a glorificação. Portanto, os cristãos não podem de maneira nenhuma perder a oportunidade de reinar com Cristo. Ao que perder a salvação será por Deus punido (Ap 20.15).
Testificando Deus com sinais, e milagres. O versículo três deixa claro que o escritor da carta não teve contato direto com Jesus e o versículo quatro conduz a seguinte suposição interpretativa: os cristãos que receberam a carta faziam parte de uma geração que até poderia ter presenciado milagres, mas não os ter realizado. A igreja cresce mediante a presença de Deus. A presença de Deus é confirmada com a manifestação de poder. Quando não há manifestação de poder da parte de Deus, surge a identificação de que alguns desviaram das coisas que foram ensinados.
II – UMA SALVAÇÃO NECESSÁRIA
1- Por intermédio da humanização do Redentor.
2- Por meio do sofrimento do Redentor.
3- Por intermédio da glorificação do Redentor.
Comentário:
A salvação tornou-se necessária ao ponto em que ocorreu a encarnação do Verbo, isto é, o Verbo se fez carne (Jo 1.14,8) e habitou entre nós, o que se compreende em ação definitiva para outorgar salvação à humanidade. Portanto, na humanização do Verbo houve o sofrimento no calvário para que se concretizasse o plano da salvação prometido por Deus.
Conforme os escritos do evangelista Mateus o sofrimento de Jesus no calvário poderá ser dividido em cinco frases:
Primeira fase, Ele entristeceu – Mateus 26.37.
E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.
Segunda fase, Ele foi abandonado – Mateus 26.56.
Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.
Terceira fase, Ele foi espancado – Mateus 26.67.
Então cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhadas, e outros o esbofeteavam.
Quarta fase, Ele foi julgado – Mateus 26.57, 27.2.
E os que prenderam a Jesus o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos. E maniatando-o, o levaram e entregaram ao presidente Pôncio Pilatos.
Quinta fase, Ele foi humilhado – Mateus 27.28-31.
E, despindo-o, o cobriram com uma capa de escarlate;
E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e em sua mão direita uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos judeus.
Porém, percebe-se que o Senhor Jesus foi glorificado porque Ele sofreu, e sofreu para outorgar salvação a todos os que se aproximarem de Deus.
III – UMA SALVAÇÃO EFICAZ
1- Vitória sobre o diabo.
2- Vitória sobre a morte.
3- Vitória sobre a tentação.
Comentário:

A morte de Jesus na cruz confirma a vitória sobre o diabo, pois morte de Jesus foi uma expiação pelos pecados da humanidade. Expiar o pecado é cobri-lo, apaga-lo e perdoar o transgressor. A morte de Jesus também foi uma propiciação, isto é, foi o aplacar da ira de Deus. Em terceiro a morte de Jesus foi uma substituição (Rm 5.6). Por fim, a morte de Jesus na cruz foi redenção e reconciliação para todos aqueles que se aproximarem da mensagem do evangelho. Então se conclui que a morte de Jesus na cruz além de ser vitória sobre o diabo é também a confirmação da vitória sobre a morte, a lei, o pecado e a tentação.