Deus é Fiel

Deus é Fiel

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Subsídio da E.B.D: As Manifestações do Espírito Santo

As Manifestações do Espírito Santo
O objetivo geral da presente lição é mostrar que o batismo no Espírito Santo e os dons espirituais estão disponíveis a todo crente; e como objetivos específicos: apontar as implicações doutrinárias da descida do Espírito Santo, explicar a natureza das línguas, mostrar o significado e o propósito do batismo no Espírito Santo, e afirmar a atualidade dos dons espirituais.
A presente lição tem como ponto central descrever que as manifestações do Espírito Santo são atuais.
Dois são os principais pontos de contato entre o professor e os alunos: batismo no Espírito Santo e os dons.
Batismo no Espírito Santo
O batismo com o Espírito Santo é um revestimento e derramamento de poder do alto, com a evidência física inicial de línguas estranhas, conforme a vontade do Espírito Santo.
Porém, o batismo com o Espírito Santo não é salvação. Para alcançar a salvação o meio de apropriação é a fé em Cristo. Também o batismo com o Espírito Santo não é santificação. A santificação ocorre de maneira progressiva.
Dentre os efeitos do Batismo com o Espírito Santo se destaca a edificação espiritual do próprio crente, pois mediante o falar em línguas o cristão é edificado (1Co 14.4). Outro efeito é a obtenção de maior dinamismo espiritual, ocasionando maior disposição e maior coragem na prática da vida cristã.
O batismo é também um meio em que Deus outorga os dons espirituais, que são: a palavra da sabedoria, a palavra da ciência, discernimento de espíritos, fé, dons de cura, operação de maravilhas, profecia, variedade de línguas e interpretação de línguas (1Co 12.7-10).
Os Dons
A palavra dom tem como significado dádiva, presente oferecido pelo Espírito Santo aos crentes para os encorajarem a irem além no executar da missão.  De maneira mais prática dom quer dizer “ministério em ação”. Em suma os dons são dádivas do Espírito Santo aos santos para a execução da evangelização e para a edificação da igreja.
Os reis, os profetas e os sacerdotes, dentre outros, foram vocacionados por Deus na Antiga Aliança pra exercerem o ministério da liderança, da ministração da Palavra e da ministração da bênção por meio da intercessão. Ao serem vocacionados receberam eles dons para servirem ao Senhor.
Sendo assim também na Nova Aliança onde que a Igreja tem recebido dádivas ministeriais para proporcionar bênçãos na vida de muitos. Deus levantou apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres para a edificação e união do corpo Cristo.
Porém, os dons de maneira didática no Novo Testamento são apresentados em três categorias: dons de serviço, dons espirituais e dons ministeriais.
Dons de serviço correspondem com o ofício diaconal, exortação, repartir, presidir exercer misericórdia. Os dons de serviço correspondem com atos em benefício ao próximo.
A palavra diácono no grego tem como significado servo. A missão do diácono conforme o texto de Atos 6.1-6 é servir às mesas e também cuidar das viúvas. Há exemplo de excelentes diáconos na Bíblia e dentre eles: Estevão e Filipe. O termo diácono aparece 30 vezes no Novo Testamento, sendo que em 20 casos a palavra é traduzida por ministro, que de fato tem como significado e representação o servo (1 Tm 3.10,13).
Já os dons espirituais são nove e são divididos em três grupos.
Primeiro grupo o de revelação: sabedoria, palavra da ciência e discernimento dos espíritos.
Segundo grupo o de poder: dom da fé, dons de curar e dons de operações de maravilhas.
E o terceiro e último grupo os de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação de línguas.
Acerca dos dons ministeriais os classificados são: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. Os apóstolos são aqueles diretamente chamados por Deus para exercerem um ministério que agrega outras funções como: a de profeta, a de pastor, a de evangelista e a de doutor. O ministério profético corresponde ao ato de apresentar Deus aos homens. Evangelista é o ministro externo, sempre preocupado com as almas perdidas. Pastores são servos com a missão de pastorear o rebanho. Doutor corresponde com os sábios que foram levantados por Deus para instruir o rebanho do Senhor.
Apóstolo – dom especial e agregador dos demais ofícios.
Profeta – dom revelador e anunciador das maravilhas do Senhor.
Evangelista – dom que corresponde ao ato de ir ao encontro dos perdidos.
Pastor – dom administrativo.
Doutor – dom solucionador que proporciona conhecimento aos membros do corpo de Cristo.
Os dons são importantes para a execução do ministério no qual o cristão foi vocacionado. Portanto, o dom espiritual não caracteriza se o cristão que o possui é superior ao cristão que não possui o determinado dom. Há uma diversidade de dons e estes existem para suprir as necessidades da igreja.
Versículo que contribui para a aprendizagem da Lição
Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar (At 2.39), Neste versículo fica claro que o batismo com o Espírito Santo possui uma abrangência, isto é, todos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.
No Novo Testamento tanto os judeus como os gentios foram cheios do Espírito Santo, isto sem acepção de pessoas, conforme a profecia de Joel. Assim, como Deus usou o profeta Joel para profetizar o dia de pentecoste com a descida do Espírito Santo, em Atos capítulo dois, Deus usa o apóstolo Pedro para confortar e esclarecer aos crentes a respeito do batismo com o Espírito Santo.

Portanto, para receber o Batismo com o Espírito Santo é necessário, convicção da promessa, pois o próprio Jesus descreveu o batismo como promessa do Pai (Lc 24.49) e em segundo, viver uma vida de oração, consagração, obediência e o cuidado necessário com a espiritualidade. Em suma, o dia de pentecoste é bíblico e o batismo com o Espírito Santo é para os dias de hoje. E cabe a cada cristão não apagar a chama do Espírito Santo, pois assim escreveu o apóstolo Paulo: não extingais o Espírito (1Ts 5.19).

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Subsídio da E.B.D: A Necessidade de Termos uma Vida Santa

A Necessidade de Termos uma Vida Santa
O objetivo geral da presente lição é conscientizar os crentes da necessidade e da possibilidade de termos uma vida santa diante de Deus e da sociedade; e como objetivos específicos: conceituar santidade, mostrar a necessidade de termos uma vida santa e apontar para a possibilidade de termos uma vida santa.
A presente lição tem como ponto central descrever que é necessário e, principalmente, possível vivermos uma vida santa.
Duas doutrinas Bíblicas são importantes para a compreensão da presente lição: teontologia e soteriologia.
A teontologia é a doutrina de Deus, sendo que a lição em apreço permite que haja a compreensão no que confere a santidade divina em ênfase o atributo moral. Já referente à soteriologia, pois a santidade é um elo da salvação.
Referente a 1 Pedro 1.15, pode-se concluir:
A santidade aqui é a pureza moral. Assim como a atitude de fixar nossa esperança na graça que será nossa, nos fortalece para vivermos na sociedade como estrangeiros, fixar a nossa esperança nele nos separa do poder daquelas concupiscências que antes havia em (nossa) ignorância (1.14). (RICHARDS, p.521)
Pode também afirmar que:
Pedro usa conjunção para nos mostrar o modo como devemos ser diferentes (isto é, santos) do que éramos antes (1 Pe 1.14).
Santo se refere a alguém separado, destacado. Nós temos de viver totalmente separados dos pecados deste mundo, para nos dedicarmos inteiramente a Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.691).
I – DEFININDO OS TERMOS
Deus é Santo, santidade é um atributo moral de Deus. Os atributos são divididos em: naturais e morais. Os atributos naturais define que Deus não precisa e nem depende de ninguém, são atributos unicamente do Senhor. Já os atributos morais são os que definem a pessoa de Deus em revelação para com os teus. A santidade é uma característica fundamental e singular de Deus, pois caracteriza o Ser que é distinto, puro e separado (em quem não há o pecado), fato que não está presente na criação.
O significado da palavra grega αγιοϛ é, puro, limpo, consagrado, sagrado e santo. Portanto, santificação pode se definir em:
Ser separado para o uso sagrado, consagrado para o uso sagrado, limpo para o uso sagrado.
Ser santificado ao Senhor significa que o cristão foi separado para o uso exclusivo de Deus.
II – A NECESSIDADE DE TERMOS UMA VIDA SANTA
Primeiramente há uma necessidade da santidade por que, por meio do pecado original todos pecaram e distanciaram de Deus.
Quando Deus escolheu Israel, a nação deveria vivenciar uma vida santa em toda a maneira de viver, porém este querer divino não se concretizou. Logo, nos dias atuais o novo Israel de Deus, a Igreja, deverá se santificar e vivenciar a maneira de vida que agrada ao Senhor.
Como segunda necessidade da santidade é necessário santificar para servir ao Senhor. Deus é Santo, logo quem serve ao Senhor tem que se santificar a cada dia.
Já por terceira necessidade percebe-se que sem santificação ninguém verá a Deus.
Levando em conta a comparação entre Israel e a Igreja percebe-se que há três bênçãos em comum que podem ser chamados de três privilégios, que são: propriedade peculiar, reino sacerdotal e povo santo.
O compromisso de santidade dos israelitas é o mesmo dos cristãos, pois Israel foi resgatado do Egito, da casa da servidão, e nós fomos libertados do poder das trevas. É assim que pertencemos a Cristo e devemos viver em santidade (SOARES, p.117).
III – A POSSIBILIDADE DE TERMOS UMA VIDA SANTA
Quanto ao tempo a santificação pode ser estudada em três tempos: passada, presente e futura.
No aspecto do tempo, o passado, a santificação também é chamada de posicional ou pretérita. Corresponde com o passado ou momento em que o cristão se decidiu a andar debaixo da graça renovadora de Cristo. Descreve o valor da obra expiadora de Jesus na cruz que por meio da graça divina é eficaz para salvar o mais indigno dos homens, caso este se entregue ao Senhor como único e suficiente Salvador. Santificação pretérita corresponde em vitória sobre a penalidade do pecado.
Já no aspecto do presente a santificação é também conhecida como progressiva, fato que indica que é desenvolvida dia-a-dia por meio de escolhas e decisões. Todo cristão que priorize a santificação deverá consagrar sua vida por meio da leitura da Bíblia Sagrada, da ida à igreja e de uma vida de oração (Jo 17.17). Santificação progressiva corresponde com a vitória sobre o poder do pecado.
Sobre a santificação futura percebe-se que esta só ocorrerá na glorificação dos cristãos. Logo, santificação futura corresponde com a vitória definitiva sobre o pecado, neste caso sobre a presença do pecado.
Com Pedro (1.15-19) se aprende três motivos pelos quais os cristãos devem se santificar diariamente: primeiro, Deus é Santo; segundo, Deus conhece e julga de maneira justa; e, terceiro, os cristãos são remidos pelo sangue de Jesus.
REFERÊNCIA
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Subsídio da E.B.D: A Igreja de Cristo

A Igreja de Cristo
O objetivo geral da presente lição é mostrar a Igreja como corpo de Cristo e os elementos que a identificam; e como objetivos específicos: apresentar o significado da palavra Igreja e os seus desdobramentos, explicar os elementos que identificam a Igreja, e conscientizar os crentes de que eles são membros do corpo de Cristo.
A presente lição tem como ponto central: a Igreja é o Corpo de Cristo.
Duas palavras são fundamentais para a compreensão da Igreja, e elas são: organismo e organização. O estudo concernente a Igreja deverá identificar a mesma como organização, isto é, a Igreja tem deveres e direitos civis; e também como organismo, pois a Igreja é viva, vida espiritual outorgada por Cristo Jesus.
A igreja, como corpo espiritual de Cristo, é um organismo vivo com suas reuniões em torno do Senhor Jesus e suas ordenanças; como congregação ou assembleia, é também uma organização, com sua forma de governo. O ponto de partida de sua proclamação é a ressurreição de Cristo. A existência da Igreja não é resultado de um entusiasmo coletivo, mas a manifestação do poder de Deus (SOARES, 2017, p.102).
I – COMUNIDADE DOS FIÉIS
O termo igreja deriva se da palavra grega ekklesia, que tem por significado assembleia pública. O termo aparece no Novo Testamento, quando Jesus disse que edificaria a sua igreja. A doutrina que estuda a igreja é conhecida como eclesiologia, sendo que esta doutrina expõe diferença entre igreja local (visível) e igreja universal (invisível). A igreja invisível se caracteriza por todos que receberam a Jesus como único Salvador, já a visível trata se do grupo local de cristãos que se reúnem para adorarem ao único Deus.
Conforme a sua missão e a sua natureza, a Igreja é apresentada nos escritos da Bíblia com nomes diferentes, os quais revelam o seu ser e o seu agir perante o mundo, nota-se abaixo alguns destes nomes:
Israel de Deus: o apóstolo Paulo ao escrever à Igreja da Galácia, declarou aos membros da Igreja local de Israel de Deus (Gl 6.16).
Nação Santa: aos irmãos dispersos que se encontravam no Ponto, na Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia que os mesmos eram Nação Santa (1 Pe 2.9).
Edifício: a Igreja é um edifício conforme 1 Coríntios 3.9, texto que se refere a uma construção espiritual.
Há outros nomes outorgados a Igreja segundo a sua missão e natureza: Virgem Imaculada (1 Co 11.2), Esposa do Cordeiro (Ap 21.9), Corpo de Cristo (1 Co 12.27), Família de Deus (Ef 2.17-22) e Universal Assembleia e Castiçal (Ap 1.20).
II – ELEMENTOS QUE IDENTIFICAM UMA IGREJA
Cinco elementos identificam a Igreja: saída do mundo, batismo, santa ceia, adoração e comunhão.
Ser Igreja é salvo em Cristo Jesus, logo, ser Igreja é ter saído do mundo e a execução necessário para que o mundo saia de dentro si. A saída do mundo é chamada de conversão, aceitação de Jesus como único e suficiente Salvador. Já a saído do mundo de dentro do cristão é a santificação, elo da salvação, que permite que o mundo saia de dentro do cristão.
O batismo corresponde com a declaração pública do cristão em servir a Deus.
A santa ceia é uma ordenança em que ocorre um memorial e um anúncio profético, onde os cristãos se reúnem para participarem do corpo e do sangue do Senhor Jesus até que Ele venha.
Já o quarto elemento é a adoração que pode ser definida em três ações: adora (cântico), oração (serviço em prol do próximo) e ação (em destaque a ação social).
A Igreja é uma família a família de Jesus Cristo que para o mundo é conhecida pela unidade. A unidade é bem definida pela palavra amor. Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros (Jo 13. 34,35).
III – O CORPO DE CRISTO
No que concerne ser a Igreja o Corpo de Cristo percebe-se que a unidade do corpo deverá ser a definição para grandiosa comparação. A unidade em está ligado em um mesmo corpo. Unidade por dever proteger uns aos outros. Unidade onde ocorre diversidade de operações e de ministérios. Dons espirituais e ministeriais são outorgados a Igreja para que o nome do Senhor seja glorificado e para que vidas sejam edificadas.
Os dons são outorgados a igreja, para haja produção de frutos eficientes e eficazes, e devem ser acompanhados do amor.  O amor divino (ágape) é imutável, sacrificial e espontâneo. Por amou Jesus foi entregue para salvar a humanidade (Jo 3.16). Quando este amor é operante na vida do indivíduo o mesmo passa a amar até mesmo os inimigos (Mt 5.44). Este amor não corresponde com sentimentos e nem com ações que esperam recompensas, porém trata-se de um dom divino. E é este tipo de amor que Paulo cita (1 Co 13), sendo o caminho mais excelente (1 Co 12.31).
A edificação da igreja é realizada pela Palavra e para a transmissão da mesma, os oficiais do Senhor são vasos responsáveis pela sã doutrina. E sobre os oficias de Deus deve ser ressaltado as responsabilidades dos mesmos, pois, está escrito na Bíblia algumas figuras que representam os oficiais. 
Em Isaías 43.10, diz; Vós sois as minhas testemunhas... Toda testemunha tem como responsabilidade testificar de algo ou de alguém. Logo o obreiro tem como missão testificar do Reino de Cristo.
Em Mateus 5.13, diz; Vós sois o sal da terra... O sal só é fazendo. O obreiro só é obreiro se fazer a preservação.
Em Mateus 5.14, diz; Vós sois a luz do mundo... Aqui estar mais uma missão do obreiro iluminar.
Em João 15.5 diz; Eu sou a videira, vós, as varas... Segundo o texto lido se as varas estiverem ligas ou unidas na videira, produzirão frutos. O obreiro tem como missão produzir frutos.
Em 2 Coríntios 3.2, diz; vós sóis a nossa carta ...A carta instrui, logo o obreiro tem como missão instruir aqueles que estão ligados diretamente ou indiretamente a sua pessoa.
Em 2 Coríntios 5.20, diz; de sorte que somos Embaixadores... O obreiro é representante direto de Cristo Jesus.
Em 1 Pedro 4.10, diz; cada um administre aos outros...O mordomo tem como função básica distribuir. O obreiro como mordomo de Cristo tem a missão de distribuir aos outros o dom como recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.
REFERÊNCIA

SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Culto de Doutrina: Jesus ensinando sobre o discipulado, preparação dos discípulos

Jesus ensinando sobre o discipulado, preparação dos discípulos
Texto: Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo (Jo 16.33).
A etapa do ensino de Jesus que tem como foco a preparação dos discípulos pode ser de maneira sistemática compreendida nos escritos do evangelista João, seguindo o capítulo 13 ao capítulo 17, pois nesta narrativa se encontra o ministério particular de Jesus, período do ensino do Messias outorgado em atenção e em orientação necessária e devida aos discípulos. Entende-se que Jesus ensinou pelo exemplo e por palavras.
Ensinando pelo exemplo
Em dois momentos do ministério particular de Jesus percebe-se que Ele ensinou pelo próprio exemplo: o primeiro é notável quando Ele lava os pés de seus discípulos e o segundo quando Ele ora por seus discípulos.
1. Jesus lava os pés de seus discípulos (Jo 13. 4-11). É necessário ressaltar que o ato de Jesus lavar os pés de seus discípulos tem como objetivo derradeiro o Seu serviço que é perdoar os pecados dos pecadores. Portanto, o acontecimento em foco descreve a necessidade dos discípulos aprenderem por meio do exemplo de Jesus, não corresponde que os cristãos deverão reproduzir este ato, mas que deverão em todas as circunstâncias vivenciarem o exemplo do Senhor Jesus, pois sendo Ele Senhor e Mestre tornou-se o exemplo de humildade.
2. Jesus ora por seus discípulos (Jo 17). Não basta instruir as pessoas a orarem é necessário que as ensine por meio da prática, assim fez o Senhor Jesus, que intercedeu por seus discípulos na presença dos mesmos.
Ensino por meio de palavras
Duas palavras marcam o segundo instante das instruções outorgadas por Jesus: amor e permanência.
1. Sobre o amor. Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros (Jo 13. 34,35).
Três pontos merecem atenção nos versículos citados:
1.1 O amor é um mandamento que deve ser obedecido. Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros. Amar não é fácil, principalmente amar alguém que se coloca no lugar de juiz e que já outorgou dissabores, mas para com estes, Jesus ordem a prática do amor.
1.2 Jesus é o modelo de amor outorgado. Como eu vos amei a vós. Jesus amou incondicionalmente os discípulos, logo os discípulos deveriam amar o próximo em obediência ao mandamento e de forma incondicional.
1.3 O mundo reconhece os discípulos pela prática obediente do amor. Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. A prática do amor proporciona o conhecimento necessário dos que não estão em Cristo a respeito da manifestação de Cristo na vida dos discípulos.
2. Sobre a permanência (Jo 15). Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito (v.7). Jesus aconselha aos discípulos a permanecerem no amor (v.9), a obediência permitia a permanência da alegria de Cristo nos discípulos (v.11), no obedecer ao ide o fruto permanece (v.16).

Assim como Jesus outorgou magníficos ensinos, por meio do exemplo e por meio de palavras aos discípulos, Jesus outorga estes mesmos ensinos aos cristãos do século XXI, requerendo que estes venham a crescerem na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18). Por meio do exemplo Jesus ensina aos cristãos a serem humildes e fervorosos na oração; já por meio das palavras o Mestre ensina os cristãos a se amarem e a permanecerem ligados à Videira Verdadeira.

Subsídio da E.B.D: A Necessidade do Novo Nascimento

A Necessidade do Novo Nascimento
O objetivo geral da presente lição é compreender a necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de Deus; e como objetivos específicos: apresentar Nicodemos como um líder religioso bem-intencionado; compreender o que é o novo nascimento; e, explicar por que é necessário nascer de novo.
A presente lição discorrerá a respeito do novo nascimento, que pode ser definido por regeneração, transformação de vida pelo poder atuante do Espírito Santo na vida do pecador (Tt 3.5). (SOARES, 2017, p.97).
I – UM LÍDER RELIGIOSO BEM-INTENCIONADO
Conforme o evangelista João entende-se que Nicodemos era um fariseu, príncipe ou líder do povo e membro do sinédrio (Jo 3.1; 7.50). O nome Nicodemos significa conquistador do povo.
Os fariseus formavam um partido religioso puritano, que tinham como objetivo a observância da Lei de Moisés. Eram conhecidos por acreditarem na existência dos anjos, dos demônios e da vida após a morte. Em número de pessoas era considerado um grupo pequeno, porém possuía grande influência na vida social e tinham como componentes a maioria dos escribas. Os dois pesos a este grupo na narrativa do Novo Testamento passam a ser a falta de amor e o orgulho.
Porém, contrário ao foco que se firmou em torno dos fariseus Nicodemos se destacou na convicção em que o Senhor Jesus por realizar milagres deveria ser compreendido e escutado. E no que concerne ao amor o Senhor Jesus no capítulo três do Evangelho de João cita o centro da narrativa Bíblica: porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito (Jo 3.16).
Nicodemos foi atraído pelos milagres operados por Jesus, fato que corrobora a narrativa de Deuteronômio 18.19, Se alguém não ouvir as minhas palavras, que o profeta falará em meu nome, eu mesmo lhe pedirei contas, texto que alguns judeus comentam que se algum profeta que não recebeu credenciais de alguma escola judaica, mas que deu sinal por meio de milagres, este deve ser escutado.
II – O NOVO NASCIMENTO
O novo nascimento é definido pela palavra regeneração, que significa gerar novamente. Termo grego para regeneração é παλιγγενεσία e significa novo nascimento, regeneração, reprodução, sendo que no sentido moral corresponde com mudança pela graça, sendo a mudança da natureza carnal para uma nova vida, ou mudança de uma vida pecaminosa para uma vida santificada. Subentende ainda que regeneração pode ser definida pelas seguintes palavras: retorno, renovação, restauração e restituição.
O novo nascimento não corresponde com a reencarnação, nascer em um novo corpo e em uma nova vida, mas corresponde em mudança de vida e de atitudes por passar a ser morada do Espírito Santo. É nascer da água e do Espírito, verdade que corresponde com o arrepender de todos os pecados, e ser submisso e guiado pelo Espírito Santo.
III – UMA NECESSIDADE
Algumas referências Bíblicas descrevem a necessidade do novo nascimento por parte dos homens:
Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram (Rm 5.12) – todos pecaram, logo é necessário que os que ainda estão no pecado voltem para o Senhor Jesus, pois em Cristo Jesus somos justificados.
Consequentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens (Rm 5.18) – a transgressão resultou na condenação de todos os homens, isto é, o pecado presente na vida do indivíduo efetua na condenação, logo é necessário que os que ainda estão no pecado voltem para o Senhor Jesus, pois a justiça de Cristo resulta na justificação que outorga vida com abundância.
A lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça (Rm 5.20) – o pecado tem aumentado e destruído o convívio entre as pessoas, logo é necessário que haja novo nascimento para que na vida destes transborde a graça de Deus.
REFERÊNCIA

SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.