Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 27 de junho de 2017

Culto de Doutrina: Não temas, eis que Deus te deu esta terra diante de ti

Não temas, eis que Deus te deu esta terra diante de ti
Texto: Eis que o Senhor, teu Deus, te deu esta terra diante de ti; sobe e possui-a como te falou o Senhor, Deus de teus pais; não temas e não te assustes (Dt 1.21).
Deus fez promessa ao patriarca Abraão, as confirmou ao patriarca Isaque e as ratificou a Jacó. O povo se multiplicou e perante as terras da promessa estavam, porém o povo não confiou na Palavra do Senhor. Após testemunharem inúmeros milagres o povo temeu ao inimigo e desacreditou na Palavra de Deus. Fatos que demonstram a incapacidade humana e a total dependência do homem para com Deus.
Deus é fiel em cumprir a sua Palavra, a nação de Israel temeu aos homens e foi penalizada, demorando em anos para entrar na terra prometida, porém em tudo Deus tem um propósito específico.
Deus é fiel para cumprir o que tem prometido
Israel como nação foi erguida por Deus, cumprimento da promessa ao patriarca Abraão (Gn 12.2). Jesus o Salvador de todos aqueles que crerem, nasceu de uma virgem, morreu em uma cruz e ressuscitou ao terceiro dia, para cumprir a promessa de salvação outorgada a humanidade (Gn 3.15; Is 53). Logo, Deus fez promessas abrangentes, ou seja, de cunho geral, abrangendo uma nação e até a humanidade.
Mas, Deus também fez promessas restritas, isto é, tendo como foco o indivíduo e a família do indivíduo. No caso de Davi, o Senhor fez promessa com tríplice alcance: um trono, um reino e um rei (2 Sm 7.8-17). Sendo esta promessa ao monarca Davi de cunho restrito a sua pessoa e a sua família.
Porém, todas as promessas, sendo elas abrangentes ou restritas, são proporcionais em outorga para com as pessoas que comungam da mesma geração do receptor da promessa. A promessa a Davi, de um rei, tem como fator decisivo abençoar todas as pessoas da terra.
Passe o tempo que for necessário, mas a promessa de Deus cumprirá.
Veracidade notável na biografia de Calebe, que juntamente com Josué, foram os únicos homens que entraram na terra prometida (Dt 1.35-38). Calebe esperou 45 anos para que os seus olhos contemplassem o cumprimento da promessa de Deus (Js 14.10).
Os descrentes para com as promessas possuem habilidades para esmorecer os filhos da promessa
Dos doze espiões apenas dois continuaram acreditando na ação Divina em outorgar a terra prometida para a nação de Israel. Porém, dez temeram os moradores da terra. O fator decisivo foi que os dez medrosos passaram a sua descrença para com os maiorais de Israel. Há uma crise espiritual identificada de crise do presente, isto é, as pessoas acreditam que Deus fez no passado e acreditam que Deus fará no futuro, porém não acreditam que Deus continua a fazer no presente.
Porém, o desacreditar definiu aquela geração de homens incapacitados e totalmente dependentes, mas estes não souberam depender de Deus. Sendo que o fracasso daqueles homens foi definido pelo o não confiar em Deus.
Assim também na modernidade, os fracassos são definidos e estabelecidos por pessoas que não confiam na Palavra de Deus.
Deus tem um propósito específico
Os quarentas anos em que o povo de Israel palmilhou no deserto tiveram como objetivos:
Formar uma nação forte e temente a Deus.
Conduzir o povo a dependência Divina.
Mostrar aos israelitas que Deus está no controle de todas as coisas.
Josué foi o líder escolhido por Deus para conduzir o povo a entrar na terra prometida. Os anos se passaram, mas a promessa de Deus para com Israel não foi esquecida com o tempo. A lição que se aprende é que Deus não se esquece das promessas proferidas para com o seu povo.
Portanto, a promessa de Deus para com Israel se tratava da terra prometida, porém para o cristão ou para com a igreja local, a promessa terá abrangência específica. O certo é que Deus é o mesmo, Ele não mudou, e Ele é fiel para cumprir todas as promessas.

Em suma, Deus é contigo, confie e espere nEle! 

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Subsídio da E.B.D: Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia

Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia
A Bíblia é o livro sagrado dos cristãos. Em termos práticos a Bíblia é uma biblioteca, pois nela se encontra um conjunto de 66 livros que estão divididos em dois testamentos. A palavra Bíblia deriva do grego biblion, que tem como significado conjunto de livros. Porém, a palavra Bíblia foi utilizada pela primeira vez em referência às Escrituras no ano 400 pelo teólogo João Crisóstomo que ficou conhecido como boca de ouro.
I – REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
Há versículos importantes para a compreensão das duas palavras chaves deste tópico:
Porque o Senhor Javé nada faz sem revelar seu segredo aos profetas, seus servos (Am 3.7).
No presente versículo aparece em destaque à palavra revelar, grego αποκαλυπτω que significa, revelação ou manifestação. Conforme o versículo Deus revela os seus segredos aos seus servos, isto é, Deus torna os fatos conhecidos.
Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça (2 Tm 3.16).
Já o termo inspirado é acompanhado pela descrição, por Deus, que no original irá aparecer na Escritura da seguinte maneira, Θεοπνεύστοϛ, que corresponde com soprado por Deus, logo, toda a Escritura foi soprada por Deus, isto é, inspirada por Deus.
Assim, a frase “Toda Escritura é inspirada por Deus” se refere à Bíblia inteira, aos seus 66 livros. A inspiração da Bíblia é especial e única. Não existe na Bíblia um livro mais inspirado e outro menos inspirado. Todos têm o mesmo grau de inspiração e autoridade (SOARES, 2017, p.14).
Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus (2 Pe 1.21).
A profecia não tem sua origem na vontade humana, mas os homens foram inspirados pelo Espírito Santo e proferiram toda a Escritura por vontade Divina.
II – INSPIRAÇÃO DIVINA
Ponto chave que auxilia na compreensão que toda a Escritura é inspirada por Deus é notável quando Paulo acrescenta escrevendo que é proveitosa para ensinar, repreender, corrigir e formar em justiça. Logo, percebe-se a contribuição da Escritura Sagrada na formação do indivíduo, no que se trata na formação do caráter.
Os fatos narrados pelos escritores da Sagrada Escritura são verídicos “porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21).
Portanto, a autoridade da Bíblia é garantida na veracidade da mesma. Sendo que, a veracidade da Bíblia é definida pelas seguintes integridades:
Integridade geográfica, pois as descobertas arqueológicas provam com exatidão o local em que as circunstâncias descritas na Bíblia aconteceram.
É também definida pela integridade etnológica, isto é, as afirmações bíblicas sobre as raças são corroboradas pelas descobertas acerca dos povos antigos narrados nas Escrituras.
Há também a integridade cronológica que relaciona período do fato e não há controvérsia em datas quando se trata das narrativas da Bíblia com as descobertas.
E por fim, a integridade histórica, na Bíblia nomes de reis e personagens importantes são citados, o que corresponde com as narrativas de anais históricos das antigas civilizações.
III – INSPIRAÇÃO PLENA E VERBAL
Inspiração plena ratifica que todos os livros foram inspirados por Deus, tanto os livros do Antigo Testamento como do Novo Testamento. Já a descrição inspiração verbal, ratifica que cada palavra foi inspirada pelo Espírito Santo, isto é, as palavras vieram de Deus.
A inspiração é a combinação entre a expressão natural dos escritos e a iniciação e orientação especiais dos seus escritos concedidos pelo Espírito Santo. Mas o Espírito Santo não somente dirigia os pensamentos, ou conceitos dos escritores, como também supervisionava a seleção das palavras para a totalidade do texto (e não somente para as questões de fé e prática). O Espírito Santo garantia a exatidão e a suficiência de tudo quanto era escrito como a revelação da parte de Deus (HORTON, 2003, p.103).
IV – ÚNICA REGRA INFALÍVEL DE FÉ E PRÁTICA
O conhecimento da Bíblia proporciona crescimento e melhoramento na conduta de vida dos indivíduos. Assim sendo o conhecimento Bíblico permite aos cristãos serem abençoados espiritualmente, fisicamente, financeiramente, emocionalmente e ministerialmente.
1- Espiritualmente.Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). Vida espiritual abençoada é proporcionada pelo conhecimento da Palavra de Deus.
2- Fisicamente.Se vos estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7). O conhecimento da Escritura proporciona uma vida abençoada fisicamente.
3- Financeiramente.Crede no Senhor, vosso Deus, e estarei seguros; crede nos seus profetas e prosperareis” (2 Cr 20.20b). A Palavra de Deus quando conhecida pelo cristão proporciona bênção financeira.
4- Emocionalmente.Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu todavia, me não esquecerei de ti” (Is 49.15). O conhecimento do Senhor proporciona alívio e segurança ao cristão.
5- Ministerialmente. “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” (2 Tm 3.16,17). O conhecimento do chamado proporciona despertamento para com a leitura da Bíblia.
A Bíblia é a palavra de Deus revelada aos homens e nela Deus é revelado como Pai e Senhor.  É a Bíblia a única regra de fé e prática do cristão, por isso, é dever do cristão conhecer as Escrituras Sagradas.
Referência:
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. 8. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

domingo, 18 de junho de 2017

Subsídio da E.B.D: Jesus Cristo, o modelo supremo de caráter

Jesus Cristo, o modelo supremo de caráter
Jesus é o exemplo perfeito de caráter, verdade ratificada em sua natureza divina, confirmada em suas obras, corroboradas nas suas palavras e ações. Caráter que agradou ao Pai, e expressou a importância de uma vida pacífica, humilde e devota no que corresponde à vontade suprema do Pai. Pode-se definir também que o caráter de Jesus se manifesta na conciliação entre os homens pecadores para com Deus, o Santo, conciliação que se tornou possível graças à obra de Jesus Cristo na cruz.
A verdade prática salienta que como homem, Jesus encarnou e demonstrou ter um caráter perfeito, suportando as fraquezas humanas, sem dar lugar ao pecado.
Jesus 100% homem, 100% Deus. Conforme Paulo (1 Tm 2.5) só há um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem, percebe-se a ênfase de Paulo, Jesus Cristo homem, como ser humano, Jesus:
Nasceu de uma mulher, parto normal; cresceu em estatura e em sabedoria; sentiu sono, fome, sede e cansaço; morreu, porém ressuscitou ao terceiro dia; e, foi feito semelhante aos homens, porém sem pecado (Lc 2.6,7,52; Mt 8.24; Jo 19.28; Hb 13.12; Lc 19.41; Mt 26.37; 1 Co 15.3,4; Hb 2.17; Hb 4.15).
I – JESUS DE NAZARÉ, O FILHO DO HOMEM
Jesus em sua natureza humana teve mãe e não teve pai. Jesus em sua natureza divina tem Pai e não tem mãe.
A expressão: a virgem conceberá e dará à luz um filho, outorga a ratificação das duas naturezas do Messias. A virgem, sem atuação do homem, indica que esta concebeu por intermédio do Espírito Santo (Mt 1.20), logo, a presente afirmativa ratifica a natureza divina de Jesus. A virgem, referência à mulher, indica a natureza humana de Jesus.
E para cumprir a profecia Jesus o Pão da Vida nasceu em Belém, cidade que tem como significado, casa de pão. Porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel (Mt 2.6).
Assim como todo ser humano, Jesus também passou pelo desenvolvimento físico, teve a sua infância, cresceu no meio de pessoas que faziam parte do seu dia a dia, foi ensinado conforme os princípios dos judeus. Portanto, como homem Jesus teve um físico limitado, tanto pelo tempo como pelo espaço. Pelo tempo, pois conforme a condição do físico humano, Jesus como qualquer homem teria um período de vida limitado. Pelo espaço, pois conforme a condição do físico humano, Jesus como qualquer homem teria um limite no desenvolvimento corporal.
Jesus cuidou do seu corpo, pois quando estava cansado, Ele descansou.
II – SEU MINISTÉRIO E CARÁTER SUPREMO
Jesus em seu ministério terreno demonstrou com clareza um caráter norteado pelo exemplo de humildade, mansidão, misericórdia, compaixão e de um espírito pacificador.
Portanto, três palavras são destaque para compreender o caráter de Jesus quando viveu neste mundo como verdadeiro homem, são elas: esvaziar, humilhação e obediência.
Jesus esvaziou se de sua glória e de seus atributos como Deus, porém continuou sendo Deus, porque Ele não esvaziou se da sua essência divina. A humilhação de Jesus teve como objetivo primordial o tríplice ministério do Messias: profético, sacerdotal e o de rei. Como profeta foi Ele o porta voz entre Deus e os homens, pois o profeta fazia a ponte entre Deus e os homens. Como sacerdote foi Ele o representante entre os homens e Deus, pois o sacerdote fazia a ligação entre os homens a Deus. E como rei Jesus desenvolveu o ministério de cura. Por fim, Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz.
III – A MORTE, RESSURREIÇÃO E VOLTA DE CRISTO
O presente tópico transmite três verdades que são únicas do cristianismo: morte vicária, ressurreição e arrebatamento.
Sobre a morte de Jesus é necessário relembrar de dois assuntos importantes: frases ditas por Jesus na cruz e as fases do sofrimento de Jesus.
Na cruz o Senhor Jesus expressou sete frases:
1. Frase: Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem (Lc 23.34).
2. Frase: Em verdade te digo, que hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23.43).
3. Frase: Mulher eis aí teu filho ... eis aí a sua mãe (Jo 19.26,27).
4. Frase: Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste (Mt 27.46).
5. Frase: tenho sede ( Jo 19.28).
6. Frase: estás consumado ( Jo 19.30).
7. Frase: pai nas tuas mãos entrego o meu espírito (Lc 23.46). Sendo que a última frase expressa confiança em Deus Pai, pois assim está escrito: em tuas mãos entrego o meu espírito.
Sofrimento dividido em cinco fases:
Primeira fase: Ele entristeceu – Mateus 26.37.
E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.
Segunda fase: Ele foi abandonado – Mateus 26.56.
Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.
Terceira fase: Ele foi espancado – Mateus 26.67.
Então cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhadas, e outros o esbofeteavam.
Quarta fase: Ele foi julgado – Mateus 26.57, 27.2.
E os que prenderam a Jesus o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos. E maniatando-o, o levaram e entregaram ao presidente Pôncio Pilatos.
Quinta fase: Ele foi humilhado – Mateus 27.28-31.
E, despindo-o, o cobriram com uma capa de escarlate;
E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e em sua mão direita uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos judeus.
Cinco evidências são necessárias para compreender a veracidade da doutrina da ressurreição do Senhor Jesus.
1- O sepulcro vazio. A primeira prova da ressurreição do Messias é o sepulcro vazio “mas ao entrar, não acharam o corpo do Senhor Jesus” (Jo 20.1-8). A pedra que estava no sepulcro pesava em média duas toneladas e possuía o selo romano, fato que impedia a qualquer um de tocar na pedra. A pedra foi removida e o sepulcro ficou vazio.
2- As aparições do Messias. Jesus apareceu a Maria – como consolador, às mulheres – como restaurado da alegria, a Pedro – como restaurador, aos dez discípulos – como doador da paz, aos dois discípulos no caminho para Emaús – como instrutor, aos onze e a Tomé – como confirmador da fé, a Pedro e a João – como interessado nas atividades da vida e, aos quinhentos – como chefia e com autoridade.
3- Os discípulos foram transformados. Pedro agia por impulso, porém após a ressurreição de Jesus o apóstolo passou a pensar conforme o querer do Espírito Santo. Logo esta é mais uma prova da ressurreição de Jesus.
4- A mudança do dia de descanso. Na Antiga Aliança o sábado era o dia em que as atividades religiosas eram realizadas, porém com a ressurreição de Jesus os discípulos não mais observaram o sábado como dia santo, mas utilizaram do domingo para as principais celebrações da igreja (At 20.7).
5- A existência da igreja. A igreja existe não por ser uma organização perfeita, mas porque Jesus ressuscitou dos mortos. O trabalho do Senhor Jesus continua a ser realizado na terra, sendo que esta atividade nos dias atuais é desenvolvida pela igreja, portanto porque Jesus vive a igreja continua.

Sobre a volta de Jesus, concluímos dizendo: MARANATA!

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Subsídio da E.B.D: José, o pai terreno de Jesus – um homem de caráter

José, o pai terreno de Jesus – um homem de caráter
José, pai terreno de Jesus foi escolhido por Deus para apoiar e proteger a Maria e o Messias. O nome José do grego Ἰωσήφ, significa ele acrescentará. A verdade prática salienta que José, pai de Jesus, nos deixou um exemplo marcante de um caráter humilde, submisso e amoroso.
Portanto, o caráter de José torna-se importante para a compreensão dos cristãos e um exemplo a ser observado e imitado destacando-se a humildade, a submissão e amorosidade percebida na pessoa de José. Tipo de caráter ratificado pela dependência deste personagem para com Deus. A dependência do cristão para com a pessoa de Deus demonstra a riqueza do caráter do indivíduo e também o grau de felicidade que a pessoa pode obter.
I – JOSÉ, O PAI DE JESUS
A pessoa de José é definida pelo temor ao Senhor, por ser um homem justo (Mt 1.19), e por ser dedicado ao ofício, tendo como atividade profissional a carpintaria (Mc 6.3).
José ao aceitar a Maria logo após um sonho nota-se que este homem tinha o temor do Senhor e conhecia os planos de Deus para com a Nação de Israel.
Como pai guardião de Jesus, ele o levou a Jerusalém para que o Messias fosse apresentado, fugiu para o Egito para proteger a criança e levou o Messias para Jerusalém no período dos festejos da páscoa (Mt 2.13; Lc 2.22;41).
Por ser Jesus o primogênito era cabível que Ele assumisse a responsabilidade no cuidado para com a sua família em ocorrência de morte de seu pai, fato este que demonstra ter ocorrido, pois Jesus assumiu o ofício da carpintaria. José era o pai adotivo de Jesus, pois a virgem conceberia e daria a luz um filho, profecia que se cumpriu no nascimento de Jesus.
Após o nascimento de Jesus, José teve com Maria outros filhos.
José não conheceu Maria até que ela desse à luz. Este versículo deixa bem claro que Maria permaneceu virgem somente até o nascimento de Jesus. Os irmãos e irmãs que Jesus teve depois eram filhos de José e Maria (Mt 13.55,56). E José não poderia ter tido filhos de um casamento anterior, como alguns sugerem, pois assim Jesus não seria considerado herdeiro do trono de Davi se não fosse o primogênito (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 16).
II – O CARÁTER EXEMPLAR DE JOSÉ
O presente tópico define o caráter de José em duas palavras: obediência e temperança.
A obediência de José é percebida nos seguintes momentos:
Revelação em sonho da natureza de Jesusnão tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo (Mt 1.20). José obedece e recebe Maria como sua esposa.
Revelação em sonho da intenção de Herodes pegue a criança e a sua mãe e fuja para o Egito (Mt 2.13). José obedece e desce ao Egito.
Revelação em sonho do retorno a Israel pegue a criança e a sua mãe e volte para a terra de Israel, pois as pessoas que queriam matar o menino morreram (Mt 2.20). José obedeceu e retornou com sua família para Israel.
Instrução em sonho onde deveriam habitar José foi para a região da Galiléia e ficou morando numa cidade chamada Nazaré (Mt 2.23).
Já a segunda palavra temperança é didaticamente entendida na citação dos frutos do Espírito pelo apóstolo Paulo. Temperança no grego εγκράτεια, (transliteração egkrateia) que significa autocontrole (At 24.25; Gl 5.23; 2 Pe 1.6), também poderá encontrar o termo έγκρατεύομαι  (transliteração agkrateuomai) que significa controlar-se, exercer autocontrole (1 Co 7.9; 9.25). E εγκρατής, (transliteração agkratés) definido por ter pleno controle de si mesmo, disciplinado (Tt 1.8).
Portanto, a temperança faz parte dos frutos do Espírito interligados com o relacionamento pessoal e é definido por autocontrole, ou exercício do autocontrole, e também por ser o pleno controle de sim mesmo, isto é, disciplinado.
III – A NOBRE MISSÃO DE JOSÉ
A missão de José se caracteriza no assegurar a ascendência real de Jesus, proteger Jesus em seus primeiros anos de vida e no zelo pela formação espiritual de Jesus. A formação espiritual dos filhos é um dever inicial dos pais e não da igreja, assim como a educação intelectual dos filhos é um dever inicial dos pais e não do estado.
A leitura da Bíblia, a condução da criança a Igreja, o ensino concernente à oração são instruções e funções que devem ser desenvolvidas pelos pais aos seus filhos. A Igreja oferece cultos de ensino, mas quem conduz a criança a Igreja são os pais. Cabe aos pais irem com os filhos a Igreja e não enviarem os filhos. Pois, por meio do exemplo as crianças são educadas.
Portanto, assim como José teve uma nobre missão para com a educação espititual de Jesus, cada pai tem uma missão nobre na educação espiritual de seus filhos.
Referência:

ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Subsídio da E.B.D: Maria, mãe de Jesus – uma serva humilde

Maria, mãe de Jesus – uma serva humilde
Repetiremos boa parte da introdução do subsídio da lição anterior.
Há seis Marias mencionadas no Novo Testamento:
Maria, mãe de Jesus (Mt 1.16);
 Maria Madalena (Mt 27.56,61);
Maria, mãe de Tiago e de José (Jo 19.25);
Maria, mãe de João Marcos (At 12.12); Maria, mulher cristã que morava em Roma (Rm 16.6);
E, Maria, irmã de Lázaro, também chamada Maria de Betânia (Lc 10.39).
A verdade prática salienta que Maria, mãe de Jesus, nos deixou um exemplo elevado de humildade e submissão à vontade de Deus.
Já referente ao texto áureo percebe-se que:
A palavra serva indica a humildade de Maria perante o Senhor, a prontidão da fé e o serviço obediente, coisas que deveriam caracterizar todo aquele que crê. Paulo usa a mesma expressão para definir a si mesmo (Rm 1.1). (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 147).
I – MARIA, A MÃE DE JESUS
A pessoa de Maria pode ser definida pela palavra do Anjo: salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres (Lc 1.28). Logo, Maria era uma mulher muito abençoada e Deus estava com ela, fato que corrobora que esta mulher procedia com santidade diante do Senhor.
Maria, como todos os mortais, foi alvo da graça de Deus, e não uma concessora desta. Ela desempenhou um papel fundamental, da mesma forma que João Batista recebeu um chamado especial. Maria foi simplesmente agraciada por Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 146).
Que reação diferente esta simples camponesa tem, provavelmente ainda muito jovem, em comparação com a reação de Zacarias, que ficou profundamente abalado e apavorado pela presença de Gabriel.
Nada disso é uma crítica a Zacarias. A sua reação ao aparecimento de Gabriel é compreensível, e Lucas o descreve como irrepreensível (alguém que vivia em completa concordância com a lei mosaica). O que o contraste nas reações realmente faz é resultar no louvor de Maria, e nos lembrar da simplicidade e da sinceridade de sua fé no Senhor – simplicidade e sinceridade cujo exemplo bem poderíamos seguir (RICHARDS, 2008, p. 134).
Sobre Maria percebem-se quatro qualidades espirituais e morais que merecem ser destacadas:
a) ela era virgem. Qualidade moral e espiritual que deve ser imitada pela juventude atual.
b) ela era agraciada. Isto é, Maria foi honrada por Deus.
c) ela desfrutava a presença do Senhor. A presença do Senhor proporciona o crescimento, a satisfação e a conquista.
d) ela era bendita entre as mulheres. Maria era bem aventurada por sua dedicação ao Senhor. Quando os indivíduos se dedicam ao Senhor, o Senhor proporciona grandes coisas para estas pessoas.
II – A ELEVADA MISSÃO DE MARIA
A missão de Maria se concretiza no instante em que Deus lhe outorga a oportunidade de ser mãe do Salvador. Mãe de Jesus o homem e não mãe de Deus. No instante em que recebeu a notícia que seria a mãe do Messias, Maria demonstrou o caráter de submissão à vontade do Senhor.
Sendo caracterizada pela submissão percebe-se que Maria e José educaram os seus filhos conforme os princípios da fé judaica. Jesus foi circuncidado e apresentado para assim ratificar o que estava escrito na Lei.
Muitas mães sofrem com os seus filhos por não saberem educarem as crianças na fé cristã, mas em contra partida se caracterizam como mães que outorgam o que as crianças querem, mas não no outorgar o que as crianças necessitam. A submissão a Deus é demonstração de caráter que proporciona uma educação que norteará os passos da futura geração.
III – O SEU PAPEL NO PLANO DA SALVAÇÃO
Há para os rabinos uma verdade não compreendida por todos os leitores da Bíblia na passagem de Gênesis 3.15, a semente da mulher, para estes a semente da mulher corresponde com a não participação de um homem na fecundação de uma virgem. Logo, antes do nascimento de Jesus os rabinos já ensinavam que uma virgem daria a luz um filho, isto é, corroborando a mensagem de Isaias.
Porém, não corrobora o ensino da igreja Católica que defende ser Maria redentora e mediadora. Logo, daí o surgimento da mariolatria, literalmente culto a Maria (ANDRADE, p.178). Dogmaticamente os católicos estudam a seguinte disciplina, mariologia, onde que sistematicamente Maria é estudada como genitora de Jesus e por isso, tem como objetivo a divinização de Maria.
Por fim, Maria não é mediadora, pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus (1 Tm 2.5).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

domingo, 4 de junho de 2017

O prover de Deus na vida de Davi

O prover de Deus na vida de Davi
Texto: O Senhor é o meu pastor, nada mim faltará (Sl 23.1).

Davi é o personagem mais citado em toda Escritura Sagrada, 1.105 vezes se encontra na Bíblia o nome de Davi, tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, cujo nome tem como significado amado, logo se pode definir como o amado de Deus. Conforme o Salmo 23 percebe-se o prover de Deus na vida do monarca, em: suprir as necessidades básicas, cuidar quando a morte torna-se uma realidade e em exaltar quando os inimigos se multiplicam.
Porém, Deus é quem atua como provedor, cuidando e proporcionando o melhor para os teus, assim o Senhor fez para com o monarca Davi, o tirando do curral, de detrás das ovelhas, para que fosse chefe do povo Israel (1 Cr 17.7).
Suprindo as necessidades básicas
O Salmo 23 apresenta nos primeiros versículos as seguintes necessidades básicas: alimentação, segurança e proteção espiritual. Logo, se percebe que Deus proporciona repouso em verdes pastos, e conduz os cristãos em águas tranquilas, restaurando o vigor no guiar os crentes nas veredas da justiça.
Deus é quem outorga para cada pessoa da terra o alimento necessário. A providência de Deus é notável por meio da chuva que prepara os sedimentos para o plantio. A providência de Deus também é notável na distribuição de riquezas minerais, sendo estas energéticas ou valiosas, Deus governa o mundo outorgando benefícios para que os homens por meio destes benefícios desfrute do melhor da terra.
A segurança necessária vem do prover de Deus, águas tranquilas, segurança apenas em Deus, ninguém pode oferecer e cumprir segurança se Deus não assim confirmar sua vontade. Portanto, a segurança de cada crente estar em Deus.
O prover de Deus também é demonstrado na vida espiritual de cada cristão, porém, é necessário que cada crente busque em Deus o fortalecimento e a aproximação necessária. Uma vida espiritual frutífera é aquela que agrada ao Senhor em proporcionar o melhor para todos aqueles que estão distantes de Deus.
O prover de Deus quando a morte se aproxima
A morte é definida pela palavra separação, diferente da palavra santificação, que significa separado para o uso de Deus. A morte é separação da alma e do corpo, da parte espiritual para com a parte física. A morte é uma realidade ocasionada pelo pecado original. Logo, a morte é a pena que retira o direito de vida eterna na terra para os homens, promessas outorgada a Adão no pacto das obras.
Davi em muitas batalhas vivenciou a aproximação da morte, porém nenhum crente morre antes de cumprir na vida do mesmo as promessas de Deus. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam (Sl 23.4).
A presença do Senhor outorga vida. A palavra e a autoridade do Senhor outorga consolo.
O prover de Deus em honrar Davi
O honrar de Deus para com Davi é notável no exaltar o monarca perante os inimigos, em preparar uma mesa e no transbordar o cálice, isto é, no transbordar de benevolência em meio às perseguições. De todas as lutas enfrentadas por Davi o Senhor outorgou vitória em todas as batalhas.
Portanto, o prover de Deus na vida de Davi se percebe também na oportunidade do monarca poder voltar à casa do Senhor enquanto viver.
Em suma, a providência de Deus continua para com todos os que o buscam de todo o coração. Mediante a presença do Senhor, mediante a Palavra do Senhor e mediante o Poder do Senhor haverá abundância de viveres no celeiro dos cristãos.

Deus é Deus de providência.