Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 30 de maio de 2017

Culto de Doutrina: Não temas descer o Egito porque lá farei de você uma grande nação

Não temas descer o Egito porque lá farei de você uma grande nação

 E disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação (Gn 46,3).
Concernente ao texto há dois pontos históricos que ocorreram anteriormente que merece bastante atenção dos leitores da Bíblia. O primeiro corresponde com o anúncio ao patriarca Abraão em que seus descendentes ficariam em uma terra estranha por um período de quatrocentos anos, antes mesmo do nascimento de Isaque. Já o segundo, corresponde com o palmilhar de José até o Egito, fato que corrobora com a profecia proferida ao patriarca Abraão.

Portanto, percebe-se também o propósito divino em conduzir o povo de Israel para o Egito, para em uma terra estranha formar uma grande nação.
Ao sair das terras de sua origem Abrão tinha 75 anos (Gn 12.4), e ao ver o cumprimento da promessa o patriarca possuía 100 anos de idade (Gn 21.5) fato que é corroborado com a seguinte descrição: quem tem promessa de Deus não morre sem que elas se cumpram. Assim de Abraão veio Isaque, e de Isaque veio Jacó, e de Jacó os doze patriarcas que entram no Egito em um número de 75 pessoas (At 7.14). E saíram do Egito em um número de seiscentos mil homens, além de mulheres e crianças (Êx 12.37).
O período em que o povo da promessa ficou no Egito é marcado pela misericórdia de Deus. Pois, Deus atenta para os filhos de Israel (Êx 2.25) e levanta um libertador o qual foi guardado por um ato milagroso e no seu devido tempo é chamado para agir conforme a sua vontade.
Da mesma maneira ocorre nos dias atuais, Deus continua agindo em prol do seu povo. As promessas de bênção ao serem prometidas são categoricamente cumpridas, pois Deus é o mesmo e não mudou e nem mudará (Hb 13.8). A entrada dos israelitas no Egito foi ato de Deus em proteger o seu povo, sendo assim também a saída deste povo foi ato de Deus em cumprir as suas promessas e proteger o seu povo.
Muitos questionam o agir de Deus, porém o que é cabível a cada indivíduo é saber que Deus está no controle de todas as coisas, e quando Deus tem um plano, Deus usa quem Ele quer, para abençoar os teus servos.
O Egito não seria a morada permanente do povo de Israel, seria uma passagem para que Deus ensinasse aos israelitas a dependerem diretamente dEle. Porém, conforme o livro de Êxodo capítulo treze e versículo dezoito, Deus guiou o povo de Israel pelo caminho do deserto para fazer deste povo uma grande e extraordinária nação. A nação de Israel foi escolhida por Deus por três motivos básicos:
Deus escolheu a Israel para mostrar a sua glória ao mundo. O Egito era a grande potência da época, enquanto Israel era um povo escravo.
Segundo, Deus escolheu a Israel para outorgar ao mundo as Escrituras Sagradas.
E por terceiro, Deus escolheu Israel para entregar o Salvador ao mundo. Por fim, no deserto é lugar de aprender a depender de Deus e lugar em que se aprende a reconhecer os limites humanos.
Há momentos em que decisões difíceis são tomadas, porém Deus encoraja aos Teus dizendo: não temas. No caso de Jacó, o Senhor complementou a frase dizendo que no Egito faria de Israel uma grande nação. E que acompanharia a Jacó, pois assim está escrito: Eu mesmo descerei ao Egito com você e certamente o trarei de volta. E a mão de José fechará os seus olhos (Gn 46.4).
Deus prometeu estar com o Seu povo, mesmo em uma terra estrangeira.
José porá a sua mão sobre os teus olhos. A vida de Jacó estava próxima ao fim. Contudo, Deus prometeu a ele que, em leito de morte, seu amado filho, aquele que ele pensou que havia morrido, estaria com ele (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 108).
Abraão teve uma experiência desagradável no Egito, Isaque foi proibido por Deus de descer ao Egito, porém ao patriarca Jacó, o Senhor ordenou que este descesse ao Egito e corroborou que estaria com o patriarca no Egito.
A presença do Senhor outorgaria benção aos israelitas no Egito, por isso que na Nova Aliança o apóstolo Pedro expressa as seguintes palavras: para quem iremos nós, se só o Senhor tem palavra de vida eterna (Jo 6.68).
A presença de Deus outorga provimentos, proteção, cura e no contexto histórico de Israel proporciona libertação.
Referência:

ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Subsídio da E.B.D: Maria, irmã de Lázaro, uma devoção amorosa

Maria, irmã de Lázaro, uma devoção amorosa
Há seis Marias mencionadas no Novo Testamento: Maria, mãe de Jesus (Mt 1.16); Maria Madalena (Mt 27.56,61); Maria, mãe de Tiago e de José (Jo 19.25); Maria, mãe de João Marcos (At 12.12); Maria, mulher cristã que morava em Roma (Rm 16.6); e, Maria, irmã de Lázaro, também chamada Maria de Betânia (Lc 10.39). Betânia era a aldeia em que Lázaro, Maria e Marta habitavam. O nome Maria tem como significado (hebraico, Miriam) rebelião.
A verdade prática salienta que Maria, de Betânia, é exemplo do crente que dá prioridade a Jesus em sua vida, e lhe oferece o melhor em gratidão por seu amor.
Já referente ao texto áureo percebe-se que:
Ungiu os pés. Maria também ungiu a cabeça de Jesus (Mt 26.7; Mc 14.3). era um costume da época ungir a cabeça dos convidados. Ungir a cabeça de Jesus era um gesto de honra; ungir Seus pés era um gesto de devoção (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 261).
I – O EXEMPLO DE MARIA DE BETÂNIA
Marta e Maria, duas mulheres com atitudes diferentes, irmãs de Lázaro, o amigo de Jesus. Marta recepciona Jesus e os discípulos em sua casa, já Maria escolhe a boa parte, ou seja, Maria outorga prioridade em ouvir a Palavra do Senhor.
...Maria preferiu ficar ouvindo a palavra do Mestre enquanto sua irmã envolvia-se nas tarefas domésticas (Lc 10.39). Ela foi reprovada por Marta, mas recebeu enorme elogio de Jesus por ter escolhido a boa parte (10.41,42). Na mesma semana daquele acontecimento, vemos os fatos em que Maria, irmã de Lázaro, aparece protagonizando um dos momentos mais interessantes e polêmicos do ministério de Jesus (LIMA, p.101).
Assim como Maria os cristãos na atualidade devem priorizar o ouvir a Palavra do Senhor. É triste, porém, é verídico, muitos não se atentam para a Palavra de Deus, mas outorgam e prioriza o tempo para atividades que eliminam o tempo da Palavra. Sendo que o ouvir a Palavra proporcionará avivamento, santificação e unidade na comunidade cristã.
Em meio às crises é necessário que as famílias se reúnam para buscarem a presença do Senhor, pois o ler a Bíblia, orar, jejuar e o ir à Igreja proporciona um coração quebrantado que prioriza o Reino e a Justiça de Deus.
Maria escolheu a melhor parte: ouvir a Palavra do Senhor. Fato que não exclui a importância da personagem Marta, que priorizar cuidar das coisas materiais, tendo como objetividade recepcionar ao Senhor Jesus.
Conforme Tognini três elementos são encontrados na casa de Betânia: serviço, adoração e louvor. Marta cuidava das atividades domésticas, isto é, Marta representava o serviço. Maria ao sentar aos pés de Jesus representa a adoração. Por fim, Lázaro e os discípulos representavam o louvor (p.53-55).
II – MARIA, A MULHER QUE UNGIU O SENHOR
A ação de Maria descreve a importância da devoção generosa. Maria ungiu os pés e a cabeça do Senhor Jesus, ao ungir os pés percebe-se a recepção verdadeira em que não há falsidade, já ao ungir cabeça de Jesus percebe-se que Maria reconhecia a autoridade de Jesus como Messias.
Jesus viu que o derramamento do unguento sobre Seu corpo estava preparando-o para a morte (Mc 14.8). O óleo perfumando foi derramado em Jesus antes de Sua morte, o que normalmente seria feito depois dela. O grande valor da fragrância para (1) o valor da morte de Jesus e (2) o alto custo da devoção a Ele. (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 78).
O prometido seria morto, mas ao terceiro dia ressuscitaria.
O que se aprende da ação de Maria é que os cristãos devem oferecer o melhor para Deus. Com Abraão se aprende que se Deus pede o filho é porque Deus quer o melhor. Com Davi se aprende que a oferta deverá ser voluntária. E com Jesus que a oferta deverá ter efeito universal, pois a oferta é expressão de louvor, adoração e de serviço.
III – O CÁRATER HUMILDE DE MARIA
Em duas situações Maria poderia ter revidado as palavras de Marta sua irmã e de Judas discípulo do Senhor Jesus, porém em nenhuma delas Maria levantou a sua voz, mas de fato esperou de Cristo a palavra final. Logo, o caráter de Maria torna-se a ser definido pela dependência de Deus e pela vida de humildade.
Ser humilde é ter coragem e realizar para Deus o que os outros não têm coragem de fazer.
Para concluir:
Uma serva de Deus não deve negligenciar os afazeres domésticos sob sua responsabilidade, mas precisa saber administrar o tempo e as oportunidades para não se deixar ficar tão assombrada, a ponto de não ter tempo para Jesus, sendo, assim, um exemplo para os crentes em todos os tempos e lugares (LIMA, p.111).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
LIMA, Elinaldo Renovato de. O Caráter do cristão, moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

TOGNINI. Enéas. Maria Madalena, a verdadeira história de importantes personalidades Bíblicas. São Paulo: Bompastor, 2005.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Subsídio da E.B.D: Hulda, a mulher que estava no lugar certo

Hulda, a mulher que estava no lugar certo
A profetisa Hulda viva em Jerusalém no período em que Josias governou sobre Judá, em um bairro chamado de Cidade Baixa. Como profetisa, Hulda transmitiu o que Deus tinha para falar com o povo, o julgamento contra Jerusalém, evento que só ocorreria após a morte de Josias.
A verdade prática salienta que quando o povo se corrompe, Deus levanta homens e mulheres como instrumentos de advertência contra o pecado.
Já referente ao texto áureo percebe-se que:
Escritas no livro. Tanto o livro de Deuteronômio como o de levítico contêm longas listas de bênçãos e maldições associadas à aliança com Israel (Dt 28; 29). (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 719).
I – QUEM FOI HULDA
Hulda é uma das quatro mulheres profetisas citadas no Antigo Testamento. As outras três são Miriã (Êx 15.20), Débora (Jz 4.4) e Noadias (Ne 6.14). (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 718).
Por ser uma profetisa Hulda tinha como dever no ofício, tornar conhecida a vontade de Deus. Sendo que para isto a profetisa ouvia a voz de Deus e transmitia ao homem, portanto, a função da profetisa se resume em: primeiro, ouvir a voz de Deus e em segundo transmitir ao homem.
Hulda foi uma serva de Deus que demonstrou ter um caráter firme, decidido e discreto, num tempo em que reis e profetas desviaram-se dos caminhos do Senhor. Pouco se sabe acerca dela. Seu nome, no hebraico, significa doninha (LIMA, 2017, p.94).
II – HULDA VÊ O TEMPO DO AVIVAMENTO
Avivamento significa trazer de volta à vida. Porém, o avivamento só é possível aos vivos, pois um pecador não pode ser avivado. Quando alguém é avivado isto indica que ele está vivo, está despertado, é um ser animado e é um indivíduo estimulado. Portanto, avivamento corresponde com o ato da conversão e com o ato da santificação. A conversão é o momento em que o homem é tirado do mundo, enquanto que a santificação é a retirada do mundo do coração do homem.
Sobre Josias se destaca as seguintes palavras: fez o que era reto aos olhos do Senhor e andou nos caminhos de Davi, seu pai, sem se desviar deles nem para a direita nem para a esquerda (2Cr 34.2).
Fez o que era reto aos olhos do Senhor, isto é, Josias buscou andar em conformidade com Deus, portanto, Josias buscou ser reto, justo, e conhecer e a vivenciar a santidade de Deus. A retidão de Josias é notável no momento em que ele aboliu a idolatria e resgatou a Lei do Senhor.
O profeta Habacuque escreveu as seguintes palavras:
Ouvi Senhor a tua palavra e temi (Hb 3.2).
Logo, avivamento é causa e consequência da pregação da palavra. Na ausência da palavra não haverá avivamento.
Na ausência da exposição da palavra de Deus não há crescimento espiritual. O apóstolo Pedro escreveu na segunda epístola; antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 3.18). Portanto, não havendo explanação da Palavra de Deus não há edificação.
De quem é a culpa? No início da história da humanidade nota-se que o ser humano gosta de lançar a culpa sobre o outro, é só lembrar-se de Adão e Eva (Gn 3. 12,13). Porém, a pergunta perdura de quem é a culpa? De fato a culpa é de todos. Porém, é necessário que os cristãos voltem para a Palavra.
III – HULDA É USADA POR DEUS
A mensagem tem que ser transmitida mesmo que aparentemente seja uma palavra dura para se escutar.
Os líderes necessitam também da Palavra do Senhor. Pois, as mudanças numa nação, ou numa igreja, só têm efeito se começarem pela liderança. Toda liderança deverá se moldar em ações proativas caracterizadas por palavras, presença, princípios, potencial e por propósito (5P da liderança).
As palavras do líder tem fundamental importância para a condução dos liderados. A presença do líder nos eventos e nos momentos importantes do liderados definirá os resultados. Os valores (princípios) por quais os líderes são conduzidos determinam a aceitação do mesmo pelos liderados. O conhecimento (potencial) caracteriza a ação proativa dos líderes. Líderes que dirigem com propósitos saberão até onde o sucesso ministerial os conduzirá.
Josias fez um concerto com Deus e aboliu a idolatria. Mas, para que isto ocorresse Deus usou a profetisa Hulda, mulher de Deus que teve um papel significante para a história de seu povo, ainda que de modo muito passageiro. Todavia, o que importa é a qualidade de seu trabalho, e não a extensão de seu ministério. Hulda soube colocar-se discreta e humildemente no lugar que Deus reservou a ela. Mas, no momento certo, entregou a mensagem de condenação de Deus ao povo de Judá, que, de maneira contumaz, afastara-se dos caminhos do Senhor (LIMA, 2017, p.100).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

LIMA, Elinaldo Renovato de. O Caráter do cristão, moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro. Rio de Janeiro: CPAD, 2017. 

sexta-feira, 19 de maio de 2017

E o Espírito do Senhor se apoderará de ti (1 Sm 10.6)

E o Espírito do Senhor se apoderará de ti (1 Sm 10.6)
O livro de 1 Samuel trata basicamente dos seguintes fatos históricos do povo de Israel: o período dos juízes (narrando o nascimento e o chamado de Samuel, assim como o fim do ministério sacerdotal de Eli) e a instauração da monarquia (tendo como personagem principal Saul, o primeiro rei da nação de Israel).
No período da monarquia percebe-se a rejeição de Saul e a escolha de Davi. Saul foi rejeitado por não prosseguir no desígnio de Deus, enquanto Davi conquistou o coração de Deus. Porém, nas palavras de Samuel a Saul e na concretização das palavras, notam-se duas expressões que chamam atenção: primeira a expressão, o Espírito do Senhor apoderará de ti (1 Sm 10.6), segunda após a concretização, o Espírito de Deus apoderou dele (1 Sm 10.10).
O Chamado de Deus
1- Chamado à Salvação. No evangelho segundo Mateus estar escrito as seguintes palavras do Senhor Jesus Cristo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” Mt 11. 28-30. O texto citado trata-se do chamado para ser aliviados das cargas provindas pelo pecado. O chamado à salvação corresponde ao chamado para ser livre de todo tipo de pecado.
2- Chamado ao Serviço. Aos escolhidos Deus outorgou missões nobres para serem executadas: Noé teve como missão executar a tarefa de construir uma arca e apregoar a mensagem de arrependimento (Gn 6. 13-22); Jonas teve como missão executar a tarefa de pregar a mensagem de arrependimento em Nínive (Jn 1.2); Moisés teve como missão guiar, proteger, amar, em suma, liderar um povo numeroso no deserto (Êx 3.8); Davi teve como missão firmar o reino israelita (1 Sm 16. 12,13); Elias teve como missão dentre tantas, ungir a Eliseu como sucessor (1 Re 19.16); e, os doze discípulos tiveram como missão pregar o evangelho primeiro às ovelhas perdidas da casa de Israel, a curar os enfermos, a limpar os leprosos, a ressuscitar os mortos e a expulsar os demônios (Mt 10. 6-8).
Já Saul foi chamado para servir como rei da nação de Israel.
3- Chamado à Glorificação. A obra prima de Deus (o ser humano) foi criado para viver eternamente ao lado do Senhor em uma vida santa e justa, porém os relatos bíblicos descreve que o homem não foi fiel ao pacto das obras (Gn 3.6,7), desobedecendo a palavra do Senhor: “não comereis dele e nem tocareis, para que não morrais” (Gn 3.3). Todavia, por intermédio de Jesus Cristo a promessa de vida eterna é outorgada ao individuo que receber a Jesus em seu coração (Jo 1.11;10.10;At 4.12;Rm 10.9).
Saul, o rei de Israel
O Espírito do Senhor apoderará de ti, esta expressão transmitida por Samuel demonstra o amor de Deus, pois a expressão Senhor na Bíblia corresponde com a bondade, a misericórdia e o amor de Deus. Porém, quando Saul chegou ao outeiro um rancho de profetas lhe saiu ao encontro e o Espírito de Deus se apoderou dele, na primeira descrição está o termo Senhor e na segunda o termo Deus, a expressão Deus na Bíblia indica a manifestação de poder.
1- Espírito do Senhor. A segunda parte do versículo (v.6) está escrita da seguinte maneira, e profetizarás com eles e te mudarás em outro homem. A misericórdia do Senhor é a causa de não sermos consumidos (Lm 3.22), logo a misericórdia do Senhor é a explicação da transformação do mais indigno homem em um cidadão do bem.
2- Espírito de Deus. No versículo 10 há afirmação de que Saul profetizou no meio dos filhos dos homens que compunha o rancho dos profetas. Quando a expressão Espírito de Deus aparece na Bíblia três ações da parte de Deus são notadas: poder, profecia e direção.

Em Atos 5.3,4 o Espírito Santo é chamado de Deus. O nome Deus mostra que Ele é poderoso. Tão poderoso que criou os céus e a terra, portanto, o Espírito Santo tem poder absoluto. São importantes também as descrições que se encontram na Bíblia relacionando o Espírito Santo com o nome Deus, ou seja, o Espírito de Deus: e o Espírito de Deus se movia (Gn 1.2), relaciona ao poder do Espírito Santo; e o Espírito de Deus apoderou dele (1 Sm 10.10) relaciona a profecia e por fim, e todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus (Rm 8.14), aqui a associação se refere a direção promovida pelo Espírito Santo.
O Espírito Santo guia o crente pela Escritura Sagrada e pela consciência transformada. Paulo escreve a Timóteo e classifica os falsos mestres por terem cauterizado a consciência, isto indica a perca da sensibilidade para com as coisas de Deus. Esta perca é definida por escolhas direcionadas pelo ego humano.
Portanto, quando na Bíblia o Espírito Santo é chamado de Espírito de Deus a Ele estar associado poder, profecia e direção.
3- Término diferente do início. Se Saul iniciou o seu ministério como rei de maneira humilde, terminou de forma arrogante e irracional. Os erros de Saul são contabilizados da seguinte maneira: dava um passo para frente e dois passos para trás.
A vida de Saul ensina que quando o homem perde a presença de Deus o mesmo se transforma de humilda a arrogante, de profeta de Deus a habitação de espírito imundos, de grande a pequeno, de separado para ser usado por Deus a rejeitado, de rei a homem sem prestígio. O que os crentes possui de mais valor nesta vida é a presença do Espírito Santo de Deus. E na presença do Espírito Santo de Deus percebe-se a transformação do arrogante a humilde, do problemático a morada do Espírito Santo, de pequeno a grande, de rejeitado a separado para ser um instrumento nas mãos de Deus, e de indivíduo sem prestígio a rei de uma nação.

Em suma, o Espírito do Senhor apoderará de ti, indica uma promessa e a frase o Espírito de Deus apoderou dele, indica o cumprimento da promessa. Que Deus cumpra as suas promessas na vida de seus servos!

Mulher, não chores

Mulher, não chores

Texto: E vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela e disse-lhe: não chores (Lc 7.13).

O texto relata a respeito da ressurreição do filho de uma viúva que habitava na cidade de Naim, com localização a cerca de dez quilômetros de Nazaré. Atualmente esta cidade é habitada por muçulmanos e continua sendo pequena e pobre. Três pontos se destacam na narrativa histórica da viúva de Naim: primeiro ponto, a mulher era viúva; segundo, o jovem era o seu único filho; e, terceiro, uma grande multidão saia da cidade no cortejo fúnebre. Portanto, a narrativa se introduz com a chegada de Jesus à cidade, e com Ele muitos dos seus discípulos e uma grande multidão.

Logo, se percebe que ocorre a descrição de duas multidões, uma que entrava na cidade e outra que saia da cidade. A liderada por Jesus correspondia com a multidão da alegria, isto é, a caravana da vida, enquanto a liderada pela mulher se definia pela tristeza e pela perca, ou seja, a caravana da morte.

A caravana liderada pela viúva

A dor, o desespero e a tristeza eram nítidos na caravana liderada pela viúva. Por costume da época o corpo deveria ser enrolado em envoltório, feito de linho, a viúva não poderia comer carne e nem beber vinho, e toda refeição deveria ser leve e realizada na casa de um vizinho. Logo, se conclui que a viúva contratou carpideiras e providenciou flautas para o cortejo fúnebre.

Em comparação com o patriarca José, a caravana liderada pela viúva terminaria em uma cova em que o seu único filho seria sepultado. Ao contrário, o patriarca forçadamente tem em uma cova o início de sua trajetória, sendo que a caravana em que o mesmo participa também se define em ser uma caravana de dor e de humilhação.

Porém, o que se percebe em conformidade nos dois casos é que Deus tem em toda circunstância um propósito e não há nada que ocorra sem ser por Deus permitido. Uma cova tinha sido aberta para aquele jovem, Deus não livrou aquela viúva do sofrimento momento da perca do único filho, mas da cova o livramento foi outorgado para o júbilo da viúva. Da cova Deus tirou José e o conduziu em uma caravana até o Egito, em seguida à casa de Potifar, de lá a prisão, porém da prisão ao trono. O fim não se consuma na cova, mas da cova o melhor de Deus há de acontecer.

Porém, a caravana liderada pela viúva chorava.

A caravana liderada por Jesus

Ao aproximar da entrada da cidade Jesus visualizou uma viúva e teve íntima compaixão, e para ela disse a seguinte frase: não chores.

Era aquele o dia da angústia para a viúva, caracterizado negativamente por ser o dia de perda (Jó) e de rejeição (José), mas que positivamente corresponde com o dia de revelação de caráter e de fé. Em suma, o dia da angústia existe para que o nome de Jesus Cristo seja glorificado.

Jesus teve íntima compaixão da viúva, fato emocional que outorgou a palavra consoladora: não chores; e a ação que mudaria o fim trágico em que se conformava a caravana da morte, Jesus toca no esquife e ordena ao jovem que levante.

A porta da cidade estava aberta para a saída da caravana da morte, em que um jovem seria enterrado, esta era a lógica. Porém, Jesus ali estava e na presença do Senhor as portas se abrem para a verdadeira prosperidade, para o milagre e para a vida. Na presença de Jesus as enfermidades são expulsas, a morte se curva diante de Sua glória para que vida seja outorgada aos que estão na sombra da morte.

Portanto, a caravana liderada por Jesus outorga vida e paz ao coração.

No dia da angústia Jesus se manifesta para consolar, toca no esquife com o objetivo inicial, paralisar a multidão, e com propósito final outorgar vida em abundância. Em suma, Jesus está no controle de todas as coisas, portanto, não chores.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Culto de Doutrina: Não temas, porque este filho terás

Não temas, porque este filho terás
Texto: E aconteceu que, tendo ela trabalho em seu parto, lhe disse a parteira: não temas, porque também este filho terás (Gn 35.17).
Raquel era amada por Jacó, mulher que sofreu por um espaço de tempo pela incapacidade natural de não poder ser mãe, porém Deus a ouviu e abriu a sua madre (Gn 30.22), ao nascer o seu primogênito, deu-lhe o nome de José, isto é, o aumentador. Já na segunda gravidez Raquel não teve a mesma facilidade no parto, fato que culminou na sua morte, mas não na perca do filho.
O medo de Raquel
Toda mãe virtuosa trabalha para o sucesso do filho. O amor materno inicia-se no período da gestação. É uma ligação de ternura e afeto, somados com a proteção. O viver, o escolher, o decidir, o relacionar, enfim, todas as atitudes da mãe passam a serem tomadas em prol daquilo que for melhor para a criança.
Quando o agir tem como objetivo o sucesso do filho, não indica que a mãe outorgará liberdade em todas as situações aos seus filhos, mas ao contrário indica que esta por meio de suas virtudes ensinará o caminho em que a criança deverá andar (Pv 22.6). Logo, se aprende que a mãe virtuosa estará ao lado do filho, educando-o para o crescimento e satisfação.
O amor materno é citado por Isaías:
Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti (Is 49.15).
O amor materno outorga a manifestação do compadecer, isto é, do apiedar. Olhar que se manifesta na ação da entrega para o bem do outro. E neste caso no bem do próprio filho.
Raquel no momento em que sofria no parto não teve um olhar para si mesma, mas para o filho que estava por vim. A palavra da parteira outorga esta certeza: não temas, porque também este filho terás. Logo, Raquel estava com medo de não ter aquele filho. O medo de Raquel não pairava sobre a sua vida, mas sobre a existência do filho.
O trabalho de parto provocou em Raquel o sofrimento e o medo de que seu segundo filho nascesse morto se tornaram um símbolo para todas as mães que temem pela vida de seus filhos (Jr 31.15; Mt 2.18). (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 86).
O que é necessário morrer para o nascimento do filho da destra?
A criança ao nascer foi chamada primeiramente de Benoni, isto é, filho de minha dor. Porém, Jacó preferiu chamá-lo de Benjamin, que significa filho do meu poder, ou da minha destra. Portanto, Benjamin tinha um lugar de honra na família.
João, o evangelista, registra as seguintes palavras do Senhor Jesus:
Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto (Jo 12.24).
Para que haja a multiplicação de frutos é necessário que ocorra a morte do ego, do sentimentalismo de superioridade, da arrogância, da ausência do domínio próprio, ou seja, é necessário que morra tudo aquilo que impossibilita a aproximação para com o Senhor Jesus.
Benjamin poderia de fato ser visto como uma dor manifestada para com a família, mas o patriarca Jacó não aceitou tamanha desvalorização àquele que representava a benevolência do Senhor.
Para muitos o nascimento de Benjamin representa a morte de Raquel, porém o que deverá ser analisado não em primeiro o nascimento de Benjamin, mas a morte de Raquel proporcionou o nascimento de Benjamin. Assim também se aprende que a morte de Jesus Cristo proporcionou, proporciona e proporcionará a vida para todos aqueles que O aceitarem como Salvador.
Portanto, não temas porque este viverá. Que os sonhos dos servos de Deus se concretizem para a honra e a glória do Senhor Jesus. Que nos lares dos cristãos os filhos vivam em santidade mediante um mundo de corrupção, pois a promessa descreve que o filho terá, portanto não temas.
Referência:

ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Subsídio da E.B.D: Abigail, um caráter conciliador

Abigail, um caráter conciliador
A presente lição destaca três personagens em situações totalmente diferentes: Davi em fuga de Saul, pois não queira ferir o ungido de Deus; Nabal em prosperidade, porém sendo este um homem egoísta; e, Abigail em seu caráter de prudência, sabedoria e espírito conciliador.
A verdade prática salienta que a mulher sábia, além de edificar a sua casa, contribui para apaziguar os ânimos dos que vivem ao seu redor.
A mulher virtuosa se destaca como mãe virtuosa, trabalhadora virtuosa e também como serva de Deus virtuosa. Abigail se apresenta com virtude em relação aos seus empregados e no respeito e desejo do melhor para com o seu marido, mesmo que Nabal era um homem insensato e tolo.
I – ABIGAIL, UM POUCO DE SUA HISTÓRIA
Nabal é visto na narrativa Bíblica em se destacar por:
Primeiro: por ser poderoso em ter riqueza ( 1 Sm 25.2).
Segundo: por ser insensato, duro e maligno (1 Sm 25.3).
Terceiro: por ser filho de Belial e não permitir diálogo pacífico ( 1 Sm 25.17).
Insensato corresponde com aquele que não tem bom senso. Porém, o que mais envolve a pessoa de Nabal é quando o mesmo é chamado de filho de Belial. Ser chamado de filho de Belial corresponde em ser uma pessoa indigna, porém pode ter significado mais forte, como a ser chamado de agente de Satanás.
Nabal não respondeu a saudação dos homens de Davi quando estes a mando do salmista foram pedir alimento, mas de forma grosseira e irônica recebeu os criados do futuro rei de Israel, com tamanha insensatez Davi se prepara para atacar a casa de Nabal, entretanto é surpreendido pela prudência de Abigail.
Davi ficou impressionado com a atitude de Abigail, ouviu o seu conselho, recebeu a sua dádiva e retornou de sua temível empreitada de vingança. Pouco tempo depois, Nabal foi ferido por Deus e morreu, e Davi tomou Abigail como sua esposa e, como se diz nas histórias de amor, “foram felizes para sempre”, com a bênção de Deus (LIMA, 2017, p.84).
Portanto, Abigail se apresenta para solucionar uma crise criada por seu esposo, e da resolução desta crise o futuro da mesma foi assegurado por Deus. Quando pessoas resolvem os dilemas com sabedoria, os mesmos colherão benefícios futuros para com todos os que estão à sua volta.
II – ABIGAIL DEMONSTRA O SEU CARÁTER
A prudência de Abigail outorga como lição a importância de saber agir nos momentos de crises e ameaças. As crises são amplas e proporcionam destruições aos lares, destruição que se estende as nações. Mas, assim como Abigail cada cristão deverá agir com prudência, isto é, desenvolver a atitude correta para com os problemas desta vida.
O zelo de Abigail é demonstrado por sua característica em ser uma mulher virtuosa. A sabedoria da mesma é demonstrada no outorgar como prioridade ao seu marido o agir certo em meio ao erro. Os homens necessitam receber confiança, aceitação, apreço, admiração, aprovação e encorajamento, sendo estas prioridades amorosas da mulher para com o esposo, porém Nabal era filho de Belial, logo, este era uma pessoa indigna e desleal, vícios que não afetaram a sabedoria de Abigail.
Para Coelho:
Um talento não utilizado pode se perder com o tempo. Da mesma forma, se recebemos um presente de Deus, devemos utilizá-lo para a glória dEle, e isso inclui a sabedoria. Quando o texto de Tiago fala que o sábio e inteligente deve demonstrar sua sabedoria, ele está dizendo que essa demonstração deve ser realizada entre as pessoas, publicamente.
Tiago espera que a sabedoria seja pedida por meio da oração, recebida como um presente de Deus e manifesta na comunidade dos santos. A sabedoria não é um presente que recebemos para ficar guardada, mas para ser disponibilizada por meio de ações inteligentes (COLEHO & DANIEL, 2014, p. 39).
Abigail mostra na prática que a sabedoria tem como ser demonstrada publicamente para o bem estar das pessoas. Portanto, pessoas conciliadoras são conduzidas para a paz, caracterizadas pela humildade, reconhecidas por outorgar perdão e por viverem na conformidade do amor ágape. Palavras que define o caráter conciliador de Abigail, cujo nome significa pai da alegria.
III – O RESULTADO DO CARÁTER DE ABIGAIL
Davi em sua trajetória enfrentou o urso, momento em que Deus o preparava para enfrentar o leão, quando o pequeno Davi venceu o leão, Deus o estava preparando para vencer Golias, e ao vencer Golias, Deus estava preparando Davi para enfrentar Saul, e veio Saul instante em que Deus preparava Davi para assumir o trono de Israel. Portanto, quando o homem chega a seu limite, Deus outorga a providência necessária.
Para assumir o trono, Davi foi ensinado por Deus por meio de Abigail, mulher que foi educada em caráter de rainha e não de esposa de um homem insensato. Abigail ensina a Davi a respeito da humildade e de maneira eficiente poupa a Davi de manchar as suas mãos de sangue.
Davi teve oito mulheres, dentre elas Abigail e com esta teve Quileabe, um dos vinte filhos de Davi. A sabedoria de Abigail outorgou tranquilidade no futuro.
Mesmo havendo outras esposas de Davi, cremos que Abigail foi muito amada por ele por ter sido usada por Deus como conselheira eficaz (LIMA, 2017, p. 92).
Referência:
COELHO. Alexandre. DANIEL, Silas. Fé e Obras, ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

LIMA, Elinaldo Renovato de. O Caráter do cristão, moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro. Rio de Janeiro: CPAD, 2017. 

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Subsídio da E.B.D: Rute, uma mulher digna de confiança

Rute, uma mulher digna de confiança
Rute mulher estrangeira, moabita, que se tornou uma das mulheres de maior admiração na narrativa Bíblica. Dentre os versículos do livro o que mais chama atenção dos cristãos é o que está representado no texto áureo: porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde que posares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus (Rt 1.16).
Rute descreve sua determinação em ficar com Noemi. Sua afirmação de que o Deus de Noemi seria o seu Deus é especialmente contundente, porque é uma afirmação de fé no Senhor, o Deus de Israel... Ela estava escolhendo apegar-se não apenas a Noemi, sua terra e seu povo, mas também ao seu Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 444).
A verdade prática salienta que Deus usou Rute, quebrando todos os paradigmas raciais, para torná-la parte da linhagem do Messias.
Ao deixar sua cultura, seu povo e seguir a Noemi a jovem moabita demonstra o caráter amoroso, isto é, amor sincero e profundo.
I – RUTE, UM RESUMO DE SUA ORIGEM
O livro de Rute está inserido no período dos Juízes. O quinto período da época de Israel que tem como duração uma média de 450 anos, sendo que este período é caracterizado por quatro verdades:
O povo serve a outros deuses;
Deus entrega o povo a outros povos;
O povo volta para Deus; e,
Deus suscita um Juiz.
O juiz era um homem ou uma mulher escolhido por Deus, qualificado por meio da vocação mediante o poder da presença de Deus em seu ministério (Jz 2.18, 6.16), possuía autoridade em sua missão (Jz 6.14), e além de tudo era sobrenaturalmente revestido de poder do Espírito Santo de Deus (Jz 3.10).
Rute era uma estrangeira cujo nome significa amizade, porém o que mais se aprende com a história narrada no livro de Rute corresponde com o realizar corretamente às escolhas.
 Fato notável porque as escolhas são tomadas em tempo de crise:
Elimeleque e a falta de pão na cidade do pão. Belém, quer dizer casa de pão. E na casa de pão faltou o pão. Por isso, Elimeleque saiu de Belém a procura de dias melhores para a sua casa. Em meio à crise nunca se deve escolher sair da casa de pão. Pois, na casa do Senhor é ensinada a palavra viva e eficaz. A palavra que muda. A palavra que transforma. A palavra que liberta.
Orfa quando não teria um libertador. Segundo dados históricos Rute e Orfá deram 40 passos ao lado de Noemi. Com 40 passos dados Noemi falou com as suas noras que ficassem e retornassem para os seus povos de origem. Órfã voltou e segundo escritos antigos a mesma tornou-se uma presa fácil entregue as orgias do mundo.
Rute escolheu acompanhar a sua sogra Noemi. Enquanto Orfá preferiu retornar as origens. Boas escolhas bons resultados, na história estudada isto ocorreu com Rute. Já más escolhas dão origem a maus resultados e isto aconteceu com Orfá.
II – O CUIDADO DE NOEMI E O CARÁTER DE RUTE
O caráter de Rute é demonstrado claramente na virtude do amor. Conforme o apóstolo Paulo o amor é:
Sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, o amor nunca falha (1 Co 13.4-8).
Com Rute se aprende todas as características do amor citadas por Paulo. Logo, quando o caráter do indivíduo é demonstrado pela virtude do amor, o ser humano saberá sofrer e não deixará de fazer o bem, não desejará o mal para com o próximo, mas ao contrário estará do lado, outorgando o apoio necessário para o fortalecimento e edificação do companheiro.
Além do amor a fé torna-se visível na vida de Rute. O termo fé (gr. πίστις) significa convicção e confiança. Porém, tendo como base a carta aos Hebreus 11, percebem-se duas definições, sendo que estas definições correspondem com o sentido prático da fé.
Em primeiro, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam (v.1). Fundamento significa essência ou realidade. A fé trata as coisas que se esperam como realidade (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 660).
Por segundo, a fé é a prova das coisas que se não veem (v.1). Prova significa evidencia ou convicção. A própria fé prova que o que é invisível é real, como serão, por exemplo, as recompensas do crente na volta de Cristo, 2 Co 4.18 (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 660).
Rute em sua trajetória se apresentou com caráter fortalecido na fé em Deus.
III – COMO RUTE ENTROU NA GENEALOGIA DE JESUS
Deus está no controle de todas as coisas. Elimeleque foi motivado a migrar com família para as terras de Moabe porque faltava pão em Belém, por motivação dolorida Noemi regressa para Belém não mais com esposo e filhos, mas na companhia de uma das noras. Em meio a dor Noemi pediu que a chamasse de Mara, que significa amarga, a vida no seu desenrolar tinha sido amarga para Noemi, nos últimos anos ela tinha colhido apenas dissabores. Noemi perde o marido e em seguida os dois filhos. Porém, Deus está no controle de todas as coisas. No plano de Deus estava à personagem Rute, jovem amorosa e rica na fé em Deus. E esta entrou na genealogia de Jesus. Portanto, as lutas e percas do presente não determinarão o fim da caminhada daqueles que esperam em Deus.
Caráter de fé e amor, necessidade para os cristãos da atualidade.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.