Deus é Fiel

Deus é Fiel

sábado, 29 de abril de 2017

Subsídio da E.B.D: Jônatas, um exemplo de lealdade

Jônatas, um exemplo de lealdade
O personagem Jônatas torna-se um destaque na narrativa Bíblica por sua coragem e determinação, porém, percebe-se ainda que a humildade, a fé e a obediência tornaram se destaque na vida do filho do rei Saul como virtudes essenciais. Entretanto, a soma das caraterísticas e das virtudes se resultam na lealdade.
A verdade prática salienta que o cristão deve ser exemplo de lealdade a Deus, a seus familiares e a todos os que estão ao seu redor.
Assim como a verdade prática o objetivo geral da lição propõe mostrar que o cristão deve ser exemplo de lealdade a Deus, em segundo aos familiares, e em terceiro aos amigos.
Jônatas demonstrou lealdade ao seu amigo Davi.
I – CIRCUNSTÂNCIA QUE UNIRAM JÔNATAS E DAVI
Jônatas era o filho mais velho do rei Saul, fato que outorgava o direito de ser o sucessor no trono, cujo nome significa presente de Deus. Portanto, o que difere Jônatas de seu pai Saul é a aceitação da direção divina. O rei Saul não aceitava que o sucessor de seu trono fosse alguém fora de sua família. Porém, Jônatas compreendia que a vontade de Deus deveria ser cumprida, logo se aplica que Jônatas foi um presente de Deus à nação de Israel, pois compreendeu que era chegado o momento de Davi e conhecia a vocação de seu amigo na origem.
Os fatos ocorrem naturalmente, Saul anelava a sucessão do trono por seu filho, Jessé se preocupava com a situação em que se encontravam os seus filhos e para os mesmo envia por mão de Davi víveres. Portanto, a lealdade para com família não poderá ser vencida pelo egocentrismo, mas deverá ser conduzida mediante a obediência à vontade de Deus.
Portanto, lealdade para com o próximo é primeiro conhecer a vontade de Deus para o outro e respeitá-la. Jônatas foi leal para com o jovem Davi vocacionado por Deus, o que não foi demonstrado por Saul.
II – UMA AMIZADE APROVADA POR DEUS
A história Bíblica que narra à amizade de Davi e Jônatas proporciona aos leitores da Bíblia a seguinte compreensão: há garantias em uma autêntica amizade.
E Jônatas se despojou da capa que trazia sobre si e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto (1 Sm 18.4).
Despojou da capa que trazia. Logo, Jônatas outorgou segurança a Davi. A primeira garantia da autêntica amizade é a segurança outorgada ao outro no que se refere aos elementos naturais.
O melhor exemplo confere ao apoio ao amigo nas enfermidades.
Doou a sua veste. Jônatas demonstra confiança em Davi.
A segunda garantia da autêntica amizade é a confiança mútua.
Doou sua espada e o seu arco. Jônatas outorga proteção a Davi.
Pois, a terceira garantia da autêntica amizade é a proteção no que confere aos ataques humanos, isto é, não abandonar o amigo quando este é vítima de calúnia.
Doou seu cinto. Jônatas demonstra a justiça necessária na amizade (Is 11.5). Ser justo na amizade é ser verdadeiro. Falar a verdade até no momento em que a mesma venha a ferir o amigo, porém palavras certas deverão ser ditas na hora certa.
A ação de Jônatas em doar espada, vestes, arco, capa e cinto demonstra que ele sentiu no seu íntimo que deveria nutrir por Davi uma profunda amizade fraternal e que reconhecia que ao seu amigo Deus tinha planejado a continuação da monarquia israelita. Na amizade leal há reconhecimento e aceitação da vontade de Deus para com o próximo.
III – O CARÁTER DE JÔNATAAS E SUAS LIÇÕES
O caráter de Jônatas é demonstrado pelas seguintes virtudes: coragem, humildade e lealdade.
Coragem é a capacidade de aceitar e de enfrentar determinadas circunstâncias. A principal virtude de uma pessoa corajosa é a habilidade de vencer o medo. Todo indivíduo corajoso possui medo, porém, estes se tronam conhecidos e reconhecidos por vencerem o medo. Jônatas teve a habilidade corajosa em reconhecer o plano de Deus na vida de Davi e a capacidade de enfrentar a fúria de seu pai para proteger a seu amigo.
A palavra humildade do grego, ταπεινοϛ, significa baixo e não elevado, o termo também se caracteriza e se aplica a pessoas que não se projetam e nem se coloca em superioridade a outras pessoas. Fato que se percebe com Jônatas.
A lealdade de Jônatas a Davi pode ser definida pela lealdade à lei divina, amar o próximo como a si mesmo. Pois o termo lealdade do latim, legalis, corresponde com aquele que obedece às leis ou são fieis. Já do grego a palavra lealdade pode ser definida em vivenciar o sentimento alheio, condoer com quem necessita, isto é, ser fiel com o próximo.

Portanto, com o personagem Jônatas se aprende que a lealdade é um demonstrador indispensável do caráter cristão. Que os cristãos venham a serem leais a todos os que estão a sua volta. Amem!

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Subsídio da E.B.D: Jacó, um exemplo de caráter restaurado

Jacó, um exemplo de caráter restaurado
O termo Jacó, do hebraico tem como significado suplantador, porém a lição tem como um dos objetivos específicos; refletir a respeito de alguns aspectos do caráter de Jacó. Objetivo que proporciona um olhar categórico para com o título da lição, exemplo de caráter restaurado. De Jacó, o suplantador, foi nomeado por Deus de Israel, isto é, aquele que luta com Deus.
A verdade prática salienta que com base em sua presciência e propósitos, Deus escolhe pessoas para que cumpram seus desígnios.
Na verdade prática fica notória que os decretos ratificam a grandeza de Deus, pois os decretos divinos são: criação, providência, restauração e consumação. Jacó fazia parte dos planos de Deus, logo o patriarca foi escolhido para corroborar o cumprimento das promessas de Deus ao patriarca Abraão.
I – QUEM ERA JACÓ
O nome Jacó tem como significado, suplantador, isto é, aquele que cumpre uma missão difícil com rejeição ou com muita diversidade. Em sua biografia, Jacó se destaca por ser patriarca, filho de Isaque e Rebeca, e neto de Abraão.
Os pais de Jacó deixaram de maneira nítida, o apego e o carinho para com os seus filhos (Gn 25.28), porém, de maneira errada, pois, enquanto Isaque amava a Esaú, a sua esposa Rebeca amava a Jacó.
Quando os pais demonstram o apego a um dos filhos, tal atitude poderá proporcionar desarmonia e profundas contendas. Havia na época a importância da primogenitura, e Jacó fez de tudo para obter o direito de primogênito, isto é, ser o detentor do direito da bênção. Para isto, Jacó comprou a primogenitura (Gn 25.31), e enganou a seu pai (Gn 27.33).
Para Lima a ação enganosa de Jacó para com Isaque teve as seguintes consequências:
Mentira descoberta. Uma benção secundária a Esaú. O ódio domina o coração de Esaú. A benção consciente. Jacó foge como um homem culpado (2017, p. 53-55).
A pessoa de Abraão Deus fez promessa, que foi confirmada ao patriarca Isaque e ratificada ao patriarca Jacó. Para Jacó Deus tinha planos específicos, pois, em sua soberania, em casos especiais, Deus escolhe pessoas para serem instrumentos de sua vontade diretiva (Revista, p. 34).
II – A DIREÇÃO DE DEUS NA VIDA DE JACÓ
Duas coisas são importantes para compreender o segundo tópico: Jacó teve um sonho dado por Deus, e Jacó ouviu a voz de Deus.
Sonhos são fundamentais para o processo de crescimento de todo indivíduo. Quando pessoas sonham, elas são motivadas a continuarem e a prosseguirem em seus propósitos especiais. Portanto, é necessário que cada cristão sonhe os sonhos de Deus e que em seus sonhos sejam incluídos os desígnios divinos na prática diária.
Em segundo, Deus falou com Jacó. Deus fala de muitas formas, utilizando vários meios para que a sua vontade seja concretizada. Ao patriarca Jacó a comunicação divina foi desenvolvida por meio de um sonho. Ao entender que Deus tinha falado o patriarca sentiu confiante e fez um voto (Gn 28.20-22).
III – ASPECTOS DO CARÁTER DE JACÓ
Antes de encontrar a Deus o patriarca era oportunista, egoísta, interesseiro, calculista, mentirosos e enganador.
Por ser oportunista Jacó aproveitou a necessidade do irmão, neste caso, a fome para comprar a primogenitura. Esse defeito ocorre ainda hoje quando há cristãos que dão lugar à sua velha natureza e barganham coisas com seus irmãos explorando-os por suas necessidades (LIMA, p. 56).
Outra caraterística marcante de Jacó antes do encontro com Deus é a qualidade de mentiroso. Para ser abençoado por seu pai, o patriarca Jacó mentiu. A palavra mentira do grego Ψεύδος significa, mentiroso, falso, enganador, falso para com Deus, ímpio e incrédulo.
Sua história é o relato de um homem que, começando sua vida como suplantador e enganador, terminou sendo um príncipe diante de Deus, mediante o propósito remidor...
A transformação de Jacó em Israel ilustra como o homem não-remido, dotado de um caráter moral questionável, pode torna-se um príncipe diante de Deus, mediante o propósito remidor.
A vida de Jacó ilustra como o plano divino mostra-se ativo, no caso de indivíduos e de nações, de tal modo que o valor da vida é garantido, bem como, finalmente, uma digna realização (CHAMPLINH, 2014, p.414)
Porém, depois do encontro com Deus, o patriarca passou a ter como característica: caráter agradecido, esforçado e sofredor, e por fim, passou a ser definido por viver na direção de Deus.
Referência:
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 3. São Paulo: Hagnos, 2014.

LIMA, Elinaldo Renovato de. O Caráter do cristão, moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro. Rio de Janeiro: CPAD, 2017. 

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Culto de Doutrina: Sal e Luz: influenciando o ambiente moralmente e espiritualmente

Sal e Luz: influenciando o ambiente moralmente e espiritualmente
Texto: Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que há de salgar? Para nada mais presta, se não para se lançar fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus (Mt 5.13-16).
O valor do sal só é notável na ação. Pois, o sal é importante no agir. No contexto histórico o sal teve grande participação para uma das maiores inovações no mundo do trabalho, isto é, o salário. Porém, o sal tem seu valor no agir, e se para isto, o mesmo não serve, deverá ser lançado fora. Já o valor da luz é notável no existir, pois, os benefícios da luz são inúmeros, como por exemplo: a visibilidade, o fornecimento de energia e a produção de alimentos. Logo, o cristão como luz do mundo é responsável pela visibilidade espiritual, fortalecimento dos fracos e através das boas obras, é responsável por produzir discípulos.
Sal que influencia
1- Costume israelita no uso do sal. Primeiramente o sal era usado em cerimônias religiosas (Lv 2.13). Provavelmente o concerto de sal era selado em uma refeição com sal. Tal concerto tinha como propósito a duração perpétua. Em segundo, o sal quando para nada prestava era misturado com outros elementos e era usado para cobrir as estradas.
2- Ser sal. Indica que o cristão é representante em um grande concerto e tem uma missão intrínseca. Ser cristão é saber que Jesus o chamou para ser representante de Deus na terra, e desenvolver com eficiência e eficácia, o chamado de Deus.
A missão intrínseca da igreja corresponde a ministrar a reconciliação através da pregação do Evangelho, e também vencer o mal é missão da igreja. O vencer o mal indica que a igreja possui autoridade outorgada por Deus.
Portanto, quando a igreja representa a Cristo na terra através da missão, a igreja estar exercendo o seu papel como sal da terra.
3- O agir do sal. Duas são as principais ações do sal: outorgar sabor e preservar.
O outorgar sabor indica que o cristão como sal da terra deverá proporcionar:
Esperança para os que perderam a esperança (Rm 15.13), isto porque a esperança proporciona ao indivíduo alegria e paz.
Amor para com o próximo (Jo 13.34,35). Portanto, amar o próximo indica que o cristão é discípulo do Senhor Jesus e tal verdade será conhecida por todos.
Fé para os que a perderam ou nunca tiveram (Hb 11.6), pois, sem fé é impossível agradar a Deus.
E no que corresponde a preservar, o cristão como sal deverá viver uma vida de santidade. Isto é, uma vida separada para o uso de Deus. Pois o cristão é consagrado por Deus para ser bênção na vida de muitas pessoas.
Luz que ilumina
1- Compreendendo a luz. A luz foi criada por Deus e duas verdades correspondem com a criação da luz: a primeira verdade, é que a luz criada no primeiro dia não correspondia ao sol, e a segunda verdade é que a luz era proveniente do próprio Deus.
As notificações acima levam a entender que a luz independe do sol, pois no novo céu e na nova terra, quem há de brilhar será o Senhor Jesus, o Sol da Justiça.
A ciência categoricamente descreve que o sol e as estrelas possuem luz própria, enquanto que a lua não possui. Portanto, o sol através da atuação em liberar luz outorga benefícios para a humanidade, estes desde a vida do próprio indivíduo como dos elementos envolta do indivíduo.
Por outro lado, tendo como motivo maior o pecado. O sol passou a ser responsável por transmitir problemas ligados à saúde das pessoas, assim como também, com a própria duração da vida dos seres vivos.
Mas, mesmo assim, os benefícios são verdadeiros indicadores que a luz do sol é de total importância para os seres vivos.
2- O cristão como luz do mundo. O cristão como luz do mundo é comparado a uma cidade edificada sobre um monte. A cidade não poderá ser escondida. Não é possível passar por um cristão e não reconhecê-lo como servo de Deus. Portanto, apenas aqueles que não demonstram mais a luz de Cristo é que são ocultados por tamanha falta de luz.
O alqueire era um recipiente utilizado para medir grãos. Sendo o cristão a luz do mundo, o mesmo, deverá estar no lugar certo para realizar a vontade de Deus. A luz não foi criada para ser limitada, mas para resplandecer e dá a luz para todos.
Logo, a luz doada pelo cristão deverá atingir primeiramente os da própria casa para que em seguida venha alcançar as demais pessoas. Na atualidade quem tem a responsabilidade de agir como luz do mundo é o cristão, pois Jesus tem outorgado aos seus seguidores o poder para alterar o ambiente e alterar para o bem das pessoas.
O resplandecer da luz deverá ter como objetivo único glorificar a Deus. Por fim, o cristão não tem luz própria, mas o cristão é a luz refletida da glória do Senhor Jesus.
Palavra Final

Quando o sal torna-se insípido para nada mais presta, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Há duas terríveis situações que são, a rejeição e a humilhação. O ser lançado fora indica rejeição, já o ser pisado corresponde à humilhação. Enquanto, no que corresponde a comparação do cristão à luz é necessário que os seguidores de Cristo não omitam a autêntica identidade e missão, iluminar aqueles que estão em trevas.

sábado, 15 de abril de 2017

Subsídio da E.B.D: Isaque, um caráter pacífico

Isaque, um caráter pacífico
Isaque personagem Bíblico que recebeu do próprio Deus o nome, por isso, não teve o nome mudado. Cujo nome significa, aquele que ri, justificado em relação à reação de seus pais quando do anjo receberam a notificação do nascimento de Isaque.
A verdade prática salienta que Isaque, segundo filho de Abraão, deixou um exemplo de humildade e submissão a Deus e a seus pais.
Para Champlin:
O relacionamento de Isaque com Deus caracterizava-se pela passividade, pela confiança instintiva, pela submissão e pela devoção (Gn 22.7;25.21). Jacó referiu-se a Deus como o temor de Isaque (Gn 31.42,53), o que demonstra a completa devoção de Isaque ao Senhor (2014, p. 382).
I – ISAQUE, O FILHO DA PROMESSA
A promessa de Deus a Abraão é definida de maneira categórica no seguinte versículo:
E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra (Gn 12.2,3).
No presente texto há três descrições claras da benção de Deus na vida de Abraão:
A benção de Deus em Abraão seria multiplicativa, progressiva e abrangente.
Multiplicativa em se tratar que de Abraão surgiria uma grande nação, isto é, de um indivíduo um povo. Também, por multiplicar inúmeras bênçãos na vida do patriarca.
Progressiva por se tratar do reconhecimento da pessoa de Abraão no decorrer da história.
E por fim, abrangente, pois não só à nação que surgiria do patriarca que seria abençoada, mas também todas as famílias da terra se tornariam abençoadas no patriarca Abraão.
Deus supre a caminhada. Tal afirmativa é notória na vida de Abraão, pois o mesmo aos setenta e cinco anos era incompleto, em se tratando, da ausência de um filho. Deus chama o patriarca. O patriarca obedece, logo vem o primeiro resultado, o nascimento do filho da promessa.
Porém, antes que a promessa do filho se concretizasse Deus mudou o nome de Abrão para Abraão. Quando o ser humano obedece ao chamado, primeiramente Deus muda o nome do mesmo, retirando todo o significado de dor, sofrimento, angústia e de exaltação, para um nome que indique bênção.
Quando parecia ser o fim da vida de Abrão, Deus mostrou que era Fiel em suas promessas. Na visão dos hebreus, o nome de uma pessoa está associado ao seu caráter. Deus não usaria “um pai exaltado” para cumprir sua vontade, mas, sim, um homem que seria pai de multidões inumeráveis como as estrelas do céu (LIMA, p.41,42).
II – UM HOMEM ABENÇOADO POR DEUS
O período de crise conduz as pessoas a tomarem decisões precipitadas. Sendo que as decisões precipitadas conduzirão a resultados catastróficos. É necessário que o cristão antes de tomar uma decisão, ore ao Senhor para ter da parte de Deus a orientação exata, assim fazendo colherá os benefícios do Senhor.
A crise estava instalada na terra. No céu, habitação do Senhor, não havia crise alguma. Logo, percebe-se que são nas crises que Deus renova as promessas para os teus filhos. No caso do patriarca Isaque as promessas renovadas foram as que Deus tinha feito a Abraão.
E apareceu-lhe o Senhor naquela mesma noite, e disse: Eu sou o Deus de Abraão teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão meu servo (Gn 26.24).
A presente passagem Bíblica reafirma a aliança abraâmica, em que Deus multiplicaria os descendentes de Abraão.
O versículo apresenta três motivos para Isaque não ter medo: primeiro, eu sou contigo; segundo, abençoar-te-ei; e, terceiro, multiplicarei a tua descendência.
Abençoar no grego εύλογέω, tem como significado falar bem de, louvar, exaltar em reconhecimento dos benefícios. Pode ser compreendido em três dimensões: de homens para Deus, de homens para homens, e de Deus para homens.
De homens para Deus, corresponde com a adoração do cristão desenvolvida em ações de graças.
De homens para homens, corresponde na invocação em que servos de Deus realizam para o benefício de outros, ou seja, invocar a benção de Deus para os que necessitam. Assim também como pedir a benção de Deus para com o pão de cada dia.
Já de Deus para os homens, corresponde com marcar com favor, prosperar, e fazer do indivíduo uma pessoa feliz. Isto é, favor conferido, dádiva, benefício ou doação.
Isaque foi agraciado com a terceira dimensão do termo abençoado. Isaque recebeu benefícios da parte do Deus de Abraão.
III – LIÇÕES DO CARÁTER DE ISAQUE
De Isaque se aprende que o cristão de caráter será definido pelas seguintes características: esforçado, trabalhador, pacífico, resiliente, obediente e submisso.
O que fez diferença na vida de Isaque foi à obediência, pois a obediência a Deus faz com que os crentes prosperem.
Com Champlin (p.561, 562) se aprende:
A obediência é imposta por Deus (Dt 13.4).
É essencial á fé (Hb 11.6).
É resultado para quem dá ouvidos à voz de Deus (Êx 19.5).
É um dever que temos diante de Cristo (2 C 10.5).
Consiste em observar os mandamentos de Deus (Ec 12.13).
Manifesta-se através da submissão (Rm 13.1).
Deve proceder do próprio coração (Dt 11.13).
Não deve ter reservas (Js 22.2,3).
Deve ser constante (Fl 2.12).
Referência:
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 3. São Paulo: Hagnos, 2014.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 5. São Paulo: Hagnos, 2014.

LIMA, Elinaldo Renovato de. O Caráter do cristão, moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro. Rio de Janeiro: CPAD, 2017. 

domingo, 9 de abril de 2017

Subsídio da E.B.D: Melquisedeque, o Rei de Justiça

Melquisedeque, o Rei de Justiça
Melquisedeque personagem Bíblico que sem fazer parte de nenhuma linhagem de Israel exerceu o ministério sacerdotal e o ofício de rei de Jerusalém.
A verdade prática salienta que o sacerdócio de Cristo é superior a todos os sacerdócios, pois Ele é o Sumo Sacerdote perfeito e eterno.
Para Champlin:
Não há que duvidar que Melquisedeque era homem conhecido por seu poder político e por sua espiritualidade, bem como por sua funções sacerdotais; e Abraão não hesitou em associar-se a ele, e mesmo a trata-lo como um superior (2014, p.210).
I – QUEM ERA MELQUISEDEQUE
Referências Bíblicas a Melquisedeque se encontram em: Gn 14.18; Sl 110.4; Hb 5.6,10; Hb 7.1,10,11,15,17,21.
Melquisedeque foi ao encontro de Abrão e levou pão e vinho, abençoou o patriarca e recebeu os dízimos de Abrão.
Portanto, Melquisedeque servia ao único Deus verdadeiro, assim como Abrão, Melquisedeque era cananeu e, portanto, como Jó, é um exemplo de um não-israelita, servo de Deus. Melquisedeque é um tipo ou figura da realeza e sacerdócio eternos de Jesus Cristo (Bíblia de Estudo Pentecostal, p.54).
A lição lista quatro características importantes de Melquisedeque:
Rei de Salém: característica que identifica este personagem a uma autoridade pública, indivíduo detentor de habilidades na área de liderança e que preocupava com as demais pessoas que cercava a sua realidade.
Sacerdote do Deus Altíssimo: a missão principal do sacerdote era possibilitar a relação entre o homem e Deus. Ou seja, tinha como missão levar o homem até Deus por meio de sacrifícios e pela oração intercessora. Melquisedeque é apresentado como sacerdote do Deus Altíssimo.
Abençoou Abrão: em seu ofício de sacerdote Melquisedeque abençoou ao patriarca Abrão.
Abrão deu o dízimo a Melquisedeque: aqui vê-se a primeira referência bíblica acerca do dízimo, séculos antes da Lei, que incluiu o dízimo como preceito obrigatório para Israel... Abrão entendeu que, tendo sido abençoado pelo sacerdote do Deus Altíssimo, deveria ele ser grato a Deus pela bênção da vitória (LIMA, p.35).
II – LIÇÃO DO CARÁTER DE MELQUISEDEQUE
Melquisedeque tem como significado rei de justiça e é apresentado como rei de Salém, ou seja, rei de paz. Logo, este personagem é apresentado como homem de caráter justo e pacífico.
O termo justo no grego δίκαιος significa fazer ou ser aquilo que é justo e reto.
O magistrado deverá agir da mesma maneira a todos, com equidade, justiça e imparcialidade. Define também a ação de conduta, caráter e é semelhante a ser justo como se deveria ser, portanto, palavras como integridade, retidão, equidade e virtude define excelentemente o termo justo (ROBINSON, 2012, p.228).
O termo pacífico no grego ειρηνικός significa pacífico, pacato, dado à paz, definido também por saudável, sadio e feliz. Já o termo ειρηνοποιός pode ser definido por pacificador ou embaixador da paz.
Assim como comentamos no subsídio da aula; Paz de Deus: antídoto contra as inimizades, é importante relembrar:
A paz é um favor divino para com os cristãos, logo é dever de cada crente viver em paz e unidade para com os outros. A paz em Deus é uma realidade mediante a obra de Cristo na cruz. Portanto, para a obtenção da paz: sacrifícios são necessários; renunciar é preciso; e dedicação para com a vida das demais pessoas é indispensável.
A existência da paz no interior do indivíduo é possível. A paz é Boas Novas e a missão da Igreja é propagar as Boas Novas em Cristo Jesus.
Por fim, a paz é o relacionamento certo em todas as esferas da vida (BARCLAY, 2010, p.85,86).
Certo dentro do lar (1Co 7.12-16).
Certo entre judeus e gentios (Ef 2.14-17).
Certo que deve existir dentro da Igreja (Ef 4.3).
Certo entre os homens (Hb 12.14).
Certo entre o homem e Deus (Rm 5.1).
Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5.1).
III – SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE
Jesus como sacerdote tem funções diferentes e superiores ao sacerdócio de Israel e ao sacerdócio da Igreja. Jesus foi superior em seu sacerdócio por ter que se entregar como sacrifício para a salvação da humanidade. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único filho (Jo 3.16), note bem, deu seu único filho. Jesus foi o sacrifício para que por meio dEle todos viessem a serem salvos (Hb 1.3).
O sacerdócio de Jesus foi superior ao sacerdócio dos levitas por ser o sacerdócio de Cristo perfeito e por exercer Jesus seu ministério no céu. Portanto, o sacerdócio de Jesus é perfeito e superior. A superioridade do ministério sacerdotal de Jesus estar associado ao oferecimento do sacrifício. O sacrifício de Jesus era superior porque não foi oferecido no templo terrestre, e sim, no céu (Hb 9.24).
Os sacerdotes foram homens que dedicaram suas vidas para exercerem um ministério sólido e perfeito. Porém, o sacerdócio perfeito e superior foi exercido pelo Senhor Jesus para que a igreja seja representante direto dEle aqui na terra com a responsabilidade de pregar, ensinar e interceder por todos (Mt 28.19,1 Tm 2.1).
Referência:
BARCLAY, William. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD: 1996.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 5. São Paulo: Hagnos, 2014.
LIMA, Elinaldo Renovato de. O Caráter do cristão, moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

ROBINSON. Edward. Léxico Grego do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Subsídio da E.B.D: Abel, exemplo de caráter que agrada a Deus

Abel, exemplo de caráter que agrada a Deus
Conforme a narrativa Bíblica percebe-se que Abel possuía um caráter espiritual e digno, pois se apresentava em sinceridade e fidelidade a Deus. Para a pessoa de Deus deverá ser entregue o melhor. A presente frase é a primeira lição que se aprende com a vida de Abel.
 A verdade prática salienta que o cristão deve viver de forma que agrade a Deus, ainda que sofra por causa disso.
Logo, cada cristão deverá se preocupar em viver em conformidade com Deus. Viver em conformidade indica conhecer a Deus, ser justo e reto, assim viveu Abel todos os seus dias na Terra.
I – OFERTA DE ABEL
Abel apresentou uma oferta agradável a Deus. O que torna a oferta agradável não é o seu valor, mas a generosidade e gratidão para com Deus, isto é, mediante o reconhecimento por todos os benefícios do Senhor para com o adorador.
Deus recebeu a oferta de Abel não pelo fato do valor da oferta e nem mesmo pela a oferta, mas pela pessoa de Abel que era homem íntegro, obediente e temente.
A oferta de Abel proporciona um olhar escatológico para o período, pois a mesma foi desenvolvida por meio do sacrifício de um animal. Fato que permite o olhar para a vida e obra do Senhor Jesus que se entregou por meio de um sacrifício tendo como objetivo salvar todos aqueles que crerem nEle.
Segundo uma tradição judaica Adão e Eva tiveram 60 filhos, 33 homens e 27 mulheres. Sendo que Caim foi o filho mais velho, cujo nome significa aquisição.
Seguem-se algumas características pessoais de Caim. Caim desenvolveu a atividade econômica liga a agricultura, pois foi lavrador da terra (Gn 4. 2). Na leitura do livro de Gênesis nota-se que as qualidades pessoais de Caim são reveladas das seguintes maneiras:
Primeiro, o primogênito de Adão e Eva, não foi íntegro na doação da oferta, pois o texto Bíblico descreve que Deus atentou para a oferta de Abel (Gn 4.3,4).
Segundo, Caim deixou ser guiado pela ira (Gn 4.5).
E terceiro Caim não teve controle próprio, pois arquitetou e executou a morte do seu irmão tornando-se o primeiro assassino na história da humanidade.
Enquanto, Abel desenvolveu uma vida de toda dependência para com Deus.
II – A INJUSTIÇA CONTRA ABEL
Abel está entre os heróis fé que são citados na carta aos Hebreus. As realizações executadas por Abel fizeram do mesmo um homem fiel às oferendas outorgadas a Deus, feito pelo qual Abel alcançou testemunho de que era justo (Hb 11.4).   Portanto, o sacrifício de Abel foi aceito por causa das suas características de homem justo (Mt 23. 35), dedicado e obediente a Deus.
Ser justo é andar em equidade e conforme a razão e também conforme a verdade, de fato é ser exato na balança, segundo Salomão o sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor, mas a oração dos retos é o contentamento do Senhor (Pv 15.8).
Abel foi protagonista primário de algumas coisas: foi o primeiro pastor de ovelhas; o primeiro a oferecer sacrifícios de animais no culto a Deus; e também o primeiro justo; porém, também foi o primeiro mártir; e o primeiro homem a ser morto por seu próprio irmão. Abel também foi o primeiro a entrar para a galeria dos mártires por causa de sua fé e também o primeiro a ter seu nome registrado na galeria dos heróis da fé (LIMA, 2017, p.27).
Enquanto, o sangue de Abel clama por justiça, o sangue de Jesus clama por perdão.
Conforme Gn 4.5 Deus não atentou para Caim e nem para a sua oferta. Portanto, a primeira coisa a se observar é que Deus rejeitou a Caim, o ofertante e depois que o ofertante foi rejeitado veio à rejeição da oferta.
Após ter a oferta rejeitada, Caim irou-se e teve o semblante descaído. De início o culto de Caim que não passava de uma formalidade religiosa (caso assim possa ser chamado) ou de uma obrigação, criou-se um mal estar que deu origem ao primeiro homicídio da história.
O líder cristão, assim como todos os oficiais de Deus, deverá tomar cuidar para não deixar de ser adorador e torna-se um profissional religioso. Isto é, realizar mais pela obrigação do que pelo fato de ser adorador.
Pois, o cristão:
Adora a Deus quando prega.
Adora a Deus quando canta.
Adora a Deus quando evangeliza.
Adora a Deus quando visita.
Adora a Deus quando oferta.
Adora a Deus quando ministra o ensino da Palavra.
Portanto, a ação do cristão não poderá torna-se uma obrigação, mas deverá continuar sendo uma adoração ao Senhor, sendo esta em espírito e em verdade.
O indivíduo irado e com ódio pecará até mesmo no momento do culto. Logo, o pecado mesmo presente poderá ser controlado se este for o desejo do indivíduo.
III – UM HOMEM QUE AGRADOU A DEUS
Após o pecado o primeiro ato de adoração a Deus é registrado na oferta de Abel. Ele ofereceu o melhor de tudo que possuía. A oferta de Abel foi aceita por Deus por ter sida oferecida pela fé (Hb 11.4). As ofertas que são outorgadas fazem parte do relacionamento entre o cristão e o Senhor.
As ofertas deverão ser entregues com reverência, reconhecendo o que Deus tem feito o que Deus está fazendo e o que Deus há de fazer. As ofertas não poderão se transformar em uma rotina, mas o ofertar deverá ser um ato de adoração.
Referência:

LIMA, Elinaldo Renovato de. O Caráter do cristão, moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.