Deus é Fiel

Deus é Fiel

domingo, 15 de janeiro de 2017

Subsídio para aula da E.B.D: Alegria, fruto do Espírito; Inveja, hábito da velha natureza

Alegria, fruto do Espírito; Inveja, hábito da velha natureza
A verdade prática afirma que a alegria, fruto do Espírito, não depende de circunstâncias. Para o pastor Antônio Gilberto: a alegria, como parte do fruto do Espírito, não depende das nossas circunstâncias exteriores. A alegria espiritual continua, mesmo nas dificuldades da vida, portanto, trata-se de algo desenvolvido em nosso interior pelo Espírito Santo (apud GOMES, 2016, p.41).
A presente lição estudará um fruto do Espírito que corresponde com o relacionamento do cristão com Deus e uma obra da carne que corresponde com o cristão em seu relacionamento com o próximo.
O relacionamento com Deus quando é espontâneo produz júbilo. Sendo que a alegria como fruto do Espírito corresponde com o amor exultante e se manifesta na tribulação (2 Co 7.4). Logo, a alegria está relacionada com uma vida de comunhão com Deus. Já para Calvino a inveja corresponde com o tipo de pessoa que se ofende com a excelência de outrem.
I – ALEGRIA, FELICIDADE INTERIOR
A alegria como fruto do Espírito é um estado de graça e de bem-estar espiritual que é o resultado da comunhão do cristão com Deus. A maior alegria que tem o crente é saber que o seu nome está escrito no Livro da Vida. A presença da alegria no íntimo do cristão não permite que este tenha inveja do seu próximo.
Portanto, a fonte da alegria é Deus. Deus está no controle de todas as coisas, logo por seu decreto Deus tem outorgado alegria para os teus.
A alegria como fruto do Espírito proporciona comunhão entre os membros da comunidade cristã. Nunca deve-se esquecer de que uma das maiores influencias na evangelização do mundo é a visão da verdadeira comunhão cristã, e uma das maiores barreiras à evangelização é a visão de uma igreja onde a comunhão está perdida e destruída (BARCLAY, 2010, p.77).
E pode ser comparada com a alegria de quem achou as coisas que se perderam, como o pastor e as ovelhas perdida (Lc 15.5,7;Mt 18.13); como a alegria da mulher que achou a moeda que estava perdida (Lc 15.10); como a alegria do pai cujo filho perdido voltou para casa (Lc 15.32).
Tanto para o homem como para Deus, a maior de todas as alegrias é a alegria do amor renascido e restaurado, e a alegria do pastor pelo seu povo não é outra coisa senão a alegria de Deus (BARCLAY, 2010, p.81).
II – INVEJA, O DESGOSTO PELA FELICIDADE ALHEIA
O termo presente para definir inveja no NT grego é zelos. Palavra que ocorre em dois sentidos: positivo e negativo.
No sentido positivo corresponde com cuidado, tanto o cuidado de Deus para com os teus (Ez 16.37), assim como a paixão por Deus que consome e estimula o homem (BARCLAY, 2010, p.44). O salmista assim escreveu: o zelo da tua casa me consumiu (Sl 69.9), exemplo que corresponde com o amor do cristão para com Deus.
Já no sentido negativo o zelos indica ressentimento amargo e ciumento que torna uma persuasão ao pecado, portanto, o caracteriza como obra da carne e não como fruto do Espírito.
A existência da inveja no íntimo do cristão indica que este está sendo conduzido pela velha natureza. A natureza pecaminosa, também definida como maldita herança herdade de Adão.
Os efeitos da inveja são assim exemplificados:
A inveja foi responsável pelo assassinato de Abel cometido por Caim.
A venda de José por seus irmãos.
O decreto criado para condenar Daniel.
Sendo que no NT podem ser citados os seguintes exemplos:
A inveja dos saduceus (At 5.17);
A inveja dos pagãos (Rm 1.29);
A inveja entre os cristãos (1 Co 3.3;2Co 12.20);
A inveja, obra da carne (Gl 5.21);
Inveja entre obreiros (Fp 1.15);
A origem da inveja (1 Tm 6.4);
A inveja, sentimento de amargura (Tg 3.14) – (GOMES, 2016, p.53).
III – A ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA
O presente tópico trás três pontos fundamentais, que são: a alegria no viver, alegria no servir e alegria no contribuir.
A vida oscila, isto é, há momentos que tudo está bem, porém, há inúmeros momentos que nada está bem. Logo, a alegria no viver é desfrutar da alegria que não corresponde e nem depende de fatores externos. O cristão indiferente do que esteja ocorrendo externamente deverá estar bem com Deus, ato que o proporcionará triunfo sobre as aflições.
A alegria no servir passa a ser o resultado da comunhão do cristão para com Deus. Servir a Deus não é um martírio e nem um sacrifício, mas ao contrário é uma honra para aqueles que servem a Deus em alegria, pois estes tem comunhão com o Senhor.
A alegria deve ser visível também no ato de contribuir. Alguém contribuir com dízimos e ofertas para que o Evangelho alcançasse vidas as quais formam o Corpo de Cristo hoje, logo os cristãos de hoje devem contribuir para que o Evangelho continue sendo pregado para testemunho de todas as pessoas.
Por fim, o viver a alegria do Espírito é um presente divino outorgado por meio da comunhão existente entre Deus e o cristão. E a inveja é uma obra da carne que destrói a comunhão entre as pessoas.
Referência:
BARCLAY, William. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.

GOMES, Osiel. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito, como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

Nenhum comentário:

Postar um comentário