Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão

Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão
Texto: Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão em visão, dizendo: não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão (Gn 15.1).
Abraão é dos personagens da Bíblia que se destaca em estudos e narrativas históricas, tanto em ministrações eclesiásticas como em palestras seculares. Abraão é considerado e tido como referência para as três religiões monoteístas.
Abraão vivenciou temores e conforme Gênesis 15, temores por se sentir inseguro. Insegurança pela existência de inimigos e pela inexistência de um sucessor. Mas, Deus tem muita forma para se comunicar com os teus filhos, por meio de visão Deus encoraja o patriarca dizendo: não temas.
A multiforme comunicação de Deus
Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho (Hb 1.1). A expressão, muitas vezes e de muitas maneiras, corrobora a multiforme comunicação divina referente a períodos da história. Muitas vezes, se refere aos períodos da história; enquanto, muitas maneiras, se referem aos métodos utilizados na comunicação: visitações, sonhos, visões, sinais, parábolas e acontecimentos.
A palavra do Senhor em visão a Abrão serviu para consola-lo mediante a insegurança. Deus e o patriarca ratificaram um pacto de sangue (Gn 15.7-21). Aliança que garantia compromisso em outorgar proteção um ao outro diante as inúmeras ameaças dos inimigos. Quando Deus fala, Deus corrobora as promessas e por meio da Sua palavra desperta os escolhidos, outorgando paz no presente e esperança no futuro.
Abrão, homem vocacionado por Deus
A vida do patriarca pode ser dividida didaticamente em dois períodos: primeiro, quando era chamado de Abrão; e, segundo quando passou a ser chamado de Abraão.
1- Abrão. O nome Abrão tem como significado pai da altura. O que adiantava ser conhecido pelo nome pai da altura se o patriarca não tinha nenhum filho.
No primeiro período da vida do patriarca ocorrem dois acontecimentos marcantes: o chamado de Deus a Abrão e a promessa de Deus para com Abrão.
Deus chama Abrão quando este habitava a terra de Ur dos caldeus (Gn 11.31). E lhe faz a seguinte promessa: e far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra (Gn 12.2,3). No presente texto há três descrições claras da benção de Deus na vida de Abrão caso ele obedecesse a Deus. A benção de Deus para com Abrão seria multiplicativa, progressiva e abrangente.
Multiplicativa em se tratar que de Abraão surgiria uma grande nação, isto é, de um indivíduo um povo. Também, por multiplicar inúmeras bênçãos na vida do patriarca.
Progressiva por se tratar do reconhecimento da pessoa de Abrão no decorrer da história.
E por fim, abrangente, pois não só à nação que surgiria do patriarca que seria abençoada, mas também todas as famílias da terra se tornariam abençoadas no patriarca Abrão.
2- Abraão. O nome é mudado de Abrão, pai da altura, para Abraão, pai duma multidão. Neste período da vida do patriarca cumprisse a promessa do nascimento do filho (Gn 21.1-3).
Deus supre a caminhada. Tal afirmativa é notória na vida de Abraão, pois o mesmo aos setenta e cinco anos era incompleto, em se tratando, da ausência de um filho. Deus chama o patriarca. O patriarca obedece, logo após vinte e cinco anos vem o resultado, o nascimento do filho da promessa.
Não temas
Quando Deus disse a Abrão não temas, eu sou teu escudo, o teu grandíssimo galardão, estava afirmando que o presente e o futuro estar sobre o Seu controle.
1- O temor do presente. No presente as pessoas enfrentam dificuldades, fato que demonstra a incapacidade humana como resultado do pecado.
O pecado abrange cinco esferas da convivência humana:
Esfera moral, sendo conceituado pela expressão errar o alvo.
Esfera da conduta fraternal, convivência afetada pela injustiça e pela violência.
Esfera da santidade, conceituada pelos termos: profano e imundo.
Esfera da verdade, definida pelas palavras mentira e engano.
Esfera da sabedoria, pela expressão ignorância e desordem.
O presente vivenciado por Abrão lhe transmitia insegurança, porém, Abrão seguia o Único e Verdadeiro Deus, que lhe outorgava segurança e proteção ao afirmar, Eu Sou teu escudo.
2- O temor do futuro. Além do presente o futuro também desestrutura o indivíduo. O medo do amanhã, a preocupação com as futuras gerações, a atual conjectura mundial e dentre outros, o processo educacional, proporcionam medo. São inúmeras as razões que provocam temor no que concerne o futuro, porém, o temor do patriarca se relacionava com a inexistência de um descendente. Sendo assim, Deus consola o patriarca ao afirmar: Eu Sou o teu grandíssimo galardão, isto é, Deus outorga recompensa para os que são fiéis a Ele.

Abraão não ficou preso em um passado esquecido por seus sucessores. Todavia, a experiência de vida de Abraão em conhecer e obedecer ao chamado de Deus para a sua vida fez do mesmo um dos personagens mais ilustre da história da humanidade. A importância do patriarca não está limitada na escrita Bíblica, ganhou campo e dimensão gigantesca. Tal dimensão foi conquistada pela obediência ao chamado e pela certeza da Palavra de Deus por meio de visão: não temas, Abrão, eu sou teu escudo, o teu grandíssimo galardão.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Subsídio para aula da E.B.D: Paciência: evitando as dissensões

Paciência: evitando as dissensões
A verdade prática afirma que a paciência, como fruto do Espírito, é um antídoto contra a ansiedade e as dissensões.
A presente lição trará instruções concernentes ao fruto do Espírito que corresponde com o relacionamento do cristão com os outros, a paciência, fruto do Espírito que proporciona ao indivíduo suportar a falta de amabilidade dos outros para consigo; também estudará a respeito da obra da carne que trata de atitudes impróprias para com o próximo, dissensões, obra da carne que aprove pensamento faccioso.
A dissensão tem como objetivo provocar separação na congregação.
I – PACIÊNCIA, ATO DE RESISTÊNCIA À ANSIEDADE
Paciência no grego μακροθυμέω e significa longanimidade, perseverança e firmeza.
Longanimidade define o indivíduo que tem como qualidade grandeza de ânimo, indivíduo corajoso em meio às adversidades e que age em favor de alguém, termo também relacionado com o ato de ser bondoso ou generoso. Perseverança define o indivíduo persistente que tem constância nas suas ações e não desiste diante das dificuldades. Firmeza é o termo apropriado para caracterizar o indivíduo que não duvida dos princípios aprendidos e os colocam em prática.
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se (2 Pe 3.9).
Deus não deixou de cumprir nenhuma das suas promessas. Na verdade, o ritmo pausado que Ele adotou é motivado pela paciência. Deus está esperando para estender a oportunidade aos seres humanos, para que se arrependam (RICHARDES, p.528).
A paciência deverá ser uma das virtudes que caracteriza o cristão em meio às tribulações da vida, pois em Cristo deverá ser lançada toda ansiedade, Ele tem cuidado da sua Igreja (1 Pe 5.7).
O profeta Naum escreveu “O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele” (Na 1.7). Já o monarca e sábio Salomão assim expressou sobre o dia da angústia: “Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena” (Pv 24.10).
O dia angústia é desenrolado por notícias indesejáveis. Assim ocorreu com o patriarca Jó, pois naquele dia só chegaram a ele pessoas para lhe informar sobre as percas.
A provação do patriarca se resume na palavra perca e elas foram:
A primeira perca foi a dos bens matérias: em questão de segundos o patriarca perdeu toda riqueza.
Quinhentas juntas de bois e as quinhentas jumentas foram tomadas pelos sabeus (notáveis por suas riquezas e por suas mercadorias).
Sete mil ovelhas foram queimadas por fogo que desceu do céu.
Três mil camelos foram tomados pelos caldeus.
Segunda perca foi a morte de seus filhos: antes que o terceiro mensageiro terminasse a mensagem, o quarto já aproximava e transmitia a mais dolorosa de todas as más notícias daquele dia: “a morte dos filhos”.
A terceira foi a perca da saúde: Jó foi ferido com uma chaga maligna da cabeça aos pés.
A quarta perca foi a do incentivo da esposa: as palavras da esposa de Jó foram: amaldiçoa a Deus e morre (Jó 2.9).
Em suma, o dia da angústia é o dia de percas.
Amaldiçoa a Deus e morre, estas palavras da esposa de Jó indica que ela não tinha mais esperança, ou seja, ela não acreditava na mudança da situação. Para ela o certo era que o seu esposo morreria. Ele não resistiria à situação, pois o estado caótico estava se agravando. Mas, o patriarca Jó pensava diferente “sei que meu Redentor vive” (Jó 19.25). Para que o milagre ocorra é necessário que haja confiança nas promessas de Deus.
A esperança de Jó era tão notável que ele permaneceu íntegro ao Senhor mesmo com tantas percas. Pessoas que não são firmes nas promessas em meio às tribulações se afastam de Jesus.
II – DISSENSÕES, RESULTADO DA IMPACIÊNCIA
O termo dissensão no grego é διχοστασία e significa divisão, ficar a parte, separado, ou seja: um estado em que já se foi toda a comunhão, toda a comunidade e toda a fraternidade. É por demais óbvio que semelhante estado é tragicamente comum entre os homens (BARCLAY, p.54).
Barclay disserta que há dissensão: pessoal, de classe, entre partidos, racial, teológica e eclesiástica.
A dissensão eclesiástica corresponde com falta de comunhão entre os membros da congregação. A desunião não é apenas o maior problema da Igreja, mas também o maior pecado da Igreja (BARCALY, p. 55).
Portanto, o cristão deverá evitar o partidarismo, pois este quebra a unidade da Igreja e limita o desfrutar da presença de Deus. E onde prevalece a dissensão não há vencedor, pois um reino dividido não subsistirá (Mt 12.25).
III – PACIÊNCIA, PROVA DE ESPIRITUALIDADE E MATURIDADE CRISTÃ
Tiago faz alusão da paciência presente na atividade diária do agricultor. O trabalhador do campo espera a estação certa para desenvolver as suas atividades. Assim também deve ser o cristão em não desenvolver atitudes na hora errada. Com paciência o cristão passa a definir escolhas corretas e ações corretas. Conforme o comentário da revista com paciência às dificuldades, privações, inquietações, e o sofrimento serão vencidos.
Em meio às provações não desanime, permaneça firme na presença do Senhor.
Por fim, o crente que não ora, não jejua e não medita na Palavra de Deus não pode alcançar a maturidade cristã (LIÇÕES BÍBLICAS, p.45).
Referência:
BARCLAY, William. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.

RICHARDS, Lawence O. O Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

A Vida e o Ministério do Messias, presente nas profecias do AT


Texto: De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai (Fp 2.5-11).
As profecias do AT a respeito do Messias foram proferidas por uma série de homens que viveram em tempos diferentes, tendo uma abrangência de quatro mil anos. Sendo que a primeira profecia ou anuncio do futuro correspondente ao Messias foi anunciada pelo próprio Deus, logo após a queda da humanidade (Gn 3.15).
Nas quatro divisões do AT as profecias Messiânicas são notáveis. Elas tratam do nascimento à ressurreição do Messias. Descrevem o ministério e obra Messiânica. Portanto, estudar as profecias Messiânicas é compreender a existência da unidade dos Testamentos e a utilidade do AT para a compreensão do NT.
Vida do Messias presente nas profecias do AT
A vida terrena de Jesus abrangeu 33 anos. O ministério público e particular teve em média uma duração de 3 anos e 6 meses. Porém, a vida terrena do Messias expõe em destaque os seguintes fatos: nascimento, morte e principalmente a respeito da natureza do Messias.
1- Nascimento. Sobre o nascimento de Jesus duas profecias se destacam: a da descendência da mulher (Gn 3.15) e do nascimento do Messias em Belém (Mq 5.2).
A profecia a respeito da descendência da mulher: porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar (Gn 3.15), esclarece que o homem não teria participação no nascimento do Messias, fato que é confirmado em Mateus 1.20; porque o que nela está gerado é do Espírito Santo.
Já o profeta Miqueias profetiza o local em que o Messias nasceria: mas tu, Belém-Efrata, embora sejas pequena entre os clãs de Judá, de ti virá para mim aquele que será o governante sobre Israel. Suas origens estão no passado distante, em tempos antigos (Mq 5.2).
2- Morte. Perfuraram minhas mãos e meus pés (Sl 22.16). O Salmo 22 foi escrito 600 anos antes da invenção do modelo de extermínio por meio da crucificação. Sendo que Davi escreveu o Salmo cerca de mil anos antes o nascimento do Messias. O Salmo 22 apresenta vinte e três detalhes proféticos, dentre eles destaque para cinco:
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Sl 22.1; Mt 27.46).
Todos os que me veem zombam de mim (Sl 22.7; Mt 27.41-43).
Transpassaram-me as mãos e os pés (Sl 22.16; Jo 20.25).
Poderia contar todos os meus ossos (Sl 22.17).
Repartem entre si as minhas vestes e lançaram sortes sobre a minha túnica (Sl 22.18; Jo 19.23,24).
3- Natureza do Messias.  O Messias teve duas naturezas: a humana e a divina. Na natureza humana Ele tinha suas limitações. Já na natureza divina percebe-se por meio do profeta Isaias a seguinte verdade: Jesus é Deus.
Por isso o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel (Is 7.14).
O termo Emanuel tem como significado Deus conosco.
Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz (Is 9.6).
Os termos descritivos de como o Messias seria chamado indica nomes e atributos pertencentes apenas a Deus. Portanto, Jesus é Deus.
Ministério do Messias
Messias (Hebraico) ou Cristo (Grego) significa ungido. Apenas os reis, sacerdotes e profetas que eram ungidos na Antiga Aliança. Fato que descreve o ministério real, sacerdotal e profético de Jesus Cristo.
1- Ministério Real. Quanto a você, sua dinastia e seu reino permanecerão para sempre diante de mim; o seu trono será estabelecido para sempre (2 Sm 7.16). Jesus o filho de Davi. Jesus o cumprimento da profecia a Davi. No ministério real o Messias exerce poder sobre as enfermidades, a natureza e sobre as hostes da maldade nos lugares celestiais.
2- Ministério Sacerdotal.  Alguém que se tornou sacerdote, não por regras relativas à linhagem, mas segundo o poder de uma vida indestrutível. Pois sobre ele é afirmado: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 7.16,17). O sacerdócio de Jesus foi superior ao sacerdócio dos levitas por ser o sacerdócio de Cristo perfeito e por exercer Jesus seu ministério no céu. Portanto, o sacerdócio de Jesus é perfeito e superior ao sacerdócio dos outros. A superioridade do ministério sacerdotal de Jesus estar associado ao oferecimento do sacrifício. O sacrifício de Jesus era superior porque não foi oferecido no templo terrestre, e sim, no céu (Hb 9.24).
3- Ministério Profético. Levantarei do meio dos seus irmãos um profeta como você; porei minhas palavras na sua boca, e ele lhes dirá tudo o que eu lhe ordenar (Dt 18.18). O ministério profético de Jesus foi firmado em dois aspectos: proclamar a mensagem do Pai e revelar o Pai.
Percebe-se que Jesus no seu ministério profético não apenas proclamou a mensagem de Deus, mas também revelou a Pessoa do Pai. E nos dias atuais Jesus continua a exercer o seu ministério profético por intermédio da Sua Palavra, da Igreja e do Espírito Santo.

Por fim, uma das profecias que mais encanta e permite que cada indivíduo compreenda o valor profético da Palavra de Deus se encontra em Isaías 53. Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido. Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados (vv.4,5). Isaías é um dos mais importantes capítulos proféticos a respeito do Messias e contém 25 profecias próprias a pessoa de Jesus Cristo. Jesus não é um conto folclórico, mas uma realidade prevista na Antiga Aliança por homens comuns que se manifestou à humanidade com poder e grande glória. 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Subsídio para aula da E.B.D: Paz de Deus: Antídoto contra as Inimizades

Paz de Deus: Antídoto contra as Inimizades
A verdade prática afirma que a paz, como fruto do Espírito, não promove inimizades e dissensões. A presente lição trará instruções concernentes ao fruto do Espírito que corresponde com o relacionamento do cristão com Deus, a paz, isto é, ação divina que tranquiliza o cristão, pois trata de amor em repouso; também estudará a respeito da obra da carne que trata de atitudes impróprias para com o próximo, inimizade, obra da carne que indica ações e intensões agressivas, que são reais em pessoas que não sentam o mínimo de amor pelo próximo.
I – A PAZ QUE EXCEDE TODO ENTENDIMENTO
 Paulo assim escreveu: se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens (Rm 12.18).
A aspiração do cristão deveria ser a de viver uma vida em paz. Mas, às vezes, a paz não depende unicamente de nós; é por isso que Paulo limita assim o mandamento: se for possível (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.396).
O termo paz proporciona a formação da seguinte base propicias para relacionamentos satisfatórios: harmonia, saúde, integridade e bem-estar.
A paz é condição fundamental para progredirmos na união, para acolhermos os ministérios de outras pessoas e para aprendermos, ainda que através dos fracassos. O exercício dos dons deve levar à maior união e paz... Por isso, é fundamental aprendermos a tratar com ternura uns aos outros e a buscar o sumo bem de todos (HORTON, 1996, p.489).
A paz tem sua origem em Deus, isto é, paz de Deus. Porém, também há possibilidade do ser humano viver a paz com Deus, sendo que a possibilidade para tamanho ato só é possível mediante a justificação.
A hamartiologia resume as ações do pecado em três instancias: penalidade, poder e presença. A penalidade do pecado é real na vida daqueles que não foram justificados em Cristo. O poder do pecado é notável na vida daqueles que não se santificam em Jesus Cristo. E a presença do pecado só perpetuará na vida daqueles que não serão glorificados com o Senhor Jesus Cristo.
A penalidade do pecado é retirada quando o indivíduo é justificado em Cristo.
O poder do pecado é reduzido quando o indivíduo leva uma vida em santificação diante de Cristo.
Já a presença do pecado só será eliminada quando o cristão for glorificado em Cristo.
Logo, a paz com Deus é possível quando o pecado não penaliza o cristão, pois este é justificado em Cristo.
II – INIMIZADES E CONTENDAS, AUSÊNCIA DE PAZ
A inimizade é a definição exata da ausência de paz. Há três tipos de inimizades:
Inimizade para com Deus:
Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser (Rm 8.7).
A inclinação para com a carne tem como fruto a inimizade para com Deus, e não é submissa a lei de Deus e nem pode ser.
Inimizade entre as pessoas:
E no mesmo dia, Pilatos e Herodes entre si se fizeram amigos; pois dantes andavam em inimizade um com o outro (Lc 23.12).
Indica que há ausência de paz entre pessoas e não necessariamente entre grupos de pessoas.
Inimizades entre grupos e pessoas:
Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades (Ef 2.14-16).
A ausência de paz com Deus corroborará a ausência de paz entre as pessoas que cominará na ausência de paz entre grupos de pessoas.
A inimizade é resultado da soberba e genitora das facções e divisões.
As facções são embasadas em ensinos contrários aos princípios Bíblicos e tem como objetividade a separação dos cristãos, isto é, a divisão é manifestada pela ausência de paz.
III – VIVAMOS EM PAZ
A paz é um favor divino para com os cristãos, logo é dever de cada crente viver em paz e unidade para com os outros. A paz em Deus é uma realidade mediante a obra de Cristo na cruz. Portanto, para a obtenção da paz: sacrifícios são necessários; renunciar é preciso; e dedicação para com a vida das demais pessoas é indispensável.
A existência da paz no interior do indivíduo é possível. A paz é Boas Novas e a missão da Igreja é propagar as Boas Novas em Cristo Jesus.
Por fim, a paz é o relacionamento certo em todas as esferas da vida (BARCLAY, 2010, p.85,86).
Certo dentro do lar (1Co 7.12-16).
Certo entre judeus e gentios (Ef 2.14-17).
Certo que deve existir dentro da Igreja (Ef 4.3).
Certo entre os homens (Hb 12.14).
Certo entre o homem e Deus (Rm 5.1).
Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5.1).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

BARCLAY, William. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Relacionamento bem-sucedido

Relacionamento bem-sucedido
Texto: Grave o meu nome no seu coração e no anel que está no seu dedo. O amor é tão poderoso como a morte; e a paixão é tão forte como a sepultura. O amor e a paixão explodem em chamas e queimam como fogo furioso. Nenhuma quantidade de água pode apagar o amor e nenhum rio pode afogá-lo. Se alguém quisesse comprar o amor e por ele oferecesse as suas riquezas, receberia somente o desprezo. (Ct 8.6,7).
Há casais que são exemplos pelo bom relacionamento entre os consortes. Mas, há inúmeros casais que não conseguem desfrutar do mínimo possível da alegria correspondente a uma vida a dois. Não existem famílias perfeitas, mas é possível a existência de famílias felizes. Logo, famílias felizes correspondem com pessoas que sabem desfrutar do melhor que Deus oferece ao casal.
Portanto, para vivenciar um relacionamento bem-sucedido é necessário que o casal conviva com a presença de Deus, se amem mutuamente, se perdoem, e dentre tantos outros passos, que o casal não permita o falecimento do encanto do casamento.
A presença de Deus
Deus presente no convívio familiar indica que haverá prosperidade, compreensão, perdão, harmonia e alegria.
O primeiro milagre operado pelo Senhor Jesus em seu ministério terreno foi em uma festa de casamento. Jesus transformou água em vinho. A melhor aplicação que se pode outorgar a este texto é que se faltar alegria em um casamento, o mesmo estará prescrito à ruína.
Para muitos casais, o tempo é o inimigo do amor. O casal já não tem a mesma alegria, os conteúdos iniciais já se esvaíram, o tempo se torna um fantasma que assusta os projetos familiares. Quando amamos o casamento, o tempo se torna um memorial e uma aposta. Olhamos para trás com a alegria da vitória, para o hoje com o prazer da convivência e para o amanhã com a certeza de que as muitas águas não podem afogar esse amor (Ct 8.7)...
A alegria de um casamento sólido, testemunha para a sociedade doente que o casamento não é um cárcere, não é uma masmorra dos sentimentos. O casamento experimenta a presença de Deus que é o ápice da alegria verdadeira. Para que o casal obtenha essa alegria só existe um meio: celebrar Jesus como essência do casamento (BRIZOTTI, 2011, p.30,50,51).
Amor mútuo
Conforme 1 Coríntios 13, o amor é sofredor, benigno, não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade, nunca falha e permanece para sempre.
O bom relacionamento terá como base o amor. Sendo que o amor é constituído por dois pilares básicos: a paciência e a bondade.
O amor constitui o consorte paciente, pois a paciência proporciona calma interior em meio às tempestades exteriores.
Já a bondade torna o consorte agradável, fato que se explica nas seguintes frases:
Gentileza, isto é, o cônjuge é tenro e sensível.
Prestativo, o amor bondoso proporciona o consorte curioso no que corresponde a necessidade do outro.
Boa vontade, ou seja, torna o consorte agradável.
O marido ou a esposa gentil será o que cumprimenta primeiro, sorri primeiro, serve primeiro e perdoa primeiro (KENDRICK & KENDRICK, 2009, p.7).
O perdão é necessário
Por não ser perfeito o casal terá adversidades cotidianas. Muitas despertarão raivas, tirarão lágrimas e até provocarão discursões. Porém, não poderão retirar a presença de Deus da família e nem a alegria do convívio familiar.
Perdoar é necessário. O perdão liberta pessoas de prisões. Prisões da amargura e da raiva. Quando alguém perdoa, ao vê a pessoa na qual foi perdoada, o sangue não ferve, mas sente piedade e espera que a pessoa mude de atitude.
Contudo, casamentos bem sucedidos não são criados por pessoas que nunca magoam uns aos outros, mas por pessoas que decidem não guardar rancor (KENDRICK & KENDRICK, 2009, p.123).
Casamento sobre o encanto
O falecimento do encanto do casamento ocorre quando:
O desrespeito prevalece sobre o respeito. As obrigações conjugais são desenvolvidas sem amor. A convivência se transforma em rotina. Cuidado! O beijo apaixonado se transforma num selinho miserável de “oi” e “tchau” (BRIZOTTI, 2011, p.44).
Portanto, para que o encanto permaneça é necessário que:
Os consortes mutuamente surpreenda um ao outro. A alegria seja cultivada. E que o relacionamento sexual seja o ápice do encanto, e não sua destruição! Sexo como expressão máxima da bênção da intimidade – esse é o sentido do fascínio.
Quando encaramos as crises, os dramas do casamento assim, abertos ao confronto, é que podemos, com o auxílio de Deus, vencê-los. Deus está sempre pronto a nos ajudar na construção de um casamento feliz! Não há casamentos perfeito, mas há casamentos felizes! (BRIZOTTI, 2011, p.45).
O bom relacionamento não poderá ser cobrado do outro, se o que cobra, nada faz para que a presença de Deus seja nítida no convívio familiar. O relacionamento bem-sucedido depende da existência da alegria, do perdão e do encanto, sendo que estes elementos só estarão presentes no lar se Deus estiver no controle da família.
Referência:
BRIZOTTI, Alan. Deus está na sua casa? Goiânia: Editora Pimícias Ltda, 2011.

KENDRICK, Stephen. KENDRICK, Alex. O Desafio de Amar. Rio de Janeiro: BV Films Editora Ltda, 2009.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Subsídio para aula da E.B.D: Alegria, fruto do Espírito; Inveja, hábito da velha natureza

Alegria, fruto do Espírito; Inveja, hábito da velha natureza
A verdade prática afirma que a alegria, fruto do Espírito, não depende de circunstâncias. Para o pastor Antônio Gilberto: a alegria, como parte do fruto do Espírito, não depende das nossas circunstâncias exteriores. A alegria espiritual continua, mesmo nas dificuldades da vida, portanto, trata-se de algo desenvolvido em nosso interior pelo Espírito Santo (apud GOMES, 2016, p.41).
A presente lição estudará um fruto do Espírito que corresponde com o relacionamento do cristão com Deus e uma obra da carne que corresponde com o cristão em seu relacionamento com o próximo.
O relacionamento com Deus quando é espontâneo produz júbilo. Sendo que a alegria como fruto do Espírito corresponde com o amor exultante e se manifesta na tribulação (2 Co 7.4). Logo, a alegria está relacionada com uma vida de comunhão com Deus. Já para Calvino a inveja corresponde com o tipo de pessoa que se ofende com a excelência de outrem.
I – ALEGRIA, FELICIDADE INTERIOR
A alegria como fruto do Espírito é um estado de graça e de bem-estar espiritual que é o resultado da comunhão do cristão com Deus. A maior alegria que tem o crente é saber que o seu nome está escrito no Livro da Vida. A presença da alegria no íntimo do cristão não permite que este tenha inveja do seu próximo.
Portanto, a fonte da alegria é Deus. Deus está no controle de todas as coisas, logo por seu decreto Deus tem outorgado alegria para os teus.
A alegria como fruto do Espírito proporciona comunhão entre os membros da comunidade cristã. Nunca deve-se esquecer de que uma das maiores influencias na evangelização do mundo é a visão da verdadeira comunhão cristã, e uma das maiores barreiras à evangelização é a visão de uma igreja onde a comunhão está perdida e destruída (BARCLAY, 2010, p.77).
E pode ser comparada com a alegria de quem achou as coisas que se perderam, como o pastor e as ovelhas perdida (Lc 15.5,7;Mt 18.13); como a alegria da mulher que achou a moeda que estava perdida (Lc 15.10); como a alegria do pai cujo filho perdido voltou para casa (Lc 15.32).
Tanto para o homem como para Deus, a maior de todas as alegrias é a alegria do amor renascido e restaurado, e a alegria do pastor pelo seu povo não é outra coisa senão a alegria de Deus (BARCLAY, 2010, p.81).
II – INVEJA, O DESGOSTO PELA FELICIDADE ALHEIA
O termo presente para definir inveja no NT grego é zelos. Palavra que ocorre em dois sentidos: positivo e negativo.
No sentido positivo corresponde com cuidado, tanto o cuidado de Deus para com os teus (Ez 16.37), assim como a paixão por Deus que consome e estimula o homem (BARCLAY, 2010, p.44). O salmista assim escreveu: o zelo da tua casa me consumiu (Sl 69.9), exemplo que corresponde com o amor do cristão para com Deus.
Já no sentido negativo o zelos indica ressentimento amargo e ciumento que torna uma persuasão ao pecado, portanto, o caracteriza como obra da carne e não como fruto do Espírito.
A existência da inveja no íntimo do cristão indica que este está sendo conduzido pela velha natureza. A natureza pecaminosa, também definida como maldita herança herdade de Adão.
Os efeitos da inveja são assim exemplificados:
A inveja foi responsável pelo assassinato de Abel cometido por Caim.
A venda de José por seus irmãos.
O decreto criado para condenar Daniel.
Sendo que no NT podem ser citados os seguintes exemplos:
A inveja dos saduceus (At 5.17);
A inveja dos pagãos (Rm 1.29);
A inveja entre os cristãos (1 Co 3.3;2Co 12.20);
A inveja, obra da carne (Gl 5.21);
Inveja entre obreiros (Fp 1.15);
A origem da inveja (1 Tm 6.4);
A inveja, sentimento de amargura (Tg 3.14) – (GOMES, 2016, p.53).
III – A ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA
O presente tópico trás três pontos fundamentais, que são: a alegria no viver, alegria no servir e alegria no contribuir.
A vida oscila, isto é, há momentos que tudo está bem, porém, há inúmeros momentos que nada está bem. Logo, a alegria no viver é desfrutar da alegria que não corresponde e nem depende de fatores externos. O cristão indiferente do que esteja ocorrendo externamente deverá estar bem com Deus, ato que o proporcionará triunfo sobre as aflições.
A alegria no servir passa a ser o resultado da comunhão do cristão para com Deus. Servir a Deus não é um martírio e nem um sacrifício, mas ao contrário é uma honra para aqueles que servem a Deus em alegria, pois estes tem comunhão com o Senhor.
A alegria deve ser visível também no ato de contribuir. Alguém contribuir com dízimos e ofertas para que o Evangelho alcançasse vidas as quais formam o Corpo de Cristo hoje, logo os cristãos de hoje devem contribuir para que o Evangelho continue sendo pregado para testemunho de todas as pessoas.
Por fim, o viver a alegria do Espírito é um presente divino outorgado por meio da comunhão existente entre Deus e o cristão. E a inveja é uma obra da carne que destrói a comunhão entre as pessoas.
Referência:
BARCLAY, William. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.

GOMES, Osiel. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito, como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

domingo, 8 de janeiro de 2017

Subsídio para aula da E.B.D: O Perigo das Obras da Carne

O Perigo das Obras da Carne
A verdade prática afirma que oremos e vigiemos para que não sejamos surpreendidos pelas obras da carne.
As obras da carne são resultados da natureza pecaminosa na vida do indivíduo que não é conduzido pelo Espírito Santo de Deus.  Conforme a narrativa Bíblica presente no livro de Gênesis 1.26, o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus. Porém, como imagem Deus o homem atualmente poderá se encontrar em uma das seguintes situações: imagem e semelhança de Deus perfeita (neste caso apenas Adão e Eva antes do pecado), imagem deturpada (o homem no pecado), e imagem restaurada (o homem regenerado em Cristo).
O indivíduo como imagem deturpada corresponde a uma vida conduzida para os deleites da carne.
I – A VIDA CONDUZIDA PELA CONCUPISCÊNCIA DA CARNE
Concupiscência corresponde com desejos exagerados. Há a concupiscência dos olhos e da carne, os olhos indicam e desperta a alma a desejar exageradamente aquilo que desagradará a Deus.
Observe como Andrade conceitua a palavra concupiscência:
Apetite carnal exagerado e insaciável. Como a concupiscência advém da cobiça, os Dez Mandamentos encerram-se justamente com uma advertência contra o desejo de se possuir o que não se tem direito (ANDRADE, p. 70).
Para Andrade a concupiscência se associa com a sexualidade e se delicia em desobedecer às ordenanças divinas buscando a satisfação nos instintos básicos, como o saciar da fome, do sexo e da segurança.
Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria; pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência (Cl 3.5,6).
...Paulo transmite aos colossenses instruções acerca da conduta correta. Ele afirma em termos negativos e positivos o tipo de vida que Deus deseja que os Seus servos levem. Embora estivessem antes fascinados com as práticas do mal listadas nos versículos 5,8 e 9, os cristãos em Colossos deveriam abandonar tais práticas (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.549).
Portanto a concupiscência da carne corresponde com desejos por prazeres pecaminosos, já a concupiscência dos olhos corresponde com a ambição ou com o materialismo, enquanto a soberba da vida indica o orgulho em que o indivíduo está mergulhado.
II – A DEGRADAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO
Reescrevendo parte do subsídio da lição anterior:
Caráter é a qualidade inerente a um indivíduo e corresponde com o temperamento próprio e a índole de cada pessoa.
Caráter significa:
Ter um comprometimento com um conjunto de valores sem comprometer-se...
Ser dedicado a um conjunto de padrões sem hesitar...
Esforçar-se continuamente para integrar seus pensamentos, palavras e ações...
Fazer sacrifícios para manter os seus princípios...
Ter autodisciplina para manter seus valores e padrões morais (MUNROE, 2015, p.204-211).
A marca distintiva do caráter é a lealdade. Lealdade é o produto da estabilidade criada pelas provações que surgem ao longo do tempo (MUNROE, 2015, p.219).
Para manter o caráter ou a marca em conformidade com Deus é necessário que o cristão tenha comunhão com Deus, logo é necessário que o cristão tenha uma vida de oração, que leia a Bíblia e que jejuem.
III – UMA VIDA QUE NÃO AGRADA A DEUS
O viver na carne não agrada a Deus, pois o indivíduo viverá para a satisfação dos desejos carnais e não para glorificar a Deus.
O viver na carne torna o indivíduo inútil e infrutífero.
Conforme o Evangelho de João 15, os discípulos ao serem comparados com os ramos da videira são hermeneuticamente definidos pela natureza, pela honra alcançada, pelas dificuldades vivenciadas e pela alegria a ser conquistada. São os discípulos comparados a ramos. De fato estes ramos devem ser limpos pela Palavra, e terão como resultados pela comunhão com Cristo a oração respondida e a permanência em Cristo, porém, o grande ganho presente no texto é ser reconhecido como discípulos e amigos de Cristo.
Por fim, o andar na carne além definir os indivíduos como inúteis e infrutíferos, não caracterizaram estes como discípulos e amigos de Jesus Cristo, pois o andar na carne não agrada a Deus.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

MUNROE, Myles. O poder do caráter na liderança. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2015.