Deus é Fiel

Deus é Fiel

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Subsídio para aula da E.B.D: A Sobrevivência em tempos de crise

A Sobrevivência em tempos de crise
Para melhor compreensão a respeito da prosperidade há três perguntas sobre esta temática que devem ser respondidas:
O que é prosperidade?
Como alcançar a prosperidade?
Qual o objetivo da prosperidade?
Mas, antes é necessário compreender que quando se trata de dinheiro na igreja os cristãos tornam-se propícios a cometerem dois erros: erro teológico e erro prático.
O erro teológico corresponde com justificativa teórica sem fundação Bíblica que conduz o indivíduo a omitir contribuição à obra de Deus. É necessário compreender que dinheiro no Reino de Deus trata-se de uma temática essencialmente espiritual. Já o erro prático corresponde com a concretização da omissão, isto é, o indivíduo deixa de contribuir financeiramente para com o crescimento da obra de Deus.
O que é prosperidade?
É a ação de Deus em prover na vida do cristão. Há quatro decretos divinos que descrevem a relação entre Deus e os homens. Os decretos de Deus são: criação, providência, restauração e consumação. A providência corresponde com a ação de Deus em cuidar dos seus.
Sobre a providência divina escreve Andrade:
Resolução tomada de antemão por Deus visando a consecução de seus planos e decretos, a preservação de quanto Ele criou e a salvação do ser humano. Acha-se a providência divina fundamentada nos atributos metafísicos e morais de Deus (p. 210).
A providência de Deus é o cuidado sobre todas as suas obras. É exercida na preservação de suas criaturas, no prover as necessidades de suas criaturas, na prosperidade dos santos e dentre tantas na proteção dos santos. A providência divina deve ser reconhecida na prosperidade, na adversidade, nas calamidades públicas, no sustento diário e os esforços humanos são vãos sem ela (Sl 127.1,2; Pv 21.31). Assim acrescenta Champlin o propósito da providência de Deus consiste em preservar a vida não somente a duração da vida terrena, mas também a sua qualidade e suas realizações (p. 487).
Como alcançar a prosperidade?
A prosperidade pode ser conquistada por meio do trabalho, da fidelidade, do cuidado para com a obra missionária e por meio do cuidado para com os líderes espirituais.
Ninguém conquista a prosperidade se não for dedicado ao trabalho. Muitos cristãos estão desempregados por não serem dedicados no que fazem ou por falta de princípios éticos. Para o apóstolo Paulo se alguém não quiser trabalhar, não coma também (2 Ts 3.10).
A prosperidade se concretiza por meio da fidelidade nos dízimos e nas ofertas (Ml 3.10).
O cuidado para com a obra missionário permite a igreja local a possibilidade em desfrutar da prosperidade divina, assim como o cuidado individual do crente para com a obra missionária permite que o mesmo seja alcançado com o prover divino sobre a sua vida.
E não só o cuidado para com a obra missionária, mas também o cuidado para com os líderes. Amigos de pastores são por Deus abençoados. Que a igreja nestes últimos dias venha investir na obra missionária e amar os vossos pastores.
Qual o objetivo da prosperidade?
A prosperidade de Deus na vida do crente possui três objetivos centrais.
Primeiro, o próprio cuidado do cristão, isto no que corresponde o cuidado para com o suprimento das próprias necessidades, alimentação, vestimentas, remédios, dentre outros.
Segundo, o cuidado para com o próximo. Deus prospera os teus servos para que estes venham a contribuir para o suprimento das necessidades das pessoas próximas.
Em terceiro, Deus prospera os teus para que haja um cuidado destes para com a obra de Deus na terra.
Uma palavra sobre CRISE
Com base nos Escritos Sagrados, sobre a segunda ocorrência de tempestade envolvendo os discípulos, percebe-se que a segunda ocorrência não foi tão impetuosa como a primeira, mas nesta torna-se notório a presença de um fenômeno físico, espiritual, político, econômico e ministerial, resumidamente descritos pela palavra crise.
Para Bruce:
O capítulo 6 do Evangelho de João está repleto de acontecimentos. Ele nos fala de um grande milagre, de um grande entusiasmo, de uma grande tempestade, de um grande sermão, de um uma grande apostasia e de uma grande provação de fé e fidelidade sofrida pelos doze discípulos (p.141).
Crise Física: Uma multidão seguiu a Jesus por causa dos milagres que por Ele foram operados (Jo 6.2). A enfermidade corresponde com a crise física, pois é manifestada pela incapacidade do ser humano obter a cura por si mesmo e também pelo fato de passar por uma doença.
A crise física é ratificada pela herança de Adão deixada à humanidade, isto é, a morte, a culpa e a corrupção.
A morte é o castigo que se define na experiência física terminal, e as doenças são definidas pela ação, em que há um enfraquecimento da matéria, sendo, portanto uma herança da desobediência adâmica.
Portanto, a igreja tem desenvolvido com majestade o seu ministério real. O ministério real da igreja corresponde com a autoridade outorgada por Jesus à mesma para no nome dEle proporcionar cura e liberação para as vidas que estão enfermas e oprimidas.
Crise Política: A multidão queria arrebatar e fazer de Jesus rei (Jo 6.15). Nesta informação percebe-se que a crise política era existencial no meio dos israelitas. Não havia uma liderança eficiente e eficaz, por isso, conforme os seus interesses os israelitas queriam Jesus como rei.
A crise política na atualidade é notável pelo significado da palavra dos que são agentes da mesma, pois o termo político (πολιτικός, grego), significa aquele que olha para os outros, e isto não é real.
Crise Econômica: Com cinco pães e dois peixinhos Jesus alimentou uma multidão de quase cinco mil homens (Jo 6.9,10). A falta de alimentação permite inserir como análise a crise econômica que corresponde com a ausência de recursos para o suprimento das necessidades.
No mundo a cada seis segundo uma pessoa morre desnutrida. O dado indica que a desigualdade é grande, enquanto alguns têm outros nada possuem. Mas, nos últimos anos no Brasil a ação poderosa de Deus em prosperar os fiéis tem sido nítida.
Crise Espiritual: A mensagem de Jesus para os discípulos não foi agradável fazendo com que muitos dos seus discípulos tornassem para trás, porém, o apóstolo Pedro deixa a solução para a crise espiritual “para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”. (Jo 6.68).
Os indicadores da crise espiritual são:
Indisponibilidade para ouvir a Palavra, para orar, para ir à igreja, em suma, fazer aquilo que Deus o nomeou para fazer.
A crise espiritual conforme a citação do pastor Shedd pode ser comparada à necessidade do avivamento: pois, quando escutamos a palavra e não sentimos nada, quando a oração não passa de reza, quando ganhar dinheiro empolga mais que ganhar almas, quando o entretenimento empolga mais que a palavra, quando pecado consumado não cria nenhuma preocupação na consciência e quando há divisão.
Crise Ministerial: Jesus ao retornar para os discípulos andando sobre as águas despertou o medo por parte dos apóstolos, porém ao se revelar, Pedro pediu autorização para ir ao encontro do Mestre. Ao aproximar de Jesus o apóstolo sentido o vento, temeu e começou a ir para o fundo (Mt 14.29,30). Neste momento percebe-se a existência da crise ministerial.
O principal indicador da crise ministerial é ausência de visão no que corresponde ao Reino de Deus. Logo, o ministério não será frutífero, e faltará eficiência e eficácia.
Para vencer as crises é necessário que três âncoras sejam lançadas sobre as diversidades.
A primeira âncora corresponde com a determinação em conhecer as palavras de vida eterna.
Já a segunda âncora indica a percepção muito clara nas alternativas.
E a terceira, descreve a capacidade de sobreviver à tempestade.
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
BRUCE, A.B. O Treinamento dos Doze. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 5. São Paulo: Hagnos, 2014.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Pedro, o discípulo que negou a Jesus

Pedro, o discípulo que negou a Jesus
Texto: 36- Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Jesus lhe respondeu: Para onde eu vou não podes, agora, seguir-me, mas, depois, me seguirás. 37- Disse-lhe Pedro: por que não posso seguir-te agora? Por ti darei a minha vida. 38- Respondeu-lhe Jesus: tu darás a tua vida por mim? Na verdade, na verdade te digo que não cantará o galo, enquanto me não tiveres negado três vezes (Jo 13.1).
O apóstolo Pedro é destaque nas citações dos Evangelhos nos instantes em que Jesus transmite aos discípulos ensinamentos concernente a vida cristã. O nome Pedro (gr. Πετρος; transliteração, Petros) tem como significado pedregulho, isto é, pedra grande ou grande quantidade de pedras miúdas, significado que também corresponde ao nome aramaico Cefas que significa rocha. A mudança de Simão (aquele que ouviu) para Pedro é caracterizada pela missão que ele estava prestes a realizar.
A Igreja é edificada sobre Cristo a pedra angular, logo Jesus representa a estrutura espiritual em que a Igreja está edificada, porém Pedro e os demais apóstolos tornaram se em os alicerces da Igreja visível, fato que se comprova na estrutura ministerial, sendo os apóstolos os primogênitos na propagação do Evangelho. Compreender a vida do apóstolo Pedro conforme a Bíblia Sagrada é fundamental que a vida do apóstolo seja didaticamente esquematizar em duas partes: Pedro antes de negar a Jesus, ouvinte falante; e, Pedro depois de ter negado a Jesus, ouvinte praticante.
Pedro o ouvinte falante
O apóstolo Pedro foi chamado para servir, sabendo bem que muitos ensinamentos ele receberia de Jesus Cristo passou a ser um dos três discípulos mais próximo do Mestre.
1- Pedro e o chamado para o apostolado. Ao contemplar Pedro e André trabalhando no ramo da pesca no mar da Galileia Jesus assim os vocacionam: vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens (Mt 4.19). De acordo com as quatro listas em que aparecem os nomes dos discípulos o apóstolo Pedro é citado em primeiro lugar (Mt 10.2; Mc 3.16; Lc 6.14; At 1.13). Portanto, Pedro de pescador de peixes passa a ser pescador de almas.
2- Pedro e suas declarações. Antes de negar a Jesus três declarações de Pedro merecem profunda atenção.
2.1- Declaração a respeito de Cristo. Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16). Ao dizer que Jesus era o Cristo, o apóstolo define a missão do Messias e ratificava o cumprimento das profecias a respeito do Ungido. E ao declarar que Jesus era o Filho do Deus vivo, Pedro estava literalmente dizendo que Jesus é o próprio Deus.
2.2- Declaração de quem conhecia e valorizava a liderança de Cristo. Senhor, para quem iremos nós? (Jo 6.68). Com Jesus presente o apóstolo Pedro tinha o conhecimento que tudo ocorreria da melhor maneira possível. O lugar é menos importante do que a presença de quem estará com o cristão em sua caminhada, pois se o cristão está com Cristo muitas serão as bênçãos divinas sobre a vida do mesmo.
2.3- Declaração no que concernia a doação da vida. Por ti darei a minha vida (Jo 13.37). De fato Pedro doou a sua vida a Cristo e conforme as tradições o apóstolo foi crucificado de cabeça para baixo, doando assim a sua vida ao seu Mestre.
3- A negação de Pedro. A negação de Pedro transmite algumas lições:
Até os mais fortes podem falhar. A autopreservação às vezes controla alguns indivíduos. O herói da fé poderá se tornar em um covarde mediante a pergunta de alguém. Até os homens mais espirituais podem cair nos pecados mais terríveis (CHAMPLIN, p. 477).
Pedro ouvinte praticante
1- O arrependimento de Pedro. E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes. E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente (Lc 22.61,62). O arrependimento de Pedro foi positivo, pois ele reconheceu que tinha pecado e voltou para Deus, ação diferente da de Judas que se suicidou.
2- A declaração de amor de Pedro a Cristo. Por três vezes Pedro responde, tu sabes que te amo (Jo 21.15-17). Reconhecendo suas limitações e seu erro o apóstolo Pedro ao ser indagado por duas vezes se amava (ágape) ao Senhor Jesus lhe responde que o amava como amigo. Portanto, na terceira vez Jesus lhe pergunta se Pedro lhe amava como amigo, assim Pedro chora e responde que o amava como amigo. Provavelmente na mente de Pedro se passava, no momento da terceira pergunta, que amigo de verdade não nega o outro, porém, Pedro declara o seu amor a Cristo.
3- Pedro e sua missão no livro de Atos. Há dois principais nomes no livro de Atos o de Pedro e o de Paulo. Até o capítulo doze o apóstolo Pedro é o destaque e há três pontos a serem observados: Pedro o pregador do Evangelho, Pedro o líder dos demais apóstolos e Pedro instrumento de Deus para a concretização de milagres.
3.1- Pedro o pregador do Evangelho. Após o recebimento do Espírito Santo o apóstolo Pedro pregou uma mensagem com as seguintes palavras conclusivas: saiba, pois, com certeza, toda casa de Israel que a este Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo (At 2.36). Mensagem que conduziu a Jesus quase três mil almas (At 2.41). Já na segunda mensagem do apóstolo quase cinco mil almas se renderam aos pés do Senhor Jesus (At 4.4).
3.2- Pedro o líder entre os apóstolos. Na escolha do sucessor de Judas percebe-se que o apóstolo Pedro demonstra o perfil de um líder entre os demais discípulos (At 1.15).
 3.3- Pedro instrumento de Deus para a concretização de milagres. Jesus vocacionou a Pedro dando-lhe poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e poder para curar pessoas enfermas (Mt 10.2). Sendo assim conforme o evangelista Lucas pessoas eram postas onde Pedro passasse para que pelo menos a sua sombra cobrisse os enfermos, entretanto conclui-se que todos eram curados (At 5.15,16).
Ao contrário de Judas o apóstolo Pedro esteve presente na última instrução do Senhor Jesus aos discípulos, fato que conduz o apóstolo a se comprometer com a propagação do Reino de Deus. A boa comunicação terá como resultado a prática. O cristão não poderá se limitar a ser um ouvinte falante, mas deverá ser ouvinte praticante, isto é, tudo o que receber de Cristo deverá divulgar.
Referência:

CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 4. São Paulo: Hagnos, 2014.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Subsídio para aula da E.B.D: A Evangelização Integral nesta última Hora

Subsídio para aula da E.B.D: A Evangelização Integral nesta última Hora
A Verdade Prática assim está definida: falemos de Cristo a todos, em todo tempo e lugar, por todos os meios.
A evangelização integral foi desenvolvida pela igreja primitiva que em poucas décadas pregou o Evangelho até os confins da terra. A pregação do Evangelho deverá ser realizada com ordem e com amor, porém o poder de Deus não poderá se ausentar, pois é mediante a graça divina que as manifestações sobrenaturais ocorrem.
Certamente existem muitos métodos para este nobre e grandioso ministério. Ao olhar para o exemplo de Cristo aprendemos que, embora sejam vários os meios, jamais podemos perder de vista o fim, a conversão da alma (SILVA, p. 36).
I – O QUE É EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL
Conforme a lição em estudo, a evangelização integral é a proclamação simultânea do Evangelho em todos os âmbitos: local, nacional e transcultural, tendo como propósito a apresentação das Boas-Novas aos não salvos em Jesus Cristo. Sendo que a ação da evangelização integral deverá ser realizada através da proclamação do Evangelho em Jerusalém, Judéia, Samaria e confins da terra (At 1.8b).
Isto significa que os discípulos que formam a igreja de Jesus devem ser testemunhas dEle em Jerusalém, Judéia, Samaria e confins da terra ao mesmo tempo. A igreja deve anunciar a Cristo em todos os rincões, por mais longínquos e remotos que sejam, ao mesmo tempo que o anuncia em sua própria cidade, estado, região ou país. Isto só é possível pela ação do Espírito Santo, que a faz obedecer a Comissão, enviando missionários por todas as tribos, línguas, povos e nações (PAULA, p.54).
A palavra avivamento significa acordar e viver. Em outras situações no Novo Testamento a palavra significa ressuscitar (Rm 14.9). Porém, na narrativa da parábola do filho pródigo o termo reviveu (Lc 15.32) corresponde à mudança de vida, que iniciou se com um desejo, foi alimentado pela humildade e por fim, foi concretizado por uma ação (Lc 15.18,20). O avivamento abrangente deverá ser provindo de um coração desejo e anelante à vontade de Deus, que também seja humilde, pois na obra do Senhor não há lugar para estrelas, pois a glória pertence a Ele que é Senhor de tudo e de todos (Rm 11.33-36).
O avivamento tem como ponto inicial o indivíduo e se propaga às instituições (família, empresa, estado, escola e igreja) e se concretiza com o evangelho pregado em testemunho a todas as gentes (Mt 24.14).
II – DISCIPULADO INTEGRAL
O discipulado integral tem as seguintes características: doutrinação, integração, treinamento e identificação.
Doutrinação: ensino eficiente e eficaz das verdades centrais da fé cristã. As doutrinas bíblicas deverão ser ensinadas, a doutrina da salvação, doutrina do pecado, doutrina do homem, doutrina da igreja, dentre outras.
Integração: é a ação da igreja no ato de receber o novo convertido e conduzi-lo aos trabalhos da igreja.
Treinamento: o cristão salvo deverá conduzir outras pessoas para os pés do Senhor Jesus Cristo. Logo, o crente deverá ser trenado para pregar o Evangelho.
Identificação: o novo crente após ser ganho, integrado e trenado para a propagação do Evangelho deverá se identificar como seguidor de Jesus Cristo. A identificação do cristão é definida pela palavra santificação.
A santificação não será vista, nestes últimos dias da Igreja sobre a Terra, como um adereço em sua teologia ou em seus atos litúrgicos. Se nos voltarmos à Bíblia Sagrada, constataremos que a santificação é a doutrina insubstituível à peregrinação daqueles que, renunciando ao presente século, apegam-se a eternidade. Sem a santificação ninguém verá o Senhor. É o que nos adverte o apóstolo em sua epístola aos crentes hebreus.
Se não retornarmos a uma vida santa, como haveremos de pregar o evangelho integral? Certa vez, um evangelista da Idade Média convocou os seus discípulos e ordenou-lhes: vão e preguem o evangelho. Se for necessário, usem as palavras (ANDRADE, p.156).
III – A IGREJA DA EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL
A igreja deverá sempre promover a pregação do evangelho. A promoção do evangelho desenvolvida pela igreja faz com esta seja conhecida como igreja evangelística ou igreja missionária.  
A igreja missionária existe para a realização da missão evangelística.
Já a comissão corresponde com o dever da igreja em se situar como agência evangelizadora, pois nenhuma instituição poderá substituir a igreja nesta missão.
Por fim, a evangelização deverá ser mantida. A evangelização é feita com oração, com o envio de pessoas e com dinheiro. Quando o cristão doa oferta ao trabalho missionário Deus o prospera em tudo. Lembrando que a prosperidade está relacionada aos cuidados com a obra missionária. Quando o servo de Deus se entrega a obra missionária colherá todos os frutos provindos da dedicação e entrega à proclamação do Reino de Deus
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. O desafio da Evangelização. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
PAULA, Oséas Macedo de. Manual de Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

SILVA, Roberto S. O Perfil do ganhador de almas. Goiânia: Manancial Edições; Mundial Gráfica, 2014. 

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Judas Iscariotes, discípulo que tomou o bocado molhado

Judas Iscariotes, discípulo que tomou o bocado molhado
Texto: E, tendo Judas tomado o bocado, saiu logo. E era já noite (Jo 13.30).
Judas Iscariotes tornou-se conhecido pela traição a Jesus. O nome Judas tem como significado o louvado e Iscariotes, homem de Queriote. Com base na definição do nome compreende que Judas nasceu para louvar, porém conforme os relatos históricos sintetiza que Judas é associado com características indignas: ladrão e traidor.
Assim como os demais apóstolos, Judas foi vocacionado para servir a Cristo no ministério terreno, porém por ambição e por inspiração diabólica, de possível ministério vitorioso, Judas torna-se vilão nos anais da história cristã.
Para melhor compreensão a respeito da vida de Judas didaticamente é necessário dividi-la em duas partes: Judas antes o bocado molhado e Judas pós o bocado molhado.
Antes o bocado molhado Judas recebeu de Cristo o chamado e a função honrosa de cuidar da bolsa, mas já dava sinais de desobediência e infidelidade (Jo 12.6). Na segunda fase destaca-se o ato do beijo que explica a traição de Judas a Cristo.
O chamado de Judas
Conforme a descrição do NT percebe-se a presença de três tipos de chamados definidos por Deus para com os homens. Deus chama o homem para ser salvo. Deus chama o homem para servir. E por fim, Deus chama o homem para ser glorificado com Ele no céu. Com Judas não foi diferente. Deus chamou Judas para ser bem-sucedido no ministério apostólico, porém, este não conseguiu manter-se firme até o fim.
1- Judas chamado, instruído e enviado. Judas quando vocacionado por Cristo recebeu poder sobre espíritos imundos, para expulsá-los e para curar as pessoas que eram cometidas por enfermidades e por males (Mt 10.1). Ao escolher os discípulos Jesus instrui-os para serem enviados e na primeira missão os apóstolos deveriam cobrir uma área de 120 a 200 Km.
Mateus registra no capítulo dez a missão dos doze. Há algo importante a ser observado no capítulo, pois no versículo um, os doze são chamados de discípulos, isto é, aprendizes, já no versículo dois os doze são chamados de apóstolos que significa autoridade constituída. 
Logo, Judas foi aprendiz de Cristo e recebeu de Cristo autoridade para curar os enfermos, limpar os leprosos, ressuscitar os mortos e para expulsar os demônios (Mt 10.8).
Assim como Judas nem todos os que são chamados permanecerão fiéis até o fim nas atribuições da vocação.
2- Judas recebeu função honrosa. Havia pessoas que honravam o ministério de Jesus. Lucas registra o nome de algumas destas pessoas: Marai Madalena, Joana e Suzana (Lc 8.2,3). Conforme os costumes da época era costume que alguns mestres recebessem ajuda financeira da parte de mulheres ricas. Portanto, havia a necessidade de alguém do grupo tornar-se tesoureiro e Jesus atribui esta função ao apóstolo Judas.
Quando se trata de dinheiro na igreja os cristãos tornam-se propícios a cometerem dois erros: erro teológico e erro prático.
O erro teológico corresponde com justificativa teórica sem fundação Bíblica que conduz o indivíduo a omitir a contribuição à obra de Deus. É necessário compreender que dinheiro no Reino de Deus trata-se de uma temática essencialmente espiritual. Já o erro prático corresponde com a concretização da omissão, isto é, o indivíduo deixa de contribuir financeiramente para com o crescimento da obra de Deus.
O ministério de Jesus foi sustentado por pessoas piedosas e para a administração dos recursos financeiros Ele nomeou Judas para cuidar da bolsa (Jo 12.6).
A saída de Judas
Já era noite quando Judas saiu da presença de Jesus. Judas saiu para as trevas naturais, porém ele já se encontrava nas trevas espirituais. A saída tinha como propósito a traição. Entretanto, Iscariotes não só entregou o local onde estaria Jesus, mas também conduziu uma multidão armada e com um beijo identificou quem era o Mestre (Mt 26.47,48).
O beijo era a maneira de saudar, porém o discípulo não poderia iniciar a saudação, Judas quebra o protocolo e com um beijo não saudando a Cristo, mas indicando para a multidão quem era Cristo. Logo, este não foi o beijo da saudação, mas o beijo da traição.
De discípulo vocacionado para um ministério brilhante e sendo honrado a servir a Cristo como administrador financeiro Judas abandona por 30 moedas de prata, equivalente a um terço do perfume em que Maria lavou os pés de Jesus.
Enquanto, Maria honrou a Jesus demonstrando ao ungir os pés um gesto de devoção e ao ungir a cabeça um gesto de honra, Judas ao contrário, demonstra menosprezo e infidelidade.
A morte de Judas
Conforme Mateus:
E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar (Mt 27.5).
Sobre a morte de Judas assim escreve Lucas:
Ora, este adquiriu um campo com o galardão da iniquidade e, precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram (At 1.18).
Ao analisar as duas citações conclui-se que Judas foi-se enfocar em uma árvore que estava no alto de um precipício e provavelmente o galho da árvore ou a corda teria se quebrado e o corpo ao ser precipitado rebentou ao meio.
Por fim, Judas era um homem materialista e ansiava para obter poder no reino terreno. Por tal visão Judas foi desmoralizado em cada ensinamento do Senhor Jesus, perdendo então a motivação por não compartilhar a visão messiânica. Judas rejeita ao ministério do Messias e decide trair o Mestre. Judas se arrependeu (Mt 27.3), mas de maneira negativa, isto é, reconheceu o pecado, porém não voltou para Cristo, tendo como resultado um ato ainda pior, o suicídio.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Subsídio para aula da E.B.D: A Evangelização Real na Era Digital

A Evangelização Real na Era Digital
A Verdade Prática assim está definida: na era da informação instantânea, somente o Evangelho Eterno para dar esperança à humanidade.
Nos últimos anos a humanidade tem presenciado os maiores avanços na área tecnológica. O capitalismo se notabilizou na sua quarta etapa, assim chamada de capitalismo técnico-científico-informacional. E as atuais gerações estão movidas para e pela geração Z.
A dita geração Z pode ser entendida como a continuação da geração Y, nascidos em plena era da globalização, informação e virtualização, apenas potencializam as características e marcas comportamentais de seus antecessores. A rapidez em suas ações, expectativas e necessidades, acompanham a velocidade em que obtêm as informações na WEB (GIOVELLI, p.301).
Nos séculos XX e XXI percebem-se as seguintes gerações: belle époque (1920-1940), baby boomers (1945-1964), X (1965-1984), Y (1984-2000) e Z (após 2000).
A geração Belle Époque ou tradicional foi marcada com o desenvolvimento industrial e pela urbanização. A geração baby boomers foi marcada pela disciplina, honra, respeito e organização. Já a geração X é marcada pela influência da TV, pois as brincadeiras deixaram de ser o único entretenimento das crianças. A Y é a geração marcada pela grande influência da tecnologia, pois nesta geração vem o advento do videogame e a internet possibilitou que esta geração desenvolvesse todo o potencial.
Portanto, a evangelização na era digital deverá abranger todas as gerações, ganhando-as para Cristo.
I – PECADORES DIGITAIS NAS MÃOS DE UM DEUS REAL
Conforme o tópico em análise os meios digitais proporciona para os que são dominados pela mídia na sua ação mais obscura a cometerem pecados terríveis. O personagem bíblico a ser estudado é Davi.
Davi, homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13.14) cometeu pecados terríveis por passar parte do seu tempo em lugar errado, ou fazendo a coisa errada no lugar certo.
Davi em um ato errado desobedeceu do sexto ao décimo mandamento do decálogo.
Não matarás, Davi mandam um e-mail fatal, o correio eletrônico facilita-nos o dia a dia, encurta-nos as distâncias e ajuda-nos a resolver pendências. Infelizmente, essa ferramenta tão útil vem sendo utilizada também para arruinar reputações, caluniar e até matar (Revista, p.86). Isto é, Davi ao enviar uma carta a Joabe arquitetava a morte de Urias.
Não adulterarás, Davi conduz Bate-Seba para o Palácio e comete adultério. Há inúmeros conteúdos em sites que alimenta o desejo pecaminoso das pessoas e serve de motivação ao pecado da traição.
Não furtarás, Davi furta a Bate-Seba para desfrutar com ela de um momento prazeroso para a carne.
Não darás falso testemunho, Urias na sua inocência leva até Joabe a própria condenação.
Não cobiçarás, todo o processo do pecado de Davi se iniciou na cobiça, pois Davi cobiçou a mulher do próximo. Assim, ocorre com muitos por não utilizarem da maneira correta os meios de informação, pois cobiçam o que pertence ao próximo.
II – CONSERTANDO A REDE PARA CRISTO
Evangelizar por meio das redes sociais requer vocação por parte do evangelista, a mensagem deverá ser bíblica e cristocêntrica, e o evangelista deverá ter habilidades específicas.
Há três tipos de chamados na Bíblia por parte de Deus ao homem. Deus chama o homem para ser salvo. Deus chama o homem para servir. Deus chama o homem para ser glorificado.
Ao chamar o homem para servir, Deus proporciona meios para que este pregue o Evangelho. Na atualidade as redes sócias é um meio importante para a propagação do Evangelho.
A mensagem a ser pregada deve ser bíblica e deve ter Cristo como centro. Não é recomendável que o cristão crie discussões religiosas ou discuta religião nas redes sociais. Pois, o cristão deverá olhar para a internet como uma ferramenta para pregar-se a Cristo o único que salva e liberta o pecador de seus vícios.
III – EVANGELHO REAL PARA PESCADORES DIGITAIS
Com Habacuque aprende que a evangelização dos pecadores digitais deve ser clara, breve e objetiva.
Já a lição recebida por parte de Eliseu trata-se que o cristão ao utilizar as redes sociais não poderá perder a reputação de servo de Deus ou de homem de Deus, pois através do testemunho demonstrado pelas redes sociais alcançaremos muitos para o Reino de Cristo.
Com Paulo aprende que as redes sociais outorgará a oportunidade para a evangelização. Portanto, caberá ao cristão a estratégia para iniciar o processo da evangelização. Qual é o ponto de contato? Descubra e pregue o Evangelho.
Por fim, com Filipe se aprende que o Evangelho puro e santo deverá prevalecer sobre todo tipo de heresia.
Em suma, o Evangelho deve ser pregado. No facebook compartilhe mensagens bíblicas, textos bíblicos e vídeos que proporcione paz para as outras pessoas. No whatsapp um meio instantâneo de comunicar permite que o cristão de maneira objetiva pregue o Evangelho.
Portanto, em tempo e fora de tempo o crente deve pregar o Evangelho. Utilize os meios digitais da melhor maneira para a propagação do Evangelho.
Referência:

Giovelli, Graziellu Rita Marques. Manual de gestão de pessoas e RH. São Paulo: DCL, 2012.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Introdução ao Ministério Particular de Jesus

Introdução ao Ministério Particular de Jesus
Texto: Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim (Jo 13.1).
O Evangelho segundo João é dividido em quatro partes: introdução, ministério público de Jesus, ministério particular de Jesus e acontecimentos finais. O ministério particular de Jesus está presente nos capítulos 13 a 17 do Evangelho de João. Este é o período em que Jesus atende as necessidades de seus discípulos. É o momento histórico em que o Mestre outorga lições necessárias aos seus discípulos, tendo como objetivo básico preparar os discípulos para darem continuidade à obra do Pai (Mc 16.15).
Tendo o conhecimento que se aproximava o momento em que as Escrituras se cumpririam, Jesus então inicia uma série de lições para que os discípulos tivessem a preparação necessária para prosseguirem, sendo este prosseguimento sem a presença do Mestre, porém estes não estariam sozinhos, pois teriam a presença do consolador (Jo 16.7,13).
O ministério Particular de Jesus é marcado por duas ações desenvolvidas pelo Mestre: primeira ação, Jesus lava os pés de seus discípulos e, segunda ação, Jesus ora por seus discípulos.
Ensino de Jesus no ministério Particular
Conforme os capítulos em análise os ensinos de Jesus para com os discípulos teve como foco proporcionar o conhecimento no que corresponde ao discipulado, ao envio e a respeito da temática escatológica.
1- A presença do discipulado. Discipulado é uma ação desenvolvida pela Igreja para preparar novos discípulos. Jesus em seus últimos momentos com os discípulos, prepara estes para darem testemunho da fé verdadeira e não fingida.
Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros (Jo 13.34,35).
O ensino de Jesus voltado para o discipulado dos discípulos tinha como objetivo a unidade dos discentes como membros do corpo do Messias.
2- Ênfase ao ensino para o envio. Como varas da videira (Jo 15.5), os discípulos deveriam dá fruto, logo Jesus prepara os seus discípulos para que estes viessem a serem frutíferos.
 Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda (Jo 15.16).
Cristo chama, e aos chamados Cristo prepara, e aos que passarem pelo treinamento serão enviados por Cristo para darem frutos.
3- Ensino escatológico. A vida do ser humano não se limita a etapa terrena, mas abrange a eternidade, sendo assim Jesus outorga lições aos discípulos para que eles soubessem que a ressurreição é uma realidade e que o retorno do Mestre é uma verdade absoluta, isto é, o arrebatamento da Igreja acontecerá.
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar um lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também (Jo 14.2,3).
O marco inicial do ministério particular
Era comum que os escravos lavassem os pés dos convidados que chegavam para participarem da ceia. Conta-se ainda que doze era o número dos assentos necessários para a ocupação da mesa. Em uma ponta sentaria o proprietário da casa e na outra o convidado para ministrar a palavra. No caso em estudo, o da ceia, quem lava os pés dos discípulos é o próprio Mestre. História esta que tem como tema o amor, e ensina que o mais importante do amor é servir.
Amor e serviço são as lições que Jesus transmite aos seus discípulos no primeiro ato que envolve o ministério particular.
O amor divino não corresponde com sentimentos e nem com ações que esperam recompensas, porém trata-se de um dom. O dom caracteriza o ministério, pois ministério é um dom em ação. Sendo o serviço à caracterização identificadora do amor.
No serviço desenvolvido por Cristo em lavar os pés de seus discípulos se aprende que:
A humildade é essencial para a caminhada cristã. Antes, dá maior graça. Portanto, diz Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes (Tg 4.6).
A obediência a Cristo garante que os crentes tenham parte com Ele. Destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo (2Co 10.5).
A ação em lavar os pés um dos outros não se caracteriza em uma humilhação pública, mas se caracteriza em uma unificação pública entre os membros do corpo de Cristo. Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Agora, pois há muitos membros, mas um corpo (1Co 12.12,20).
O Evangelho tem que ser pregado e vivenciado. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também (Jo 13.15).
O marco que conclui o ministério particular
O capítulo 17 apresenta o segundo ato desenvolvido por Jesus em prol dos seus discípulos, esta ação é a oração sacerdotal.
Na oração sacerdotal três palavras descrevem o desejo de Cristo: glória, livramento e unidade.
O desejo da glória corresponde com a ação de Jesus em pedir ao Pai que o glorifique (Jo 17.1).
Já no que corresponde ao desejo de livramento trata-se do sentimento de Jesus para com os discípulos, que estes fossem livres do mal (Jo 17.15).
Por fim, em terceiro, o desejo de Jesus era que seus discípulos fossem um. Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o é em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste (Jo 17.21).

O ministério particular de Jesus corresponde com o atendimento de Cristo em prol da preparação dos discípulos. Ministério que se inicia no ato de lavar os pés dos discípulos e que se conclui com a oração sacerdotal. Portanto, que a Igreja hodierna seja humilde e que em todos os momentos seja dependente de Deus. 

Subsídio para aula da E.B.D: A Evangelização das pessoas com deficiência

A Evangelização das pessoas com deficiência
A Verdade Prática assim está definida: a evangelização que não inclui as pessoas com deficiência é incompleta e não expressa plenamente o amor de Deus.
Quando a temática a ser estudada corresponde com a deficiência é necessário compreender a definição de quatro palavras: integração, separação, exclusão e inclusão.
Integração: é inclusão parcial da pessoa na sociedade. No caso eclesiástico corresponde com a inclusão parcial do deficiente com a igreja.
Separação: é o isolamento do indivíduo para com as outras pessoas. Caso da igreja é o isolamento da igreja para com os especiais.
Exclusão: é ação que não outorga liberdade para aqueles que são deficientes.
Inclusão: é quando a pessoa é incluída no meio, caso da igreja, quando a pessoa é incluída aos trabalhos da igreja.
Porém, a lição trata da importância dos membros da igreja evangelizarem as pessoas que são deficientes e há inúmeras maneiras para alcançar estas pessoas para Cristo, abaixo segue alguns meios:
Evangelização dos membros da família.
Evangelização por meio da ação social.
Evangelização por meio da aceitação.
Evangelização por meio de visitas aos departamentos em que estas pessoas estão inseridas, por exemplo: APAE.
O importante que a igreja de Jesus Cristo pregue a Palavra em tempo e fora de tempo para testemunho de todas as pessoas.
I – A SUFICIÊNCIA DE CRISTO PARA COM AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Pessoa com deficiência é a que se acha privada quer de sues sentidos, quer de seus movimentos, ou do pleno uso de suas faculdades mentais (ANDRADE, p. 128).
São incluídos a este grupo: mudos, surdos, paraplégicos e tetraplégicos, os autistas, e os que têm síndrome de Down.
Autistas são pessoas que sofrem transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social do indivíduo. As causas do autismo são desconhecidas, porém 50% dos casos são genéticos e os outros são fatores exógenos, isto é, fatores que correspondem ao meio ambiente em que a criança se desenvolve. O ambiente estar diretamente associado com complicações durante o período da gravidez, infecções ocasionadas por meio de vírus, etc.
No ministério sacerdotal do AT nenhum oficial poderia ser deficiente:
Fala a Arão, dizendo: Ninguém da tua descendência, nas suas gerações, em que houver algum defeito, se chegará a oferecer o pão do seu Deus. Pois nenhum homem em quem houver alguma deformidade se chegará; como homem cego, ou coxo, ou de nariz chato, ou de membros demasiadamente compridos, Ou homem que tiver quebrado o pé, ou a mão quebrada, Ou corcunda, ou anão, ou que tiver defeito no olho, ou sarna, ou impigem, ou que tiver testículo mutilado. Nenhum homem da descendência de Arão, o sacerdote, em quem houver alguma deformidade, se chegará para oferecer as ofertas queimadas do Senhor; defeito nele há; não se chegará para oferecer o pão do seu Deus (Lv 21.17-21).
Porém, sobre Isaías 35.1-10, comenta Andrade:
O profeta, ao realçar o amor inclusivo de Deus, mostra que nem mesmo as pessoas com deficiência mental terão dificuldades em atinar com o caminho divino (...)
Ainda que a visão do profeta seja sobre o Milênio, a cura e o refrigério físico, mental e espiritual podem ser experimentados, hoje, por todo aquele que vem a Cristo. A profecia revela o interesse de Deus por todas as pessoas, inclusive pelas que trazem deficiências e limitações (p.127).
Já no NT Jesus expressa seu amor para todos.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus (João 3:16-18).
II – O SOM DO EVANGELHO AOS SURDOS
No Brasil há aproximadamente 10 milhões de surdos, logo estes devem ser alcançados pela pregação do Evangelho. Para pregar o Evangelho aos surdos é necessário primeiramente que o evangelista aprenda a comunicar com os surdos e para isto é necessário que a Língua Brasileira de Sinais seja conhecida.
Para uma boa comunicação com os surdos é necessário:
Que o comunicador fique de frente para com a pessoa surda.
Que o comunicador fale pausadamente.
Que o comunicador utilize a expressão facial.
Que o comunicador utilize gestos e mantenha as mãos livres para o desenvolvimento necessário dos gestos.
III – A VISÃO DE CRISTO AOS CEGOS
No Brasil há aproximadamente 6 milhões e meio de pessoas com deficiência visual, logo estes devem ser alcançados pela pregação do Evangelho. Para pregar o Evangelho aos cegos é necessário que os evangelistas amem as almas perdidas e dedique o tempo necessário para alcança-los para Cristo.
Bom método para alcançar os cegos é o método de leitura. A leitura a ser desenvolvida deve ser Bíblica. Pois, se o objetivo é ganhar almas para Cristo, a Bíblia é o livro a ser pregado e ensinado.
A leitura deverá ser também concentrada em bons livros da literatura cristã. Obras que tem como objetivo a edificação espiritual.
IV – OS PARALÍTICOS VÃO AO ENCONTRO DE CRISTO
Os paralíticos necessitam de pessoas que as amem, pois estas os conduzirão à igreja. Porém, ao chegar à igreja os cadeirantes precisarão de acesso facilitado e de lugar privilegiado.
O texto sobre o paralítico em Marcos 2.1-11 apresenta algumas curiosidades Primeiramente o paralítico era um indivíduo sofredor, em segundo, mesmo sendo sofredor o paralítico não era um ser desamparado, e em terceiro a entrada na casa para a obtenção do milagre foi cheia de dificuldade, porém a saída foi triunfante.
Sofredor incapacitado. Paralítico é a pessoa que não possui os membros em funcionamento eficiente, logo a incapacidade é notória para a execução das atividades. Se as atividades não poderiam ser realizadas pelo paralítico isto indica que ele era uma pessoa dependente de outras para ter suas necessidades supridas. Incapaz e dependente dos outros resulta em sofrimento. Por ser paralítico o homem era incapaz e também era sofredor.
Sofredor, mas não desamparado pelos amigos. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos (2 Co 4.8,9). Paulo escreveu à igreja de Coríntios afirmando a existência da perseguição, porém deixou registrado que a igreja não estava desamparada.
O paralítico era sofredor, porém não estava desamparado, pois ele tinha amigos. O cultivo da amizade segundo Salomão outorga o surgimento de um irmão na angústia (Pv 17.17). O cultivar a amizade se concretiza na doação de atenção e tempo. O próprio Deus outorga valor à amizade, pois Ele chamou Abraão de amigo (Is 41.8). E com os ensinos do apóstolo Paulo torna-se notório que o amigo não desampara o companheiro, mas se faz presente no momento da angústia e torna-se útil para o ministério (2 Tm 4.9-11).
Quatro pessoas proporcionaram ajuda e foram fundamentais na cura do paralítico.
Entrada dificultosa, saída triunfante. O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre (Sl 121.8). Entrada abençoada não quer dizer entrada triunfante. Com José torna-se notório que a entrada poderá ser cheia de dificuldades, por exemplo: ser humilhante, ser árdua e sem expectativas.
Já com o paralítico percebe se que não havia possibilidades para o acesso ao recinto, pois estava ali uma multidão. Sendo a multidão um empecilho o paralítico e seus amigos não desistiram, mas encontraram o meio certo para chegar-se a Cristo. Por fim, a entrada foi recheada de dificuldades, mas a saída foi triunfante, pois o homem que chegou naquela casa, carregado por quatro amigos saiu dali carregando a sua cama.
A aplicação clara do texto permite entender que os empecilhos de outrora se tornarão em plateia para a pessoa triunfante.
Referência:

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. O desafio da Evangelização. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.