Deus é Fiel

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terça-feira, 31 de maio de 2016

Carta aos Romanos – Apresentação do cristão para com Deus perante os outros cristãos


Apresentação do cristão para com Deus perante os outros cristãos
Texto: 1- Ora, quando ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.
2- Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.
3- O que come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.
4- Quem és tu que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderosos é Deus para o firmar (Rm 14. 1-4).
Em Rm 14.1 a 15.13 o apóstolo Paulo descreve o modelo da relação ideal entre os cristãos. Relação que deverá ser caracterizada pela tolerância aos mais fracos, o correto exercício da liberdade e cuja esperança esteja firmada em Cristo, que outorga o exemplo da abnegação.
Tolerância aos mais fracos
Paulo comenta que havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo (Rm 14.10), logo a escrita do capítulo corresponde com instruções ou exortações para os crentes em Jesus Cristo. A tolerância aos mais fracos permite a concretização da aceitação de uns para com os outros. Sendo que há um preço no que corresponde a esta aceitação, o preço da conformidade.
Em toda sociedade humana há um preço a pagar pela aceitação – a conformidade. Conformidade no vestir, conformidade em atividades, conformidade em presumimos que seremos aceitos por eles, e finalmente sentiremos que também fazemos parte (RICHARDS, p.322).
Conformidade com os membros do corpo de Cristo pode ser identificada nas seguintes ações do cristão: justiça, retidão e conhecimento.
Ser justo para com o outro é não requerer algo além da condição deste. Já ser reto é medir as ações conforme os padrões do indivíduo. Por fim, o conhecimento do próximo permite ações que seja de fato coerente com a realidade do mesmo, permitindo assim a unidade entre os membros do corpo de Cristo.
Portanto, os mais fortes são exortados a receberem os que estão enfermos, ou seja, a aceitarem não na própria consciência, pois estes têm como Senhor a Jesus. Entretanto, aceitar os outros não significa que devemos concordar com tudo o que eles creem imediatamente. Não significa que aprovemos tudo o que eles fazem. No mundo, a aceitação significa que deve haver conformidade. Em Cristo, a aceitação significa que, na companhia do povo de Jesus, há recepção, calor humano e amor- amor que diz a irmão e irmãs que, finalmente, eles encontraram o povo de que fazem parte (RICHARDS, p.323).
Liberdade cristã
A liberdade cristã dever ser firmada em um propósito, e não na destruição, e por fim, deverá ser confirmada na direção das coisas que servem para a paz e edificação.
1- Propósito. Para o apóstolo o propósito do cristão não pode ser direcionado para o tropeço e nem para o escândalo, isto é, as ações desenvolvidas pelos os filhos de Deus não podem conduzir alguém a cometer pecado. Pecado é errar o alvo. Portanto, o propósito do cristão deverá ser voltado para a santificação dos demais irmãos em Cristo.
2- Não destruas. Paulo trata aqui do princípio da convicção, unindo-o ao princípio da consideração para com o irmão que é fraco. Esse é um passo em direção à maturidade. Se comer carne (v.2; 1 Co 8.7-11; 10.25-28) escandaliza o cristão fraco, então o que é forte não deveria comê-la (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.400).
3- Direção que conduz à paz e a edificação. Conforme o versículo 19, a paz e a edificação estão diretamente associados com a convivência entre os irmãos. Isto é, cada um deve desenvolver meios para que a paz seja real e fazendo isto estará edificando uns aos outros. Pois, cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação (Rm 15.2).
Esperança cristã
O termo grego denota a expectativa confiante ou a antecipação, e não o pensamento tendencioso como no entendimento a partir do senso comum. O uso da palavra esperança nesse contexto é incomum e irônico, pois ele sugere que os gentios, que nada sabiam sobre o Messias, ou aqueles que pouco sabiam a respeito dele, anteciparam-se e aguardavam a Sua vinda. Porém, para nós, é suficiente refletir sobre os atos de Cornélio (Atos 10) a fim de percebermos que alguns dentre os gentios tinham esperança na vinda do Messias judeu. Jesus foi enviado não só para a salvação dos judeus, mas também dos gentios. Considerando que Deus é o autor da nossa salvação, podemos chama-lo de o Deus da esperança, porque foi isso o que Ele nos deu Rm 15.13 (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.402).
Logo, o Deus de esperança outorga gozo e paz. Pois, a esperança indica e se caracteriza pela expectativa confiante em um Deus de paciência e consolação. Portanto, a paciência e a consolação das Escrituras proporcionam a esperança.
A unidade entre os cristãos tornará visível para a sociedade a partir do momento em que a tolerância for real. No instante em que a liberdade passar a ser vivenciada. E na ocasião em que a esperança ter como base a paciência e a consolação das Escrituras e, na hora em que a esperança proporcionar gozo e paz para a comunidade cristã.
REFERÊNCIA
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Subsídio para as aulas da EBD – Deveres Civis, Morais e Espirituais


Subsídio para as aulas da EBD – Deveres Civis, Morais e Espirituais
Paulo exorta os cristãos no que corresponde à vivência dos mesmos perante as autoridades (Rm 13.1-7). Assim também como Paulo enfatiza o dever moral e espiritual dos cristãos. Pois, para Paulo o cristão deverá ser sujeito às autoridades, desde o momento em que esta é instrumento de Deus para a perpetuação da justiça.
I - DEVERES CIVIS
Para a compreensão de Romanos 1.1-7 é necessário dividi-lo em três tópicos: limites da sujeição às autoridades, o dever das autoridades e o papel do cristão diante das autoridades.
Limites da sujeição às autoridades. O apóstolo não define que o cristão deverá ser submisso a autoridade tal, como por exemplo, submisso ao governo do Brasil. O que Paulo notifica é a existência de uma humanidade em que há autoridades e submissos a esta autoridade. Deus age por meio de seus decretos e o segundo decreto de Deus se chama providência, sendo que Deus prover por meio da organização, isto é, por meio da ordem, e as autoridades existentes são constituídas por Deus para manter a ordem.
Porém, quando a autoridade palmilha na contra mão do querer de Deus as mesmas não deverão ter o respeito e nem a submissão dos cristãos, mas importa obedecer a Deus do que aos homens (At 5.29).
Toda autoridade vem de Deus. Quando qualquer autoridade ordena que seja feito o que Deus proibiu, ou proíbe aquilo que Deus ordenou, o cristão deve obedecer ao Senhor de todas as autoridades, o próprio Deus. Nós nos submetemos à autoridade governamental porque quem instituiu a autoridade foi o próprio Deus. Quando nos submetemos ao governo estamos submetendo-nos a Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.303).
Em suma, a obediência à autoridade deverá ocorrer:
Porque o governo civil está sujeito ao decreto de Deus.
E também, porque o estado foi instituído para ser agente da justiça (Rm 13.4).
Porém, quando o governo deixa de exercer sua função, este deixa de ser ordenança divina, pois abandonou o propósito da sua criação. O cristão não poderá obedecer ao estado quando este requer a desobediência a Palavra de Deus. Logo, surge também a definição do dever do cristão perante a ordem pública.
Em uma sociedade democrática, o cristão tem parte na administração civil, devendo fazer tudo aquilo que lhe é possível para que as ações dessa autoridade estejam em conformidade com a Lei moral de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.398). Caso as lideranças não atentam para as ações benéficas e violem os princípios bíblicos, tal liderança deverá ser alertada, assim como fez João Batista ao reprender Herodes (Lc 3.19) e também como fez Daniel ao dizer para Nabucodonosor, abandona os teus pecados, praticando a justiça (Dn 4.27).
O dever das autoridades. As autoridades foram instituídas por Deus, logo o primeiro dever das autoridades é uma ação competente para com a organização da sociedade. A organização social do governo deverá atender as necessidades básicas do povo, como por exemplo, administrar os recursos existentes e criar estratégias para o aumento destes recursos.
Vale citar que é dever do estado promover a paz, pois não traz debalde a espada (Rm 13.4). A presença da espada indica o poder da autoridade para punir os que fazem o mal, garantindo assim a paz pública.
Por fim, as autoridades foram instituídas por Deus, logo cabe às autoridades obedecerem a Deus e a Palavra de Deus.
Papel do cristão diante das autoridades. O dever do cristão conforme o apóstolo Paulo pode ser definido em ser sujeito pela consciência e na lealdade ao pagamento dos impostos. A sujeição pela consciência corresponde a obedecer ao governo não apenas por ser um dever civil, mas por ser um dever espiritual. Os impostos existem para serem pagos. É de responsabilidade dos cristãos o pagamento dos impostos.
Porém, em uma sociedade democrática, o cristão tem parte na administração civil, devendo fazer tudo aquilo que lhe é possível para que as ações dessa autoridade estejam em conformidade com a Lei moral de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.398).
Portanto, a sujeição às autoridades deverá ser interpretada no seu aspecto histórico, pois no período em que Paulo escreve a Igreja em Roma, Nero era o imperador e perseguia os cristãos.  Mesmo assim, era dever dos cristãos obedecer ao sistema governamental até o ponto em que este não desobedecesse a Lei de Deus. Pois, o sistema governamental e não o governo é proveniente de Deus.
II – DEVERES MORAIS
Os deveres morais estão representados nos dez mandamentos, pois os dez mandamentos ratifica o relacionamento de a proximidade entre Deus e o povo de Israel. Sendo que o decálogo é uma afirmação da pessoa de Deus em ser o soberano, o libertador e o Salvador dos israelitas.
As duas tábuas deveriam ser mantidas juntas, pois uma é a continuação da outra. Para algumas referências teológica e histórica, há discordância no que corresponde à quantidade de mandamento que estava escrito nas tábuas. Para Flávio Josefo e Ireneu em cada tábua havia cinco mandamentos, porém para João Calvino na primeira tábua havia os mandamentos teológicos, diretamente relacionados com Deus, já na segunda os demais mandamentos relacionados com o próximo. Portanto, no Novo Testamento os mandamentos bíblicos se resume em amar a Deus acima de todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo.
III – DEVERES ESPIRITUAIS
Tópico que se resume na palavra consciência. Os sentidos do espírito humano são: fé e consciência. Logo, a consciência corresponde com o conhecimento, à percepção e a honestidade, pois o termo revela a noção de estímulos do que ocorre a volta do indivíduo que caracteriza a sua existência.
A consciência escatológica desperta os cristãos a estarem alerta no que corresponde à vinda do Senhor Jesus, enquanto a consciência da salvação e do Espírito Santo indica que é necessário uma vida de santificação para permanecer firme na presença do Senhor.
Portanto, como ser social o cristão deve assumir os deveres civis. E por ser a imagem de Deus, o crente deve assumir as responsabilidades morais perante a sociedade. E por fim, como ser espiritual o cristão dever assumir a consciência de Cristo.
REFERÊNCIA
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Carta aos Romanos – Apresentação do cristão para com Deus perante as autoridades


Apresentação do cristão para com Deus perante as autoridades
 
Texto: 1- Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.
2- Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
3- Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
4- Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal (Rm 13. 1-4).
Para Paulo o cristão deverá ser sujeito às autoridades, desde o momento em que esta é instrumento de Deus para a perpetuação da justiça. Portanto, para compreensão do texto é necessário dividi-lo em três tópicos: limites da sujeição às autoridades, o dever das autoridades e o papel do cristão diante das autoridades.
Limites da sujeição às autoridades
O apóstolo não define que o cristão deverá ser submisso a autoridade tal, como por exemplo, submisso ao governo do Brasil. O que Paulo notifica é a existência de uma humanidade em que há autoridades e submissos a esta autoridade. Deus age por meio de seus decretos e o segundo decreto de Deus se chama providência, sendo que Deus prover por meio da organização, isto é, por meio da ordem, e as autoridades existentes são constituídas por Deus para manter a ordem.
Porém, quando a autoridade palmilha na contra mão do querer de Deus as mesmas não deverão ter o respeito e nem a submissão dos cristãos, mas importa obedecer a Deus do que aos homens (At 5.29).
Toda autoridade vem de Deus. Quando qualquer autoridade ordena que seja feito o que Deus proibiu, ou proíbe aquilo que Deus ordenou, o cristão deve obedecer ao Senhor de todas as autoridades, o próprio Deus. Nós nos submetemos à autoridade governamental porque quem instituiu a autoridade foi o próprio Deus. Quando nos submetemos ao governo estamos submetendo-nos a Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.303).
Em suma, a obediência à autoridade deverá ocorrer:
Porque o governo civil está sujeito ao decreto de Deus.
E também, porque o estado foi instituído para ser agente da justiça (Rm 13.4).
Porém, quando o governo deixa de exercer sua função, este deixa de ser ordenança divina, pois abandonou o propósito da sua criação. O cristão não poderá obedecer ao estado quando este requer a desobediência a Palavra de Deus. Logo, surge também a definição do dever do cristão perante a ordem pública.
Em uma sociedade democrática, o cristão tem parte na administração civil, devendo fazer tudo aquilo que lhe é possível para que as ações dessa autoridade estejam em conformidade com a Lei moral de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.398). Caso as lideranças não atentam para as ações benéficas e violem os princípios bíblicos, tal liderança deverá ser alertada, assim como fez João Batista ao reprender Herodes (Lc 3.19) e também como fez Daniel ao dizer para Nabucodonosor, abandona os teus pecados, praticando a justiça (Dn 4.27).
O dever das autoridades
As autoridades foram instituídas por Deus, logo o primeiro dever das autoridades é uma ação competente para com a organização da sociedade. A organização social do governo deverá atender as necessidades básicas do povo, como por exemplo, administrar os recursos existentes e criar estratégias para o aumento destes recursos.
Vale citar que é dever do estado promover a paz, pois não traz debalde a espada (Rm 13.4). A presença da espada indica o poder da autoridade para punir os que fazem o mal, garantindo assim a paz pública.
Por fim, as autoridades foram instituídas por Deus, logo cabe às autoridades obedecerem a Deus e a Palavra de Deus.
Papel do cristão diante das autoridades
O dever do cristão conforme o apóstolo Paulo pode ser definido em ser sujeito pela consciência e na lealdade ao pagamento dos impostos. A sujeição pela consciência corresponde a obedecer ao governo não apenas por ser um dever civil, mas por ser um dever espiritual. Os impostos existem para serem pagos. É de responsabilidade dos cristãos o pagamento dos impostos.
Porém, em uma sociedade democrática, o cristão tem parte na administração civil, devendo fazer tudo aquilo que lhe é possível para que as ações dessa autoridade estejam em conformidade com a Lei moral de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.398).
Portanto, a sujeição às autoridades deverá ser interpretada no seu aspecto histórico, pois no período em que Paulo escreve a Igreja em Roma, Nero era o imperador e perseguia os cristãos.  Mesmo assim, era dever dos cristãos obedecer ao sistema governamental até o ponto em que este não desobedecesse a Lei de Deus. Pois, o sistema governamental e não o governo é proveniente de Deus.
REFERÊNCIA
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

sábado, 21 de maio de 2016

Subsídio para as aulas da EBD – A Nova vida em Cristo


Subsídio para as aulas da EBD – A Nova vida em Cristo
Os primeiros versículos que trata da segunda palavra chave da carta aos Romanos é exortação. Exortação que corresponde à apresentação do cristão na Igreja (Rm 12.1-8), na sociedade (Rm 12.9-21), em relação ao governo (Rm 13.1-14), e em relação aos outros cristãos (Rm 14.1-15.13).
A apresentação do cristão para com Deus segundo o apóstolo Paulo se notifica na relação do crente com a Igreja (Rm 12.1-8) deverá ser em sacrifício vivo, santo e agradável, isto é, o cristão deverá se apresentar a Deus em santificação. Já em continuidade o apóstolo Paulo descreve a maneira em que o cristão deverá desenvolver os dons recebidos da parte de Deus, isto é, com temperança, reconhecimento, dedicação, liberalidade, cuidado e com alegria. Não se pode esquecer que o apóstolo caracteriza a vontade divina, sendo esta, boa, perfeita e agradável.
I – EM RELAÇÃO À MORDOMIA DA ADORAÇÃO CRISTÃ
Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo. Para Paulo deveria existir uma diferença entre a novidade de vida do cristão. Se na Antiga Aliança os animais eram sacrificados, logo, o sacrifício se desenvolvia por meio de um animal morto. Portanto, na Nova Aliança o sacrifício é concretizado em um corpo vivo.
Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo. Para Paulo o termo santo indica lugar reservado, se na Antiga Aliança o templo era o lugar reservado e santificado, já na Nova Aliança o cristão é o lugar reservado e santificado para Deus e para o uso de Deus.
Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Na Antiga Aliança o sacerdote entrava no lugar Santo do Santo com uma corda amarrada em seu corpo, caso se o mesmo estivesse em pecado morreria ali e o corpo deveria ser retirado por outros no ato do puxar a corda, pois ninguém poderia entrar no lugar do Santo do Santo sem consagração devida. Quando o sacerdote saia do templo a comunidade entendia que o sacrifício foi agradável a Deus.
Logo, o culto racional tem que ter como referência o que agrada a Deus.
II – EM RELAÇÃO À MORDOMIA DO EXERCÍCIO DOS DONS
Os dons são divididos na Bíblia em três grandes grupos: os dons espirituais, os dons ministeriais e os dons de servir. Porém, para o apóstolo o que deverá ser observado é a maneira como o indivíduo dotado do dom se apresenta perante a Igreja.
1- Apresentando com temperança. Termo que corresponde à apresentação do cristão com sabedoria e autocontrole, que se torna possível por meio da auto-observação. Mas, que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um (v.3b).
2- Reconhecendo o valor das funções de cada um. A Igreja é composta por muitos membros, sendo que cada um tem uma função específica sob a autoridade de Jesus Cristo. Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros (vv.4,5).
3- Apresentando com dedicação. Dedicação é o mesmo que abnegação, desempenho e sacrifício. Apresentar com dedicação corresponde a negar desejos pessoais para servir a Deus. Apresentar com dedicação indica desempenhar com sucesso para fazer o melhor para Deus. E por fim, apresentar à Igreja com dedicação corresponde a sacrificar, isto é, fazer o possível para agradar a Deus.
4- Apresentando com liberalidade. Em outra versão com generosidade. O cristão deverá ser generoso, isto é, repartir o que lhe pertence sem qualquer interesse ou utilidade.
5- Apresentar com cuidado. Os líderes deverão apresentar perante a Igreja com cuidado. O cuidado é necessário porque o líder está envolvendo com uma pessoa, portanto é necessário o cuidado com o ser psicológico. O líder está se relacionando com um filho de Deus, isto é, tem que ter cuidado com o ser espiritual. Logo, o líder está em contato com um membro da comunidade, isto é, o líder deverá ter cuidado com o ser social.
6- Apresentando com alegria. O cristão deverá ajudar os outros com alegria e não por tristeza.
Quando o crente se apresenta a Deus percebe-se que a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável. A única maneira de fazer a vontade de Deus é reconhecê-la. E nós só podemos reconhecer a vontade de Deus se aprendermos a ver as questões da vida a partir da perspectiva de Deus (RICHARDS, p.317).
III – EM RELAÇÃO À MORDOMIA DA PRÁTICA DAS VIRTUDES CRISTÃ
Para Paulo o cristão deverá se apresentar diante da sociedade da melhor maneira possível (Rm 12.9-21), pois: o amor não deverá ser fingido, a unidade deverá ser visível e não cabe ao cristão a vingança.
Portanto, para o apóstolo a relação entre o cristão e a sociedade deverá notabilizar a ação de Deus na Igreja. Isto é, o mundo só percebe a ação divina na Igreja quando os cristãos vivem em união.
Amor não fingindo
O amor verdadeiro é caracterizado no aborrecimento do mal e na prática do bem. O amor do crente à justiça e seu ódio ao mal crescerá por dois meios: crescimento em sincero amor e compaixão por aqueles, cujas vidas estão sendo destruídas pelo pecado, e por uma sempre crescente união com o nosso Deus e Salvador, do qual está dito; o temor do Senhor é aborrecer o mal (Bíblia de Estudo Pentecostal, p 1.899). Logo, o amor não fingido aproxima as pessoas pela cordialidade e proporciona o aborrecimento do mal.
A palavra amor aparece três vezes nos versículos 9 e 10, sendo que as duas primeiras vezes correspondem com a palavra grega ágape e a segunda com filadélfia. Ágape corresponde com o amor divino, isto é, que o amor não seja fingido e amai-vos cordialmente, termos que correspondem com o dever de amar como Deus. Já o termo filadélfia indica que o amor deverá ser sincero e notável pela dedicação ao outro, isto é, amor fraternal.
Em suma, o amor fraternal proporciona:
Cuidado eficiente, coração fervente e desejo em servir ao Senhor (v.11).
Alegria na esperança, paciência na tribulação e perseverança na oração (v.12).
Comunicação aos santos e a prática da hospitalidade (v.13).
Bênção aos perseguidores (v.14).
Alegria e chorou em momentos específicos (v.15).
Por fim, o cristão em sua relação com e na sociedade deverá ser de triunfo sobre o mal e, a vitória sobre o mal se na prática do bem: não te deixes vencer do amo, mas vence o mal com o bem (Rm 12.21).
REFERÊNCIA
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, Edição Revista e Corrigida. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

Família Dádiva Divina


Família Dádiva Divina
Disse, porém, Rute: não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que posares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e ali serei sepultada; me faça assim o Senhor e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti (Rt 1.16, 17)
A família foi criada para que houvesse relacionamentos frutíferos. Porém, pelo aumento do pecado a família tem sido vítima do esfriamento do amor.
Os relacionamentos frios são marcados pelos seguintes sintomas:
Ø    Ausência de cuidados mútuos.
Ø    Divergências de metas.
Ø    Ausência de contatos básicos, como: saudação e beijos.
Ø    Ausência de respeito.
E as causas para tal esfriamento são:
Ø    O aumento do pecado.
Ø    Tempo superior gasto para outras coisas e para outras pessoas e não para a família.
Ø    O desistir do outro.
Ø    A acomodação. A acomodação no processo social é a resolução de um atrito sem cortar o mal pela raiz.
Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo (Ef 5.28).
Portanto, a família é uma dádiva de Deus ao ser humano, e cabe a este, cuidar e zelar da família.
Como cuidar da família?
Primeiro: reconhecer que o ser humano é dependente de Deus para o bem estar da família.
Segundo: fazer a parte humana. Isto é, o indivíduo deverá ter iniciativa em buscar a Deus e instruir a família na palavra do Senhor.
O primeiro mandamento de Deus foi outorgado à instituição família. Tal mandamento é cultural: Multiplicai e enchei a terra.
Família e a igreja
Existe família sem igreja, porém não existe igreja sem família. Tal frase permite compreender que a família influencia a igreja local. Se a família estiver bem, a igreja estará bem. Porém, caso uma família esteja passando por crise, tal crise poderá afetar diretamente a igreja. Por isso, o primeiro lugar para descobrir um líder autêntico é na família. Pois, se o mesmo é um bom pai e um bom esposo estará apito para ser dirigente de uma congregação.
Família e o culto.
O único meio de restaurar a sociedade é salvando a família. O termo salvação tem como significado livramento de um perigo eminente. E da maneira que anda a sociedade percebe se que o perigo é eminente e jaz a porta.
Portanto, é de responsabilidade dos pais restaurar a sociedade e só será possível com a salvação da família, sendo que a restauração familiar se concretizará por meio do culto doméstico.
São benefícios do culto domestico:
Tornar o ambiente familiar agradável, fazendo com que haja fortalecimento na comunhão entre os membros.
Conduzir os filhos a terem uma fé firme e inabalável na pessoa de Jesus Cristo.
Outorgar força e equilíbrio para enfrentar e vencer os obstáculos do dia a dia.
Em suma, os pais não estão formando filhos, mas, estão preparando discípulos para que os mesmos venham a andar com seus próprios pés.
Família e sexo
O sexo em si não é pecado se o mesmo for realizado no casamento. Porém, antes ou fora do casamento o sexo deixa de ser uma bênção e passa a ser uma maldição.
Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, como cerva amorosa e gazela graciosa; saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê atraído perpetuamente (Pv 5.18.19).
Como bênção o sexo proporciona maior harmonia entre os cônjuges e é o meio pelo qual Deus em sua bondade outorga a possibilidade em que a vida se perpetue, ou seja, por meio do sexo há a procriação, porém o sexo tem finalidades além da procriação.
A concupiscência dos olhos e da carne são fatores decisivos para as traições conjugais. Por isso, cabe a cada um dos cônjuges a vigilância e o dever de não alimentar a mente com pensamentos contrários ao bem estar conjugal e assim também não alimentar a visão com meios que se transformará em transtorno familiar.
 A sequência fundamental da vida do cristão deverá ser: Deus, família e ministério. O primeiro rebanho do pastor é a sua família. Para com a família o cristão deverá prestar os cuidados fundamentais que são deveres do pastor.
Conselhos para que haja entendimento no lar
Quatro conselhos para que não haja desentendimento entre os cônjuges.
Primeiro, administre o tempo, ou seja, se há tempo para tantas coisas dedique parte do tempo ao cônjuge.
Segundo, fale palavras certas nas horas certas, há inúmeros casais que são carinhosos e dedicados a transmitir palavras a outras pessoas, porém quando se trata do cônjuge, o indivíduo não se desenvolve da mesma maneira.
Terceiro, trabalhe bastante, isto é, sempre busque dá o de melhor para o seu cônjuge.
E em quarto, não seja extremista, seja moderado e temperado.
Cinco meios para um relacionamento fortalecido
Primeiro: Deus deverá estar presente no relacionamento.
Segundo: O trabalho de cada um deverá ser adequado à família.
Terceiro: Momentos para o diálogo deverá ser desenvolvido dia a dia.
Quarto: O culto doméstico deverá ser constantemente.
Quinto: A fidelidade deverá ser mantida.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Carta aos Romanos – Apresentação do cristão para com Deus na sociedade


Apresentação do cristão para com Deus na sociedade
Texto: 9- O amor seja não fingido. Aborreicei o mal e apegai-vos ao bem.
12- alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perverai na oração.
13- comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade.
21- Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem (Rm 12.9, 12, 13, 21).
Para Paulo o cristão deverá se apresentar diante da sociedade da melhor maneira possível (Rm 12.9-21), pois: o amor não deverá ser fingido, a unidade deverá ser visível e não cabe ao cristão a vingança.
Portanto, para o apóstolo a relação entre o cristão e a sociedade deverá notabilizar a ação de Deus na Igreja. Isto é, o mundo só percebe a ação divina na Igreja quando os cristãos vivem em união.
Amor não fingindo
O amor verdadeiro é caracterizado no aborrecimento do mal e na prática do bem. O amor do crente à justiça e seu ódio ao mal crescerá por dois meios: crescimento em sincero amor e compaixão por aqueles, cujas vidas estão sendo destruídas pelo pecado, e por uma sempre crescente união com o nosso Deus e Salvador, do qual está dito; o temor do Senhor é aborrecer o mal (Bíblia de Estudo Pentecostal, p 1.899). Logo, o amor não fingido aproxima as pessoas pela cordialidade e proporciona o aborrecimento do mal.
A palavra amor aparece três vezes nos versículos 9 e 10, sendo que as duas primeiras vezes correspondem com a palavra grega ágape e a segunda com filadélfia. Ágape corresponde com o amor divino, isto é, que o amor não seja fingido e amai-vos cordialmente, termos que correspondem com o dever de amar como Deus. Já o termo filadélfia indica que o amor deverá ser sincero e notável pela dedicação ao outro, isto é, amor fraternal.
Em suma, o amor fraternal proporciona:
Cuidado eficiente, coração fervente e desejo em servir ao Senhor (v.11).
Alegria na esperança, paciência na tribulação e perseverança na oração (v.12).
Comunicação aos santos e a prática da hospitalidade (v.13).
Bênção aos perseguidores (v.14).
Alegria e chorou em momentos específicos (v.15).
Sede unânimes entre vós
Na unidade não há ganância, prevalece à honestidade e a paz.
O ambicioso é definido e conhecido pelo orgulho, logo quando Paulo exorta, não ambicioneis, o apóstolo enfatiza que a humildade deverá prevalecer no viver do cristão.
Na unidade cristã a honestidade prevalece. A atitude do crente torna-se identificadora da honestidade. E além desta virtude a paz torna-se grande pilar da identificação da união cristã.
A aspiração do cristão deveria ser a de viver uma vida em paz. Mas, às vezes a paz não depende unicamente de nós; e é por isso que Paulo limita assim o mandamento: se for possível (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.396).
Não vos vingueis
O sentimento da natureza pecaminosa desperta no indivíduo o desejo da vingança. Os cristãos não devem buscar a vingança pessoal, mas devem deixar que Deus promova a punição devida à iniquidade (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.396).
Se não cabe ao cristão a vingança é de responsabilidade do crente o exercício da misericórdia em outorgar comida aos que têm fome e bebida aos que têm sede.
Percebem-se duas frases que muitas das vezes não são compreendidas pelo leitor da Escritura Sagrada, são elas: primeira, mas daí lugar a ira e, segunda, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.
A primeira frase “daí lugar a ira”, não corresponde a um direito outorgado ao cristão, mas o texto é compreendido com a continuação que diz: minha é a vingança, eu recompensarei, diz o Senhor. Ou seja, Paulo transmite a seguinte verdade: deixe com Deus a ira.
Já a segunda frase, amontoarás brasas de fogo, isto é, as ações benevolentes do crente levará vergonha e arrependimento aos inimigos.
Por fim, o cristão em sua relação com e na sociedade deverá ser de triunfo sobre o mal e a vitória sobre o mal se na prática do bem: não te deixes vencer do amo, mas vence o mal com o bem (Rm 12.21).
REFERÊNCIA
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, Edição Revista e Corrigida. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.