Deus é Fiel

Deus é Fiel

domingo, 31 de janeiro de 2016

Subsídio para a aula da EBD – O Tribunal de Cristo e os Galardões


 O Tribunal de Cristo e os Galardões
Dentre tantos tipos de juízos tratados na Bíblia, cinco são de suma importância para análise nesta temática:
 

Primeiro: o julgamento dos pecados dos crentes na cruz de Cristo (Jo 13.31). “Ele (o crente) foi aí justificado porque Cristo, havendo levado os seus pecados sobre a cruz, foi feito por Deus justiça (1 Co 1.30)” (SILVA, p. 259).
Segundo: o julgamento das obras dos crentes diante do Tribunal de Cristo (Rm 14.10).
“A razão é que todos os cristãos são responsáveis diante do seu Senhor, Jesus Cristo, diante de quem comparecerão um dia. Diante do tribunal de Cristo, a vida de todo cristão será avaliada para determinar a cada um a sua recompensa” (RADMACHER; ALLEN;HOUSE, p. 399).
Terceiro: o julgamento das nações vivas, na parousia de Cristo (Mt 25.32). O termo nações no texto de Mateus corresponde com os gentios que não estarão incluídos na lista dos arrebatados, isto por causa de seus delitos e pecados. Logo, estes ficarão, isto é, haverá a separação dos bodes das ovelhas.
Quarto: o julgamento de Israel, na volta de Cristo (Ez 20.33, Mt 19.28). No Reino futuro do Senhor Jesus Cristo os doze apóstolos se assentarão sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel (RADMACHER; ALLEN;HOUSE, p. 59).
Quinto: o julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15). O juízo final será diferente de todos os juízos que já fora realizados e que ainda serão realizados.
O Tribunal de Cristo corresponde ao julgamento das obras e dos atos dos crentes. O Tribunal de Cristo não corresponde com a condenação, mas sim com o outorgar de Jesus aos cristãos, de recompensa ou não. Recompensa por tudo que os cristãos fizeram em vida. O estar presente no Tribunal de Cristo indica que o crente alcançou a salvação.
I – O TRIBUNAL DE CRISTO E OS CRENTES
No Juízo Final serão analisados os pecados e as obras dos indivíduos para condenação ou justificação. Já no Tribunal de Cristo os salvos de todos os tempos serão julgados por suas obras para receberem o galardão e não para serem condenados, pois o Tribunal de Cristo não tem a finalidade para condenar, mas para galardoar.
Logo, o Tribunal de Cristo ocorrerá no céu, enquanto que os ímpios estarão passando pela Grande Tribulação na terra. Já o Juízo do Grande Trono Branco ocorrerá após o milênio e no momento deste evento passará o céu e terra.
Para o cristão é necessário que este esteja em Jesus Cristo, pois esta é a condição para ser salvo e para permanecer salvo. O escritor aos Hebreus assim afirmou: segui a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). A santificação é o elo da salvação que não poderá ser ausente da vida do crente, pois o santificar é o separar de tudo aquilo que desagrada a Deus para ser por Deus usado.
Passar por sofrimento não indica que o indivíduo será salvo. Mas, o sofrimento enfrentado pelos cristãos indica que estes receberão galardão por tudo que passaram e ainda passarão pelo amor a Cristo e ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo. E o consolo para os que sofreram perseguições, naquele dia receberá o galardão das mãos do próprio Senhor Jesus (2 Tm 4.8; Jo 5.22).
II – AS OBRAS DO CRENTE E O JULGAMENTO DE CRISTO
E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha... Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo (1 Co 3.12, 14,15).
As obras a serem julgadas serão divididas em dois grupos: obras que não perecerão e as obras que perecerão.
Obras que não perecerão. Corresponde com as obras de ouro, prata e pedras preciosas.
Obras comparadas ao ouro correspondem com as obras realizadas pelos crentes para a glória de Deus. Indica também que estas obras foram realizadas em parceria com Deus, ou seja, em comunhão com Deus.
Para Lima: “Se tratamos os irmão e os outros com o amor de Deus, isso é comparado a ouro” (p. 69).
Já as obras de prata correspondem com as obras desenvolvidas com a intenção básica a redenção das pessoas, ou seja, correspondem com atitudes voltadas para a pregação do Evangelho aos pecadores.
Sobre as obras de prata acrescenta Lima:
“O crente que ganha almas, que prega a Palavra, que dá bom testemunho da sua fé em Jesus, está realizando obras de prata. Os obreiros do Senhor que cuidam bem do rebanho realizam obras de prata. Visitar os enfermos, os carentes, evangelizar, podem ser obras de prata” (p. 69).
Por fim, as obras comparadas a pedras preciosas correspondem com as obras desenvolvidas pelo poder do Espírito Santo na vida do cristão. Diretamente se associa com as obras desenvolvidas com o auxilio do Espírito Santo em outorgar ao crente os dons espirituais.
Para Lima: “São obras na unção do Espírito Santo. Evangelizar, pregar, cantar na unção, podem ser pedras preciosas.” (p. 69).
Obras que perecerão. Correspondem com as obras de madeira, feno e palha.
As obras comparadas a madeira são comparadas às obras desenvolvidas pelas pessoas sem a intenção plena de fazerem para a glória de Deus.
Já as de feno correspondem com as atividades desenvolvidas com o interesse próprio, isto é, com o intuito da fama.
E por fim, as de palha indicam atividades desenvolvidas por pessoas inconstantes, isto é, obras sem firmeza da pessoa que a desenvolve.
O texto (1 Co 3.15) fala sobre o elemento fogo. O fogo aqui não corresponde com condenação, mas com avaliação das obras desenvolvidas pelos cristãos.
O fogo prova a qualidade do ouro, mas consome a madeira, o feno e o restolho. Algumas boas obras, na verdade, consistem em uma busca por reconhecimento. O verdadeiro valor desse serviço ficará óbvio para todos no dia do Juízo de Deus (RADMACHER; ALLEN;HOUSE, p.416).
III – A PRESTAÇÃO DE CONTAS DO CRENTE E OS GALARDÕES
Todos os que serão arrebatados prestarão contas perante Deus, por tudo que fizerem e como fizeram. Deus tem outorgado aos cristãos talentos para que estes venham desenvolver atividades para a salvação de todos os que ainda não conhecem o Salvador. Sendo que todas as atividades realizadas pelos cristãos até mesmo aquelas que são consideradas mínimas no contexto eclesiástico, haverá galardão.
Referência:
LIMA, Elinaldo Renovato de. O Final de todas as coisas esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
SILVA, Severino Pedro. Apocalipse, versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Sendo grato a Deus por todos os benefícios outorgados para com a família


Sendo grato a Deus por todos os benefícios outorgados para com a família
Texto: Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito? (Sl 116.12).
O evangelista Mateus registrou as seguintes palavras: e, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras (Mt 26.30). Muitos pregadores do Evangelho conjectura o hino cantado por Jesus no término da páscoa a hinos atuais que são bem conhecidos pelos cristãos. Porém, os relatos históricos descrevem que na liturgia judaica nos últimos minutos da celebração da páscoa era entoado um dos seguintes salmos: 115, 116, 117 ou 118.
Portanto, a primeira coisa a entender a respeito do Salmo 116 é que este salmo era entoado no final da celebração da páscoa. Logo, a páscoa corresponde com libertação. Para os judeus a páscoa identificava a libertação do povo da escravidão do Egito. Já para os cristãos a páscoa significa a libertação do pecado e dos efeitos do pecado.
Em dias tão difíceis, em meio a tantas lutas e grandes dissabores, cabe aos cristãos, celebrarem ao Senhor por todos os benefícios outorgados para com a família.
Benefícios que são nítidos pela ação soberana de Deus em atender as orações, outorgando livramento da morte, livramento do sofrimento e livrando o crente da queda.
Quando não há benefício divino para com a família
A ausência de benefícios de Deus para com a família se concretiza pela falta de elementos que descrevem atitudes como, por exemplo: comunhão, diálogo, humildade e amor.
Logo, quando não há comunhão entre os membros da família não haverá benefícios de Deus para com os seus membros. Porém, a comunhão é analisada em mão dupla, a comunhão entre o cristão e Deus, e a comunhão entre o cristão e os membros da família.
Para Champlin:
O homem é um ser comunitário. Somente alguns poucos indivíduos apreciam a solidão, preferindo viver sem a ajuda, o consolo e a amizade de outras pessoas. Até mesmo os indivíduos mais introvertidos precisam de algumas pessoas. Por esta razão temos a unidade básica, à família (p. 821).
Percebe-se que a comunhão se solidifica através da ajuda, do consolo e da amizade para com os outros, tendo como base inicial para a aprendizagem à família. Portanto, não tendo comunhão entre os membros da família não haverá benefícios de Deus para com o lar.
Em segundo, a ausência de diálogo. Famílias que não dialogam tenderam à destruição. Sendo que o diálogo é o meio expressivo da comunhão.
Por terceiro, a ausência de humildade desligará a família da possibilidade de receber os benefícios do Senhor. Por isso, Pedro escreveu:
Humilhai-vos, pois debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte (1 Pd 5.6).
A humildade do crente debaixo da potente mão de Deus é ampliada, isto é, quando o esposo em ações demonstra o silêncio do desejo próprio para o bem da família e assim por diante.
E por fim, a ausência de amor nos lares não permite a concretização dos benefícios, pois na atuação do amor bênçãos são concretizadas.
Logo, na ausência da comunhão entre os membros da família, o diálogo, a humildade e o amor não estarão presentes e a família estará propensa à aniquilação.
Os benefícios presentes no Salmo 116
Os benefícios nítidos no Salmo são: orações respondidas, livramento da morte, livramento do sofrimento e livramento da queda.
1- Oração atendida. Amo ao Senhor porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica (Sl 116.1). Oração respondida indica benefício de Deus para com os teus filhos. Até a oportunidade de orar a Deus é um benefício estendido para com as famílias. Pois, os membros de uma casa poderão se reunir e orar a Deus sem ter que pedir alguém para interceder por eles. Orar a Deus é um benefício divino para com a família. E ter a oração respondida é o dobrar dos benefícios.
A oração ensina ao cristão que para Deus nada é impossível (Lc 1.37). Pois, através da oração:
Deus abre a madre da estéril, assim foi com Ana.
Que faz com que a mulher estéril habite em família e seja alegre mãe de filhos? Louvai ao Senhor! (Sl 113.9).
Deus suprirá todas às necessidades.
O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus (Fp 4.19).
Portanto, o primeiro benefício para com a família segundo o salmo em apreço é poder testemunhar as respostas de Deus para com as orações feitas em momento de bonança e também em momento de dor.
2- Livramento da morte. Cordéis da morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; encontrei aperto e tristeza... Porque tu, Senhor, livraste a minha alma da morte. (Sl 116.3,8). Morte significa separação. Na sociedade a morte poderá ser definida por óticas, pois em determinadas situações a morte poderá transmitir benefícios como também não transmitir tais benefícios.
O cristão tem que saber que a morte está sobre o domínio de Deus. Logo, a morte não poderá agir sem a autorização divina.
Deus tem livrado pessoas da morte. Sendo que o livramento da morte de alguns permite que outros tantos gozem de uma tamanha felicidade.
No mundo segundo dados da ONU em média 102 pessoas morrem por minutos. Isto indica que 3,4 pessoas morrem a cada 2 segundos, e 146.880 pessoas morrem a cada dia. Logo, se você está lendo este texto indica que você recebeu o livramento da morte no dia de hoje, portanto este é um benefício de Deus para a sua vida.
Outro dado impressionante que proporciona ao cristão a certeza da proteção divina está associado ao fato de que no Brasil a cada dia morrem 115 pessoas em acidente de trânsito e 175 por assassinato. Por fim, um último dado até às 11h e 20 minutos de 26 de janeiro, só neste ano (2016) 15.765 pessoas morreram de fome no mundo.
Portanto, o segundo benefício de Deus para com a família é o livramento da morte.
3- Livramento do sofrimento. Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas (Sl 34.19). Após a consumação do pecado o ser humano sofre em todas as fases da vida. Portanto, Deus permite em determinadas situações aflições para livrar o cristão de dissabores maiores.
Por isso, o salmista continua (v.8):
Porque tu, Senhor, livraste... os meus olhos das lágrimas.
Lágrimas no presente texto descreve sofrimento.
Há inúmeros relatos na Bíblia que demonstra sofrimento como, por exemplo:
Quando Samaria foi sitiada pela Síria (2 Rs 6. 24-33), em que uma mulher se saciou da carne do próprio filho, ficando irada com uma amiga que lhe tinha prometido o filho para o dia seguinte como alimento.
Já no Novo Testamento não dá para medir o sofrimento das mães que viram seus filhos sendo mortos a mando de Herodes (Mt 2.16-18). Segundo Richards 15 a 18 crianças foram mortas (p.12).
Portanto, Deus outorga livramento do sofrimento, pois este é terceiro benefício de Deus para com a família.
4- Livramento da queda. Um dos maiores sofrimento da família moderna tem sido a queda espiritual de muitos. Quando alguém de um lar que até então era consolidado pela comunhão com Cristo e com a Igreja se afasta, percebe-se o caos no relacionamento e pouco a pouco a desestruturação do seio familiar.
O estar firme na presença do Senhor é um benefício divino. É evidente que Deus não forçará ninguém a permanecer fiel, mas conforme a sua Palavra, Deus santifica os teus.
Portanto, o estar firme na presença do Senhor é um benefício divino para com as famílias.
Em suma, os benefícios do Senhor são inúmeros, e no Salmo 116, o salmista em forma de cântico de ações de graças, engrandece ao Senhor por outorgar livramento de um perigo mortal. A cada dia a família torna-se vítima de um perigo, que pode ser ou não mortal. O certo é saber que o Senhor peleja pela unidade da família. Portanto, que a cada dia a família cristã receba os benefícios do Senhor e em forma de celebração que esta demonstre a devida gratidão a Deus.
REFERÊNCIA
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 1. São Paulo: Hagnos, 2014.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/quantas-pessoas-morrem-e-nascem-no-mundo.html. Acesso 26 de janeiro de 2016 às 11h e 04 minutos.
http://www.worldometers.info/pt/ Acesso 26 de janeiro de 2016 às 11h e 20 minutos.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Subsídio para a aula da EBD – O Arrebatamento da Igreja


Subsídio para a aula da EBD – O Arrebatamento da Igreja
A verdade prática associa o arrebatamento com a salvação, logo o arrebatamento está diretamente associado com a santificação, pois a santificação se divide em três partes: a santificação pretérita, a santificação presente ou progressiva, e a santificação futura ou definitiva.
A santificação definitiva corresponde com a glorificação do cristão quando este tiver o corpo corruptível transformado em um corpo incorruptível.
O arrebatamento corresponde com a primeira fase da vinda do Senhor Jesus. Pois, a segunda vinda se divide em duas fases:
A primeira fase: será nos ares com o objetivo arrebatar a igreja (1 Ts 4.16,17). Não será visível a todos.
A segunda fase: juntamente com os santos Jesus virá a terra para reinar por mil anos. Esta vinda será visível a todos (Mt 24.26,27).
O termo arrebatamento do grego, harpazó, que transmite a ideia de rapto, ou remoção repentina. Logo, o arrebatamento será a remoção repentina da Igreja pelo poder do Senhor Jesus.
I – TODOS OS SALVOS SERÃO ARREBATADOS
O mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro (1 Ts 4.16).
Alarido significa grande barulho
No texto, corresponde ao fato da ressurreição dentre os mortos que ocorrerá no momento do arrebatamento.
Voz de arcanjo
Indica que israelitas convertidos ao Senhor Jesus serão também arrebatados para estarem com Cristo Jesus.
Trombeta de Deus
Corresponde com a participação daqueles que estiverem vivos no momento do arrebatamento da igreja.
O arrebatamento será no abrir e fechar de olhos e tem como propósitos:
A ressurreição dentre os mortos (1 Co 15.22,23),
A transformação dos vivos (1 Co 15.51,52),
O arrebatamento dos fiéis,
E a apresentação da igreja a Cristo na qualidade de esposa (Ap 19.7-9).
Portanto, todos os salvos que foram transformados mediante o novo nascimento serão arrebatados.
II – O ARREBATAMENTO E A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
Ressurreição significa “volta miraculosa à vida”. E no contexto Sagrado há três tipos de ressurreição: ressurreição de mortos, ressurreição dentre os mortos e ressurreição dos mortos.
Ressurreição de mortos
É o tipo de ressurreição que abrange todos aqueles que por milagre divino tiveram suas vidas restabelecidas.
Os exemplos são: o filho da viúva de Sarepta (1 Rs 17.21-22), o filho da Sunamita (2 Rs 4.34,35), o homem que tocou os ossos de Eliseu (2 Rs 13.43,44), o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17), a filha de Jairo ( Mc 5. 40-42), Lázaro (Jo 11.43,44), Tabita (At 9.40,41) e o jovem Êutico (At 20.9-12).
Ressurreição dentre os mortos
Neste segundo tipo de ressurreição pela ordem ocorreram e ocorrerá: a ressurreição do Senhor Jesus (1Co 15.23), a ressurreição dos que ressuscitarão no momento do arrebatamento da igreja (1Co 15.23,24), a ressurreição das duas testemunhas (Ap 11.11,12) e a ressurreição dos mártires da grande tribulação (Ap 20.4).
Ressurreição dos mortos
É o tipo de ressurreição que abrange todos aqueles que morreram em seus delitos e pecados, ou seja, é a ressurreição geral (Jo 5.29).
III – ANTES DO ARREBATAMENTO E DEPOIS DELE
O terceiro tópico é bem didático em dividir o tema arrebatamento quanto ao tempo, o antes e o depois.
Antes do arrebatamento é necessário vigilância, isto é, estar alerta para não ser enganado por falsos ensinamentos e nem por falsos mestres.
Já depois do arrebatamento para os que participarão do mesmo será alegria, isto é, a felicidade será para sempre.
Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras (1 Ts 4.18).

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou: Embaixador de Cristo


Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou: Embaixador de Cristo
Texto: De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus.
Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus (2Co 5.20,21).
O apóstolo Paulo registra as seguintes palavras: porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio (Ef 2.14). Logo, no presente versículo há palavras que descrevem a necessidade de um embaixador: paz e povos.
Em busca da paz em todos os aspectos faz com as nações tenham entre-se embaixadas e embaixadores.
A embaixada é a presença oficial de uma nação, instalada dentro do território de outra nação. Que tem como dever proteger os interesses do país que representa e de seus cidadãos. O embaixador tem como função informar o governo sobre os acontecimentos no país estrangeiro e, promover relações e desenvolver as relações econômicas, culturais e científicas entre os dois países.
O Brasil possui 138 embaixadores distribuídos nos cinco continentes povoados.
Igreja: Embaixada de Deus na Terra
O termo igreja deriva se da palavra grega, ekklesia, que tem por significado assembleia pública. O termo aparece no Novo Testamento, quando Jesus disse que edificaria a sua igreja. A doutrina que estuda a igreja é conhecida como eclesiologia, sendo que esta doutrina expõe a diferença entre igreja local (visível) e igreja universal (invisível). A igreja invisível se caracteriza por todos os que receberam a Jesus como único Salvador, já a visível trata-se do grupo local de cristãos que se reúnem para cultuarem a pessoa de Jesus. 
1- A igreja possui autoridade.  Autoridade quer dizer direito ou capacidade de se fazer obedecer. Logo, o porquê dos demônios obedecerem à igreja, se explica pela autoridade de Cristo outorgada aos cristãos sobre os principados da maldade. Além dos demônios as enfermidades também obedecem à autoridade que foi outorgada a igreja. 
2- A Igreja é um organismo. Organismo quando se refere à igreja indica a vivacidade da mesma perante todo o longo da história. 
Nota-se esta verdade acima citada no poema escrito por A. Z. Conrad acerca da imortalidade da Bíblia, onde que há uma adaptação à imortalidade da Igreja.
Firme está ela
Século após século - Firme está ela.
Impérios se levantam e caem e são esquecidos – firme esta ela.
Dinastias se sucedem – firme está ela.
Reis são coroados e destronados – firme está ela.
Desprezada – firme está ela.
Tempestades de ódio rugem ao seu redor – firme está ela.
Os agnósticos sorriem – firme está ela.
Profanos e ímpios escarnecem – firme está ela.
Relâmpagos de ira dão contra ela – firme está ela
O progresso liberal tenta diminuir o seu valor – firme está ela.
     Tentaram acabar com a igreja através de perseguições da mais vasta crueldade humana, mas em um determinado dia os oponentes tiveram que aceitar a seguinte verdade, quanto mais o sangue dos cristãos era derramado mais crescia o número dos que se entregavam a Jesus como único Salvador.
3- A Igreja expõe a verdade. As doutrinas bíblicas são verdades ensinadas pela igreja. A igreja tem mostrado ao mundo o que é pecado e também os seus efeitos para o ser humano, tanto nesta vida como na vida vindoura. No exercício da sua missão de proclamar a salvação, a igreja como embaixada de Cristo possibilita aos ouvintes o conhecimento bíblico de todas as doutrinas, como: hamartiologia, soteriologia, eclesiologia, escatologia e cristologia.
Sou embaixador de Cristo
1- Embaixador do ministério da reconciliação. Reconciliar é tornar um, aqueles que se separam por algum motivo. Motivo às vezes considerado sem valor, porém com poder totalmente destruidor. Logo, sendo o cristão embaixador de Cristo mediará a reconciliação, proporcionando a unidade onde reinava a separação. Como embaixador de Cristo é de responsabilidade do cristão propagar a mensagem de salvação a todos os homens.
2- Embaixador que informa ao seu superior. O cristão através da oração identificará ao Senhor todas as necessidades da comunidade, da qual o mesmo estar inserido. Portanto, por meio da oração há demonstração de interesse do crente para com o agir de Deus, e também, para com a comunidade social.
3- Embaixador que proporciona melhorias. O cristão proporciona melhorias sócias, assim também quando há construção de um templo em determinado lugar se percebe que as melhorias sócias se tornam notáveis.
Palavra Final
Ser embaixador de Cristo é poder representar o Senhor dos senhores em terra estrangeira. É proporcionar melhorias desde a vida espiritual das pessoas, até melhorias nos aspectos emocionais de cada indivíduo.
 Por fim, é saber que nesta terra não estar o descanso do cristão, mas aqui cada crente fiel é um forasteiro que representa a cidade que está no céu. Portanto, Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou: embaixador de Cristo.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Subsídio para as aulas da EBD – Esteja Alerta e Vigilante, Jesus voltará


Subsídio para as aulas da EBD – Esteja Alerta e Vigilante, Jesus voltará
A verdade prática descreve a volta do Senhor Jesus a um evento dinâmico, que será repentino e não dará chance para o arrependimento a aqueles que estarão despreparados.
Logo, o cristão deverá estar preparado para o dia da vinda do Senhor Jesus. Portanto, o mesmo não poderá descuidar de sua vida espiritual. 
I – A VINDA DE JESUS SERÁ REPENTINA
Porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do Homem no seu dia (Lc 17.24).
Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa (Mt 24.43).
Um fenômeno natural de grande importância para a agricultura é tido como comparativo para indicar a vinda do Senhor do Jesus em sua rapidez. O relâmpago transporta nitrogênio das partes mais elevadas da troposfera para a litosfera. Já a vinda de Jesus transportará os fiéis da terra para o terceiro céu. A ação do relâmpago é rápida, o que se percebe é a luz emitida de uma extremidade a outra.
Um relâmpago, é um fenômeno repentino e visível a todos. De forma parecida, o súbito dia do Filho do Homem será evidente para todos. Quando o Senhor retornar, Ele virá de forma instantânea e perceptível. Não haverá dúvidas sobre o que aconteceu (RADMACHER; ALLEN;HOUSE, p.194).
Já o evangelista Mateus registra um fenômeno social desagradável, a ação do ladrão. Este personagem social que teve a sua vez no contexto histórico pelo aumento da violência e da corrupção passa a agir de maneira em que tira o conforto das pessoas. Se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, o mesmo vigiaria e agiria de todas as maneiras e com todas as forças para impedir a ação do ladrão.
Já o que corresponde em comparar a vinda do Senhor Jesus com um ladrão indica que cabe aos cristãos estarem preparados para não serem pegos de surpresa.
II – COMO FOI NOS DIAS DE NOÉ
Comiam e bebia, casavam e davam-se em casamento (Lc 17.27).
Nos dias de Noé havia normalidade, desde o alimentar ao relacionamento entre as famílias.
Pois, comiam e bebiam, indica também que as pessoas se deixaram levar pela busca da satisfação materialista e abandonaram as coisas espirituais.
Da mesma foram, casavam e davam-se em casamento, indicava também que as pessoas se deixaram levar pela busca da satisfação emocional e se desligavam das coisas espirituais.
Nos dias de Noé, as pessoas não prestavam atenção às coisas de Deus e tiveram de enfrentar um julgamento como consequência (Gn 6.5-13). Haverá um cenário semelhante no retorno de Jesus (RADMACHER; ALLEN;HOUSE, p.194).
Portanto, Noé estava preparado para o dilúvio, mas sua geração não. Da mesma forma, a igreja, deverá estar preparada para a vinda do Senhor Jesus. Para os membros da igreja é necessário compreender que a satisfação emocional e material são abrangências das promessas de Deus, porém o cristão não poderá de maneira nenhuma negligenciar as atividades espirituais.
III – A CORRUPÇÃO GERAL NA TERRA
Após a desobediência de Adão a humanidade recebeu como herança do pecado: a morte, a culpa e a corrupção.
A corrupção nos estudos antropológicos significa depravação ou degeneração. A corrupção da natureza humana é descrita pela depravação total e pela incapacidade total.
A depravação total indica que toda parte da natureza humana foi afetada pela transgressão, logo, o coração do homem é perverso.
Já a incapacidade total enfatiza que o homem em si é incapaz de fazer qualquer bem espiritual.
A depravação se nota na devassidão do sexo, na violência e na resistência à graça de Deus.
O sexo torna-se pecado quando o mesmo não ocorre conforme a Palavra de Deus, pois no casamento e pós o casamento o sexo é uma bênção e não uma maldição.
Naamá filha de Lameque é citada em Gn 4.22, o que para os especialistas em interpretação Bíblica, esta citação indica que Naamá foi à primeira prostituta da história.
O dilúvio foi o castigo divino universal sobre o mundo em que a sociedade era marcada por uma tríplice característica: maldade (Gn 6.5), corrupção (Gn 6.11) e violência (Gn 6.13).
IV – COMO FOI NOS DIAS DE LÓ
A diferença entre as narrações dos evangelistas no que corresponde aos dias de Noé para com os dias de Ló está na não citação do casamento nos dias de Ló. Logo, se conclui que a corrupção ligada ao homossexualismo estava presente na sociedade de Sodoma e de Gomorra.
Portanto, há demonstração que o liberalismo sexual será mais um demonstrativo social a respeito da vinda do Senhor Jesus.
A corrupção sexual é visível em duas situações:
Primeira situação se percebe na prática homossexual.
Já a segunda situação no liberalismo da prostituição como atividade profissional.
Referência:
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou: Carta de Cristo


Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou: Carta de Cristo
Texto: Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens,
Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração (2Co 3.2,3).
Ao escreve cartas à igreja em Coríntio, o apóstolo Paulo estava preocupado com a nova fase da igreja e com uma série de problemas que envolvia os seus membros. Portanto, o apóstolo Paulo escreve para a igreja em Coríntios, duas cartas, para proporcionar soluções, pois neste período a temática do apóstolo passa a ser: quando a igreja é o principal problema.
A minoria descontente menospreza a mensagem, a oratória, a origem e a vocação de Paulo. Por isso, o apóstolo Paulo deixou bem nítido os seguintes títulos na segunda carta aos Coríntios: as marcas de um apóstolo, o ministério de um apóstolo e a autoridade de um apóstolo. Sendo que a prova maior das marcas, do ministério e da autoridade do apóstolo está descrita na transformação dos coríntios, cartas de Cristo.
Nossa carta e carta de Cristo
Paulo diz: vós sois a nossa carta (v.2), em seguida diz: vós sois a carta de Cristo (v.3).
A diferença estar em descrever que os coríntios são frutos dos ensinos de Paulo, isto é, dos esforços ministeriais do apóstolo. Já o versículo seguinte (v.3) descreve a origem desta transformação.
1- Vós sois a nossa carta. Os cristãos deixam suas marcas no palmilhar do anúncio do Evangelho. Estas marcas se tornam visíveis na proporção de pessoas que recebem a Jesus como Salvador. Cartas estas que se tornam referência para os próprios ministros e assim para todos os homens.
Carta escrita em nossos corações (v.2), ministrada por nós (v.3). Termos que outorga o seguinte entendimento, as cartas foram escritas com total dedicação, logo isto indica que em determinados momentos o apóstolo Paulo sofreu para ministrar aos coríntios. Assim também cabe aos cristãos da modernidade entender que na pregação do Evangelho haverá momentos difíceis em que as forças parecerão que se acabarão, mas é necessário compreender que:
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos (2Co 4.8,9).
Quem escreve a carta deverá assim pensar: de maneira que em nós opera a morte, mas em vós, a vida (2Co 4.12).
2- Vós sois a carta de Cristo. Logo, a salvação do ser humano é proveniente de Deus. Deus é quem transforma o ser humano mudando assim toda a sua vã maneira de viver.
A Igreja é de Deus, pois quem edifica a Igreja é Deus, Ele mora na Igreja e governa a Igreja. Ao governar a Igreja Deus vocaciona pessoas compromissadas para exercerem o ministério da propagação do Evangelho.
E como resultado o Senhor transforma vidas, retirando-as do lamaçal do pecado e outorga a estas pessoas, a capacidade necessária para prosseguir na fé (2C 5.7).
Escrita com o Espírito do Deus vivo
O resultado da pregação do Evangelho em Coríntios não poderia ser transitório e nem com a manifestação da condenação, mas com a glória do ministério da justiça.
O ministério da condenação foi glorioso, porém era o ministério da morte. Enquanto, o ministério da justiça outorga para as cartas vivas: confiança, capacidade e glória permanente.
Portanto, o Espírito Santo proporciona a confiança necessária. Confiança em saber que em Deus o cristão pode todas as coisas (Fp 4.13).
Há capacidade humana em que pessoas por esforço conquistaram habilidades necessárias para desenvolverem suas atividades, porém, é natural perceber que no cenário cristão muitas pessoas são capacitadas por um poder sobrenatural, onde estas pessoas desenvolvem com habilidade, que não são naturais, atividades que proporcionam conformo divino. Logo, quem capacita é Deus.
Por fim, há uma glória para todos os que se aproximam de Deus, sendo esta glória permanente.
Palavra Final
Cartas ministram, mas não com a letra, pois a letra mata (v.6). A letra mata corresponde com a interpretação legalista dos ensinamentos dos fariseus, e não como ensinam alguns neófitos cristãos, que querem invalidar a importância do Ensino da Palavra de Deus.
O certo é que a Palavra é anunciada por meio da oralidade dos cristãos e também por meio da vida dos cristãos. Porque o Evangelho é pregado não pelos panfletos distribuídos em praças, mas pelos relacionamentos cultivados no dia-a-dia pelos cristãos. Portanto, Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou: carta de Cristo.