Deus é Fiel

Deus é Fiel

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Subsídio para aula da E.B.D: Deus: o nosso Provedor

Deus: o nosso Provedor
Assim como foi para o patriarca Abraão, também ocorreu com Isaque, pois, este vivenciou um terrível período de crise. Porém, se aprende que como Isaque não deveria habitar no Egito e sim em Canaã, a Igreja não deverá fazer da terra sua habitação, pois há uma Canaã celestial que está sendo preparada por Cristo.
E apareceu-lhe o Senhor e disse: não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser (Gn 26.2).
A ideia de ir para o Egito lembrava experiências ruins. Isaque estava sendo lembrado pelo Senhor de que não seria bom que ele fosse ao Egito, uma vez que seu pai, Abraão, havia passado por experiências ruins naquele lugar, com consequências amargas que lembravam mentira, engano e humilhação por estar fora da vontade de Deus (CABRAL, p. 64,65).
I – ISAQUE VAI PARA GERAR POR CAUSA DA FOME
O período de crise conduz as pessoas a tomarem decisões precipitadas. Sendo que as decisões precipitadas conduzirão a resultados catastróficos. É necessário que o cristão antes de tomar uma decisão, ore ao Senhor para ter da parte de Deus a orientação exata, assim fazendo colherá os benefícios do Senhor.
A crise estava instalada na terra. No céu, habitação do Senhor, não havia crise alguma. Logo, percebe-se que são nas crises que Deus renova as promessas para os teus filhos. No caso do patriarca Isaque as promessas renovadas foram as que Deus tinha feito a Abraão.
Por fim, o que fez diferença na vida de Isaque foi à obediência, pois a obediência a Deus faz com que os crentes prosperem.
Com Champlin (p.561, 562) se aprende:
A obediência é imposta por Deus (Dt 13.4).
É essencial á fé (Hb 11.6).
É resultado para quem dá ouvidos à voz de Deus (Êx 19.5).
É um dever que temos diante de Cristo (2 C 10.5).
Consiste em observar os mandamentos de Deus (Ec 12.13).
Manifesta-se através da submissão (Rm 13.1).
Deve proceder do próprio coração (Dt 11.13).
Não deve ter reservas (Js 22.2,3).
Deve ser constante (Fl 2.12).
II – CRISE COM OS VIZINHOS
A mentira exposta pelo crente demonstra a falta de confiança desde para com a ação do Senhor. Sendo que a mentira também conduz à destruição. A mentira transmitida por Isaque demonstrou que o patriarca falhou em sua confiança para com o agir de Deus e também a tal mentira poderia conduzi-lo a terrível decepção.
Isaque formou lavoura naquela terra e no mesmo ano colheu a cem por um, porque o Senhor o abençoou (Gn 26.12).
A obra especial de Deus na vida de Abraão foi realizada também na de seu filho. Deus o abençoava tanto que Isaque se tornou riquíssimo, ou mui grande, assim despertou a inveja de seus vizinhos filisteus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 63).
Quando Deus prospera o inimigo levanta pessoas para interferirem na alegria do cristão. Porém, isto ocorre porque muitas pessoas não suportam ver a prosperidade de Deus ocorrendo na vida dos cristãos. Portanto, o mais triste é quando a inveja nasce no coração dos próprios membros da família cristã, ou seja, nos membros da igreja local.
A inveja é uma força divisória, potente o suficiente para despedaçar a mais poderosa nação ou os amigos mais íntimos (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, p.26).
III – CAVANDO POÇOS EM TEMPOS DE CRISE
Nos tópicos anteriores percebe-se que Isaque desejou ir ao Egito, porém foi obediente a Deus e não concretizou em atos a ida a este país. Isaque mentiu ao dizer que Rebeca não era sua irmã, mas visualizou o livramento de Deus e a prosperidade.
Ao utilizar os poços de Abraão o patriarca Isaque enfrentou a contenda dos pastores daquela região. Com espírito pacífico Isaque cava um poço, porém, mais uma vez os pastores contenderam com Isaque, logo o poço é batizado de Eseque, que significa contenda.
Por ter como qualidade a temperança Isaque cava mais um poço e os vizinhos mais uma vez se levantam contra o patriarca e o poço é chamado de Sitna, isto é, inimizade.
Portanto, a inveja gera contenda e inimizade.
Os poços que cavamos podem simbolizar as conquistas espirituais que fazemos, mas que são alvo de inveja, porfia de nossos inimigos espirituais. Isaque dá uma lição de paciência e mansidão em não revidar os ataques, mas não desistir de lutar pelos ideais sonhados. Às vezes nossos inimigos procuram entulhar nossos poços com as pedras da censura, da calúnia e da mentira para que desistamos de lutar (CABRAL, p.73,74).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD.

CABRAL, Elienai. O Deus de toda provisão, esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Culto de Doutrina: Jesus a Videira Verdadeira

Jesus a Videira Verdadeira
Texto: 1- Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. 2- Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto (Jo 15.1,2).
A identificação do Filho, do Pai e da Igreja mostra que a harmonia é essencial para a concretização da frutificação no cenário eclesiástico. O Pai por ser o lavrador cuida, zela e proporciona os recursos necessários para a frutificação da videira. Já Jesus por ser a videira conduz a vitalidade aos ramos, outorgando a estes a oportunidade de frutificarem. Enquanto, que os ramos, ou seja, os membros da Igreja, de servos tornam-se amigos, resultado alcançado por obedecerem à pessoa de Jesus.
Jesus é a videira verdadeira
No AT há citações que indicam ser Israel uma videira planta por Deus em excelência, mas no decorrer esta planta se degenera e torna-se estranha (Jr 2.21). Porém, no NT a videira serve para identificar a pessoa de Jesus Cristo e não a Igreja, verdade que se concretiza por alguns motivos:
1- A videira é um organismo vivo que supre as necessidades de outros organismos.  A existência da videira garante o suprimento das necessidades dos outros seres vivos. A extração do fruto da videira, a uva, outorga o saciar das necessidades físicas.
As necessidades humanas são divididas em matérias e espirituais. Sendo que as necessidades materiais se subdividem em necessidades específicas: física, quando se trata da saúde; financeira, quando se trata das questões econômicas; e, emocionais, trata-se dos relacionamentos entre as pessoas. Já as necessidades espirituais correspondem com o relacionamento entre o indivíduo e a pessoa de Deus.
Portanto, o Senhor Jesus é a videira verdadeira que outorga o suprimento das necessidades de todos aqueles que se aproximam do Pai.
2- A videira permanece nos ramos. Estai em mim, e eu em vós (v.4), a permanência da videira nos ramos outorga a vitalidade através da seiva. No meio natural há ocorrência em que a seiva não é conduzida ao ramo, tornando este infrutífero. Aplicando ao crente, percebe-se que este está na videira, mas por não dá fruto a videira não está neste ramo, o que acontecerá será a retirada deste para ser lançado no fogo.
O meu Pai é o lavrador
A descrição do Pai como lavrador indica que Ele é o proprietário da videira. Por ser o proprietário da videira o lavrador fornece os elementos vitais para a mesma. Assim sendo, Deus outorga os elementos necessários para o desenvolvimento espiritual de todos aqueles que se aproximam dEle.
As ações a serem observadas no texto a respeito do lavrador são: limpar e tirar.
Os ramos que dão frutos serão limpos para darem mais frutos. Já os ramos que não dão frutos serão tirados e jogados fora (vv.2,6).
Vós sois os ramos
Os discípulos ao serem comparados com os ramos da videira são hermeneuticamente definidos pela natureza, pela honra alcançada, pelas dificuldades vivenciadas e pela alegria a ser conquistada.
De fato estes ramos devem ser limpos pela Palavra, e terão como resultados pela comunhão com Cristo a oração respondida e a permanência em Cristo, porém, o grande ganho presente no texto é ser reconhecido como discípulos e amigos de Cristo.
1- Ramos limpos pela Palavra. Todos os ramos que dão frutos serão limpos pela Palavra para que possam dá mais frutos. Portanto, o cristão que obedece a Palavra este dá muitos frutos.
2- Os resultados da comunhão dos ramos com a videira. Nitidamente dois são os resultados da comunhão entre os ramos e a videira: frutificação (v. 2) e orações respondidas (v. 7).
Porém, cinco são os resultados daqueles que permanecem em Jesus Cristo:
2.1- Têm as orações respondias (v.7).
2.2- Dão muitos frutos (v.8).
2.3- Cumprem propósitos (v.8).
2.4- Vivenciam o amor (vv.9,10).
2.5- Vivem em plenitude de alegria (v.11).
3- Os que permanecem são considerados discípulos e amigos de Cristo (vv. 8,15). Em ambientes em que há bons frutos, haverá boas sementes que espalharão. Quando os servos de Deus anunciam as Boas Novas em Cristo tornam-se seus discípulos. Pois, estão seguindo as normas de Jesus Cristo, obedecendo aos seus mandamentos.
Além de discípulos os onze apóstolos são chamados de amigos e não mais de servos. O servo recebe ordens, já os amigos conhecem a vida dos outros por cultivar a comunhão.
Por fim, Jesus Cristo é a videira verdadeira, o Pai é o Lavrador, e a Igreja são os ramos. Logo, é necessário que os membros da Igreja sejam purificados pela Palavra para que possam frutificar em um mundo cheio de maldades. Já aqueles que não estão em Cristo deverão se santificar para desfrutarem do grande amor de Deus.

domingo, 23 de outubro de 2016

Subsídio para aula da E.B.D: As consequências das Escolhas Precipitadas

As consequências das Escolhas Precipitadas
Para tudo na vida é necessário fazer escolhas. Porém, há momentos em que o ser humano toma decisões não pensadas, e isto se caracteriza com os maus resultados. Ou seja, boas escolhas outorgarão bons resultados e, maus resultados são provenientes de escolhas não pensadas.
Há algumas verdades sobre as escolhas tomadas: as escolhas determinarão o futuro do indivíduo, a maioria das escolhas é tomada em tempo de crises, boas escolhas bons resultados e más escolhas maus resultados.
As escolhas determinarão o futuro. As escolhas do presente determinarão o futuro e para que as escolhas não produzam efeitos negativos é necessário que o indivíduo reflita bem na decisão a ser tomada. Antes de cada decisão é necessário refletir nos seguintes conselhos.
Antes de uma decisão é necessário buscar a vontade de Deus. A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2).
Buscar conhecer a realidade vivenciada por outras pessoas. A sociedade atual erra por não aprender com os erros dos outros. Se cada ser humano na observação dos erros cometidos por outros os evitassem, a sociedade não seria tão entregue aos males da pós-modernidade.
Ouvir pessoas certas. É um grande erro não saber escutar as pessoas certas. Roboão deixou de escutar os anciãos para escutar os jovens que cresceram com ele. Já a viúva de 2º Reis capítulo 4, escutou a pessoa certa, o profeta de Deus.
A maioria das escolhas é tomada em meio às crises. Crise tem como significado as aflições vivenciadas no dia a dia. É também sinônima de agonia, angústia, dor, carência, insuficiência, instabilidade, e dentre tantas, é definida pela palavra: desequilíbrio.
Boas escolhas bons resultados.
Escolhas não pensadas, maus resultados. Os obreiros em especial deverão ter cautela nas escolhas, pois se em algum momento alguma escolha for tomada sem ser pensada a vida ministerial poderá entrar em colapso. Três são os principais inimigos do obreiro que não deixa que o mesmo pense em suas escolhas: pessoa do outro sexo, dinheiro e o orgulho.
I – O CUIDADO COM AS ESCOLHAS
A obediência de Abraão proporcionou a ele a prosperidade de Deus. Portanto, por meio da obediência e confiança, Deus prospera os cristãos em todos os tempos.
Abraão escolheu obedecer a Deus. A obediência conduz o cristão a confiar no Senhor. Portanto, com o patriarca Jó aprende-se que nem sempre as crises são definidas pelas escolhas erradas da vida, pois Jó era íntegro a Deus, mas mesmo assim perdeu tudo o que tinha.
No caso de Jó a crise não foi o resultado da desobediência ou da falta de acertos nas escolhas, mas tratava-se de uma provação. A provação de Jó se resume na palavra PERCA e elas foram:
Perca dos bens matérias: em um momento para outro o patriarca perdeu toda riqueza.
Perca de seus filhos: antes que o primeiro mensageiro terminasse a mensagem o segundo já aproximava e transmitia a mais dolorosa de todas as más notícias daquele dia: “a morte dos filhos”.
Perca da saúde física: Jó foi ferido com uma chaga maligna da cabeça aos pés.
Perda do incentivo da esposa: as palavras da esposa de Jó foram: amaldiçoa a Deus e morre (Jó 2.9).
Portanto, da vivência de Jó fazendo aplicação à vida de cada cristão entende-se que tudo ocorre para o bem do crente (Rm 8.28).
Retornando a história do patriarca Abraão nota-se que Deus o prosperou no Egito, isto porque a prosperidade do cristão vem do Senhor.
II – LÓ É ATRAÍDO POR AQUILO QUE VÊ
A prosperidade requer que o beneficiado seja excelente administrador das bênçãos outorgadas por Deus. Deus prosperou a Abraão e a Ló, sendo que a prosperidade tornou-se um problema, pois estava gerando conflito entre os pastores de ambos. O conflito surge quando há necessidade de escolha entre situações que podem ser consideradas incompatíveis.
O diálogo deve ser a decisão primária a ser escolhida pelo líder. Abraão era um exímio líder, verdade percebida por duas atitudes: primeira, Abraão chama Ló para conversar; e segunda atitude, Abraão escutou e respeitou a escolha de Ló.
Bons líderes são bons ouvintes. Ouvir as pessoas de sua equipe contribui para seu sucesso e para o desenvolvimento delas. Ao ouvir as ideias e opiniões delas, principalmente antes de você tomar decisões, você lhes dá uma chance de colaborar mais... Essa é uma das melhores formas de fazer com que comecem a pensar de modo criativo (MAXWELL, p. 133).
Com Ló se aprende que as escolhas não poderão ter como decisão, o que se apresenta ser melhor para os olhos.
Sendo que atitude de respeito, compreensão, contribuição, cooperação, amizade, amor, tolerância e gratidão são elementos positivos que encurtam o caminho de quem faz a vontade de Deus... As consequências inevitáveis aconteceram e, mesmo que Ló procurasse ter uma vida de retidão onde vivia, não conseguiu dominar o ímpeto de sua família, perdendo a autoridade sobre sua mulher e suas filhas, as quais se corromperam com o estilo de vida depravado daquela cidade (Gn 19.14,16,17). Ló escolheu segundo o espírito do mundo representado por Sodoma e Gomorra (CABRAL, p.61).
III – LÓ, UM CASO DE PROSPERIDADE E PERDAS
Os resultados desagradáveis para Ló foram ocorrendo gradualmente:
Em primeiro lugar, Ló enfrentou uma grande guerra, pois decisões precipitadas se resumem em tempos conturbados.
Em continuidade as percas sofridas por Ló, percebe-se que no momento da destruição de Sodoma e Gomorra, a mulher de Ló se tornou em uma pedra de sal.
E em terceiro, no julgamento de Sodoma, Ló perdeu tudo o que tinha.
Por fim, as filhas de Ló tiveram filhos com o próprio pai.
Portanto, resultados são provenientes de escolhas. Boas escolhas, bom resultados; más escolhas, maus resultados.
Referência:
MAXWELL, Jonh C. A arte de formar líderes. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2011.

CABRAL, Elienai. O Deus de toda provisão, esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Culto de Doutrina: Jesus e o Espírito Santo

Jesus e o Espírito Santo
Texto: 16- E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, 17- o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós (Jo 14.16,17).
O capítulo dezesseis em especial tem como assunto, Jesus e o Espírito Santo, porém, já no capítulo quatorze percebe-se que o Senhor Jesus cita a Pessoa do Espírito Santo por nomes próprios e por funções.
Os nomes a respeito da Terceira Pessoa da Trindade são: Consolador, Espírito da Verdade e Espírito Santo. Enquanto, que as funções citadas a respeito da pessoa do Espírito Santo, são: habita, ensina e faz com que os crentes lembrem a respeito de tudo que tenha sido ensinado por Jesus Cristo.
Os nomes do Espírito Santo
Inúmeros nomes são outorgados ao Espírito Santo nas Escrituras Sagrada, sendo que alguns descrevem a própria Pessoa do Espírito da Verdade, exemplo: Espírito Santo (Jo 20.22); já outros demonstram a relação do Espírito Santo com o Pai, exemplo: o Espírito de Deus (1Co 3.16); também os que demonstra a relação do Espírito Santo com o Filho, exemplo: o Espírito de Cristo (Rm 8.9); por fim, nomes que demonstram a relação do Espírito Santo com os homens, exemplos: Espírito da Verdade e o Consolador (Jo 14. 16,17).
Ao instruir os discípulos o Senhor Jesus cita nomes que descreve a Pessoa do Espírito Santo e que demonstra a relação da Terceira Pessoa da Trindade com os homens, isto porque os discípulos precisariam conhecer a Pessoa do Espírito Santo e qual a relação que eles teriam com o Espírito Santo.
1- Consolador. Do grego, παρακλητον (Transliteração, paraklêton), e tem como significados básicos os termos advogado, auxiliador e amparador.
O termo advogado porque o vocábulo grego poderá ser traduzido por chamado para o lado ou defesa de. E também, chamado para fortalecer, amparar ou auxiliar.
Para Benny Hinn: Ele (Espírito Santo) é um advogado de defesa e um auxiliador que pelejará suas batalhas, um auxiliador que é tão bom naquilo que faz que acalma seus medos e inquietações (p. 103).
Há algo importante na fala de Jesus ao expressar as seguintes palavras outro Consolador. O termo outro do grego allos é definido pela seguinte frase: exatamente como Jesus. Logo, o Consolador seria exatamente como Jesus Cristo que habitaria com os discípulos para sempre, os auxiliando, consolando e defendendo em todas as circunstancias.
2- Espírito da Verdade. Conforme o texto do Evangelho de João nota-se que o Espírito Santo ensinará os discípulos a verdade, isto porque o Espírito Santo é a verdade. Portanto, o Espírito Santo testifica e defende a verdade, pois Ele se opõe ao espírito de erro. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro (1 Jo 4.6).
3- Espírito Santo. Nome predominante ao referir a Terceira Pessoa da Trindade que ensina duas verdades, o Espírito Santo não possui corpo e nem corrupção. Para Bancroft o Espírito Santo é Santo em pessoa e caráter, e também é o Autor da santidade do homem (p. 187). Este nome também identifica a principal obra do Espírito Santo que é santificar.
O agir do Espírito Santo
1- Habita com os crentes. A vinda do Espírito Santo estava associada com o retorno de Jesus ao Céu, convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei (Jo 16.7). O tempo que perdurará a relação entre o Espírito Santo e os crentes é definida pelas seguintes frases: para que fique convosco para sempre (Jo 14.16), habita convosco (Jo 14.17) e estará em vós (Jo 14.17).
Três verdades são visíveis na ação do Espírito Santo habitar no crente:
Primeira verdade torna os cristãos em sua propriedade particular (Ef 1.13,14); segunda verdade proporciona segurança aos cristãos (Rm 8.14,16); e por fim, como terceira verdade, fortalece os crentes (Ef 3.16).
2- Ensina os crentes. Ele vos ensinará todas as coisas, o termo todas não faz separação, pois todas é todas, indica abrangência. Logo, o Espírito Santo ensinará respeito das verdades Bíblicas, da natureza humana e pecaminosa, e principalmente do mundo que jaz no maligno.
3- Faz os crentes lembrar tudo quanto tenham aprendido. As informações absorvidas diariamente são numerosas fazendo com que haja esquecimento de outras tantas informações codificadas. Porém, quando se trata da necessidade o Espírito Santo age como auxiliador fazendo com que o cristão lembre tudo que tenha aprendido.
Conforme a palavra de Jesus a ação do Espírito Santo não é fazer com que os discípulos tivessem informação instantânea a respeito de verdades, mas que os discípulos lembrassem do que tinham aprendido.  
Missão do Espírito Santo
1- Convencer o mundo (v.8). A presente missão identifica a relação do Espírito Santo com os homens não regenerados. A estes indivíduos o Espírito Santo os convencem do pecado, da justiça e do juízo.
O Espírito Santo convence o homem do pecado da incredulidade, da justiça de Cristo que se relaciona com a veracidade das declarações messiânicas e também do juízo, isto é, da garantia da condenação de Satanás.
Nessa tríplice obra, o Espírito Santo glorifica a Cristo. Ele mostra-nos que é pecado não confiar em Cristo, revela-nos a justiça de Cristo e a obra vitoriosa de Cristo em relação a Satanás. Nossa tarefa consiste tão-somente em pregar a palavra da verdade, dependendo do Espírito Santo para produzir convicção (BANCROFT, p.193,194).
2- Guiar os crentes (v.13). O Espírito Santo guiará os crentes em toda a verdade, logo o Espírito Santo é o instrutor dos cristãos no que corresponde a tudo.
3- Glorificar a Cristo (v.14). Ao anunciar o que é pertencente a Jesus o Espírito Santo estará glorificando a Pessoa de Cristo. O Espírito Santo glorifica a Cristo revelando-o ou tornando-o conhecido (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 271).
Portanto, o Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade, Ele é Deus por possuir nomes atribuídos somente a Pessoa de Deus (At 5.3,4), por fazer as obras de Deus (Jó 33.4), e por ser identificado por atributos pertencentes somente a Pessoa de Deus (Hb 9.14).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

HINN, Benny. Bem-vindo, Espírito Santo. São Paulo: Bom Pastor, 2015.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Subsídio para aula da E.B.D: A Provisão de Deus no Monte do Sacrifício

Subsídio para aula da E.B.D: A Provisão de Deus no Monte do Sacrifício
O texto áureo confirma a fé de Abraão em Deus. Conhecendo a pessoa de Deus o patriarca sabia que não era agradável ao Senhor o sacrifício de pessoas. Porém, Abraão não questionou e foi obediente até o fim.
O nome de Deus presente no capítulo em estudo é Jeová-Jireh, o Senhor Proverá.
Nesse nome, Jeová se manifestou a Abraão como aquele que provê todas as necessidades dos seus servos. Isso aconteceu quando Abraão estava preparando-se para oferecer seu filho Isaque em sacrifício sobre um altar de pedras, conforme o pedido de Deus (CABRAL, p.14).
I – FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO
Abraão foi provado no limite da capacidade humana: oferecer em sacrifício o seu único filho. Percebe-se que anteriormente ao nascimento de Isaque o patriarca já tinha um filho com Agar (Gn 16). Porém, a descrição a respeito de Isaque ser o único filho, corresponde em ser Isaque o filho da promessa, o filho que outorgou o riso de Deus a Abraão e a Sara.
O sacrifício deveria ser no Monte Moriá, do hebraico Moriyah, significa escolhido por Deus. No monte escolhido por Deus, o patriarca Abraão, homem escolhido por Deus deveria oferecer o seu filho, Isaque em sacrifício, sendo também Isaque escolhido por Deus, o cumprimento profético ao patriarca.
Possivelmente Abraão, Isaque e os servos do patriarca caminharam por uma distância de 80 km, percurso desenvolvido em três dias (Gn 22.4). Sendo que o início da caminhada tinha ocorrido pela madrugada, pois as tarefas difíceis e penosas geralmente eram executadas de manhã por causa do intenso calor do meio-dia nessa região (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 62).
II – PROVAÇÃO NO MONTE DO SACRIFÍCIO
Do início da caminhada até o local do sacrifício percebem-se três palavras que sintetiza a história Bíblica: amor, obediência e fé.
Deus queria provar se havia ainda alguma coisa mais forte no coração de Abraão, algum sentimento que fosse capaz de superar o amor a Deus (CABRAL, p.47).
Não há erro algum no ato de um pai amar os seus filhos, porém amar a Deus deverá está acima de todas as coisas. Quando Deus pediu ao patriarca o seu filho, estava naquele momento provando no máximo os sentimentos de Abraão, assim também nos dias atuais, Deus prova os sentimentos de seus filhos para confirmar o amor destes para com Ele.
Abraão passou nessa prova, porque não discutiu com Deus seu pedido, mas dispôs-se a obedecer-lhe sem reservas (CABRAL, p. 47).
Abraão não questiona o pedido de Deus. O patriarca obedece a Deus. O segredo para viver o melhor de Deus está presente na ação do patriarca Abraão. Não é cabível ao cristão questionar o agir de Deus, mas obedecer aos decretos divinos.
Em Gênesis 22.5, nota-se a fé de Abraão:
E disse Abraão a seus moços: ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós.
Tornaremos a vós é descrição verbal do patriarca que confirma a sua fé em Deus.
Há três possibilidades para explicar essas palavras de Abraão: (1) ele estava mentido para os servos, a fim de ganhar tempo; (2) ele estava tão desiludido que não raciocinava mais quando falava; (3) ele realmente acreditava que voltaria com o seu filho. (de acordo com Hebreus 11.17,19, essa é a teoria mais correta.) Abraão ouvira, muitas vezes, a promessa de Deus de formar uma nação a partir de Isaque..., e ele ainda acreditava nesta promessa (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 62).
Nos momentos finais Deus prover, assim foi com o patriarca Abraão, logo de uma maneira sobrenatural, suas palavras (Abraão) sobre a provisão divina para o holocausto se tornaram realidade (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 63).
III – JESUS, O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO
Segundo a tradição cristã os malfeitores que foram crucificados com Jesus eram chamados de Dimas e Gestas. E a cruz de Jesus pesava aproximadamente 130 quilos. Foi Ele crucificado na hora terceira (Mc 15.25) e morto um pouco mais da hora nona (Mc 15.34-37).
Três atitudes são ilustradas pelas pessoas que se aproximaram da cruz de Cristo. A primeira atitude corresponde com os soldados que se posicionaram com indiferença.  A segunda atitude refere aos religiosos que posicionaram em oposição. Já a terceira atitude corresponde com os próximos de Jesus que esteve ao lado dEle no pé da cruz, isto se refere a simpatia.
A morte de Jesus foi uma expiação pelos pecados da humanidade. Expiar o pecado é cobri-lo, apaga-lo e perdoar o transgressor.
A morte de Jesus também foi uma propiciação, isto é, foi o aplacar da ira de Deus, pois o sacrifício de Jesus proporciona reconciliação com Deus e justificação mediante o sangue derramado pelo Cordeiro de Deus que tira o pedado da humanidade. Logo, a morte de Jesus foi uma substituição (Rm 5.6). Por fim, a morte de Jesus na cruz foi redenção e reconciliação para todos aqueles que se aproximarem da mensagem do evangelho.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

CABRAL, Elienai. O Deus de toda provisão, esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida

Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida
Texto: 6- Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo 14.6).
O presente versículo é um dos textos mais lindo no que corresponde trabalhos evangelísticos. Tomé demonstra desconhecer o caminho, Felipe demonstra desconhecer o Pai. Tomé apresenta o desconhecimento antes de Cristo citar João 14.6, enquanto Felipe após a citação do referente versículo.
Conforme Jesus o conhecimento liberta, logo o desconhecimento aprisiona as pessoas aos costumes pecaminosos. O conhecimento do Caminho, da Verdade e da Vida conduzirá o homem a ter um encontro real com Deus.
Tomé e Felipe em meio às dúvidas
1- Tomé de interrogador a declarador. O apóstolo Tomé era ansioso e céptico. No momento em que Jesus transmitia aos discípulos a respeito de sua partida o aluno Tomé apresenta a seguinte dúvida: Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho?  (v.5). Em resposta a dúvida de Tomé o Senhor Jesus outorga uma declaração que tem como objetivo identificar a riqueza do plano divino para a humanidade.
Porém, Tomé em outro momento marcante da vida de Jesus faz uma declaração que desmonta qualquer ensinamento contrário à divindade de Cristo: Senhor meu, e Deus meu! (Jo 20.28).
Portanto, com o apóstolo das dúvidas se aprende que as declarações são desenvolvidas por parte daqueles que conhecem o agir de Deus. Ao conhecer o plano divino e ter certeza da ressurreição de Jesus o apóstolo Tomé reconhece então a aceitação do Pai para com a vida, obra e palavras de Jesus.
2- Filipe e o desconhecimento do Pai. O desconhecimento de Filipe para com a pessoa do Pai demonstra que o apóstolo desconhecia as verdades a respeito da trindade e da encarnação do verbo.
Para com a dúvida de Filipe assim respondeu Jesus:
Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras (Jo 14:9-11).
Com as palavras de Jesus aprende-se que Ele é o próprio Deus.
O senhor chamou a atenção de Filipe porque ele mesmo deveria saber a resposta para sua pergunta.
Quem me vê a mim vê o Pai. O Senhor explicou novamente, e com toda a paciência, que Ele estava revelando-lhe Deus (v.7). Era impossível não entender o que Jesus estava dizendo. Ele estava afirmando claramente ser Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 266).
Jesus o Caminho, a Verdade e a Vida
As três entradas de acesso ao Tabernáculo tinha em sequência os seguintes nomes: caminho, verdade e vida. Logo, quando Jesus afirmou ser o Caminho, a Verdade e a Vida, estava afirmando ser Ele o sacrifício que conduziria a humanidade ao Pai, a direção perfeita que santificaria os crentes e sendo Ele o próprio Deus.
Jesus se tornou o caminho para o Pai por meio da Sua morte e ressurreição. Cristo também é a verdade e a vida. Por ser a verdade, Ele é a revelação de Deus. Por ser a vida, Ele é a ligação entre Deus e nós (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 266).
1- Eu sou o Caminho. Por ser o Caminho Jesus torna-se a direção ao Pai e isto por meio da morte e ressurreição. Para as ciências humanas todos os caminhos levam o homem a Deus, porém conforme a Bíblia Sagrada apenas Jesus o Caminho que leva o indivíduo à presença de Deus.
Em comparação ao período veterotestamentário percebe-se que o pátio do Tabernáculo media 22 metros de largura por 45 metros de comprimento e tinha uma única entrada. A única entrada ao pátio passou a ser chamada de caminho. E no pátio havia o altar dos holocaustos e a pia para purificação.
O altar possuía quatro pontas projetadas como de chifre de animal que significava poder e proteção através do sacrifício. Já a pia era utilizada para purificação onde ocorria a lavagem cerimonial. Para adentarem ao lugar da habitação de Deus os sacerdotes deveriam se lavar na pia.
Sendo Jesus o Caminho, logo Ele próprio é o sacrifício que exerce poder e proteção para todos aqueles que chegaram e chegarão à sua presença (Jo 1.12). Quando a lança perfurou o Senhor Jesus saiu água, isto indica que Ele é a Água da Vida.
2- Eu sou a Verdade. A segunda entrada do Tabernáculo se chamava verdade, isto é, revelação, portanto sendo Jesus a revelação do Pai percebe-se que Ele próprio é o verbo encarnado que revela o Pai. No lugar santo do Tabernáculo havia três utensílios: mesa dos pães (representava Jesus como o Pão da vida), o castiçal (representava Jesus como a luz do mundo. No evangelho de João (1.1-18) encontra-se a introdução do livro. E na introdução duas coisas são marcantes: a identidade do Verbo e as obras do Verbo. Conforme os versículos 3, 9, 13, e 18 as obras do verbo são criar, iluminar, regenerar e revelar. Portanto, Jesus é a luz que ilumina o mundo), e o Altar do Incenso (representava Jesus como o mediador da Nova Aliança).
3- Eu sou a Vida. Verdade que indica ser Jesus o próprio Deus. No lugar Santo do Santo havia a Arca da Aliança, que representava Jesus, sendo Ele o próprio Deus. Na arca estavam as pedras da lei, o maná (a presença do maná indicava a providência de Deus para com os israelitas) e também a vara de Arão.
Por fim, se a porta de acesso ao pátio era chamada de Caminho, a porta de acesso ao Lugar Santo era chamada de Verdade e a porta de acesso ao Santo dos Santos era chamada de Vida. Por isso, Jesus disse: Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo14.6).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Subsídio para aula da E.B.D: Abraão, a Esperança do Pai da Fé

Abraão, a Esperança do Pai da Fé
Abraão é um dos maiores vultos da história da humanidade. Dele descendem os judeus e os árabes. Estes últimos por parte de Ismael. De Abrão, pai da altura passou a ser chamado Abraão, que tem por significado pai de uma multidão de nações (Gn 17.5). Foi chamado aos 75 anos de idade (Gn 12.4), teve o nome mudado aos 99 anos de idade (Gn 17.1) e teve o seu filho aos 100 anos de idade (Gn 21.5).
Dentre as características de Abraão três em especial chamam atenção: primeira, foi chamado de amigo de Deus (Is 41.8); segunda característica, é chamado de o fiel Abraão (Gl 3.9) e por fim, como terceira característica, é considerado como o pai de todos nós (Rm 4.16).
I – A CHAMADA DE DEUS
Conforme a narrativa Bíblica três são os tipos de chamados de Deus na vida daqueles que se aproximam do Senhor: Deus os chama para serem salvos, Deus os chama para servir e Deus os chama para serem glorificados.
Logo, se percebe que Abraão foi chamado por Deus, pois Deus tinha como projeto resgatar o homem do pecado. Para a concretização deste projeto Deus chamou Abraão, e desde surgiria a Israel, e de Israel nasceria o Salvador da humanidade.
Quando Deus chama alguém, este alguém está sendo vocacionado para fazer parte do projeto divino.
Abraão ao obedecer o chamado estaria sendo porta-voz da bênção do Senhor para muitas vidas. Mas, para que as bênçãos se tronassem reais na vida dos membros das nações era necessário que o patriarca acreditasse no projeto divino. Pois, o chamado de Abraão foi pela fé (Hb 11.8). Isto indica que o patriarca não poderia palmilhar por vista (2 Co 5.7), mas por ser justo viveu pela fé (Rm 1.17) e o mesmo sabia que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
II – A PROVISÃO DE DEUS
O chamado de Deus para com Abraão exigiu do patriarca a mudança de localidade. Mudança de Ur dos caldeus para Canaã (Gn 11.31). A primeira mudança que Deus requer do ser humano ao chamá-lo é que o mesmo mude de atitudes. Atitude é a tendência de uma pessoa em julgar tais objetos como bons ou ruins, desejáveis ou indesejáveis. Portanto, há atitudes que menosprezam o próprio ser das pessoas, tais como atitudes egoístas, que não visualizam a vontade de Deus para si.
A renúncia da terra, da parentela e da casa são demonstrações do preço elevado pago por Abraão (Gn 12.1). Abraão renunciou a terra natal, o conforto do lar, os amigos, o tradicional estilo de vida, o direito de habitar entre os teus, o direito de ter uma velhice tranquila e o direito de dirigir a sua própria vida. Renunciar é abrir mão de bens pessoais para servir a outros conforme a vontade de Deus.
Na jornada de Abraão uma lição divina torna-se notável: as promessas de Deus não são garantia de que não enfrentaremos crises, dificuldades e oposições (Revista, p.24).
Abraão foi provado: primeiro em deixar sua terra; segundo, em conviver com a realidade da escassez da terra e a esterilidade de sua esposa por 25 anos após receber a promessa divina. E havia fome naquela terra; e desceu Abrão ao Egito, para peregrinar ali, porquanto a fome era grande na terra (Gn 12.10).
O cristão deverá ter atitude, porém esta atitude não poderá invalidar a Palavra de Deus. Abraão desce ao Egito e por esta atitude quase perdeu a esposa e assim perderia a promessa divina. Tal fato não ocorreu por causa da ação do Senhor, pois Deus não desistiu de seu plano para com o Abraão. Logo, assim também Deus não desistiu dos alunos da EBD, mesmos que estes tenham cometido alguns erros.
III – AS PROMESSAS DE DEUS NA VIDA DE ABRAÃO
E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra (Gn 12.2,3).
No presente texto há três descrições claras da benção de Deus na vida de Abraão:
A benção de Deus em Abraão seria multiplicativa, progressiva e abrangente.
Multiplicativa em se tratar que de Abraão surgiria uma grande nação, isto é, de um indivíduo um povo. Também, por multiplicar inúmeras bênçãos na vida do patriarca.
Progressiva por se tratar do reconhecimento da pessoa de Abraão no decorrer da história.
E por fim, abrangente, pois não só à nação que surgiria do patriarca que seria abençoada, mas também todas as famílias da terra se tornariam abençoadas no patriarca Abraão.
Deus supre a caminhada. Tal afirmativa é notória na vida de Abraão, pois o mesmo aos setenta e cinco anos era incompleto, em se tratando, da ausência de um filho. Deus chama o patriarca. O patriarca obedece, logo vem o primeiro resultado, o nascimento do filho da promessa.
Porém, antes que a promessa do filho se concretizasse Deus mudou o nome de Abrão para Abraão. Quando o ser humano obedece ao chamado, primeiramente Deus muda o nome do mesmo, retirando todo o significado de dor, sofrimento, angústia e de exaltação, para um nome que indique bênção.

Abraão não ficou preso em um passado esquecido por seus sucessores. Todavia, a experiência de vida de Abraão em conhecer e obedecer ao chamado de Deus para a sua vida fez do mesmo um dos personagens mais ilustre da história da humanidade. A importância do patriarca não estar limitada na escrita bíblica, ganhou campo e dimensão gigantesca. Tal dimensão foi conquistada pela obediência ao chamado.