Deus é Fiel

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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Subsídio para aula da E.B.D: A Sobrevivência em tempos de crise

A Sobrevivência em tempos de crise
Para melhor compreensão a respeito da prosperidade há três perguntas sobre esta temática que devem ser respondidas:
O que é prosperidade?
Como alcançar a prosperidade?
Qual o objetivo da prosperidade?
Mas, antes é necessário compreender que quando se trata de dinheiro na igreja os cristãos tornam-se propícios a cometerem dois erros: erro teológico e erro prático.
O erro teológico corresponde com justificativa teórica sem fundação Bíblica que conduz o indivíduo a omitir contribuição à obra de Deus. É necessário compreender que dinheiro no Reino de Deus trata-se de uma temática essencialmente espiritual. Já o erro prático corresponde com a concretização da omissão, isto é, o indivíduo deixa de contribuir financeiramente para com o crescimento da obra de Deus.
O que é prosperidade?
É a ação de Deus em prover na vida do cristão. Há quatro decretos divinos que descrevem a relação entre Deus e os homens. Os decretos de Deus são: criação, providência, restauração e consumação. A providência corresponde com a ação de Deus em cuidar dos seus.
Sobre a providência divina escreve Andrade:
Resolução tomada de antemão por Deus visando a consecução de seus planos e decretos, a preservação de quanto Ele criou e a salvação do ser humano. Acha-se a providência divina fundamentada nos atributos metafísicos e morais de Deus (p. 210).
A providência de Deus é o cuidado sobre todas as suas obras. É exercida na preservação de suas criaturas, no prover as necessidades de suas criaturas, na prosperidade dos santos e dentre tantas na proteção dos santos. A providência divina deve ser reconhecida na prosperidade, na adversidade, nas calamidades públicas, no sustento diário e os esforços humanos são vãos sem ela (Sl 127.1,2; Pv 21.31). Assim acrescenta Champlin o propósito da providência de Deus consiste em preservar a vida não somente a duração da vida terrena, mas também a sua qualidade e suas realizações (p. 487).
Como alcançar a prosperidade?
A prosperidade pode ser conquistada por meio do trabalho, da fidelidade, do cuidado para com a obra missionária e por meio do cuidado para com os líderes espirituais.
Ninguém conquista a prosperidade se não for dedicado ao trabalho. Muitos cristãos estão desempregados por não serem dedicados no que fazem ou por falta de princípios éticos. Para o apóstolo Paulo se alguém não quiser trabalhar, não coma também (2 Ts 3.10).
A prosperidade se concretiza por meio da fidelidade nos dízimos e nas ofertas (Ml 3.10).
O cuidado para com a obra missionário permite a igreja local a possibilidade em desfrutar da prosperidade divina, assim como o cuidado individual do crente para com a obra missionária permite que o mesmo seja alcançado com o prover divino sobre a sua vida.
E não só o cuidado para com a obra missionária, mas também o cuidado para com os líderes. Amigos de pastores são por Deus abençoados. Que a igreja nestes últimos dias venha investir na obra missionária e amar os vossos pastores.
Qual o objetivo da prosperidade?
A prosperidade de Deus na vida do crente possui três objetivos centrais.
Primeiro, o próprio cuidado do cristão, isto no que corresponde o cuidado para com o suprimento das próprias necessidades, alimentação, vestimentas, remédios, dentre outros.
Segundo, o cuidado para com o próximo. Deus prospera os teus servos para que estes venham a contribuir para o suprimento das necessidades das pessoas próximas.
Em terceiro, Deus prospera os teus para que haja um cuidado destes para com a obra de Deus na terra.
Uma palavra sobre CRISE
Com base nos Escritos Sagrados, sobre a segunda ocorrência de tempestade envolvendo os discípulos, percebe-se que a segunda ocorrência não foi tão impetuosa como a primeira, mas nesta torna-se notório a presença de um fenômeno físico, espiritual, político, econômico e ministerial, resumidamente descritos pela palavra crise.
Para Bruce:
O capítulo 6 do Evangelho de João está repleto de acontecimentos. Ele nos fala de um grande milagre, de um grande entusiasmo, de uma grande tempestade, de um grande sermão, de um uma grande apostasia e de uma grande provação de fé e fidelidade sofrida pelos doze discípulos (p.141).
Crise Física: Uma multidão seguiu a Jesus por causa dos milagres que por Ele foram operados (Jo 6.2). A enfermidade corresponde com a crise física, pois é manifestada pela incapacidade do ser humano obter a cura por si mesmo e também pelo fato de passar por uma doença.
A crise física é ratificada pela herança de Adão deixada à humanidade, isto é, a morte, a culpa e a corrupção.
A morte é o castigo que se define na experiência física terminal, e as doenças são definidas pela ação, em que há um enfraquecimento da matéria, sendo, portanto uma herança da desobediência adâmica.
Portanto, a igreja tem desenvolvido com majestade o seu ministério real. O ministério real da igreja corresponde com a autoridade outorgada por Jesus à mesma para no nome dEle proporcionar cura e liberação para as vidas que estão enfermas e oprimidas.
Crise Política: A multidão queria arrebatar e fazer de Jesus rei (Jo 6.15). Nesta informação percebe-se que a crise política era existencial no meio dos israelitas. Não havia uma liderança eficiente e eficaz, por isso, conforme os seus interesses os israelitas queriam Jesus como rei.
A crise política na atualidade é notável pelo significado da palavra dos que são agentes da mesma, pois o termo político (πολιτικός, grego), significa aquele que olha para os outros, e isto não é real.
Crise Econômica: Com cinco pães e dois peixinhos Jesus alimentou uma multidão de quase cinco mil homens (Jo 6.9,10). A falta de alimentação permite inserir como análise a crise econômica que corresponde com a ausência de recursos para o suprimento das necessidades.
No mundo a cada seis segundo uma pessoa morre desnutrida. O dado indica que a desigualdade é grande, enquanto alguns têm outros nada possuem. Mas, nos últimos anos no Brasil a ação poderosa de Deus em prosperar os fiéis tem sido nítida.
Crise Espiritual: A mensagem de Jesus para os discípulos não foi agradável fazendo com que muitos dos seus discípulos tornassem para trás, porém, o apóstolo Pedro deixa a solução para a crise espiritual “para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”. (Jo 6.68).
Os indicadores da crise espiritual são:
Indisponibilidade para ouvir a Palavra, para orar, para ir à igreja, em suma, fazer aquilo que Deus o nomeou para fazer.
A crise espiritual conforme a citação do pastor Shedd pode ser comparada à necessidade do avivamento: pois, quando escutamos a palavra e não sentimos nada, quando a oração não passa de reza, quando ganhar dinheiro empolga mais que ganhar almas, quando o entretenimento empolga mais que a palavra, quando pecado consumado não cria nenhuma preocupação na consciência e quando há divisão.
Crise Ministerial: Jesus ao retornar para os discípulos andando sobre as águas despertou o medo por parte dos apóstolos, porém ao se revelar, Pedro pediu autorização para ir ao encontro do Mestre. Ao aproximar de Jesus o apóstolo sentido o vento, temeu e começou a ir para o fundo (Mt 14.29,30). Neste momento percebe-se a existência da crise ministerial.
O principal indicador da crise ministerial é ausência de visão no que corresponde ao Reino de Deus. Logo, o ministério não será frutífero, e faltará eficiência e eficácia.
Para vencer as crises é necessário que três âncoras sejam lançadas sobre as diversidades.
A primeira âncora corresponde com a determinação em conhecer as palavras de vida eterna.
Já a segunda âncora indica a percepção muito clara nas alternativas.
E a terceira, descreve a capacidade de sobreviver à tempestade.
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
BRUCE, A.B. O Treinamento dos Doze. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 5. São Paulo: Hagnos, 2014.

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