Deus é Fiel

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segunda-feira, 29 de junho de 2015

EBD – Uma mensagem à igreja local e a liderança


EBD – Uma mensagem à igreja local e a liderança
A presente lição possui duas palavras chaves: igreja e liderança.
O termo igreja deriva se da palavra grega ekklesia, que tem por significado assembleia pública. O termo aparece no Novo Testamento, quando Jesus disse que edificaria a sua igreja. A doutrina que estuda a igreja é conhecida como eclesiologia, sendo que esta doutrina expõe diferença entre igreja local (visível) e igreja universal (invisível). A igreja invisível se caracteriza por todos que receberam a Jesus como único Salvador, já a visível trata-se do grupo local de irmãos que se reúnem para adorarem a pessoa do Senhor Jesus. 
Já o termo liderança deriva do verbo liderar, isto é, aquele que guia. Liderança corresponde à arte de conduzir pessoas a um lugar seguro. Para Cupaiolo, liderança é um tema relacionado diretamente com pessoas, com o trabalho em equipe, em suma, é uma forma de relacionamento entre pessoas. Ao se relacionar, as pessoas causam impacto na vida uma da outra (p.169).
I – AS EPÍSTOLAS PASTORAIS.
Ao escrever sobre o tema: quando a morte se aproxima. O apóstolo Paulo escreve a seguintes cartas: 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito.
As cartas que compõem a este grupo de escritos do apóstolo Paulo são endereçadas a liderança das igrejas com uma tonalidade de despedida. Estes líderes eram dois nobres amigos de Paulo, o jovem Timóteo e Tito. Portanto, esta seção é também conhecida por Cartas Pastorais.
O propósito da primeira carta escrita a Timóteo está na preocupação do apóstolo Paulo com a organização da igreja do Senhor Jesus. Por isso, onze tópicos são necessários para compreender a epístola.
Já na segunda carta ao jovem Timóteo o apóstolo Paulo enfatiza a importância do ministério e exorta a Timóteo a permanecer fiel (1.6-18).
A importância da carta a Tito para os dias hodiernos se percebe na descrição da organização da igreja (1.5), na liderança das igrejas (1.5-9), no combater as falsas doutrinas e os falsos mestres (1.10-16), no autêntico ensino da sã doutrina (2.1), na promoção da ética cristã (2.2-10), no praticar as boas obras (2.11-14), e na submissão às autoridades (3.1-11).
II – PROPÓSITO E MENSAGEM
A mensagem do apóstolo Paulo nas cartas pastorais se desenvolve com base nos seguintes propósitos: orientar os líderes quanto à vida pessoal e encorajar aos líderes a combater as heresias.
Para Paulo o líder deveria se orientar para poder orientar os liderados.
Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue (At 20.28).
O versículo acima se divide em duas belas lições sobre liderança bem sucedida: primeira para uma liderança bem sucedida é necessário o cuidado próprio e a segunda lição é cuidar do rebanho.
Para Baxter olhar para nós mesmos para:
Não suceder estarmos vazios da divina graça salvadora...
Não suceder que convivamos com os mesmos pecados contra os quais pregamos.
Não sejamos despreparados para as grandes tarefas que nos incumbimos de levar a cabo.
Não virem a ser exemplo de doutrina contraditória (p.58-65).
Com base ainda em Baxter o cuidado próprio possibilita ao líder entender que há um céu para ganhar ou perder. Que a natureza humana é depravada. Olhem por si mesmos, pois as almas dos seus ouvintes e o sucesso dos seus labores dependem muito disso (p. 75).
III – UMA MENSAGEM PARA A IGREJA LOCAL E A LIDERANÇA DA ATUALIDADE.
Segue se o conceito para a prosperidade bíblica:
Sendo obedientes nos dízimos e nas ofertas o cristão colherá de Deus o melhor para a sua vida, em todas as áreas, sejam elas; física, emocional, profissional, ministerial e principalmente espiritual.
Se o primeiro meio para alcançar a prosperidade é ser fiel, o segundo é ser dedicado ao labor diário, ou seja, é trabalhar. Ninguém alcançará a verdadeira prosperidade sem trabalho, lembrando que o trabalho dignifica o ser humano.
Em terceiro, a prosperidade está relacionada aos cuidados com a obra missionária. Quando o servo de Deus se entrega a obra missionária, logo este colherá todos os frutos provindos da dedicação e entrega a proclamação do Reino de Deus.
Em quarto os cuidados com os líderes, Paulo assim escreveu aos tessalonicenses: e rogamos-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoesta; e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós (2 Ts 5. 12,13).
O objetivo de Deus prosperar a igreja e a cada um individualmente está associado à manutenção própria de cada pessoa e também o compromisso da igreja como organização, em segundo para que a obra evangelizadora seja exercida, cada cristão deverá ser um verdadeiro evangelista, e esta atividade é desenvolvida pela contribuição, pela oração e pela entrega ao serviço de evangelização, e por fim, Deus prospera para que haja auxílio aos necessitados. 
Portanto, a doutrina da prosperidade erra em não reconhecer o valor da dependência divina. E por isso, outros erros são visíveis como, por exemplo:
Ø  Desconhecer a doutrina da mordomia.
Ø  Associar consequências do pecado original com o pecado atual.
Lucas registra uma boa parte daquilo que Jesus tinha a dizer sobre o dinheiro. Contudo, aqui temos as palavras mais condenatórias de todas. As riquezas do mundo, se vistas como um meio que podemos usar com o propósito de servir a Deus, são moralmente neutras. Mas, se valorizarmos as riquezas do mundo em si, nos tornamos idólatras, e as riquezas afastarão o nosso coração do Senhor (RICHARDS, p. 173).
O apóstolo Paulo assim escreveu a Timóteo: porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se transpassaram a si mesmos com muitas dores (1 Tm 6.10). O texto é claro ao expor que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, pois por causa dele pessoas se casam e se divorciam, outros por causa dele mentem e matam. Por isso, Agur assim escreveu: Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada; para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e lance mão do nome de Deus (Pv 30. 7-9). Portanto, o dinheiro é excelente servo e péssimo patrão.
IV – MENSAGEM PARA A LIDERANÇA.
As qualificações dos bispos (3.1-7). Paulo enfatiza que o bispo deverá governar bem a sua própria casa (1 Tm 3.4,5). Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar. É função ao ministério do bispo; planejar, ou seja, estabelecer objetivos para as atividades concernentes ao crescimento da Igreja. Assim como também é pertencente ao bispo à função de auxiliar o pastor na organização, direção e coordenação da igreja. Entretanto, a administração do bispo inicia se na sua própria casa, pois o mesmo mostrará como bom governante para a igreja local quando tiver seus filhos submissos a ele (1 Tm 3.4). Ao ser provado na administração da sua própria casa, assim o bispo passa a ser aprovado como ministro da casa do Senhor. O bispo não poderá ser um recém-admitido no corpo de Cristo, pois é necessário que haja tempo para a preparação e crescimento espiritual. Para cuidar dos outros é necessário que o cristão tenha preparo e conhecimento, logo para chegar ao presbitério é necessário que o anelante ao ofício cresça na graça e no conhecimento de Cristo Jesus (2 Pe 3.18).
Referência:
BAXTER, Richard. O Pastor Aprovado, procura apresentar-te a Deus aprovado. São Paulo: PES, 2006.
CUPAIOLO, Eduardo. Contrate preguiçosos: conselhos pouco ortodoxos que tornam o ambiente de trabalho mais humano e produtivo. São Paulo: Mundo Cristão, 2006.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

4 comentários:

  1. A Paz e a graça de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo esteja convosco para terdes a vida eterna! (Família)
    Na questão de liderança, pude observar que nas igrejas primitivas, como citado acima, os bispos, presbíteros e anciãos, eram a liderança, sendo os apascentadores das ovelhas. Usando o Dom de Pastor. (Atos 14:23)

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  2. A paz do Senhor. Muito obrigado pelo comentário no nosso blog. De fato os presbíteros, os bispos, os anciãos eram líderes da igreja. De pastores locais a pastores itinerantes como o apóstolo Paulo.

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  3. Acho que o Srº não entendeu minha colocação, queria saber se nas Igrejas do Senhor Jesus Cristo não tinham lideres com o título de pastor, mas sim com o Dom! (Éfeso 4:8).

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  4. A paz do Senhor. Desculpe. Com base nos escritos dos apótolos, no que corresponde às cartas, percebe-se que havia falsos doutores, que possivelmente se apresentavam como pastores, porém, o ministério pastoral é abrangente e testatível, e para ser bem-sucedido no ministério percebe-se que é uma vocação divina. Isto é, um excelente dom.

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