Deus é Fiel

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domingo, 22 de março de 2015

Subsídio para a E.B.D – A Igreja e a Lei de Deus


Subsídio para a E.B.D – A Igreja e a Lei de Deus
A presente lição permite aos estudantes da Palavra de Deus compreender o significado dos termos igreja e Lei.
A palavra igreja (ekklesia do grego), tem como significado: tirados para fora. Andrade assim define: no Novo Testamento, a palavra é suada em dois sentidos. Primeiro, corpo místico de Cristo, formado pelos que o recebem como único e suficiente Salvador. Segundo, ajuntamento dos fiéis com o objetivo de adorar a Deus. No primeiro caso, temos a igreja invisível; e, no segundo, a igreja visível (p.152).
Já o termo Lei, tem como significado seta, ou seja, aquela que mostra o caminho.
A Lei a ser estuda na presente lição não se restringe aos dez mandamentos, mas abrange a todo o Pentateuco. Sobre o Pentateuco se entende, os cinco primeiros livros da Escritura Sagrada. Sendo que:
Gênesis é o primeiro livro do Pentateuco, porém neste livro não se encontra nenhuma Lei.
Êxodo é o livro que se encontra a iniciação da citação das leis. Livro em que se encontram os dez mandamentos. E tem como tema a redenção.
Levítico é o livro onde se encontra as leis cerimoniais.
Números é o livro da contagem com relatos históricos importantes da trajetória dos israelitas no deserto. E para que o povo não esquecesse os mandamentos do Senhor, o líder Moisés mandou fazer roupas com franjas e um cordão azul nas bordas (Nm 11.5).
Deuteronômio é considerado o coração da Lei pelos rabinos.
I – O QUE SIGNIFICA CUMPRIR A LEI?
1- Completar a revelação.
2- Cumprimento das profecias.
3- O centro das Escrituras.
Comentário:
O cumprir a Lei tem como significado completar ou encher, palavras sinônimas de cumprir, quando tem como analise o termo grego pleroo.
Neste tópico o que deve ser entendido é que o centro dos planos divinos não se encontra na Lei, mas sim na pessoa de Jesus Cristo, aquele que cumpriu a Lei. E não apenas cumpriu a Lei sendo o próprio sacrifício, mas também entrando no céu como sumo sacerdote (Hb 9.23-28).
Cristo cumpriu a Lei como também se cumpriram nEle as profecias. A primeira promessa a respeito de um salvador na bíblia encontra-se em Gênesis 3.15: E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e sua semente, este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar.
Jesus sendo a semente da mulher feriu a cabeça de satanás na Cruz, e teve o seu calcanhar ferido. O sofrimento que Jesus passou é adicionado ao calcanhar ferido.
Analisando ainda o antigo testamento são inúmeras as profecias a respeito de Jesus, por exemplo:      
Profeta semelhante a Moisés (Dt 18.15).
É crucificado (Sl 22).
É Deus e terá um reino eterno (Is cap.9).
É ungido e morto depois de 483 anos (Dn 9. 24-27).
É eterno e nascerá em Belém (Mq 5.2).
II – O SENHOR JESUS VIVEU A LEI
1- Preceitos cerimoniais.
2- Preceitos civis.
3- Preceitos morais.
Comentário:
Não existe mais de uma Lei o que existe são os preceitos da Lei. E os preceitos da Lei estão divididos em três: morais, cerimoniais e civis.
Os preceitos morais visavam à normalização das relações sociais, e têm como essência os dez mandamentos. Resumem-se em amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Cristo viveu este preceito quando Ele se entregou por toda a humanidade (Jo 3.16).
Os preceitos cerimoniais visavam à normalização do sacerdócio levítico. Jesus cumpriu o sistema cerimonia da lei na sua morte (Mt 27.50,51).
Os preceitos civis visavam à normalização das normas jurídicas e a prática da vida social dos israelitas. Jesus transferiu os preceitos civis, ou valores jurídicos para a igreja.
III – A LEI NÃO PODE SER REVOGADA.
1- Jesus revela seu pensamento.
2- Até que o céu e a terra passem.
3- O menor mandamento.
Comentário:
O Evangelista Mateus assim escreveu as palavras de Jesus: não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir (Mt 5.17). Portanto, Jesus é o alvo e o sujeito das profecias do Antigo Testamento, por isso, Ele torna-se o cumprimento de todas as mensagens voltadas para o Messias.
Na primeira lição apresentamos o texto a seguir em um dos tópicos, porém antes de reescrevê-lo é necessário entender que estes são os motivos de toda a Lei.
Os motivos do decálogo (Lei) são tríplices:
Prover um padrão de justiça, pois os dez mandamentos proporcionam a formação do caráter e da conduta do ser humano. O caráter corresponde com o modo de ser de cada indivíduo. E a conduta corresponde com o modo de agir. Ambas se definem no Ser e no Fazer.
Identificar e expor a malignidade do pecado, pois os dez mandamentos expõe os seguintes tipos de pecado: idolatria, desrespeito, desonra, assassinato, traição, roubo, concupiscência...
Pecado é tudo aquilo que separa o servo do seu Senhor. Logo, os dez mandamentos tem como propósito identificar o pecado, por isso, Paulo escreveu “pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm 5.20).
Revelar a santidade de Deus, Deus é Santo e isto se torna evidente com os dez mandamentos. Pois, se a lei revela o pecado e requer que aquele que aproxima de Deus não peque, logo se conclui que Deus é Santo.
IV – A LEI E O EVANGELHO
1- O papel da lei.
2- Jesus e Moisés estão do mesmo lado.
3- A justiça dos fariseus.
Comentário:
A Lei existe por causa da transgressão. Paulo demonstra aos gálatas que a existência da Lei está associada com a presença da transgressão. Logo, a transgressão é tudo aquilo que impede o ser humano de se chegar a Deus.
Até existe um provérbio que enfatiza que “boas leis são provenientes de más condutas”. Por isso, as Leis foram mediadas para que os hábitos maus fossem refreados. Para Paulo a existência da Lei era para disciplinar e para educar, pois pelo meio educativo os israelitas conheceriam as suas culpas.
A morte, a culpa e a corrupção foram às consequências do pecado cometido por Adão. A Lei foi promulgada não por causa da obediência de alguns, mas por causa da desobediência de muitos. Porque a Lei na sua instrução se aplica à corrupção humana.
A tutoria da Lei.
A Lei revela a justiça de Deus. Logo que a lei revela a justiça divina também demonstra a injustiça por parte dos homens. “Estávamos sobre a custódia da lei,” isto indica que a lei aprisionava os homens por serem os mesmos injustos.
A injustiça humana era notável até mesmo na vida de personagens que viviam em conformidade com Deus. Por exemplo: Noé após o dilúvio ao se embriagar (Gn 9.21), Abraão ao mentir (Gn 12.11-13; 20.2), Davi ao transgredir cinco dos dez mandamentos (2Sm 11.4,14,24,27), Uzias ao agir como sacerdote (2Cr 26.16), dentre outros casos.
Em suma, a lei indicava que os homens eram injustos em suas obras e incapazes de se salvarem, sendo que a justiça de Deus se manifesta na pessoa e na obra de Jesus Cristo.
A lei é responsável pelo ensino até a manifestação de Cristo. Anterior ao ministério do Senhor Jesus a lei definia a educação dos judeus o que Calvino vai considerar com a infância.
Calvino ainda dizia que a lei era a gramática da teologia que ao conduzir a criança até certo ponto os entregavam a fé que completava a graduação das pessoas. Para ele o apóstolo “Paulo associou os judeus a crianças por viverem conforme os ensinos da lei, e nós os da graça com a fase adulta”.
A lei gerou discípulos. Dentre os discípulos gerados no período da lei podem ser citado os profetas e sacerdotes. Um dos oficiais de Deus no Antigo Testamento foram os sacerdotes. A missão principal do sacerdote era possibilitar a relação entre o homem e Deus. Ou seja, tinha como missão levar o homem até Deus por meio de sacrifícios e pela oração intercessora. Jesus em seu ministério foi Sacerdote perfeito, pois por meio da sua morte, Jesus foi o próprio sacrifício oferecido ao Pai para a salvação de todos que creem.
No Antigo Testamento o homem deveria aproximar se de Deus através de um sacrifício e manter-se junto de Deus por meio da intercessão. O sacerdote era responsável pelo sacrifico e também pela intercessão. Logo, o sacerdote era o elo entre o homem e Deus. Ao contrário do profeta que era o elo entre Deus e o homem.
O profeta era o elo entre Deus e o homem, ou seja, o ministério profético corresponde à atividade de entregar a mensagem de Deus a quem lhe é direcionada. No Antigo Testamento a palavra de Deus foi direcionada a líder político (1Sm 15.10-23), a líder religioso (1Sm 2.27-36) e a profeta (1Re 13.20-22) por meio do ministério profético.
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

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