Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Salmo 63 – A presença de Deus é anelada por Davi


Salmo 63 – A presença de Deus é anelada por Davi
Texto: 1- Ó Deus, tu és o meu Deus; de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água.
 2- Para ver a tua fortaleza e a tua glória, como te vi no santuário.
3- Porque a tua benignidade é melhor do que a vida; os meus lábios te louvarão.
4- Assim, eu te bendirei enquanto viver; em teu nome levantarei as minhas mãos (Sl 63.1-4).
O Salmo 63 é um salmo real, isto é, um salmo que ressalta Deus com Rei. O salmo está dividido em três parágrafos; sendo que no primeiro, Deus é apresentado como Todo Poderoso, e ao mesmo tempo Davi anela a presença divina (vv. 1-4); já no segundo parágrafo, o salmista medita em Deus pelas vigílias da noite (vv. 5-8); e no terceiro parágrafo, Davi encontra alegria em Deus (vv. 9-11).
O presente salmo possivelmente corresponde com o período em que Davi fugia do rei Saul, logo o salmo é utilizado para agradecer a Deus pelo cumprimento da promessa em fazer de Davi rei sobre Israel.
Davi foi chamado quando cuidava das ovelhas de seu pai (2 Sm 7.8) para ser governador de Israel. Portanto, quando Deus faz promessa, Deus concretiza a promessa.
A presença de Deus
1- Davi anelava a presença de Deus. De madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti (v. 1). Ambas as descrições demonstram que Davi desejava a presença de Deus. O fato de buscar a presença de Deus pela madrugada indica que o salmista queria se aproximar mais de Deus. Tal verdade é demonstrada com a sede na alma.
Porém, a minha carne te deseja, também demonstra que o salmista se encontrava longe do santuário. Por estar longe do lugar em que se adorava a Deus, o salmista trona-se um grande mestre na prática de busca ao Senhor, pois o próprio Jesus disse, importa que o adore em espírito e em verdade (Jo 4.24).
Davi cita dois meios para chegar à presença do Senhor; primeiro meio, através da oração e o segundo por meio da meditação.
Oração é um diálogo entre o crente e Deus, enquanto a meditação corresponde com o pensar e lembrar no que Deus tem feito e tem como promessa.
A meditação era desenvolvida por Davi nas vigílias da noite. Na cultura judaica a vigília era dividia em três partes: a primeira era conhecida como o principio das vigílias e correspondia com o período do por do sol até às 10 horas da noite; já a segunda, conhecida como a vigília da meia noite, ia das 10 horas até às duas da manhã; e por fim, a terceira vigília, conhecida como a vigília da manhã, indo das duas até o nascer do sol. O certo é que Davi meditava no Senhor nas vigílias da noite.
2- A presença de Deus manifestada no longo da cronologia bíblica. No período Antediluviano Deus se manifestava diretamente a Adão, já nos períodos seguintes Deus passou a manifestar por meio de teofania. Teofania corresponde com a manifestação da divindade em figura humana, tendo como objetivo ministrar as revelações de Deus para com os homens.
Posteriormente a presença de Deus tornou-se notória por meio da arca da aliança. A arca da aliança ficava na parte conhecida como o Santo do Santo no tabernáculo, local onde apenas o sumo sacerdote entreva, e por uma única vez por ano.
Porém, o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e verdade (Jo 1.14).
Após cumprir o seu ministério o Mestre retornou ao céu, mas enviou para a igreja o Espírito Santo que constrói a igreja, reside na igreja e governa a igreja.
3- A presença de Deus proporciona. Dentre tantos benefícios provenientes proporcionados pela presença de Deus, três merecem uma análise mais cautelosa: salvação, milagre e providência.
A salvação corresponde com a libertação de um perigo iminente. Quem salva o homem de todos os perigos é o Senhor, por isso Davi apresenta em suas palavras a situação da terra em que o mesmo se encontrava, o salmista precisava de socorro e quem poderia salvá-lo do perigo de fato seria o Senhor Todo Poderoso.
Outro benefício produzido pelo Senhor proporcionado pela sua presença é a operação de milagres. O milagre é nosso a glória pertence a Deus, frase que possui valor importantíssimo quando a história dos dez leprosos é lembrada (Lc 17. 11-19).
A presença de Deus também proporciona o suprimento de toda a necessidade (Fp 4.13).
A meditação proporciona
Em quatro versos o salmista Davi descreve duas ações notáveis quando o servo de Deus passa a meditar na pessoa do Senhor, a primeira é o reconhecimento da ação divina e a segunda ação, é aproximação para com a presença de Deus.
1- O reconhecimento da ação divina. Deus é reconhecido pelo salmista como o seu auxílio, isto é, Davi alcançou todas as conquistas na vida não porque ele era determinado, corajoso e forte, mas porque o salmista era dependente de Deus.
A determinação, a coragem e a força entram como virtudes fundamentais para que o salmista viesse a ser dependente de Deus.
2- A aproximação para com a presença de Deus. Meditar na Palavra de Deus ou na lembrança do que Deus realizou na própria vida, proporciona ao cristão à aproximação para com Deus, a minha alma te segue de perto, a tua destra me sustenta (v. 8).
Ninguém consegue retirar as bênçãos de Deus da vida daqueles que por Deus foram abençoados, portanto, qualquer que por Ele e nEle crê se gloriará, ou seja, será por Ele abençoado.
No terceiro parágrafo o salmista encontra alegria na presença do Senhor, e isto por permanecer na promessa, por meditar ou no preencher a sua mente com a sabedoria divina e por reconhecer a ação de Deus na sua vida. Tais desenvolvimentos vivenciados por Davi ensinam aos cristãos nos dias hodiernos que para alcançar a presença do Senhor é necessário depender exclusivamente de Deus.

domingo, 26 de outubro de 2014

EBD: Deus abomina a soberba


EBD: Deus abomina a soberba

A presente lição tem como palavra-chave, soberba. A soberba é definida como comportamento excessivamente orgulhoso, arrogância e presunção.
Nabucodonosor é o personagem a ser observado com primazia nesta lição, porém, como Nabucodonosor outros nomes nos relatos bíblicos devem ser lembrados, e dentre estes nomes, um ser de origem angelical e outro humano.
O de origem angelical iniciou uma rebelião no céu. Elemento indiscutível que ocorre com pessoas soberbas é a prática de desenvolver rebeliões. Já o exemplo humano demonstrado é o caso de Herodes que pela soberba foi condenado.
Nabucodonosor e Herodes apresenta semelhança no desenrolar de suas atitudes, no apresentar da soberba e se diferem no que corresponde às consequências, Nabucodonosor virou bicho e Herodes foi comido por bicho.
I – A PROVA DA SOBERANIA DIVINA (Dn 4.1-3)
1- Nabucodonosor, chamado Deus para um desígnio especial (Jr 25.9).
2- A soberba de Nabucodonosor.
3- Nabucodonosor proclama a soberania de Deus (Dn 4.1-3).
Comentário:
Nabucodonosor foi levantado por Deus e ao mesmo tempo gozou de honrarias permitidas por Deus. Ao império governado por Nabucodonosor foi outorgado crescimento econômico e ampliação da extensão territorial. Porém, o que não se pode esquecer é que Deus levantou Nabucodonosor com o seguinte objetivo: punir a Israel. E a causa de tal punição se explica pelo abandono dos israelitas para com Deus. O fator histórico que explica o afastamento dos israelitas para com Deus é o caso mais antigo no histórico da humanidade, ou seja, a idolatria. Por idolatria o povo de Israel foi condenado e o governador da nação levantada como punitiva foi chamado por Deus de servo (Jr 25.9).
Monarca levantado por Deus alcançou prosperidade pelo beneplácito divino, mas mesmo assim Nabucodonosor tornou o homem a querer a soberania como sua, isto é, o sentimento que afetou satanás no céu também afetou a Nabucodonosor na terra.
 A soberba é notável nas palavras de Nabucodonosor: “não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder e para glória da minha magnificência?”. Antes de terminar as suas palavras Nabucodonosor ouviu uma voz do céu que disse: “passou de ti o reino” (Dn 4. 30,31) e em seguida foi morar no meio dos animais e só saiu dali quando olhou para o céu e reconheceu que Deus é quem tem o domínio sempiterno e cujo reino é de geração a geração.
  II – DEUS FALA NOVAMENTE A NABUCODONOSOR POR MEIO DE SONHOS (Dn 4.4-9)
1- Deus adverte Nabucodonosor através de um sonho.
2- Daniel é convocado (Dn 4.8).
3- Daniel ouve o sonho e dá a sua interpretação (Dn 4.19-26).
Comentário:
Anterior ao episódio em que o monarca passa a conviver com os bichos, Deus mostra em sonho a Nabucodonosor a grandeza e a importância do reino que o mesmo governava. O sonho é descrito da seguinte maneira: havia uma árvore forte, alta e conhecida pelos moradores da terra; também possuía folhas formosas, cujas folhas proporcionavam sombra para os animais, e possuía frutos abundantes; e, por fim, um vigia desceu do céu e deu ordem para a destruição da árvore e ainda disse que o coração de homem se transformaria em coração de animal.
Após ficar por quase uma hora em silêncio, Daniel descreveu o significado do sonho de Nabucodonosor, a árvore representada no sonho era de fato o monarca, cujo histórico era conhecido e respeitado pelas nações da época; porém, por sua soberba se transformaria em um animal.
Mesmo ao mostrar o juízo caso não houvesse arrependimento de Nabucodonosor, é por Deus apresentado a misericórdia, pois, “o tronco com suas raízes seria deixadas na terra”, ou seja, Deus não queria por fim ao histórico e nem com a vida de Nabucodonosor. Logo, Deus outorgou oportunidade para o monarca se arrepender.
Quem de fato é o vigia?
Há diversidade de respostas para a pergunta acima, para alguns seria o próprio Deus, em teofania, para outros seria o Senhor Jesus, porém, o que prevalece é que se trate de um anjo designado por Deus para executar a vontade do Todo Poderoso.
 III – A PREGAÇÃO DE DANIEL
1- A pregação de Daniel.
2- O pecado de Nabucodonosor em relação aos pobres.
Comentário:
A pregação de Daniel demonstra para a igreja que o evangelho deve ser pregado a todas as pessoas não importando a condição financeira. Percebe que os anos na Babilônia foram marcados pela manifestação divina e pela pregação dos ensinos bíblicos. Em meio aos pequenos ou pobres estava o profeta Ezequiel, enquanto no meio dos líderes e poderosos estava o profeta Daniel. Deus nos levantou profeta na Babilônia (Jr 29.15).
O profeta era o elo entre Deus e o homem, ou seja, o ministério profético corresponde à atividade de entregar a mensagem de Deus a quem lhe é direcionada. No Antigo Testamento a palavra de Deus foi direcionada a líder político (1 Sm 15.10-23), a líder religioso (1 Sm 2.27-36) e a profeta (1 Re 13.20-22) por meio do ministério profético. Daniel foi este elo, transmitindo conselho a Nabucodonosor.
O provável é que Nabucodonosor não utilizava de misericórdia para com os pobres. O conselho de Daniel era que Nabucodonosor se arrependesse e não praticasse mais o que era contrário à vontade de Deus.

sábado, 25 de outubro de 2014

E Ele mesmo deu uns para Mestres


Texto: E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores (Ef 4.11).
Jesus é quem chama, capacita e envia. Nas últimas instruções outorgada aos discípulos, Jesus assim afirmou: Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda (Jo 15.16).
Desta forma a igreja cresceu e continua a crescer, pois a igreja é um organismo, e por isso, o crescimento é constante. E com o crescimento da Igreja a mesma passa a necessitar de novos colaboradores para o seu crescimento. Portanto, assim sendo, Jesus lavanda oficiais para que a obra cresça em graça e em conhecimento, para não ser conduzida por vento de doutrina e nem pelo o engano dos homens (Ef 4.14).
Características do chamado
1- Divina. O chamado tem como característica primordial ser de origem Divina. Portanto, Deus é quem de fato chama, capacita e envia. O propósito do envio daquele que foi chamado é para que dê fruto e estes frutos permaneçam (Jo 15.16).
2- Pessoal. Charles Spurgeon dizia que nem todos são chamados para trabalhar no ensino da palavra, nem para serem presbíteros e nem para serem bispos. Sendo que na prática cabe a cada um reconhecer o propósito de Deus em sua vida.
Nos exemplos abaixo se percebe que o chamado é pessoal.
Moisés teve como missão guiar, proteger e amar. Ou seja, Moisés liderou um povo numeroso no deserto.
Davi teve como missão firmar o reino israelita.
Elias teve como missão dentre tantas, ungir a Eliseu como sucessor.
Os doze tiveram como missão pregar o evangelho, primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel, a curar os enfermos, a limpar os leprosos, a ressuscitar os mortos e a expulsar os demônios (Mt 10. 6-8).
Os oficiais de Deus
1- Apóstolo. Como dom ministerial o apóstolo é aquele que tem um ministério abrangente, isto é, dom que abrange as habilidades de profeta, evangelista, pastor e doutor. O termo apóstolo tem como significado aquele que é envaido em nome de alguém, ou seja, o apóstolo é embaixador de Cristo.
2- Profeta. Aquele que fala em nome de alguém proporcionando um elo entre o dono da mensagem com os receptores da mensagem. O dom profético tem como significado claro a pregação da Palavra.
3- Evangelista. O terceiro dom ministerial citado em Efésio (4.11) é o de evangelista. O evangelista é o obreiro que especialmente tem como vocação a proclamação do Evangelho de Jesus.
O termo evangelista tem como significado o proclamador de boas novas. O vocábulo é encontrado três vezes no Novo Testamento (At 21.8; Ef 4.11; 2 Tm 4.5). A vida do evangelista se baseia em três palavras: um homem (At 21.8), um dom (Ef 4.11) e um trabalho (2 Tm 4.5).
Um homem, por que não pode esquecer que o evangelista é um homem chamado, capacitado e enviado por Deus.
Um dom, o dom em ação é a definição de ministério, logo o evangelista é um ser capacitado por Deus para realizar a proclamação das boas novas.
O evangelista tem como missão um trabalho glorioso que é almejado pelos anjos: o de proclamar o evangelho (1 Pe 1.12).
4- Pastor. Deus chama homens para exercerem as mais distintas tarefas em sua obra, sendo que um dos mais nobres dos ofícios ministeriais é o ministério pastoral. No ofício pastoral o ministro de Deus exerce inúmeras funções, como: o ensino da Palavra, a evangelização, o socorro aos necessitados e a liderança.
5- Doutor. O ministério de ensino requer dedicação, disciplina e esforço. Dedicação ao estudo sistemático das Escrituras Sagradas; disciplina no desenrolar a atividade ministerial; e, esforço intelectual no que corresponde à aprendizagem de todos os fatores que o rodeia, como exemplo: culturas, correntes teológicas e dentre outras as questões filosóficas.
O valor da Bíblia.
Nas cartas de Paulo ao jovem Timóteo há informações a respeito do que não se pode ensinar, ou seja, advertir a alguns que não ensinem outra doutrina (1 Tm 1.3) e também há instruções a respeito da presença da abordagem legalista e rebelde que desconsidera a autoridade da Bíblia.
1- O relacionamento com a Bíblia provoca conflito. Entre a antiga maneira de viver e ao permanecer naquilo que aprendeu e de que foi inteirado (2 Tm 3.14).
Na carta do apóstolo Paulo aos romanos há citações no que corresponde com as características do velho homem: murmuradores, aborrecedores, presunçosos, inventores de males, desobedientes a pai e a mãe, infiéis aos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis e sem misericórdia (Rm 1. 30,31).
Porém, a nova vida em Cristo é movida pelos frutos do Espírito, que são: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Gl 5. 22)
2- Valores proporcionados pela Escritura Sagrada.
A Escritura é proveitosa para ensinar, ou seja, proporcionar o conhecimento que outorga libertação; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8.32).
Há proveito na Bíblia para redarguir. Aqui tem como missão central condenar atos que desagradam a Deus.
Ao ser redarguido o indivíduo poderá ser corrigido, isto é, ser restaurado ao estado correto. Por isso, que Jesus na oração sacerdotal pediu ao pai para santificar os discípulos na verdade, pois a tua Palavra é a verdade (Jo 17.17).
Portanto, na Escola Bíblica Dominical o aluno é despertado e equipado para desenvolver com eficiência e eficácia o chamado de Deus, pois no exercício ministerial do mestre pessoas são estimuladas, equipadas e desenvolvidas para a realização da obra do Senhor. Valorize os mestres, seja aluno da EBD.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Salmo 62 – O Poder e a Misericórdia pertencem ao Senhor


Texto: 11- Uma coisa disse Deus, duas vezes a ouvi: que o poder pertence a Deus.
 12- A ti também, Senhor, pertence a misericórdia, pois retribuirás a cada um segundo a sua obra (Sl 62.11,12).
O Salmo 62 é um salmo de sabedoria e está dividido em seis partes.
Primeira, declaração de confiança em Deus (vv. 1,2,5-7); segunda, questionamento aos perversos (v.3); terceira, descrição dos caminhos dos ímpios (v.4);quarta, descrição aos justos (v.8); quinta, descrição e alerta sobre os caminhos dos ímpios (vv. 9,10); e sexta, declaração de fé em Deus (vv.11,12).
A maneira em que Davi apresenta a pessoa de Deus
1- Salvador (v.1). No presente salmo o monarca Davi ensina que a primeira visão que o indivíduo deverá ter de Deus é a de Deus como Salvador. Pois, tal visão proporciona aproximação do indivíduo para com o Criador. É natural no contexto humano, o abandono de Deus quando o indivíduo passa a ter a atitude de independência para com o Criador.
Davi era a maior autoridade humana em Israel, porém, tal título não outorgava ao mesmo a independência para com a presença de Deus, logo, o monarca ensina que olhar para Deus como Salvador é saber que a origem da salvação está na ação divina.
2- Protetor (v.2). Deus é protetor. Quando Israel estava no Egito no período das dez pragas nenhuma delas atingiram a Israel, por que Deus protegia a nação. Apenas os homens que saíram do Egito somaram a quantidade de 600 mil (Êx 12.37), e o salmista cita que destes nenhum deles saíram com enfermidade do Egito (Sl 105.37), logo, isto indica que Deus é quem protege as pessoas das enfermidades.
Para Davi sendo Deus sua defesa o mesmo não seria abalado, ou seja, a confiança de Davi em Deus se compara a está em um refúgio alto e ninguém e nada o poderia o afligir.
3- Refúgio (v.7). É um lugar onde há segurança de um iminente perigo. Por isso, no salmo 91 no segundo parágrafo há um consolo aos cristãos, por que Deus garante segurança quando vierem perigos escondidos (v.3) e doenças mortais (v.3), mesmo que haja morte à volta Deus estará cuidando dos seus (v.7).
Davi afirma que a sua glória e a sua fortaleza era ter Deus como seu refúgio. O que torna o indivíduo forte é a certeza do mesmo em ter Deus como seu Refúgio, ou seja, lugar seguro. O apóstolo Pedro bem entendia esta palavra, pois ele citou a seguinte frase: para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna (Jo 6.68).
4- Poderoso (v.11). O termo poderoso utilizado por Davi indica que Deus é o detentor de todo poder. É fundamental entender que o termo Deus, indica e ensina aos cristãos que Ele é poderoso, isto é, Onipotente. É tanto que Davi utilizou por duas vezes a palavra Deus, ou seja, fazer menção do nome Deus é reconhecer que Ele é poderoso.
5- Misericordioso (v.12). Já no verso doze Deus é chamado pelo nome Senhor e ao mesmo tempo Davi fala sobre a misericórdia do Senhor, ou seja, quando o termo para Deus utilizado é Senhor, o escritor quer descrever sobre o amor de Deus, isto é, o amor presente na aliança e também se refere ao amor fiel de Deus.
O Poder pertence a Deus
1- O Poder sobre tudo. Todas as coisas foram criadas por Deus, tal frase afirma que Deus controla todas as coisas, e as controla em plena ordem.
A criação foi monitorada pela ordem.
A ordem é tão enfática ao poderio de Deus que se torna notável na própria rotação da Terra, o que possibilita o dia com 24 horas.
A ordem natural da vida, o nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer.
Em suma, a ordem indica que Deus é quem está no controle de todas as coisas, porque todas as coisas foram criadas por Ele.
2- Poder sobre todos. Davi era rei, porém o título não outorgava ao rei Davi poderes para se apresentar como deus. O monarca era e continua sendo um modelo de discípulo, pois o mesmo cita: Uma coisa disse Deus, duas vezes a ouvi, isto é, Davi deu crédito à mensagem de Deus.
Deus tem poder sobre os reis da Terra. E perante Ele se dobrará todos os joelhos (Rm 14.11), logo, Deus tem poder sobre todos.
A Misericórdia pertence ao Senhor
Misericórdia do substantivo – hesed (transliteração do hebraico) - corresponde à benignidade, amor firme, graça, misericórdia, fidelidade, bondade e devoção.
Já o substantivo – eleos – presume necessidade por parte de quem a recebe, e recursos adequados para satisfazer a necessidade daquele que a mostra.
Deus age com misericórdia para com a vida daqueles que o busca. As misericórdias do Senhor proporciona ao cristão a possibilidade de sonhar e lutar para que o melhor de Deus se concretize.
Em suma, quando há a manifestação de fé por parte do cristão, reconhecendo que Deus é detentor de todo poder e também é misericordioso não haverá nada que limitará este crente a continuar firme na caminhada cristã.
Outro fator marcante é a esperança presente nas palavras e na atitude do cristão.

domingo, 19 de outubro de 2014

EBD: A Providência Divina na Fidelidade Humana



A presente lição tem como objetivo proporcionar ao cristão a certeza que Deus é fiel no cumprimento das suas promessas.
A palavra chave é categórica, pois afirma que a providência é uma ação divina pela qual os acontecimentos e as criaturas são conduzidos por Deus para o fim que lhes foi destinado.
Quatro personagens são importantes na narrativa desta lição: Daniel, Misael, Ananias, Azarias e Nabucodonosor.
Nome
Significado
Nome na Babilônia
Significado
Daniel
Deus é meu Juiz
Beltsazar
Dedicado ao deus Bel
Misael
Que é como o Senhor
Mesaque
Homenagem ao deus Aku
Ananias
Misericordiosos é Jeová
Sadraque
Homenagem ao deus Marduc
Azarias
Aquele que Jeová ajudou
Abede-Nego
Homenagem ao deus Nego

I – A TENTATIVA DE SE INSTITUIR UMA RELIGIÃO MUNDIAL
1- A grande estátua.
2- A diferença entre as estátuas.
3- A inauguração da estátua de ouro.
Comentário:
O pecado de Idolatria. No período antediluviano o pecado se manifestou pela maldade, ou seja, por atos perversos e cruéis. Também por atos de corrupção e violência. Já no período pós-dilúvio além destes pecados a narrativa histórica expõe que a construção da torre de babel se formalizaria em culto idólatra. Portanto, aqui suje a idolatria no contexto histórico da humanidade. Imagine quantas consequências à humanidade já sofreu por causa do pecado de idolatria adorando aquele que não nada pode fazer (Sl 115. 4-8).
Também Nabucodonosor definiu como prioridade em seu governo a fabricação de uma estátua, sendo esta, referente à sua pessoa e que todos os súditos adorassem.
Há três terríveis inimigos do ser humano e faz com que o indivíduo se afaste de Deus, eles são: o dinheiro, pessoa de sexo diferente e o orgulho. O poder estava centralizado nas mãos de Nabucodonosor e assim sendo o mesmo quis torna-se imortal na memória daquela geração.
A estátua
Tamanho da estátua
27 metros de altura e 6 de largura
Produto utilizado na fabricação da estátua
Ouro
Real sentido da fabricação da estátua
Enfatizar Nabucodonosor como rei
Objetivo específico da fabricação da estátua
Fazer com que os povos vencidos pelo exército babilônico se curvasse perante a religião babilônica.

II – O DESFIO À IDOLATRIA
1- A ordem do rei a todos os seus súditos.
2- A intenção do rei e o espírito do Anticristo.
3- Coragem para não fazer concessões à idolatria.
Comentário:
A ordem proveniente do rei era que o povo adorasse e prostrassem perante a imagem. A religião na babilônia era desenvolvida por meio de crenças politeísta. A astrologia como religião teve como origem na região da mesopotâmia.
Nabucodonosor tinha como objetivos: primeiro, a exibição, isto é, Nabucodonosor queria se apresenta perante as nações mundiais, e por segundo, Nabucodonosor queria ser adorado por todos os seus súditos.
Porém, em meio a todos os povos três judeus foram destaques e não se corromperam e nem se prostraram diante da estátua.
III – A FIDELIDADE A DEUS ANTE A FORNALHA ARDENTE
1- Os jovens hebreus foram acusados e denunciados.
2- A resposta corajosa dos jovens hebreus.
3- Reação à intimidação.
Comentário:
Três acusações sofreram os jovens amigos de Daniel.
Primeiramente foram acusados por menosprezarem o rei Nabucodonosor. Para os servos do rei os três jovens não respeitaram a autoridade do monarca.
Por segundo, foram acusados por não adorarem os deuses da babilônia. Os amigos de Daniel mantiveram seus princípios aprendidos na terra de Israel, adorarás apenas o Senhor vosso Deus.
E por terceiro, foram acusados por não prostrarem e nem adorarem a estátua.
Para Charles apund Elienai Cabral (2014), a vitória da fé tinha cinco objetivos:
Foram soltos de suas amarras (v.25).
Foram protegidos do mal (v.26).
Foram confortados na provação (vv.24,25,28).
Seu Deus foi glorificado (v.29).
Como servos de Deus foram recompensados (v.30).
Nabucodonosor indagou os amigos de Daniel da seguinte maneira: Quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?
A resposta foi da seguinte maneira: eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E acrescentaram que não se prostrariam diante da estátua de ouro. Tal resposta produziu no monarca mais ira, e por isso, o fogo foi aquecido sete vezes mais, e lá foram três homens com média de quarenta anos lançados no fogo e com eles apareceu o Senhor dos Senhores para provar ao monarca da babilônia que Deus é quem prover e mantem o universo.
Referência:
CABRAL, Elienai. Integridade Moral e Espiritual, O legado do livro de Daniel para a Igreja hoje. Rio de Janeiro: CPAD.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Salmo 30 – Gratidão pelo Livramento

Texto: 2- Dai ao Senhor, ó filhos dos poderosos, daí ao Senhor glória e força.

 3- Senhor, da cova fizeste subir a minha alma; preservaste-me a vida para que não descesse à sepultura (Sl 30.2,3)
O Salmo 30 notifica cinco ações, que são: determinação de louvor (v.1), gratidão pelo livramento (v.2,3) chamado para participação da adoração (v.4,5) relato da doença mortal (v. 6-10) e o reconhecimento da ação realizada pelo Senhor (v. 11,12).
 A operação da morte
A morte será o último inimigo a ser destruído (1 Co 15.26). A palavra morte tem como significado separação, porém no sentido sociológico a morte pode ser definida como perca.
A morte trata-se da separação do espírito para com o corpo, o espírito volta para Deus e o corpo volta ao pó (Ec 12.7). Já quando a morte é definida pela palavra perca, isto é, corresponde com a separação de quem morreu para com as pessoas que com este conviviam.
1- Tipo de morte. Na narrativa bíblica há quatro tipos de morte a serem observadas. O primeiro tipo de morte é a morte física, isto é, a separação entre o corpo e espírito. O segundo tipo é a morte espiritual, isto é, a morte que culmina na separação do indivíduo para com Deus. Já o terceiro tipo de morte é a morte moral, tipo este em que o indivíduo se afasta da sociedade e de grupos que o mesmo participava por ações que não foram louváveis diante das pessoas. E por fim, o quarto tipo morte é a chamada de segunda morte, isto é, a separação eterna para com Deus, e está associada com a condenação.
2- A morte é uma herança do pecado original. O primeiro homem tinha uma aliança com Deus e neste pacto existia uma promessa, uma condição e uma pena. A promessa era a vida eterna, enquanto a condição era a obediência e a pena era morte. Com a desobediência de Adão a pena tornou-se real.
3- Jesus pôs fim à invencibilidade da morte. Antes de Cristo a morte até então não tinha sido derrotada. Há relatos no contexto histórico bíblico que pessoas foram ressuscitadas, porém estas pessoas voltaram a morrer. No estudo sobre a ressurreição percebe-se que a ressurreição destes é considerada a ressurreição de mortos, ou seja, retornaram a vida, porém voltaram a morrer.
A morte venceu grandes homens, como por exemplo: Abraão, Jacó (por este os israelitas choram setenta dias, Gn 50.3), Moisés (por este os israelitas choram trinta dias, Dt 34.8), Samuel (por este todos os filhos de Israel se ajuntaram e prantearam, 1 Sm 25,1) e dentre tantos outros personagens o rei Davi (que morreu na sua velhice, cheio de dias, riquezas e glórias, 1 Cr 29.27).
Porém, a morte não conseguiu vencer a Jesus Cristo, a primícias dos que dormem.
A doutrina da ressurreição de Jesus é provada por quatro acontecimentos:
Primeiro, o sepulcro vazio (Lc 24.3).
Segundo, Jesus apareceu aos seus discípulos.
Terceiro, os discípulos foram transformados.
Quarto, a existência da igreja.
A ressurreição de Jesus faz parte do que na Bíblia é chamado da ressurreição dentre os mortos.
Autoridade divina sobre as enfermidades
1- Origem das doenças. Assim como a morte as doenças tiveram como origem o pecado. Logo, com o surgimento do pecado todas as pessoas passaram a serem vítimas e propensas a passarem por enfermidades.
A doença não escolhe o pobre proporcionando liberdade ao rico, da mesma forma a doença não privilegia alguns e outorga liberdade a outros.
A doença poderá culminar na morte, assim aconteceu com o rei Asa (2 Cr 16.12) e também com o rei Uzias (2 Cr 26.21). Porém, em casos diversos a doença não conduz a pessoa à morte e isto aconteceu com o rei Davi (Sl 30.2).
2- Oração e a cura. Davi clamor e foi por Deus curado. Assim também cabe aquele que está enfermo clamar a Deus pedindo a cura. Jesus em seu ministério terreno curou pessoas de várias moléstias, como exemplo: da cegueira, da lepra, do fluxo de sangue e dentre outras doenças a da paralisia.
Como promessa o mestre Jesus transmite aos discípulos a seguinte palavra: se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito (Jo 15.7).
Não é a doença que define o fim na vida do indivíduo, mas a última palavra é a de Deus. Para isto Deus tem seus embaixadores na terra para serem ministros das bênçãos divina na vida daqueles que necessitam de um milagre.
3- O que é oração e o que a oração proporciona. Oração é adoração, porém, existem momentos em que a luta proporciona enfraquecimento do cristão para o louvor, mas ao mesmo tempo fortalece para a dedicação à oração. Logo, Tiago enfatiza que se alguém está triste ore, mas se estar alegre cante.
O termo oração indica diálogo, isto é, conversa entre o cristão e Deus. A oração proporciona: encorajamento, confiança e renovo.
3.1- Encorajamento. Há pessoas limitadas em ações por não ter uma vida de plena consagração a Deus em oração. A oração em si proporciona encorajamento, pois o ser humano percebe que há hostes espirituais nos lugares celestiais que fazem de tudo o que é possível para desencorajar os servos do Senhor (Dn 10.12-14).
Portanto, o cristão é encorajado a tomar decisões após a oração (At 10.23). É notório que os resultados são provenientes de escolhas e não há melhor maneira para tomar decisões do que após consultar a vontade do Senhor. As decisões poderão ser bênção ou maldição para as futuras gerações.
3.2- Confiança. Ao ter uma vida de constante oração o cristão revela que possui intimidade com Deus e também confia na ação miraculosa do Senhor. Nota-se a confiança a Deus presente nas palavras de Davi: pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus no seu lugar santo. Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca (Sl 68.5,6), Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam (Sl 23.4). Portanto, quem ora confia em Deus.
3.3- Renovo. A oração proporciona renovo físico e espiritual. O rei Ezequias estava enfermo com uma doença mortal e a palavra do Senhor através do profeta Isaías para o monarca foi: põe a tua casa em ordem, porque morrerás e não viverás (Is 38.1). Porém após a oração feita por Ezequias a palavra do Senhor veio como renovo físico: ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos (Is 38.5).
São inúmeras pessoas que ao curvarem os joelhos estão desanimadas e desacreditadas. Não possuem forças para orar, entretanto nesta hora ocorre um dos fatos marcantes do ministério do Espírito Santo que é a intercessão pelo cristão (Rm 8.26).
Portanto, o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.