Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

AÇÕES DE JESUS EM MEIO AS TEMPESTADES DA VIDA


AÇÕES DE JESUS EM MEIO AS TEMPESTADES DA VIDA

35- E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado.
36- E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.
37- E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.
38- E ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos?
39- E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
40- E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?
41- E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem? (Marcos 4.35-41)
O evangelista Marcos cita duas tempestades. A primeira (4.35-41) ocorreu no final do dia, enquanto a segunda (6.45-56) ocorreu pela noite.
No episódio da primeira tempestade o Senhor Jesus estava no barco, porém em meio à aflição dos discípulos o Mestre estava dormindo. Já na ocorrência da segunda tempestade o Mestre não se encontrava no barco.
Portanto, na primeira tempestade Jesus provou a fé dos discípulos ao dormir e na segunda, na sua ausência.
PRIMEIRA TEMPESTADE.
1- Dois graves problemas. Em sete versículos o evangelista Marcos narra o episódio em que Jesus apazigua a tempestade. Porém, ao examinar o texto com cautela dois problemas serão notórios: a tempestade e a água na embarcação.
Tempestade corresponde com desajuste ou com anormalidades. Há possibilidade de que as ondas tenham chegado a seis metros o que provocou insegurança e impossibilidade de reação por parte dos discípulos. A insegurança era tamanha que Pedro, João, André e Tiago pescadores estavam aflitos com a situação, pois eles sendo profissionais poderiam manter a calma e tranquilizar os demais companheiros.
As ondas ocasionaram o segundo problema que foi a presença da água na embarcação. Quando o problema é externo haverá possibilidade de conquista, mas quando o problema torna-se interno poderá haver ausência de atitude. Myer Pearlman assim aplica o texto “a vitória não depende de circunstâncias externas, mas de nossa atitude íntima”.
Na narrativa a circunstância externa era a tempestade e a interna a presença da água.
2- O sono de Jesus. Ao relatar que Jesus dormia o evangelista Marcos deixa claro a humanidade de Jesus e também a confiança que o Mestre tinha no Pai.
A humanidade do Messias é notória, pois como todo ser humano Ele nasceu, cresceu, teve sede, dormiu, chorou e se relacionou (Mt 1.25; Lc 2.52; Jo 19.28;             Mc 4.38; Jo 11.35).
Em seu ministério Jesus demonstrou dependência e obediência ao Pai. Sendo Jesus ungido pelo Espírito Santo foi obediente ao Pai em toda obra.
3- A autoridade de Jesus. O presente texto demonstra a autoridade Jesus sobre a natureza. Logo sendo o Senhor Jesus Deus, Ele tem controle sobre o vento e sobre o mar.
Nos dias hodiernos cabe à igreja clamar com fé, pois a promessa é que as orações serão respondidas se forem feitas no nome de Jesus (Jo 14.14).
SEGUNDA TEMPESTADE.
1- As crises. Com base nos demais escritos sobre a segunda ocorrência que não foi tão impetuosa como a anterior verifica-se a presença da crise. Portanto, conforme os fatos percebe-se que a crise se alastrou, por isso, há uma subdivisão sobre a crise relacionada a este episódio.
a) Crise Física. Uma multidão seguiu a Jesus por causa dos milagres que por Ele foram operados (Jo 6.2). A enfermidade corresponde com a crise física, pois é manifestada pela incapacidade do ser humano obter a cura por si mesmo e também pelo fato de passar por uma doença.
b) Crise Política. A multidão queria arrebatar e fazer de Jesus rei (Jo 6.15). Nesta informação percebe-se que a crise política era existencial no meio dos israelitas. Não havia uma liderança eficiente e eficaz, por isso, conforme os seus interesses os israelitas queriam Jesus como rei.
c) Crise Econômica. Com cinco pães e dois peixinhos Jesus alimentou uma multidão de quase cinco mil homens (Jo 6.9,10). A falta de alimentação permite inserir como análise a crise econômica que corresponde com a ausência de recursos para o suprimento das necessidades.
d) Crise Espiritual. A mensagem de Jesus para os homens não foi agradável fazendo com que muitos dos seus discípulos tornassem para trás, porém, o apóstolo Pedro deixa a solução para a crise espiritual “para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”. (Jo 6.68).
e) Crise Ministerial. Jesus ao retornar para os discípulos andando sobre as águas despertou o medo por parte dos apóstolos, porém ao se revelar, Pedro pediu autorização para ir ao encontro do Mestre. Ao aproximar de Jesus o apóstolo sentido o vento temeu e começou a ir para o fundo (Mt 14.29,30). Neste momento percebe-se a existência da crise ministerial.
2- A ausência do Senhor Jesus. Paulo assim esceveu: “se Deus é por nós, quem será contra nós?” A presença de Jesus percebida garrante vitória.
Era a quarta vigília, ventos fortes e Cristo ausente. É assim com a vida de muitos. Os dissabores da vida e a ausência do Senhor. Porém, o cristão não poderá deixar de sentir a presença de Jesus, pois assim Ele promete: “estarei convosco todos os dias” (Mt 28.20).
NÃO TEMAS.
1- Não tema a tempestade. O cristão em toda situação deverá confiar no Senhor Jesus. Pois, “O Senhor é meu Pastor, nada me faltará” (Sl 23.1) e “operando eu, quem impedirá?” (Is 43.13).
2- Não tema a crise. Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas (Sl 34.19). As crises são as aflições, mas o Senhor é o mesmo que outorga a vitória.
Tempestades são fenômenos naturais, porém no mundo espiritual as tempestades são fenômenos espirituais que se transformam em questões sociais. Assim como Jesus acalmou o vento e o mar. Ele estar presente para abençoar a todos aqueles que confiarem nEle.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Subsídio da lição de EBD: Um Lugar de Adoração a DEUS no Deserto.


Subsídio da lição de EBD: Um Lugar de Adoração a DEUS no Deserto.

O tabernáculo era o santuário portátil, onde a arca da aliança e demais utensílios sagrados ficavam guardados e também eram transportados. Em palavras claras tabernáculo significa tenda ou pavilhão.
Ao olhar para o tabernáculo os israelitas sentiam a presença de Deus. Este era o objetivo, Deus ser sentido pelo seu povo. Em pleno deserto lugar de desespero e de dor Deus estaria presente conduzindo os seus filhos a prosseguirem. E habitarei no meio deles (Êx 25.8) esta promessa relaciona com a confecção do tabernáculo, porém, na Nova Aliança Jesus assim expressou a respeito desta verdade: “E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade. O mundo não pode recebê-lo, porque não o vê nem o conhece. Mas vocês o conhecem, pois ele vive com vocês e estará em vocês. Não os deixarei órfãos; voltarei para vocês” (João 14.16-18).
I – AS INSTRUÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO.
1- O propósito divino.
2- As oferta.
3- Tudo segundo a ordenança divina (Ê 25. 8,9,40).
Comentário:
Ao tirar o povo de Israel do Egito Deus tinha como próposito: livrar os israelitas do espirito da escravidão, fazer com que a nação israelita fosse dependente dEle e fazer do povo uma nação forte. Porém, para tornar os israelitas dependentes, Deus ordena a construção do tabernáculo. O tabernáculo em atividade seria o meio ideal para a comhunhão entre os filhos da elição e o Criador.
O tabernáculo deveria ser construido com ofertas voluntárias. O voluntarialismo dos israelitas foi marcante ao ponto de ofertarem mais do que era suficiente (Êx 39.5). Os judeus não reclamaram nem lamentaram pela oferta pedida ao contrário foram voluntários e ofertaram com liberalidade. Adoração ao Senhor é feita com as ações. E uma das ações realizada pelo cristão que engrandece a Deus é a adoração realizada pela contribuição.
A construção do tabernáculo deveria seguir a ordenança divina. Duas são as partes do tabernáculo: o pátio e o lugar da habitação de Deus.
II – O PÁTIO DO TABERNÁCULO.
1- O pátio.
2- O altar dos holocaustos.
3- A pia de bronze.
Comentário:
O pátio media 22 metros de largura por 45 metros de comprimento e tinha uma única entrada. A única entrada ao pátio passou a ser chamada de caminho. E no pátio havia o altar dos holocaustos e a pia para purificação.
O altar possuia quatro pontas projetadas como de chifre de animal que significava poder e proteção através do sacrifício.
Já a pia era utilizada para purificação onde ocorria a lavagem cerimonial. Para adentarem ao lugar da habitação de Deus os sacerdotes deveriam se lavar na pia.
Sendo Jesus o Caminho, logo Ele próprio é o sacrifício que exerce poder e proteção para todos aqueles que chegaram e chegarão à sua presença (Jo 1.12). Quando a lança perfurou o Senhor Jesus saiu água, isto indica que Ele é a Água da Vida.
III – O LUGAR DA HABITAÇÃO DE DEUS.
1- O castiçal de ouro.
2- Os pães da proposição e o altar do incenso (Êx 25.30).
3- O Santo dos santos e a arca da aliança (Êx 25.10-22).
Comentário:
A segunda parte do tabernáculo se divide em Lugar Santo e o Santo dos Santos.
O Lugar Santo era de livre acesso aos sacerdotes. Lugar onde ocorria a intercessão. Já o Santo dos Santos era frequentado uma única vez no ano e somente pelo sumo sacerdote.

Utensílios
Tipologia
Castiçal
Representava Jesus como a luz do mundo. No evangelho de João (1.1-18) encontra-se a introdução do livro. E na introdução duas coisas são marcantes: a identidade do Verbo e as obras do Verbo. Conforme os versículos 3, 9, 13, e 18 as obras do verbo são criar, iluminar, regenerar e revelar. Portanto, Jesus é a luz que ilumina o mundo.
Mesa dos Pães
Representava Jesus como o Pão da vida.
O Altar do Incenso
Representava Jesus como o mediador da Nova Aliança.
Arca da Aliança
Representava Jesus sendo Ele o próprio Deus. Na arca estavam as pedras da lei, o maná (a presença do maná indicava a providência de Deus para com os israelitas) e também a vara de Arão.

Por fim, se a porta de acesso ao pátio era chamada de Caminho, a porta de acesso ao Lugar Santo era chamada de Verdade e a porta de acesso ao Santo dos Santos era chamada de Vida. Por isso, Jesus disse: Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo14.6).

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

AÇÕES DE JESUS AO CHAMAR E AO ENVIAR OS APÓSTOLOS


AÇÕES DE JESUS AO CHAMAR E AO ENVIAR OS APÓSTOLOS

13- E subiu ao monte, e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele.
14- E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar,
15- para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os demônios:
16- A Simão, a quem pôs o nome de Pedro,
17- E a Tiago, filho de Zebedeu, e a João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa: Filhos do trovão;
18- E a André, e a Filipe, e a Bartolomeu, e a Mateus, e a Tomé, e a Tiago, filho de Alfeu, e a Tadeu, e a Simão, o Cananita,
19- E a Judas Iscariotes, o que o entregou. (Marcos 3.13-19).
A Antiga Aliaça firmada com Israel possuia doze representantes. No Novo Testamento Jesus ao iniciar seu ministério vocacionou doze homens. A vocação destes foi para que a propagação da mensagem do Reino de Deus fosse realizada.
Ao chamar e ao enviar os apóstolos três ações de Jesus são notáveis. Antes de chamar os apóstolos ao santo ministério Jesus subiu ao monte, com certeza o propósito do mestre era interceder. Para que a obra fosse eficente e eficaz Jesus preprarou os díscipulos com ensinos proveninetes do céu e, por fim, o propósito era enviar os apóstolos.
CHAMANDO OS DOZE.
Deus chama, Deus capacita e Deus envia. Sobre o chamado no contexto Sagrado três são os tipos de chamado: o primeiro chamado é para a salvação, o segundo chamado é para servir e o terceiro chamado é para ser glorificado. A capacitação é o período em que o servo agrega habilidades e competências para a execução do ministério no qual foi chamado.
1- Chamado antecedido pela oração. Oração é a primeira ação de Jesus no que corresponde ao chamar e enviar discípulos. Segundo Myer Pearlman o importante para o mestre ao chegar a uma localidade era ter conhecimento se havia um monte especifico para Ele realizar suas orações. A oração é o meio disponível ao cristão que proporciona a presença de Deus.
A oração deverá ser realizada em todos os momentos, em todas as circunstâncias e em todos os lugares.
Com Moody a igreja aprende que a oração deverá ser feita em todos os momentos do dia, pois o missionário dizia que não passava mais de dez minutos em oração, porém não ficava mais de dez minutos sem falar com Deus.
Já com o profeta Jonas a igreja aprende que a oração poderá ser feita até mesmo de dentro das entranhas do peixe (Jn 2.1).  
E Paulo aconselha a igreja que ore sem cessar (1 Tes 5.17), isto é, onde estiver o cristão ali se transformará em um lugar de intercessão. Em suma, Jesus orou antes de separar para si os discípulos.
2- Os discípulos antes ao chamado. A lista dos doze se inicia com Pedro e termina com Judas Iscariotes. Os discípulos antes de serem chamados eram líderes em suas atividades, pois assim eles demonstraram. Pedro tornou se o líder espiritual dos apóstolos, já Judas no líder financeiro.
Pedro, André, João e Tiago eram pescadores. Portanto, Jesus vocaciona os compromissados para que a obra seja realizada. Mateus era cobrador de impostos. Tomé tornou-se no símbolo da dúvida.
Ao fazer uma análise minuciosa da vida dos apóstolos na narrativa dos Evangelhos chegará à conclusão que os discípulos eram pessoas falhas tanto antes como após o chamado.
APRENDENDO COM JESUS.
Se antes de chamar os apóstolos Jesus orou, após o mestre ensinou a eles a conhecerem quem de fato eles eram e a quem eles serviam.
1- Quem somos. Em Mateus 5.13, diz; Vós sois o sal da terra... O sal só é fazendo. O cristão só é se fizer a preservação.
Em Mateus 5.14, diz; Vós sois a luz do mundo... Aqui estar mais uma missão do cristão iluminar.
Em João 15.5 diz; Eu sou a videira, vós, as varas... Segundo o texto lido se as varas estiverem ligas ou unidas na videira, produzirão frutos. O cristão tem como missão produzir frutos.
Em 2 Coríntios 3.2, diz; vós sóis a nossa carta ...A carta instrui, logo o cristão tem como missão instruir aqueles que estão ligados diretamente ou indiretamente a sua pessoa.
Em 2 Coríntios 5.20, diz; de sorte que somos Embaixadores... O cristão é representante direto de Cristo Jesus.
Em 1 Pedro 4.10, diz; cada um administre aos outros...O mordomo tem como função básica distribuir. O cristão como mordomo de Cristo tem a missão de distribuir aos outros o dom como recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.
2- A quem servirmos. Os apóstolos tornaram discípulos de Jesus. Servir a Deus é uma questão de honra, pois é ter a oportunidade de ouvir palavras de vida eterna (Jo 6.68), era aprender daquEle que possuía autoridade sobre os espíritos imundos e que transformava água em vinho (Mc 2.26; Jo 2.1-12).
A MISSÃO DOS APÓSTOLOS.
No primeiro momento Jesus orou. No segundo Jesus preparou os apóstolos através do ensino. E por último Jesus enviou os apóstolos com os seguintes objetivos.
1- Produzirem frutos. Os frutos são todos os resultados provenientes da ação da igreja. O exercício da ministração da palavra deveria ser desenvolvido pelos apóstolos (Mc 16.15), assim também como o ungir os enfermos e o expulsar os demônios (Mc 6.13).
Conforme o livro de Atos dos apóstolos a cada dia Deus aumentava o número daqueles que deveriam se salvar (At 2.47).
2- Amar uns aos outros. Em seu ministério particular Jesus assim ensinou “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos amei” (Jo 13.34). Amar não se resume em palavras, mas torna-se visível com ações e atitudes.
3- Orar sem cessar. A igreja não poderá exercer sua missão se não tiver comunhão plena com Deus. Os apóstolos não seriam eficientes e eficazes se não mantivessem uma vida de oração.
O primeiro milagre após a ascensão de Jesus registrado em Atos 3. 1-9, deixa claro que Pedro e João iam ao templo para orarem. Logo, a vida de oração demonstraria que os apóstolos dependiam de Deus.
Assim como Jesus orou a igreja nestes últimos dias deverá exercer com ênfase a oração, pois a prática da oração permite aos servos do Senhor tomar decisões certas e a encontrar força em Deus para prosseguir.
Da mesma forma o discipulado aos novos convertidos como o ensino da doutrina bíblica não poderá faltar no altar da igreja, pois só haverá novos líderes se houver ensino autêntico. Havendo ensino haverá pessoas enviadas.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Subsídio da lição de EBD: Moisés - Sua Liderança e Seus Auxiliares


Subsídio da lição de EBD: Moisés - Sua Liderança e Seus Auxiliares
A verdade prática apresenta três pontos fundamentais para a compreensão da presente lição, são elas: Deus chama, Deus capacita e Deus envia. Sobre o chamado no contexto Sagrado três são os tipos de chamado: o primeiro chamado é para a salvação, o segundo chamado é para servir e o terceiro chamado é para ser glorificado. A capacitação é o período em que o servo agrega habilidades e competências para a execução do ministério no qual foi chamado.
Em sua liderança Moisés apresenta uma falha enorme a de querer guiar o povo sozinho sem auxiliares, porém ao contrário apresenta uma enorme capacidade de liderança ao aceitar o conselho do seu sogro Jetro. A conclusão que se tira deste anunciado é que o líder não poderá acumular atividades excessivas e que a liderança eficiente e eficaz é aquela presidida por pessoas que sabem ouvir os verdadeiros conselheiros.
O líder tem como missão planejar, organizar e guiar. Na Bíblia há inúmeras citações exemplificadas por seres humanos que serviram a Deus com sinceridade. E de maneira eficiente e eficaz agradaram ao Senhor.
Para uma liderança ser eficiente é necessário que haja harmonia na comunicação, fidelidade ao compromisso assumido e existência de uma visão, pois sem visão não há liderança.
I – O TRABALHO DO SENHOR E OS SEUS OBREIROS.
1- Despenseiro e não dono (Êx 18.13-27).
2- Falta de percepção do líder (Êx 18.14,17).
3- O líder necessita de ajudantes (Êx 18.18).
Comentário:
Liderar um grupo requer habilidades e conhecimento. As habilidades são fundamentais para um bom entrosamento entre líderes e liderados. Já o conhecimento é fundamental para saber conduzir o grupo. Porém, ninguém lidera com apenas o conhecimento, pois a este seguem a perspectiva e a atitude.
O obreiro que reconhece o chamado de Deus possui como qualidades eminentes; fidelidade, submissão, temperança (Tt 1.8), é sincero, reto, temente a Deus e desvia se do mal (Jô 1.1).

Responsabilidade do Obreiro.
Existem na Bíblia figuras que representam a missão do obreiro.
Em Isaías 43.10, diz; Vós sois as minhas testemunhas... Toda testemunha tem como responsabilidade testificar de algo ou de alguém. Logo o obreiro tem como missão testificar do Reino de Cristo.
Em Mateus 5.13, diz; Vós sois o sal da terra... O sal só é fazendo. O obreiro só é obreiro se fazer a preservação.
Em Mateus 5.14, diz; Vós sois a luz do mundo... Aqui estar mais uma missão do obreiro iluminar.
Em João 15.5, diz; Eu sou a videira, vós, as varas... Segundo o texto lido se as varas estiverem ligas ou unidas na videira, produzirão frutos. O obreiro tem como missão produzir frutos.
Em 2 Coríntios 3.2, diz; vós sóis a nossa carta... A carta instrui, logo o obreiro tem como missão instruir aqueles que estão ligados diretamente ou indiretamente a sua pessoa.
Em 2 Coríntios 5.20, diz; de sorte que somos Embaixadores... O obreiro é representante direto de Cristo Jesus.
Em 1 Pedro 4.10, diz; cada um administre aos outros...O mordomo tem como função básica distribuir. O obreiro como mordomo de Cristo tem a missão de distribuir aos outros o dom como recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.
Por acumular atividades e por não ter um momento específico para refletir sobre suas ações o líder perde a capacidade de aprender pelos sentidos. A falta de percepção é a ausência de habilidades que outorgue conhecimento ao líder, sendo que este conhecimento é proveniente dos sentidos (tato, paladar, olfato, audição e a visão).
O sucesso da liderança se encontra no grupo de apoio. Não há um líder bem-sucedido sem um grupo de auxiliares (Davi tinha Joabe e Jesus possuía doze apóstolos).
II – OS AUXILIARES DE MOISÉS NO MINISTÉRIO.
1- Deus levanta auxiliares (Êx 18.21).
2- Os auxiliares de Moisés (Êx 18.25).
Comentário:
Moisés de fato era o líder de Israel, porém, conforme o conselho de Jetro ele deveria separar homens capazes, homens tementes a Deus, homens de verdade, homens que aborreces a avareza para auxiliá-lo na liderança da nação escolhida, e uns estaria na frente de mil, outros de cem, outros de cinquenta e outros de dez (Êx 18.21).
Lição maravilhosa tirada de Êxodo 18.21 é a limitação do líder em número de pessoas que estarão na sua responsabilidade. Há líderes que tranquilamente conduzirá mil pessoas, porém a outros que com tranquilidade conduzirá no máximo dez. Sendo mil ou dez, todo líder necessitará de auxiliares.  Nos dias atuais o pastor como líder do rebanho terá como auxiliares:
O diácono. A palavra no grego tem como significado servo. A missão do diácono conforme o texto de Atos 6. 1-6 é servir às mesas e cuidar das viúvas. Há exemplo de excelentes diáconos na Bíblia, Estevão e Filipe.
O presbítero. A palavra no grego quer dizer o mais idoso. O presbítero é indicado no Novo Testamento como pastor, como educador cristão e ainda como administrador dos bens materiais da congregação.
O evangelista. No grego indica o mensageiro de boas novas. É o missionário da igreja local que leva o evangelho a lugares que necessitam ouvir a mensagem da salvação. Também é considerado o melhor amigo do pastor.
III – QUALIDADES DE MOISÉS COMO LÍDER.
1- Mansidão e humildade (Nm 12.3).
2- Piedoso e obediente.
3- File (Nm 12.7; Hb 3.2,5).
Comentário:
Mansidão é a capacidade de enfrentar problema sem que se perca a calma. O problema é existente, porém a tranquilidade do líder é apaziguadora.
Humildade é a demonstração da personalidade e do caráter da pessoa de forma que a submissão é notória e autêntica.
Piedade indica amor e respeito. Moisés amava e respeitava o povo que estava sobre os seus cuidados.
Obediência é fazer com que o confiado seja concretizado. O pecado entrou na humanidade porque Adão representante da Aliança das obras desobedeceu a Deus.
Fiel é aquele que não retrocede a uma ordem. Vive conforme o que ensina e ensina o que vive.
Mais uma palavra
Três são as características básicas na vida de um obreiro eficaz. São elas; boa reputação, cheio do Espírito Santo e cheio de sabedoria.
Boa reputação relaciona se ao posicionamento ético e moral do obreiro. Ou seja, que este tenha boa fama na sociedade.
Cheio do Espírito Santo se relaciona com o recebimento do batismo e também indica que o ministério será profético sob a inspiração do Espírito Santo.
Em suma o obreiro deve ser sábio. A sabedoria indica a capacidade de julgar corretamente e agir prudentemente.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

AÇÕES DE JESUS AO CURAR


AÇÕES DE JESUS AO CURAR

1- E alguns dias depois entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa.
2- E logo se ajuntaram tantos, que nem ainda nos lugares junto à porta cabiam; e anunciava-lhes a palavra.
3- E vieram ter com ele conduzindo um paralítico, trazido por quatro.
4- E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava, e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico.
5- E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados.
6- E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo:
7- Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?
8- E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações?
9- Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?
10- Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico),
11- A ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.
12- E levantou-se e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos. (Mc 2.1-12).
Duas são as ações produzidas por Jesus no momento em que Ele ministrava a cura sobre os enfermos. Primeiramente Jesus perdoava os pecados para em seguida ministrar a cura física.
PANORAMA DO TEXTO
O texto apresenta algumas curiosidades que terão destaque especial no presente estudo. Primeiramente o paralítico era um indivíduo sofredor, em segundo mesmo sendo sofredor o paralítico não era um ser desamparado, e em terceiro a entrada na casa para a obtenção do milagre foi cheia de dificuldade, porém a saída foi triunfante.
1- Sofredor incapacitado. Paralítico é a pessoa que não possui os membros em funcionamento eficiente, logo a incapacidade é notória para a execução das atividades. Se as atividades não poderiam ser realizadas pelo paralítico isto indica que ele era uma pessoa dependente de outras para ter suas necessidades supridas. Incapaz e dependente dos outros resulta em sofrimento. Por ser paralítico o homem era incapaz e também era sofredor.
2- Sofredor, mas não desamparado pelos amigos. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos (2 Co 4.8,9). Paulo escreveu à igreja de Coríntios afirmando a existência da perseguição, porém deixou registrado que a igreja não estava desamparada.
O paralítico era sofredor, porém não estava desamparado, pois ele tinha amigos. O cultivo da amizade segundo Salomão outorga o surgimento de um irmão na angústia (Pv 17.17). O cultivar a amizade se concretiza na doação de atenção e tempo. O próprio Deus outorga valor à amizade, pois Ele chamou Abraão de amigo (Is 41.8). E com os ensinos do apóstolo Paulo torna-se notório que o amigo não desampara o companheiro, mas se faz presente no momento da angústia e torna-se útil para o ministério (2 Tm 4.9-11).
Quatro pessoas proporcionaram ajuda e foram fundamentais na cura do paralítico.
3- Entrada dificultosa, saída triunfante. O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre (Sl 121.8). Entrada abençoada não quer dizer entrada triunfante. Com José torna-se notório que a entrada poderá ser cheia de dificuldades, por exemplo: ser humilhante, ser árdua e sem expectativas.
Já com o paralítico percebe se que não havia possibilidades para acesso ao recinto, pois estava ali uma multidão. Sendo a multidão um empecilho o paralítico e seus amigos não desistiram, mas encontraram o meio certo para chegar se a Cristo. Por fim, a entrada foi recheada de dificuldades, mas a saída foi triunfante, pois o homem que chegou naquela casa, carregado por quatro amigos saiu dali carregando a sua cama.
A aplicação clara do texto permite entender que os empecilhos de outrora se tornarão em plateia da pessoa triunfante.
JESUS PERDOANDO PECADOS.
Os escribas acertaram que só Deus pode perdoar pecados, porém erram em não saber que Jesus é Deus.
Duas explicações são fundamentais para entender porque Jesus primeiramente perdoava os pecados para depois ministrar o milagre físico. Como primeira explicação por ser o pecado um empecilho à vontade de Deus. E como segunda explicação sendo a pessoa curada espiritualmente se abria a porta para a cura física.
A entrega de Jesus na cruz foi para que a humanidade viesse à presença de Deus. Com o pecado original a incapacidade e a depravação tornaram em elementos presentes na vida humana. Em suma, o ser humano é incapaz de salvar-se a si mesmo, isto é, incapacidade total. E toda natureza humana foi atingida pelo pecado e, isto é, depravação total. Os resultados do pecado original foram: a culpa, a corrupção e a morte.
O pecado leva o indivíduo à condição de separado da presença de Deus. Por isso, Jesus curou o paralítico para que ele se aproximasse da presença de Deus.
JESUS CURANDO OS ENFERMOS
1- Autoridade de Jesus. A autoridade do Messias se manifesta nas seguintes circunstâncias:
a) No perdoar pecados – autoridade de Deus.
b) No curar as pessoas – autoridade sobre as enfermidades.
c) No expulsar demônios – autoridade sobre o mundo espiritual.
d) No acalmar o vento – autoridade sobre a natureza.
e) Em possuir a chave do inferno e da morte – autoridade sobre a morte e o inferno.
2- Curas efetuadas por Jesus. Outro fato marcante do ministério de Jesus é que os milagres operados por Ele possuem quatro categorias.
1ª categoria é o de Curas. A narrativa dos evangelhos citam trinta e cinco milagres operados por Jesus, com o seguinte objetivo “creiais que Jesus é o Cristo, o filho de Deus”.
2ª categoria é o de Libertação. Nesta categoria os evangelistas registraram que Jesus não só expulsava demônios, mas também perdoava os pecados.
3ª categoria é o de Autoridade sobre a natureza. Jesus acalmou o vento e transformou água em vinho.
4ª categoria é o de ressurreição. Jesus deu de volta a vida para pessoas que a tinha perdido, por isso a bíblia diz; que Jesus é a ressurreição e a vida.