Deus é Fiel

Deus é Fiel

domingo, 30 de novembro de 2014

EBD: As setenta semanas


EBD: As setenta semanas
A presente lição tem como palavra chave, soberania. A palavra soberania tem como significado, qualidade ou condição de soberano, indica superioridade derivada de autoridade, isto é, corresponde a domínio ou a poder.
Diferente dos demais relatos, o capítulo nove acrescenta a nação de Israel nos demonstrativos históricos.
Duas fontes teológicas são marcantes em toda obra de Daniel.
A primeira corresponde ao objetivo da teologia, à compreensão de Deus, ou seja, Deus é quem controla todas as coisas, inclusive os impérios mundiais.
Já a segunda temática teológica importante no livro, corresponde com as fontes escatológicas. Nestes eventos escatológicos há duas divisões: primeira, eventos que ainda erram inéditos nos dias de Daniel, que nos dias atuas são fatos passados, como, por exemplo, os reinos; já a segunda divisão, corresponde com as seguintes temáticas, a grande tribulação, o anticristo e o Reino de Cristo na terra.
I – DANIEL INTERCEDE A DEUS PELO SEU POVO (Dn 9.3-19)
1- O tempo da profecia de Jeremias (vv.1,2).
2- A confissão dos pecados de um povo (vv.3-11,20).
3- Daniel reconheceu a justiça de Deus (vv.7,16)
Comentário:
Antes do cativeiro babilônico Deus usou o profeta Jeremias para escrever as seguintes palavras: “certamente que, passados setenta anos na Babilônia, vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar”. Estas palavras despertaram o profeta Daniel a interceder pelo povo de Israel. O pedido do profeta era a restauração do reino israelita. E o reino de Israel se restabeleceu.
A oração de Daniel se destaca ainda em dois pontos. No primeiro, pelo reconhecimento da culpa da nação israelita por ter pecado contra Deus e no segundo por reconhecer a justiça de Deus.
Mais uma Palavra
Restauração de Israel
1.  O cumprimento profético. Conforme Jeremias o cativeiro duraria 70 anos e segundo a mensagem de Isaías 44.28, 45.1, Deus levantaria Ciro, o qual é chamado de pastor e de ungido. Nenhuma palavra do Senhor volta vazia, sem cumprimento (Is 55.11), pois Jeremias profetizou um pouco mais de 70 anos antes o cativeiro, e o profeta Isaias profetizou cerca de 150 anos antes o nascimento de Ciro. E conforme os fatos posteriores Ciro outorgou autorização aos judeus para voltarem para Jerusalém e reedificarem a cidade e também o templo (Ed 1.1,2).
2. Personagens e obras memoráveis.
a) O templo. No período pós-exílio as mensagens proféticas estavam voltadas para a construção do templo. O sucesso da construção do templo de Zorobabel teve como personagens importantes os profetas Ageu e Zacarias. O profeta Ageu tanto no exercício do seu ministério como na sua obra enfatizou a construção do templo. O livro de Ageu se divide em quatro partes: primeira (capítulo 1), exortação a reconstruir o templo; segunda (Ag 2.1-9), profecias acerca do novo templo; terceira (Ag 2.10-19), admoestação dirigida aos sacerdotes a respeito da impureza do povo e das ofertas e quarta (Ag 2. 20-23) profecia a respeito da escolha de Zorobabel. No pós-exílio a mensagem principal no período da restauração fica voltada para a reconstrução do templo.
b) Neemias e o muro. Após 100 anos em Jerusalém o povo não teve condição de erguer os muros da cidade. O único avanço do povo foi a reconstrução do templo e isto por causa dos povos inimigos que estava em redor dos judeus. Sendo assim Neemias copeiro do rei persa (Ne 2.1) sacrificou a sua vida para servir o povo judeu em reconstruir as muralhas e fortificar a cidade de Jerusalém. A perseguição era tão acirrada que os judeus trabalhavam de prontidão para a guerra (Ne 4.17), mas para Neemias uma coisa era certa que o Deus dos céus o faria prosperar (Ne 2.20).
c) Esdras e o avivamento. A missão de Esdras frente aos judeus foi de conduzi-los a presença do Senhor. As duas funções de Esdras era a de sacerdote e a de escriba. Tais funções possibilitou a Esdras o conhecimento sadio e benéfico da palavra do Senhor (Es 7.10). E pelo ensino da Palavra de Deus (Ne 8.1-12) o povo chorou e consagrou aquele dia ao Senhor, e isto só foi possível pelo ensino da Palavra.
II – DEUS REVELA O FUTURO DO SEU POVO (Dn 9.24-27)
1- As setenta semanas (v.24).
2- Os três príncipes são mencionados na profecia (vv.25,26).
3- O intervalo que precede a septuagésima semana (v27).
Comentário:
Setenta semanas, cada dia da semana representa um ano. Logo:
Uma semana é igual a (7) sete anos.
Sessenta e duas semanas correspondem a (434) quatrocentos e trina e quatro anos.
Setenta semanas trata-se de (490) quatrocentos e noventa anos.
Estes anos estão distribuídos em:
Sessenta e nove semanas, isto é, quatrocentos e oitenta e três anos, correspondentes com as datas 444 a.C, o decreto da restauração, a 33 d.C, o evento da entrada triunfal de Jesus.
Há um intervalo de tempo que abrange a retirada do Messias à retirada da igreja. Logo após ocorrerá a última semana, isto é, a grande tribulação. A grande tribulação será dividida em dois momentos: primeiro, metade de uma semana, falsa paz; e, no segundo momento, o reconhecimento de que o líder que impera no mundo é o falso messias. Portanto, a tribulação será um período histórico da operação da falsidade.
III – OS PROPÓSITOS DA SEPTUAGÉSIMA SEMANA (Dn 9.27)
1- Revelar o homem do pecado (2 Ts 2.3).
2- A grande Tribulação (Mt 24.15,21).
3- Revelar a vitória gloriosa do Messias.
Comentário:
O anticristo só manifestará quando a igreja for arrebatada. É evidente que o diabo por não saber a hora em que a igreja será arrebatada tem sempre pessoas em sues plano como possíveis gestores da grande tribulação, porém, no longo da história muitos homens se passaram por Cristo, entretanto, o verdadeiro Cristo já se manifestou neste mundo com toda a sua glória e em um dia certo virá e arrebatará sua igreja.
A grande tribulação corresponde com o governo a ser desenvolvido em um período de sete anos pelo trio do pecado, isto é, pelo falso profeta, o anticristo e o diabo.
A grande tribulação será dividida em dois momentos: no primeiro momento haverá uma paz aparente com duração de três anos e meio, já no segundo momento a paz será cessada na terra, logo o povo escolhido perceberá que o governo é uma armação maligna contra a nação israelita.
Os três personagens da grande tribulação serão julgados, anterior à instauração do Juízo Final. A Besta como representante da política suja deste mundo sofrerá a condenação sem direito ao último julgamento. Já no caso do falso profeta que é a representação de toda religiosidade suja surgida desde as narrativas de Gênesis aos dias da ocorrência do Juízo Final, entre a maldade, violência, corrupção e em destaque a idolatria, também será condenado sem direito ao último julgamento. É importante notar que estes inaugurarão o lago de fogo e enxofre.
Já o diabo será lançado no abismo por mil anos (Ap 20.3) e acabando-se os mil anos, satanás será solto (Ap 20.7) e porá a prova a geração da era milenar assim como foi provado Adão. Sendo assim ocorrerá o Gogue e Magogue, ou seja, peleja final e o fim será o diabo lançado no lago de fogo e enxofre (Ap 20.10).

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Palavra de encorajamento com base nos Salmos de Davi


Texto: 1- Apressa-te ó Deus, em me livrar; Senhor, apressa-te em ajudar-me.
2- Fiquem envergonhados e confundidos os que procuram a minha alma; tornem atrás e confujam-se os que me desejam mal.
3- Voltem as costas cobertos de vergonha os que dizem: ah! Ah!
4- Folguem e alegrem-se em ti todos os que te buscam; e aqueles que amam a tua salvação digam continuamente: engrandecido seja Deus.
5- Eu, porém, estou aflito e necessitado; apressa-te por mim, ó Deus; tu és o meu auxílio e o meu libertador; Senhor, não te detenhas. (Sl 70.1-5).
Dos 73 salmos escritos por Davi, dez foram minuciosamente estudados neste período de ensino bíblico. E para concluir esta sequência de estudo, o salmo 70 torna-se chave para que os objetivos sejam alcançados.
Os salmos são dualistas no que corresponde a pessoa de Deus e a pessoa do homem. O homem como ser físico necessita da graça divina, já Deus no seu amor incondicional revela o seu amor por ações inexplicáveis.
Os inimigos requereriam o mal para o salmista, por isso, ele suplica pela pressa da ação divina em salvá-lo de tal situação. Portanto, Davi não é individualista no pedir, pois a súplica vai de encontra com as necessidades de outros tantos que estavam buscando a Deus, porque assim está escrito no salmo; alegrem-se em ti todos os que te buscam. E da parte destes o louvor se manifestaria.
Salmo em momento de aflição
Eu, porém, estou aflito e necessitado; apressa-te por mim, ó Deus; tu és o meu auxílio e o meu libertador; Senhor, não te detenhas. (Sl 70.5).
Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas (Sl 34.19).
As aflições são pertencentes às três ordens: natural, econômica e física. E todas estas ordens provocam dor e sofrimento. Inúmeros cristãos fiéis são vítimas de catástrofes físicas, sejam elas; furacões, tsunamis, terremotos, enchentes, etc.
O Brasil é um país livre de terremotos em grande escala, pois o mesmo possuí 48 fraturas na crosta, o que outorga abalos sísmicos no território nacional. Outro dado importante é que em um ano são registrados em média mais 900 mil terremotos, só no Japão são registrados 200 mil terremotos por ano, sendo que cinco mil são perceptíveis. Inúmeras pessoas sofrem com os fenômenos naturais, e dentre elas os fiéis.
Na ordem econômica, grande número de pessoas não possui o básico para a própria sobrevivência. Ser rico não quer dizer perdido, e nem ser pobre quer dizer salvo. Muitos interpretam erroneamente a passagem bíblica de Lucas 16. 19-31, ao definirem que para serem salvas as pessoas deverão ser pobres. Grande erro.
Muitas são as doenças existentes no século presente. Portanto, “em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” Rm 8.37.
Salmo em momento de perseguição
Mostra-me um sinal para bem, para que o vejam aqueles que me aborrecem e se confundam, quando tu, Senhor, me ajudares e consolares (Sl 86.17).
José foi lançado na cova (Gn 37. 24), por três motivos.
Primeiro motivo, os irmãos de José o lançaram na cova por que José tinha sonhos (Gn 37. 5-11), no contexto atual muitos são jogados na cova por possuírem sonhos.
Segundo motivo, José era amado de seu pai e isto provocava a seus irmãos (Gn 37. 3).
E como terceiro motivo, José tinha promessa. Deus tinha escolhido José para livrar o povo de Israel de um período de seca.
Segundo o Salmo 119.85, Os soberbos abriram covas para mim, o que não é conforme a tua lei, os soberbos abriram covas para o salmista, da mesma forma os patriarcas de Israel abriram a cova para José. Soberbos são aqueles que possuem sentimentos negativos caracterizados pelo ego, em que se acham superiores a outros. Porém, quando o crente obedece à palavra de Deus ele nunca desce, mas por Deus será exaltado e isto aconteceu de fato na vida do patriarca José, e por Faraó o mesmo recebeu nome de Zafenate-Panéia, que provavelmente significa Deus fala e Deus vive (Gn 41.45), por fim, José foi exaltado por Deus.
Salmo de louvor
Louvarei ao Senhor em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca (Sl 34.1).
Deus procura por verdadeiros adoradores, portanto os autênticos adoradores deverão possuir as seguintes características:
a) o verdadeiro adorador tem uma vida de oração. A oração é o diálogo realizado entre o cristão e Deus.
b) o verdadeiro adorador tem uma vida de testemunho. É reconhecido pelos outros pelo temor ao Senhor e como homem ou mulher de Deus.
c) o verdadeiro adorador é conhecedor da Palavra de Deus. A Bíblia é a palavra de Deus e a adoração é um ato de gratidão a Deus, portanto o verdadeiro adorador conhece a Palavra de Deus.
d) o verdadeiro adorador busca a excelência na adoração.  Em tudo o cristão pretende agradar a Deus, e assim fazendo, estará buscando a excelência na adoração.
e) o verdadeiro adorador abandona o pecado. Viver em pecado é viver longe da presença de Deus.
f) o verdadeiro adorador não escolhe o lugar para adorar a Deus. O verdadeiro adorador sabe que a adoração não se relacionada ao lugar, mas está relacionada ao nível e a característica da adoração.
Davi em seus salmos transmite fé e confiança em Deus. E estes são elementos indispensáveis para o cristão vencer as afrontas e ciladas do diabo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

EBD: O Prenúncio do Tempo do Fim


EBD: O Prenúncio do Tempo do Fim

A presente lição tem como palavra chave, tempo. A palavra tempo na lição em apreço corresponde com o período contínuo na qual os eventos se sucedem.
Já a verdade prática trabalha o termo fim, o que não corresponde com o fim do mundo, mas com o tempo de tratamento de Deus para com Israel. Tal fato é notável na escrita de Daniel, pois o mesmo ao escrever os capítulos finais, escreve na língua hebraica (capítulos dois ao sete, língua aramaica; já os capítulos oito ao doze a língua utilizada para a escrita é o hebraico).
Na lição anterior, o estudo esteve em torno de quatro animais. A lição presente corresponde a dois animais, totalmente diferentes dos outros, porém o carneiro e o bode respectivamente correspondem com o urso e o leopardo, isto é, o império medo persas e o grego.
I – A VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE (Dn 8.3-5)
1- A visão do carneiro (Dn 8.3,4,20).
2- Os chifres do carneiro.
3- A visão do bode (Dn 8.5-8).
Comentário:
Os dois animais em destaque são: o carneiro e o bode. Ambos representam força, energia, autoridade, poder e perspectiva.
Do carneiro dois chifres são manifestados, porém um torna-se destaque em comparação ao outro. O significado histórico para a visão de Daniel trata-se da supremacia de Ciro, o persa sobre Dario o representante direto dos medos.
Já o bode representa o império grego e um chifre se destaca por sua grandeza, tal descrição se refere ao monarca Alexandre o grande. No decorrer da visão o chifre notável é quebrado e no lugar dele surgem quatro pontas o que corresponde com os quatro generais que sucederam o monarca Alexandre.
O bode vai em direção ao carneiro para destruí-lo, logo, o bode que representa o império da Grécia, conquista o império medo-persas. O carneiro foi destruído pelo bode. O carneiro representa o império medo-persas mais por ter os medos persas o carneiro como símbolo de grande importância cívica.
O carneiro
O bode
O bode e o grande chifre
O significado do carneiro é o advento do império medo-persa.
Eram dois os chifres do carneiro: o maior e o menor. O maior referia-se a Ciro, o persa; o menor, Dario da Média.
A figura do bode representava o império grego, E o chifre, o imperador Alexandre.
Auxílio da própria lição, página 64.

II – O CHIFRE PEQUENO (Dn 8.9)
1- A visão da ponta pequena.
2- A ultrajante atividade desse rei contra Israel (Dn 8.10-11).
3- A purificação do santuário (Dn 8.14).
Comentário:
A ponta pequena cresceu muito e teve como direção de crescimento a terra de Israel. A visão aqui corresponde com Antíoco Epifânio.
Por torna-se fracassado em seu plano de governar a Judéia, Antíoco descarregou sua fúria contra os judeus, pois Antíoco foi dominado por incontrolável ódio, por isso perseguiu com violência os judeus.
Porém, o ato de Antíoco que mais indignou os judeus foi quando este profanou o santo Templo sacrificando uma porca no Altar de sacrifício. Esta ação proporcionou um levante em Israel liderado pelos Macabeus que emancipou o povo do jugo de Antíoco.
III – ANTÍOCO EPIFÂNIO, O PROTÓTIPO DO ANTICRISTO
1- Antíoco Epifânio.
2- A visão do anjo Gabriel 9Dn 8.16).
3- O tempo do fim (Dn 8.17).
Comentário:
O anticristo só manifestará quando a igreja for arrebatada. É evidente que o diabo por não saber a hora em que a igreja será arrebatada tem sempre pessoas em sues plano como possíveis gestores da grande tribulação, porém, no longo da história muitos homens se passaram por Cristo, entretanto, o verdadeiro Cristo já se manifestou neste mundo com toda a sua glória e em um dia certo virá e arrebatará sua igreja.
Antíoco é um protótipo de Cristo, isto é, ele é um tipo do anticristo, assim como Antíoco perseguiu a Israel, também isto será feito pelo anticristo na tribulação. Logo, Antíoco é o tipo do anticristo em atitudes morais e espirituais.
Mais uma palavra
Na liça anterior um pequeno chifre se levantará após os dez e abaterá os três primeiros, o que representa no decorrer da história o monarca Antíoco e no decorrer das interpretações escatológicas ao Anticristo.
E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão (Dn 7.27).
O reino eterno pertence a Deus. O Senhor está no controle de todas as coisas. Os decretos de Deus deixa esta verdade notável, quando se aprende que os decretos de Deus são eternos, são para a sua glória e são imutáveis. E os decretos de Deus se manifestam na criação, na providência divina, na restauração espiritual e na consumação de todas as coisas.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Salmo 23 – O Senhor é meu Pastor


Salmo 23 – O Senhor é meu Pastor

Texto: 5- Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
6- Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor por longos dias. (Sl 23.1-3).
No terceiro parágrafo, o salmista enaltece a Deus por tê-lo exaltado diante dos inimigos, pela unção e pela alegria outorgada, e também pela misericórdia de Deus disponível diariamente.
Portanto, além do enaltecer a Deus pelas bênçãos recebidas, o salmista Davi demonstra o desejo de frequentar a casa do Senhor por longos dias.
Era costume judaico, que o visitante ao ser recebido em uma casa, teria como tratamento: o sentar em uma mesa, receberia a unção e degustaria do vinho. No texto em apreço o salmista descreve estes fatos na casa de um inimigo.
Deus é quem exalta
Os grandes vultos da história foram perseguidos, porém todos eles tiveram algo em comum, a coragem para prosseguirem. Logo, a persistência é eficaz para que as pessoas não desistam de seus propósitos.
Deus tinha como propósito para com a vida de José, exaltá-lo no Egito. Os irmãos de José se levantaram contra a vida do sonhador, porém, Deus do caos ergueu a José ao ponto de ser este vice-governador da maior potência da época (Gn 41.38-44).
Semelhantemente aconteceu com Moisés, maior autoridade da Lei e o grande líder de Israel no Antigo Testamento. Portanto, parte dos israelitas se levantaram contra a liderança de Moisés, porém Deus o honrou fazendo com que os inimigos do legislador fossem derrotados (Nm 16.30-35).
No governo de Dario, a liderança dos sátrapas tornou-se conhecida, pois o monarca delegou a cento e vinte homens a administração do império, entre estes, estava o profeta Daniel. E dos cento e vinte, Dario escolheu três e outorgou a estes, autoridade sobre os demais. Por se destacar Daniel foi vítima dos demais líderes e por um decreto assinado pelo rei foi o profeta Daniel lançado na cova dos leões. Tinha o profeta mais ou menos 80 anos na época. Deus livrou o profeta dos leões e o mais interessante é que o monarca assim disse a Daniel: O Deus que tu serves te livrará da cova dos leões (Dn 6.19).
Os três exemplos demonstram que a perseguição pode ocorrer em todos os lugares, pois José foi perseguido por seus irmãos, Moisés por membros de sua nação, e por fim, Daniel por um povo ímpio.
Portanto, a perseguição não indica o fim, mas corrobora para a exaltação de Deus na vida daqueles que foram chamados. José gozou do cumprimento da promessa e o mesmo ocorreu com Moisés e com Daniel.
Assim também foi com Davi em boa parte de sua vida, sendo ele perseguido pelo rei Saul e posteriormente por seu filho Absalão.
Com Davi percebe-se que a perseguição pode vim de pessoas superiores e de pessoas que estão no patamar inferior à pessoa perseguida.
Não importa se a perseguição é horizontal ou vertical o importante é que Deus age de forma categórica para abençoar aqueles que por Ele foram chamados.
Deus é quem unge
A exaltação de Davi concretizou na sua consagração a rei de Israel.
Três eram os personagens ungidos no Antigo Testamento; reis, profetas e sacerdotes.
No presente relato o salmista trata da sua unção como rei, e isto na presença de seus inimigos. Tal experiência de Davi é confirmada diariamente na vida daqueles que nos dias hodiernos são perseguidos. Onde Deus exalta estes na frente de seus inimigos. Não se trata de um desejo individualista e egoísta para com os outros. O que Davi percebeu em vida é que Deus exalta os teus na presença de inimigos para que todos saibam que quem controla todas as coisas é o Senhor.
Deus é quem outorga alegria
A palavra cálice nem sempre indica alegria. Jesus quando pediu ao Pai em oração que passasse o cálice, Ele estava falando da dor e do sofrimento, já o salmista Davi associa o cálice com a alegria, meu cálice transborda.
As dificuldades da vida podem afetar o humor do servo de Deus, porém quem outorga a alegria é Deus.
Elias, Moisés e Jonas sofreram depressão (Nm 11.14,15; Jn 4.3). Logo, o crente não está livre de passar momentos difíceis na vida, mas o que não poderá de ter é a alegria da salvação.
O desejo do salmista
No presente salmo Davi apresenta o seu desejo, o de habitar na casa do Senhor por longos dias.
Muitas pessoas perderam o desejo de se reunir na casa do Senhor. Davi queria mais, queria habitar na casa do Senhor.
A casa do Senhor nos dias de Davi era o tabernáculo, templo móvel, já nos dias de Salomão foi construído o templo. Na Nova Aliança o cristão é a morada de Deus, porém esta verdade não retira a necessidade de que haja reuniões em templos físicos com o propósito de louvar a Deus e de pregar a Palavra de Deus.
Portanto, a providência divina é abundante ao que se compara a um banquete. O Senhor outorga o sucesso, a unção e a alegria, pois as pessoas direitas são guiadas pela honestidade. A perversidade dos falsos é a sua própria desgraça (Pv 11.3).

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

EBD: Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias


EBD: Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias

A presente lição tem como palavra chave, império. O termo império tem como significado forma de governo monárquico, cujo soberano tem o título de imperador.
Já a verdade prática faz a seguinte afirmação: “enquanto os impérios humanos caem, o Reino de Deus se expande através de Jesus Cristo”. Logo, tal afirmação indica que o Reino de Deus prevalece sobre todos os reinos, lembrando que o Reino do Messias proporciona a seguinte interpretação, se o Reino é do Messias, logo Jesus foi ungido rei, sacerdote e profeta. Os três ministérios são notórios na vida terrena de Jesus, porém, nos dias hodiernos Jesus ainda desenvolve seu tríplice ministério e esta verdade só é possível pela existência da igreja. A igreja não é o Reino, mas é a agência do Reino de Jesus na terra.
A presente lição apresenta quatro animais que na interpretação bíblica é possível perceber a dimensão moral e espiritual que significa os reinos representados por estes animais.
No capítulo 2 de Daniel a presente revelação foi interpretada pelo profeta, porém, a revelação foi feita a um ímpio, o rei Nabucodonosor. Já no presente capítulo a revelação é feita ao profeta Daniel, provavelmente tinha o profeta 70 anos quando recebeu de Deus a revelação.
I – A VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS (Dn 7.1-8)
1- A Visão.
2- A interpretação.
Comentário:

Visão
Interpretação
Leão com asas de águia.
Predador que destrói para conquistar, usando a violência e a força bruta com rapidez e voracidade contra as vítimas (Babilônia).
O urso
Moralmente reino que desenvolveu destruição com o uso da força própria de suas patas (Medo-Persas).
O leopardo com quatro asas.
Ataques inesperados são desenvolvidos pelo leopardo, logo o reino que representado tal animal seria um reino de ataque súbito e inesperado (Grécia).
Animal terrível e espantoso.
Toda ação desenvolvida pelos reinos representeados pelos animais anteriores são definidos e somados na ação do quarto e terrível animal (Roma).

É necessário também entender o significado de:
Ancião de dias: personagem que representa o próprio Deus na sua pureza e santidade.
Filho do Homem: a pessoa do Senhor Jesus.
O pequeno chifre: representa o anticristo.
II – O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA.
1- Tronos, ancião de dias e juiz divino.
2- O filho do homem.
3- A grande tribulação.
Comentário:
Dentre tantos tipos de juízos tratados na Bíblia, cinco são de suma importância para análise nesta temática:
Primeiro: o julgamento dos pecados dos homens na cruz de Cristo (Jo 13.31).
Segundo: o julgamento das obras dos crentes diante do Tribunal de Cristo (Rm 14.10).
Terceiro: o julgamento das nações vivas, na parousia de Cristo (Mt 25.32).
Quarto: o julgamento de Israel, na volta de Cristo (Ez 20.33, Mt 19.28).
Quinto: o julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15).
O Juízo Final não é uma hipótese é um acontecimento que está determinado por Deus para julgar e condenar os ímpios sem nenhuma apelação.
A grande tribulação corresponde com o governo a ser desenvolvido em um período de sete anos pelo trio do pecado, isto é, pelo falso profeta, o anticristo e o diabo.
A grande tribulação será dividida em dois momentos: no primeiro momento haverá uma paz aparente com duração de três anos e meio, já no segundo momento a paz será cessada na terra, logo o povo escolhido perceberá que o governo é uma armação maligna contra a nação israelita.
III – A VINDA DO FILHO DO HOMEM.
1- A visão.
2- Os santos do Altíssimo.
3- A destruição do anticristo.
Comentário:
Os três personagens da grande tribulação serão julgados, anterior à instauração do Juízo Final. A Besta como representante da política suja deste mundo sofrerá a condenação sem direito ao último julgamento. Já no caso do falso profeta que é a representação de toda religiosidade suja surgida desde as narrativas de Gênesis aos dias da ocorrência do Juízo Final, entre a maldade, violência, corrupção e em destaque a idolatria, também será condenado sem direito ao último julgamento. É importante notar que estes inaugurarão o lago de fogo e enxofre.
Já o diabo será lançado no abismo por mil anos (Ap 20.3) e acabando-se os mil anos, satanás será solto (Ap 20.7) e porá a prova a geração da era milenar assim como foi provado Adão. Sendo assim ocorrerá o Gogue e Magogue, ou seja, peleja final e o fim será o diabo lançado no lago de fogo e enxofre (Ap 20.10).

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Salmo 23 – O Senhor é meu Pastor - 2ª Parte


Salmo 23 – O Senhor é meu Pastor

Texto: 4- Ainda que andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam (Sl 23.1-3).
No segundo parágrafo do salmo 23 percebe-se a convicção que o salmista possuía na pessoa de Deus, pois o mesmo celebra a presença do Senhor e por meio da qual o consolo era certo.
No estudo do salmo 30, foi realizada uma análise sobre a morte, estudo que em parte é transcrito no presente texto para melhor compreensão do versículo áureo.
A operação da morte
A morte será o último inimigo a ser destruído (1 Co 15.26). A palavra morte tem como significado separação, porém no sentido sociológico a morte pode ser definida como perca.
A morte trata-se da separação do espírito para com o corpo, o espírito volta para Deus e o corpo volta ao pó (Ec 12.7). Já quando a morte é definida pela palavra perca, isto é, corresponde com a separação de quem morreu para com as pessoas que com este conviviam.
1- Tipo de morte. Na narrativa bíblica há quatro tipos de morte a serem observadas.
O primeiro tipo de morte é a morte física, isto é, a separação entre o corpo e o espírito.
O segundo tipo é a morte espiritual, isto é, a morte que culmina na separação do indivíduo para com Deus.
Já o terceiro tipo de morte é a morte moral, tipo este em que o indivíduo se afasta da sociedade e de grupos que o mesmo participava por ações que não foram louváveis diante das pessoas.
E por fim, o quarto tipo de morte é a chamada de segunda morte, isto é, a separação eterna para com Deus, que está diretamente associada com a condenação.
2- A morte é uma herança do pecado original. O primeiro homem tinha uma aliança com Deus e neste pacto existia uma promessa, uma condição e uma pena. A promessa era a vida eterna, enquanto a condição era a obediência e a pena era a morte.
Com a desobediência de Adão a pena tornou-se real.
3- Jesus pôs fim à invencibilidade da morte. Antes de Cristo a morte até então não tinha sido derrotada. Há relatos no contexto histórico bíblico que pessoas foram ressuscitadas, porém estas pessoas voltaram a morrer. No estudo sobre a ressurreição percebe-se que a ressurreição destes é considerada a ressurreição de mortos, ou seja, retornaram a vida, porém voltaram a morrer.
A morte venceu grandes homens, como por exemplo: Abraão, Jacó (por este os israelitas choram setenta dias, Gn 50.3), Moisés (por este os israelitas choram trinta dias, Dt 34.8), Samuel (por este todos os filhos de Israel se ajuntaram e prantearam, 1 Sm 25,1) e dentre tantos outros personagens o rei Davi (que morreu na sua velhice, cheio de dias, riquezas e glórias, 1 Cr 29.27).
Porém, a morte não conseguiu vencer a Jesus Cristo, a primícias dos que dormem.
A doutrina da ressurreição de Jesus é provada por quatro acontecimentos:
Primeiro, o sepulcro vazio (Lc 24.3).
Segundo, Jesus apareceu aos seus discípulos.
Terceiro, os discípulos foram transformados.
Quarto, a existência da igreja.
A ressurreição de Jesus faz parte do que na Bíblia é conhecida como a ressurreição dentre os mortos.
O vale da sombra da morte
O vale da sombra da morte indica situação de aflição em que a força para a vida torna-se impossível no que corresponde às ações por parte do ser humano.
Também corresponde com a fragilidade do físico, quando as doenças demonstram maior ação do que o metabolismo de defesa do corpo humano.
Por fim, o vale da sombra da morte está associado com as provações da vida e também com as dificuldades do dia-a-dia.
Para consolar os cristãos que estavam sofrendo aflições, assim escreveu o apóstolo Pedro: lançando sobre Ele toda vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós (1Pe 5.7). Já o profeta Naum assim relator sobre o dia da angústia: o Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nEle (Na 1.17).
Tu estás comigo
A presença do Senhor é sentida, pois quando Ele está presente às promessas se concretizam, proporcionando nova direção, que permite ao cristão uma visão mais apropriada no que corresponde o Reino de Deus.
Para Davi a presença do Senhor era importante, pois proporcionava consolo. Mas, para que o consolo fosse identificado pelos cantores do salmo, Davi associou dois elementos importantes utilizados pelo pastor: a vara e o cajado.
A vara trazia a compreensão da proteção do pastor contra as artimanhas do inimigo às ovelhas. Já o cajado indicava direção, pois quando a ovelha palmilhava por caminhos tortuosos o pastor com o cajado conduzia a ovelha ao rebanho.
Jesus é o bom pastor e assim Ele utiliza como instrumento a Escritura Sagrada e também os seus oficiais para que a igreja seja corretamente conduzida ao céu.