Deus é Fiel

Deus é Fiel

domingo, 31 de março de 2013

PROFETA, PORTA VOZ DE DEUS.

TEXTO ÁUREO: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.. (Lc 4.18,19).
Introdução
Um dos oficiais de Deus no Antigo Testamento foram os profetas. O ministério profético no Antigo Testamento está divido historicamente em dois grupos no que correspondem as obras literárias. O primeiro grupo é composto pelos profetas anteriores, ou seja, os livros de Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. Já no segundo grupo estão os profetas posteriores que subdividem em profetas maiores e profetas menores.
Se a missão principal do sacerdote era possibilitar a relação entre o homem e Deus a missão principal do profeta era possibilitar a relação entre Deus e o homem. O sacerdote levava até a pessoa de Deus as necessidades humanas por pedido e por necessidade humana, já o profeta transmitia aos homens a vontade de Deus que se manifesta pelos decretos de Deus.
I – PROFETAS E A PROFECIA.
O profeta era o elo entre Deus e o homem, ou seja, o ministério profético corresponde à atividade de entregar a mensagem de Deus a quem lhe é direcionada. No Antigo Testamento a palavra de Deus foi direcionada a líder político (1 Sm 15.10-23), a líder religioso (1 Sm 2.27-36) e a profeta (1 Re 13.20-22) por meio do ministério profético.
1- Função do ministério profético. Sendo o profeta o elo entre Deus e o homem. A função do profeta era tornar conhecida a vontade de Deus. Sendo que para isto o profeta ouvia a voz de Deus e transmitia ao homem, portanto, a função do profeta se resume em: primeiro, ouvir a voz de Deus e em segundo transmitir ao homem.
2- Virtudes dos profetas. Virtude é a disposição de um individuo em praticar o bem e trata-se de hábitos constantes que proporcionam ao individuo uma vida bem sucedida. Enfim, virtudes são nomeações de qualidades.
a) Subimissão. A primeira qualidade analisada por nós no ministério profético é a submissão. Um grande exemplo de submissão como qualidade é o profeta Eliseu. Em 2 Reis 3.11, encontramos a primeira obra realizada por Eliseu que foi lavar as mãos do profeta Elias. Eliseu reconheceu que um ministério bem sucedido é construído sobre bases bem fortificadas, que são resumidas na palavra serviço. Servir é o passo inicial para receber a porção dobrada da Unção de Deus. Submissão no desenvolvimento do ministério profético é uma virtude pertencente a todos os profetas que foram bem sucedidos na prática ministerial.
b) Coragem. Não temer. O profeta no seu ministério não poderá temer ameaças provindas de homens e nem mesmo do diabo. A coragem é fundamental para a concretização ministerial. Um grande exemplo de coragem é demonstrado no ministério profético de Natã (2 Sm 12.7-12) que não temeu ao rei Davi e entregou a mensagem Divina.
c) Dependência de Deus. Como terceira virtude, será notória no ministério e na vida dos profetas a dependência de Deus. De fato Deus chama, e aos chamados Deus capacita, aos capacitados Deus envia, aos enviados Deus supre as necessidades. E assim foi com os profetas. Homens dependentes de Deus em tudo: desde a vida civil (Os 1.2, Jr 16. 1,2) à alimentação (1 Re 17.9).
3- Quanto à origem da profecia. Profecia é a revelação da vontade de Deus. A profecia tem como objetivos manifestar os fatos concernentes a Deus e as suas relações com o ser humano e também revelar os decretos de Deus. Os decretos de Deus são: criação, decreto de Deus que deu origem a todas as coisas; providência, que é a ação de Deus em governar o planeta terra suprindo a necessidade de todos, principalmente dos que são fiéis a Ele; redenção, após o pecado a humanidade tornou se necessitada do socorro Divino no que corresponde a redenção e a consumação, decreto que trata da vitória final de Deus em todas as suas obras. Porém, as profecias poderão ter três origens bem distintas.
a) Divina. Quando é proveniente de Deus (Gn 3.15). O que caracteriza a profecia de origem Divina é que ela se cumpre.
b) Carnal. Quando é proveniente da carne (1 Re 13.18, Dt 18.22). É caracterizada pela mentira e por status almejado pelo o individuo.
c) Satânica. Quando é proveniente de Satanás e é caracterizada pela mentira.
II – JESUS PROFETA POR EXCELÊNCIA.
No inicio do seu ministério Jesus leu uma profecia sobre Ele que se encontra no livro do profeta Isaías 6.1,2, e disse que a profecia se cumpria nEle. “O Espírito de Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, e proclamar libertação aos cativos, e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor” esta foi a profecia lida pelo Senhor Jesus, texto que enfatiza que Jesus é o Cristo, termo que significa ungido e nos ensina que Jesus substituiu os profetas, os sacerdotes e os reis da Antiga Aliança. O ministério profético de Jesus possui dois aspectos.
1- Proclamar a mensagem de Deus. O versículo lido por Jesus na sinagoga por três vezes cita a função do profeta no que corresponde ao divulgar a Palavra de Deus. Os termos usados são: pregar, proclamar e apregoar. Logo, Jesus como profeta, proclamou a Palavra de Deus através de seus ensinos recheados de autoridade (Mt 7.29) que tinha como alvo o pecador (Jo 4.13,14). Jesus proclamou o reino (Lc 8.4-15), preparou os discípulos (Jo 13;14;15;16) e também descreveu como seria as últimas coisas (Mt 25), e este foi um anúncio profético feito pelo Senhor Jesus.
2- Revelar a Deus. O segundo aspecto do ministério profético do Senhor Jesus foi revelar a Deus (Jo 1.14). No capítulo um do evangelho de João, Jesus é apresentado como o Verbo e nos primeiros dezoitos versículos quatro obras do Verbo são citas. As obras do Verbo são: criar (v.3), iluminar (v.9), regenerar (12) e revelar (v.18). Logo, Jesus como profeta revelou o Pai à humanidade.
Portanto, Jesus no seu ministério profético não apenas proclamou a mensagem de Deus, mas também revelou a Pessoa do Pai. E nos dias hodiernos Jesus continua a exercer o seu ministério profético por intermédio da Sua Palavra, da Igreja e do Espírito Santo.
III – A MISSÃO PROFÉTICA DA IGREJA.
O Senhor Jesus continua a exercer o seu ministério profético por intermédio da igreja, isto quando nos referimos à missão profética da Igreja.
1- Mesmos aspectos do ministério profético de Jesus. A missão profética da Igreja está relacionada com os aspectos do ministério profético de Jesus que se manifestaram no ministério público de Jesus (ministério que corresponde a Jesus atendendo as necessidades de todos os homens) e também no ministério particular de Jesus (ministério em que Jesus atende as necessidades de seus discípulos). Porém, para que a mensagem pregada pela Igreja seja eficaz é necessário que a mesma proclame e revele o amor de Deus na vida dos cristãos.
2- A missão da Igreja. A missão da igreja está inserida na grande comissão (Mt 28.18-20) e três palavras definem o real sentido da existência da Igreja: ir, ensinar e batizar. No idioma original do texto sagrado apenas as duas últimas palavras se encontram no imperativo, já a primeira o ir, encontra-se no gerúndio. O real sentido ir, por não se encontrar no imperativo indica que o ir da Igreja não é uma ordem imposta por ordem, mas é dever por natureza em sermos a Igreja do Senhor Jesus.
A Igreja existe para viver e desenvolver a sua missão e a missão da Igreja é pregar e revelar a Deus à humanidade. Porém, se a Igreja não é missionária a mesma não é Igreja. Se a mesma deixar de ser missionária automaticamente deixará de ser Igreja.
CONCLUSÃO
O ministério profético de Jesus é atualmente exercido pela sua Igreja. Pois, a Igreja é a responsável pela relação Deus e o homem. Tal relação corresponde diretamente com a função ministerial da Igreja em proclamar e em revelar a vontade de Deus ao homem pecador. Porém, o ministério profético da Igreja só será eficaz se a mesma revelar na prática diária o amor de Deus.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Subsídio da lição – Família, criação de Deus.


A palavra-chave para a 1ª lição deste 2º trimestre é “FAMÍLIA”. A palavra-chave, FAMÍLIA, corresponde a um grupo de pessoas ligadas por casamento, filiação ou adoção.
Porém, além de conceitos diferentes outorgados pelas ciências, a família não é composta de um único tipo, mas de no mínimo dos seguintes tipos.

·                    Família Nuclear – também conhecida como família elementar é a configuração constituída pelo pai, mãe e filhos.
·                    Família Extensiva – trata-se da família abrangente a nuclear que amplia a sua constituição com a presença de sogro, sogra, avôs, tios, primos...
·                    Família Abrangente – trata - se da família que inclui membros por afinidade, ou seja, por laços afetivos.
·                    Família Monoparental – trata-se, da família que os irmãos possuem uma mesma mãe e não um mesmo pai. Ou seja, mesma mãe e pai diferente ou mesmo pai e mãe diferente.
·                    Família Recomposta – trata-se do desfeito do núcleo marital, ou seja, separação do casal ou a morte de um dos membros deste núcleo e o outro se casa com outra pessoa.
·                    Família Adotiva – trata-se, da adoção. Quando uma criança é adota a mesma passa a ter um lar, uma família.

As instituições presentes em analises sociológicas são: Família, Empresa, Escola, Igreja e Estado.
 
(meus pais, minha filha e minha esposa - minha família nuclear e extensiva)
I – A FAMÍLIA NO PLANO DIVINO.
1- O propósito de Deus.
2- Um lugar de proteção e sustento.
3- A primeira família.
Comentário: A família foi criada para que houvesse relacionamentos frutíferos. Porém, pelo aumento do pecado a família tem sido vítima do esfriamento do amor existe entre os membros do lar.
Os relacionamentos frios são marcados pelos seguintes sintomas:
Ø  Ausência de cuidados mútuos, ou seja, uma família com mundos diferentes.
Ø  Divergências de metas.
Ø  Ausência de contatos básicos, como: uma saudação e até mesmo de um beijo.
Ø  Ausência de respeito.

E as causas para tal esfriamento são:
Ø  O aumento do pecado.
Ø  Tempo superior gasto para outras coisas e para outras pessoas e não a família.
Ø  O desistir do outro.
Ø  A acomodação. A acomodação no processo social é a resolução de um atrito sem cortar o mal pela raiz.
Portanto, a família é uma dádiva de Deus ao homem e cabe ao mesmo cuidar e zelar da família em um mundo cheio de afronta a esta instituição.

Surge uma pergunta básica: Como cuidar da família?
Primeiro: reconhecer que dependemos de Deus para o bem estar do nosso lar.
Segundo: fazer aquilo que depende de nós. Darmos a iniciativa em buscar a Deus e instruir o nosso na palavra do Senhor.
 
O primeiro mandamento de Deus foi outorgado à instituição família. Tal mandamento é cultural: Multiplicai e enchei a terra.

II – A QUEDA E AS SUAS CONSEQUENCIAS PARA A FAMÍLIA.
1- O ataque do inimigo.
2- Os relacionamentos da queda no relacionamento familiar.
3- A vida familiar depois da queda.
Comentário: Assim como no principio, satanás atacou a família para vê-la em crise, o mesmo nos dias modernos continua a atacar a família.
Com a queda do homem veio os resultados de tal escolha: separação para com Deus (isto é, morte espiritual), confronto entre irmãos (Caim e Abel), morte física (que de fato é a pior de todas as dores, a perca de um ente querido), dores de parto e fadiga no desenrolar das atividades relacionadas ao trabalho.
Satanás focou na família de Adão para trazer transtorno ao mundo, assim nos dias de hoje o mesmo continua a focar nos lares dos cristãos para produzir desordem e destruição, portanto é necessário que vigiemos e oremos para não cairmos em tentação.

III – A CONSTITUIÇÃO FAMILIAR AO LONGO DOS SÉCULOS.
1- Família patriarcal.
2- A família nuclear.
3- A família na atualidade.
Comentário: A unidade da família passa a ser vítima de ameaças internas e externas. Em muitas ocasiões a família é responsável pela decomposição da mesma. As muitas prerrogativas da vida, a busca incessante de realizações individuais, a falta de tempo, a falta de diálogo, a falta de compreensão, tornam-se motivos para o fim da família.
Certamente a família vivencia expectativas e frustrações. E as expectativas fazem com que os membros da família tenham contato com o mundo exterior. E é neste contato direto com o exterior que as frustrações aparecem. Na sociedade atual uma das maiores causadora da frustração no seio da família tem sido as drogas, e a cada dia o número de pessoas viciadas tem aumentado, e o número de famílias unidas diminuído.
As ameaças externas se resumem no uso de drogas lícitas e das não lícitas, da política liberal (que tanto ameaça a unidade da família por aprovações de projetos de Lei), da educação liberal (que ameaça os princípios bíblicos, e aqui surge à missão dos pais em instruir os seus filhos no caminho do Senhor) e também a mídia (com jogos, filmes, desenhos, sites de relacionamentos).
Um exemplo básico da mídia como ameaça a família são os divórcios causados pelo mau uso do facebook, isto é um fato nos Estados Unidos da América e no mundo.

sábado, 23 de março de 2013

Subsídio da lição – A MORTE DE ELISEU.


A palavra-chave para a 13ª lição deste 1º trimestre é “MORTE”. A palavra-chave, MORTE, tem como significado: termino das atividades vitais do ser humano sobre a terra.
No contexto bíblico encontraremos os seguintes tipos de morte:
Morte Física: separação entre o espírito e o corpo.
Morte Moral: tipo de morte que sofreu o primeiro homem ao desobedecer a Deus.
Morte Espiritual: separação do individuo para com Deus.
Morte Eterna: separação eternamente entre o homem e Deus.
Porém, a lição tratará da morte física de Eliseu que até mesmo após morto Deus pelo intermédio do profeta fez milagre.
O ciclo da vida se resume nas seguintes fases: nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer. Há muitas pessoas que não terão oportunidade de viverem as sequencias deste ciclo da vida, mas o importe será que tais pessoas terão oportunidades de deixarem suas marcas: boas ou más. No caso do profeta Eliseu ele deixou a marca de um gigante espiritual.
 
I – A DOENÇA TERMNINAL DE ELISEU.
1. A velhice de Eliseu.
2. O sofrimento de Eliseu.
Comentário: Como homem Eliseu passou por momentos difíceis como as dificuldades provindas da velhice, assim como o sofrimento por sofrer de uma doença sem cura (2 Re 13.14). Porém, tal doença não abalou o profeta e não retirou do profeta a visão que o mesmo tinha da parte de Deus.
A lição para as nossas vidas são: Mesmo na velhice a nossa integridade deverá ser visível, assim como também em meio às enfermidades deveremos manter firme a nossa fé no Senhor. Eliseu um gigante que em meio à doença sem cura se manteve firme no chamado sendo um arauto nas mãos do Senhor.

II – A PROFECIA FINAL DE ELISEU.
1. A ação de Deus na profecia.
2. A participação humana na profecia.
Comentário: Nos dias atuais devemos nos manter convictos da nossa fé para não nos confundirmos com atitudes humanas que poderão ter como ênfase propósitos de origem maligna, ou seja, em satanás. As profecias poderão ser de origem humana, satânica e divina. Porém, a profecia provinda de Deus primeiramente inspira o profeta e depois o mensageiro é usado por Deus para entregar o recardo divino.

III – O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU.
1. A eternidade e fidelidade de Deus.
2. A honra de Eliseu.
Comentário: A morte não corresponde com o fim dos efeitos ministeriais de um gigante na fé.
Salomão morreu, porém a marca de um rei rico e sábio não foi enterrada com ele (Mt 6.29).
Davi morreu, porém a marca de um homem segundo o coração de Deus não morreu com ele (At 13.22).
Seguindo esta analise de grandes homens perceberemos que Eliseu se enquadrará na lista de heróis que mesmo depois de mortos seus testemunhos ministeriais continuaram vivos e eficazes.

IV – O LEGADO DE ELISEU.
1. Legado sócio – cultural.
2. Legado espiritual.
Comentário: Sobre o ministério de Eliseu notaremos seis detalhes importantes para debate:

Ø  Primeiro: Deus chama pessoas fiéis.

Ø  Segundo: Deus chama pessoas ocupadas.

Ø  Terceiro: aquele que é chamado por Deus reconhece o preço do chamado.

Ø  Quarto: Eliseu percebe o valor do serviço. Em 2 Reis 3.11, encontramos a primeira obra realizada por Eliseu que foi lavar as mãos do profeta Elias. Eliseu reconheceu que um ministério bem sucedido é construído sobre bases bem fortificadas, que são resumidas na palavra serviço.

Ø  Quinto: por meio de Eliseu Deus fez milagres: da provisão, da restituição, da restauração e de julgamento.

Ø  Sexto: Eliseu deixa seu legado de homem de Deus, verdade que foi enfatizada no milagre póstuma do profeta.

Que Deus abençoe vocês por nos acompanhar neste trimestre e esperamos que no próximo trimestre, que tratará sobre o tema família, vocês sejam bem sucedidos em vossas aulas e convidamos para estarem conosco em analise de nossos comentários. Muito obrigado e que Deus vos abençoe.

terça-feira, 19 de março de 2013

SACERDOTE, INTERCESSOR DO POVO


TEXTO ÁUREO: Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1 Pe 2.9).
Introdução
Um dos oficiais de Deus no Antigo Testamento foram os sacerdotes. A missão principal do sacerdote era possibilitar a relação entre o homem e Deus. Ou seja, tinha como missão levar o homem até Deus por meio de sacrifícios e pela oração intercessora. Jesus em seu ministério foi Sacerdote perfeito, pois por meio da sua morte, Ele Jesus foi o próprio sacrifício oferecido ao Pai para a salvação de todos que creem.
I – ATRIBUIÇÕES AO SACERDOTE.
No Antigo Testamento o homem deveria aproximar se de Deus através de um sacrifício e manter-se junto de Deus por meio da intercessão. O sacerdote era responsável pelo sacrifico e também pela intercessão. Logo, o sacerdote era o elo entre o homem e Deus. Ao contrário do profeta que era o elo entre Deus e o homem.
1- Sacrifício.  A principal função que vem a nossa mente do sacerdote é o sacrifício. Pois, o sacerdote tinha como principal função a de sacrificar, ou seja, oferecer vítimas a Deus. Porém, o sacrifício era incompleto, pois o sacerdote se apresentava constantemente perante Deus com sacrifícios.
No dia dez do sétimo mês, no contexto histórico da nação israelita no Antigo Testamento o sumo sacerdote tinha a oportunidade de entrar no Santo dos Santos para interceder por meio do sacrifício o perdão para com o povo (Êx 30.10, Hb 9.7, Lv 16).
2- Intercessão. Se a principal função de um sacerdote era o sacrifício. A ideia fundamental do sacerdote era a de um mediador entre o homem e Deus. Isto é, o sacerdote levava a Deus as necessidades dos homens e por meio de orações colocava o individuo diante de Deus. O homem chegava-se a Deus por meio de um sacrifício e se mantinham diante de Deus por meio da oração. Tanto o sacrifício e a intercessão cabiam ao sacerdote e por meio de tais ações o indivíduo aproximava-se de Deus.
Por meio do sacrifico Deus perdoava o individuo e pela intercessão Deus santificava o individuo. Seria hoje a conversão que é a saída do homem do mundo e também seria a santificação que é a saída do mundo de dentro do cristão.Logo, o perdão do pecado do povo era realizado por meio do sacrifício e por meio da intercessão.
II – JESUS CRISTO SACERDOTE POR EXCELENCIA.
1- Jesus Cristo o próprio sacrifico. Jesus como sacerdote tem funções diferentes e superiores ao sacerdócio de Israel e ao sacerdócio da Igreja. Jesus foi superior em seu sacerdócio por ter que se entregar como sacrifício para a salvação da humanidade. Porque Deus amou o mundo inteiro que deu seu único filho (Jo 3.16), note bem, deu seu único filho. Jesus foi o sacrifício para que por meio dEle todos viessem a serem salvos (Hb 1.3).
O sacerdócio de Jesus foi superior ao sacerdócio dos levitas por ser o sacerdócio de Cristo perfeito e por exercer Jesus seu ministério no céu. Portanto, o sacerdócio de Jesus é perfeito e superior ao sacerdócio dos outros. A superioridade do ministério sacerdotal de Jesus estar associado ao oferecimento do sacrifício. O sacrifício de Jesus era superior porque não foi oferecido no templo terrestre, e sim, no céu (Hb 9.24).
2- A oração sacerdotal de Jesus. No capítulo 17 do Evangelho de João notaremos que Jesus faz uma oração pelos seus discípulos. O nome de Jesus é o Glorificado e o assunto do capítulo é a oração de Jesus. Na oração sacerdotal Jesus pede ao Pai que o glorifique (v.1), roga pelos discípulos (v.9) para que sejam um (v.11), para que os discípulos sejam guardados do mundo (v.15) e nesta oração Jesus intercede por todos aqueles que o aceitarão como Salvador (v.20).
III – A MISSÃO SACERDOTAL DA IGREJA.
1- A missão sacerdotal da igreja: na reconciliação do pecador. A função sacerdotal da igreja é diferente da missão sacerdotal de Jesus Cristo. A missão da Igreja tem como objetivo reconciliar o homem pecador com Deus que é Santo. No contexto histórico o ser humano tem enveredado por caminhos que não agradam a Deus e por isso, tem pecado e distanciado do Senhor.
A cada dia os três inimigos da Igreja tem outorgado ao pecador oferendas para torná-los cada vez mais distantes de Deus. Estes inimigos são: carne, mundo e o diabo. Porém, a igreja pela Palavra do Senhor tem o dever de proclamar a salvação em Cristo Jesus (Mc 16.15). Quando a igreja exerce a sua missão evangelizadora a mesma estar exercendo a missão sacerdotal de reconciliar o pecador com Deus que é Santo.
2- A missão sacerdotal da igreja: no sacrifício. Também, é missão da igreja como sacerdócio de Jesus Cristo oferecer os nossos corpos como sacrifício vivo (Rm 12.1). É nosso dever alistarmos para exercermos o serviço cristão. Deus nos chamou para servirmos a Ele e quando assim exercermos nossas atividades estaremos oferecendo o nosso corpo como sacrifício vivo e isto é agradável a Deus.
Há de fato o sacrifico quando outorgamos bens materiais para sustentar a obra de Cristo (Fp 4.18). Os assuntos dízimos e ofertas são questionados por boa parte dos membros das igrejas, porém o fato é que tais assuntos são bíblicos e extremamente espirituais. O dízimo foi instituído por Deus para que haja mantimento. Porém o dízimo não foi instituído no período da lei, mas sim anterior a dispensação da lei e o próprio Jesus ratificou a observância do dízimo (Mt 23.23). No texto áureo do tema dízimo haverá um mandamento, trazei todos os dízimos, haverá um desafio, fazei prova de mim e também haverá uma promessa se não abrir as janelas do céu (Ml 3.10). Além dos dízimos os ensinos bíblicos sobre mordomia cristã enfatizam também as ofertas. Sobre ofertas existem alguns princípios importantes, analisaremos quatro: o princípio da motivação, o que de fato nos leva a contribuir (II Co 9.7); o princípio da distribuição, ou seja, o que temos possuímos para distribuir; o princípio da proporção, colheremos pela proporção que plantarmos (II Co 9.6) e em quarto o princípio da provisão, Deus é fiel e proverá o necessário para as nossas vidas. Sendo obediente nos dízimos e nas ofertas colheremos de Deus o melhor para as nossas vidas em todas as áreas, sejam elas; física, emocional, profissional, ministerial e principalmente espiritual.
O sacrifício também estar presente no louvor, pois por meio dele apresentamos-nos diante do Senhor que és digno de todo louvor e glória para sempre (Rm 11.33-36).
3- A missão sacerdotal da igreja: na intercessão. É da responsabilidade da igreja interceder por todos os homens (1 Tm 2.1,2). Porém, o Espírito Santo nos leva a orar da maneira que convém (Rm 8.26) fazendo com que as orações sejam respondidas.
 Porém, há muitas orações que não são atendidas pelas seguintes verdades:
a)  Orações que são feitas com palavras repetitivas e vazias:
b)  Orações que são feitas com corações ambiciosos: “pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” (Tg 4.3).
c)  Orações que são feitas com amargura no coração por alguém: “quando estiverdes orando, perdoai se tendes alguma coisa contra alguém, para que também vosso Pai que está no céu, vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11.25-26).
Porém, há muitas orações que são atendidas pelas seguintes verdades:
a)  Orações que são feitas segundo a vontade de Deus: “e esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve” (1 Jo 5.14).
b)  Orações que são feitas em nome de Jesus: “e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei.” (Jo 14.13,14).
c)  Quando vivemos em plena comunhão com Deus e com sua palavra: “se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7).
CONCLUSÃO
Sacerdotes homens que dedicaram suas vidas para exercerem um ministério sólido e perfeito. Porém, o sacerdócio perfeito e superior foi exercido pelo Senhor Jesus para que a igreja seja representante direto dEle aqui na terra com a responsabilidade de pregar, ensinar e interceder por todos (Mt 28.19,1 Tm 2.1).

segunda-feira, 18 de março de 2013

REI, REPRESENTANTE DE DEUS

TEXTO ÁUREO: O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos. (Gn 49.10)
Introdução
Deus também chamou para o serviço ministerial homens que tiveram sua vocação com a vida pública. O chamado de José foi revelado ao mesmo por meio de sonhos. E quando se cumpriu José honrou ao Senhor com postura de servo obediente a Deus não se envergonhando da sua origem e nem da sua missão. Para cada tempo Deus tem seus servos que serão lideres certos para o tempo certo.
Todas as coisas obedecem a Deus (Sl 119.91) nada lhe é oculto, pois o Senhor está no controle de tudo e de todos. Portanto, é fundamental que cada líder de estado ou de qualquer outra instituição tenha dependência direta de Deus para serem bem sucedidos na sua missão.
I – ATRIBUIÇÕES AOS REIS.
Os reis em Israel tinham como missão governar os israelitas em plena santidade diante de Deus. De fato os reis eram instrumentos de Deus e Deus seria o verdadeiro legislador de Israel. Porém, na prática os monarcas em sua maioria não compreenderam a missão na qual eles estavam inseridos e por desconhecerem fracassaram em suas vidas espirituais.
1- Proporcionar abundancia em tempo de crise. Deus falou ao patriarca Abraão que os seus descendentes seriam peregrinos e serviriam a outra nação por quatrocentos anos (Gn 15.13). Quando Deus assim falou ao patriarca a promessa do nascimento de Isaque não tinha se cumprido. Passaram se anos e anos e veio o nascimento dos filhos de Jacó (Jacó neto de Abraão), e assim, Deus permitiu que José, filho de Jacó, fosse vendido para o Egito com a idade de 17 anos (Gn 37.2,36), portanto com 13 anos no Egito Deus de fato outorgou a José a sua real missão e chamada, governar o Egito e tinha José na época 30 anos (Gn 41.46).
É de responsabilidade do monarca a satisfação dos seus liderados, seja no suprir as necessidades no que correspondem as questões básicas, como: alimentos, assim como proporcionar melhorias na saúde, transporte, educação e lazer. A crise veio sobre o Egito, porém a crise foi antecedida por sete anos de fartura (Gn 41.48). No despontar dos sete anos de crise José teve a habilidade em administrar a crise obtendo lucros. Pois, foram nos sete anos de crise que Faraó aumentou os seus bens, obtendo lucro dos próprios egípcios (Gn 41.56) e dos habitantes de outras terras (Gn 41.57). E foi na crise que José reencontrou a sua família (Gn 45.3).
Portanto, na crise há possibilidades de obter lucros. E Deus tem chamado alguns para serem instrumentos dEle na vida pública.
2- Servir a Deus da melhor maneira. Davi, José, Salomão e Daniel dentre outros, foram chamados para servirem a Deus no governo. Em 1 Coríntios 12.28, além dos dons espirituais é também citado dons ministeriais e dentre eles o  de governo. Claro que o dom de governo aqui citado trata-se da administração da obra do Senhor. Porém, assim como na liderança da igreja os que governam a nação deverão ser sábios e santos diante de Deus, pois isto é fundamental para o bem do povo e felicidade da nação que o que governe lidere com temor ao Senhor. Quando os justos governam, alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme (Pv 29.2).
Portanto, Davi serviu a Deus no governo, assim, também os demais que citamos acima.
II – DAVI, O MESSIAS E O REINO.
1- Davi. Foi de fato um grande rei. Consegui vencer os filisteus e fortificou a Israel como grande nação. Quando Jacó abençoou os seus filhos reservou a Judá a seguinte bênção: “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos” (Gn 49.10). Como rei Davi já se encontrava nos planos de Deus. Segundo a narrativa bíblica Davi foi tirado do curral de ovelhas para ser chefe de Israel (1 Cr 17.7).
2- Supremacia de Judá. Na bênção de Jacó a Judá há manifestação de supremacia em torno da missão na qual a tribo de Judá estaria inserida.
a) A ti te louvarão teus irmãos (v.8). Com a subida de Davi ao reino de Israel concretizava de fato a profecia que veio por meio da bênção de Jacó. Pois, foi no governo de Davi que Israel de fato se enquadrou como nação independente e poderosa.
b) Os filhos de teu pai a ti se inclinarão (v.8). Tal profecia se cumprirá quando o milênio for instaurado, pois seu reino será eterno (Lc 1.32,33), e diante dEle, todos dobrarão os joelhos (Fp 2.9-11).
3- Características do Reino. Quando Jacó abençoa a Judá faz menção do leão em três idades: leãozinho, leão e leão velho (v.9). As três menções do leão que corresponde à idade do mesmo tem como significado três períodos diferentes na história de Israel.
a) Leãozinho. Trata-se da saída do Egito e do estabelecimento na terra prometida. Isto corresponde à formação do povo israelita como nação independente.
b) Leão. Trata-se da estruturação e domínio do reino. Corresponde ao período de apogeu da nação israelita, principalmente nos governos de Davi e de Salomão.
c) Leão velho. Trata-se do cativeiro e da decadência de Israel.
4- Duração do Reino. Cetro tem como significado bastão, ou a identidade tribal, o que corresponde ao poder legal e real. Para a tribo de Judá Deus outorgou nas bênçãos do patriarca Jacó a confirmação eterna do Reino, porém outro fator marcante além do cetro que também é encontrado no texto de Gênesis 49.10, é a afirmação da permanência do cetro “o cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés”, portanto o reino é eterno e para governar em reino eterno cabe a Jesus que é eterno (Jo 1.1).
III – O CRENTE E A POLÍTICA.
Política é a arte de governar. Política é a ciência da administração dos bens públicos e para benefícios da população. O cenário político tem perdido sua configuração original e pelo aumento da corrupção houve percas incalculáveis das virtudes que outrora eram presentes na política.
1- O cristão e a política. Alguns foram por Deus chamados para o ministério da palavra, já outros foram chamados para o ministerial sacerdotal. No Antigo Testamento os oficiais de Deus foram: profetas, sacerdotes, sábios, juízes e reis.
Profetas, para passarem a mensagem de Deus ao povo. Sacerdotes, para levarem a necessidades do povo a Deus. Sábios para transmitirem a sabedoria do alto ao povo. Juízes para governarem com precisão militar. E reis para liderar em submissão a Deus.
Assim, como no Antigo Testamento Deus usou profetas, sacerdotes, sábios, juízes e reis; Deus quer usar nos dias atuais pessoas compromissada com Ele em todos os ambitos da sociedade garantindo que as instituições: igreja, estado, família, empresa e até a escola sejam abençoados pela dimensão da graça divina.
Como carreira o cenário político é igual a qualquer outra atividade secular. Que requer desenvoltura e compromisso. Assim sendo o cristão interessado com a vida pública deverá vigiar e orar para não cair em tentação. Já se houver obreiro interessado é fundamental deixar o exercício ministerial, pois “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida” (2 Tm 2.4).
2- Deveres do cristão. O cristão tem como obrigação pagar seus impostos e no tempo das eleições participarem ativamente da votação. Porém, as obrigações não estão limitas as descrições acima, também é dever dos cristãos a submissão ao governo (Lc 20.25; Rm 23.1; 2 Pe 2.17), entretanto tal submissão só enquanto que o Estado não for contrário aos princípios bíblicos, pois se o Estado mostrar contrário aos princípios da Bíblia Sagrada nós deveremos Temer a Deus e confiar no seu agir em prol da sua Igreja.
Como igreja é de responsabilidade de cada cristão orar pelas autoridades que estão em eminência (1 Tm 2.1,2).
CONCLUSÃO
Os reis foram levantados por Deus para servirem ao Senhor por meio de ações no cenário público. Não cabe a instituição: Estado, perseguir por meio de leis a Igreja, pois a Igreja tem suas obrigações perante o Estado e o Estado tem suas obrigações perante a Igreja. Por outro lado, nós cristãos não podemos transformar a Igreja em um departamento do Estado. Tanto a Igreja como o Estado pertence ao Senhor, porém a natureza, a vocação e a missão de ambos são diferentes. Estado é Estado e Igreja é Igreja.