Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Relacionamento do cristão com o ministério no qual foi chamado

Texto: Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. II Tm 4.5

Tudo foi criado por Ele e para Ele (Cl 1.16 b). E o ser humano é a coroa da criação, criados e formados para a glória de Deus. Mas, o propósito de Deus ao criar o ser humano não se resume a adoração no campo do louvor e da oração, mas sim também, ao campo da ação. Adoração possui no mínimo três características: o cântico, a oração e a ação.

A ação do cristão corresponde à missão da igreja. Deus elegeu a igreja como sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (I Pe 2.9), portanto é missão da igreja evangelizar, ensinar, batizar e atender as necessidades dos desamparados (Mt 28.19,20; Tg 1.27). Se evangelizar, ensinar, batizar e ajudar aos necessitados é a missão do povo eleito, logo estas devem ser a tarefas executadas por cada crente.

Cabe a esposa cristã que o seu marido não é convertido ganhá-lo pelo procedimento (I Pe 3.1) e aos pais ensinar o menino no caminho em que deve andar (Pv 22.6). Tais atitudes de ser o exemplo e educar tornam os cristãos ativos a sua missão: fazer discípulos.

I – Os tipos de Chamados

Na leitura bíblica três serão os tipos de chamados encontrados; chamados das trevas para a maravilhosa luz, chamados para servir e chamados para a glorificação.
Pelos escolhidos missões nobres foram executadas.

Noé teve como missão executar a tarefa de construir uma arca e apregoar a mensagem de arrependimento.

Jonas teve como missão executar a tarefa de pregar a mensagem de arrependimento em Nínive.

Moisés teve como missão guiar, proteger, amar, em suma, liderar um povo numeroso no deserto.

Davi teve como missão firmar o reino israelita.

Elias teve como missão dentre tantas, ungir a Eliseu como sucessor.

Os doze tiveram como missão pregar o evangelho primeiro às ovelhas perdidas da casa de Israel, a curar os enfermos, a limpar os leprosos, a ressuscitar os mortos e a expulsar os demônios (Mt 10. 6-8).

II – Obra de um Evangelista

O evangelista é aquele que proclama o evangelho de Cristo. O termo evangelista só ocorre três vezes na Bíblia Sagrada (At 21.8;Ef 4.11; II Tm 4.5), Que como dom corresponde a proclamação da mensagem cristã apregoada com carisma e dedicação.

A obra do evangelista é pregar a palavra em tempo e fora de tempo (II Tm 4.2), porém a indagação que surge é como pregar?

A maneira de pregar deverá levar em conta o teor da mensagem. A mensagem do evangelista deverá ser bibliocêntrica e cristocêntrica. Pois, o livro central para a exposição do evangelho é a Bíblia e a pessoa a ser anunciada é Jesus Cristo.

Porém, a mensagem deverá ser simples e objetiva. Quem estará recebendo a instrução será um indivíduo que não é conhecedor da Escritura Sagrada.

Por outro lado, a mensagem evangelística deverá ser constantemente repetida. E toda mensagem evangelística tem como teor fundamental a mensagem da cruz juntamente com a doutrina da ressurreição. Mensagem evangelística só é evangelística com a narrativa do sacrifício perfeito.

Cerca de noventa e cinco por cento daqueles que vêm à salvação fazem através da exposição do evangelho por uma testemunha. Restando apenas cinco por cento pela exposição da mensagem realiza por outros meios, como por exemplo: pela televisão.
Esta verdade acima se torna autêntica por ser o cristão um evangelista que além de ganhar a pessoa para Cristo passa a ensiná-la. O discipulado é importante. E ao fazer discípulos o evangelista passa para a sua segunda missão a que envolve a preparação para o batismo.

Portanto, o evangelista deverá ser em tudo moderado e sofrer as aflições com paciência e cumprir o seu ministério. Para realçar a exortação ao jovem Timóteo o apóstolo Paulo assim conclui o seu ministério: combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé (II Tm 4.7).



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Relacionamento do cristão com a palavra de Deus - Bíblia

Texto: Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra. II Tm 3.16,17.

A Bíblia é a Palavra de Deus. Crendo ou não a Bíblia é a Palavra de Deus. Nela há registros de dados históricos importantes para o conhecimento da humanidade, isto é, na Bíblia há informações do passado, assim como também encontraremos relatos do presente e diferentemente de outros livros nela há importantes registros do futuro, doutrina bíblica conhecida como escatologia.

A abrangência das Escrituras Sagrada compreende os tempos da construção da vida humana: passado, presente e futuro. Esta verdade sobre as Escrituras se relaciona com o seu Autor. Deus é onipotente, onipresente e onisciente. Todas as coisas giram sobre o conhecimento de Deus. Ele sabe tudo e sobre esta verdade de saber todas as coisas, Deus revela na Bíblia, o que há de acontecer.

I – A Bíblia é inspirada por Deus.

A aceitação da inspiração das Escrituras corresponde a provas externas e internas. As provas externas são aquelas autenticadas por ciências seculares, e por vidas transformadas pelo evangelho, enquanto as internas são as provas contidas no próprio livro Sagrado.
Por inspiração da Bíblia queremos dizer que os escritores (cerca de quarenta) foram capacitados por Deus.

1- Provas Externas.

A Bíblia expõe passo a passo os impérios antigos fornecendo dados importantes para ciências como: a geografia, arqueologia, a história, a paleontologia e assim por diante.
Por mais que um cientista de tais áreas queira se opor a Bíblia em algum momento notará que a verdade dos fatos estão registrados na Escritura Sagrada. Um grande exemplo é a aceitação que a terra é esférica conforme escreveu o profeta Isaías.

Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; ele é o que estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar. Is 40.22.
Esta verdade só foi aceita no campo cientifico no século XVIII. Entretanto, o testemunho da ciência corrobora para a inspiração da Bíblia.

Outro exemplo de inspiração bíblica são as provas contidas nas vidas transformadas pela palavra de Deus.

2- Provas Internas.

Trata-se do testemunho da própria Bíblia. Pela sua unidade em que os sessenta e seis livros escritos por homens diferentes não se tornam livros diferentes, mas se complementam e simultaneamente se corroboram. Também pela sua exposição sem comparação em apresentar o que nunca tinha sido descrito no que se trata da salvação, do homem, e principalmente dentre tantos assuntos do próprio Deus. E por fim, das profecias e seus cumprimentos.

Outra prova interna de grande importância é o testemunho de Cristo, tanto em palavras, obras e ressurreição.

II – O valor da Bíblia.

Nas cartas de Paulo ao jovem Timóteo a informações a respeito do que não se pode ensinar advertir a alguns que não ensinem outra doutrina (I Tm 1.3) e também a presença da abordagem legalista e rebelde desconsiderando a autoridade da Bíblia.

1- O relacionamento com a Bíblia Sagrada possui um custo.

Quando decidimos seguir o caminho que é definido pela Escritura passamos a ser alvos de perseguições e aflições (II Tm 3.11).

2- O relacionamento com a Bíblia provoca conflito.

Entre a antiga maneira de viver e ao permanecer naquilo que aprendemos e de que fomos inteirados (II Tm 3.14).

Na carta do apóstolo Paulo aos romanos a citações no que corresponde a características do velho homem: murmuradores, aborrecedores, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe, infiéis aos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis e sem misericórdia (Rm 1. 30,31).

Porém, a nova vida em Cristo é movida pelo fruto do Espírito que são: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Gl 5. 22).

3- Valores proporcionados pela Escritura Sagrada.

A Escritura é proveitosa para ensinar, ou seja, proporcionar o conhecimento que outorga libertação e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8.32).

Há proveito na Bíblia para redargüir. Aqui tem como missão central condenar atos que desagrada a Deus.

Ao ser redargüido o indivíduo poderá ser corrigido, isto é ser restaurado ao estado correto. Por isso, que Jesus na oração sacerdotal pediu ao pai para nos santificar na verdade, pois a tua Palavra é a verdade (Jo 17.17).

E por fim, ao sermos conhecedores da verdade, e a cada dia buscarmos a santidade assim estaremos prontos para sermos instruídos em justiça. Ser instruídos em justiça é além de tudo viver para Deus.

A palavra de Deus proporciona libertação ao mais vil pecador de todos os homens, por isso a Bíblia não é um livro simples como a filosofia dos grandes pensadores que na sua época (dos filósofos) são autênticas, mas em outro período não passam de simples pensamentos. E para peroração assim escreveu João Calvino: leia os escritos dos maiores oradores e filósofos do mundo, reconheço que te atrairão, deleitarão e comoverão as tuas afeições de modo maravilhoso; mas se te dedicares, em seguida, à leitura da Palavra de Deus, ela te afetará tão poderosamente, entrará tão profundamente no teu coração, tomará posse de tal maneira dos teus sentimentos mais íntimos, que o poder da oratória e o da filosofia parecerá como nada em comparação com ela.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Relacionamentos Frutíferos

Texto: Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e do Senhor Jesus Cristo, esperança nossa, a Timóteo, meu verdadeiro filho na fé: graça, misericórdia e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e da de Cristo Jesus, nosso Senhor. I Tm 1.1,2

Como indivíduos racionais vivemos sobre a harmonia produzida dos relacionamentos que mantemos no cotidiano. A verdade é que a sociedade moderna se apega e cultiva relacionamentos impróprios ou relacionamentos por interesse. Há pessoas que se relacionam somente com aqueles que poderão em algum momento serem possíveis soluções de problemas.

Mas, todo ser humano deverá analisar quais os tipos benéficos de relacionamentos. E para isto é necessário que o indivíduo tenha relações com pessoas preparadas. Como exemplo a relação com um mentor, tendo como exemplo clássico os apóstolos com o Senhor Jesus e Josué com Moisés. Pois, o relacionamento com o mentor proporciona visão de vida. Andar com pessoas que possuem objetivos certos nos possibilita a vivermos sobre a busca de realizações de planos e a criações dos mesmos. Por conseguinte é necessário relacionarmos com indivíduos que comungam dos mesmos ideais que defendemos.
A carta de Paulo a Timóteo demonstra tipos fundamentais de relacionamentos e como nos devemos comportar com a manutenção dos mesmos.


I – O relacionamento com o pai na fé.

O apóstolo Paulo endereça a carta a Timóteo e o chama de meu verdadeiro filho na fé ( I Tm 1.2), sendo assim os desejos de pai para filho é identificado nas palavras; graça, misericórdia e paz. Quem é o pai que não deseja aos seus filhos o dom gratuito de Deus, a ação compassiva em atos de misericórdia de Cristo para os seus filhos. Assim como Paulo possuía de Deus a graça, a misericórdia e a paz, assim o mesmo desejava isto como elementos presentes no ministério de Timóteo, que ainda como jovem já era obreiro fiel e exemplo para os demais (I Tm 4.12).
Além dos desejos presentes na saudação Paulo tinha total confiança em Timóteo (v.3), por este ter ficado em Éfeso e combatido as heresias. A confiança é conquistada por aqueles que obedecem.
Como mentor do jovem Timóteo nos versículos 18 e 19 do primeiro capítulo, Paulo recomenda ao jovem obreiro a ser militante segundo o chamado de Deus.
Para militar segundo o chamado de Deus Timóteo deveria valorizar o dom que tinha sido confirmado através de profecias (I Tm 4.14). Sem permitir o desprezo de outros a sua baixa idade pelos padrões da cultura judaica (I Tm 4.12). Para os judeus quando um homem alcançava idade de 40 anos chegava se ao período de entendimento e já aos 50 anos a idade de aconselhamento. Logo, a descrição indicada é que Timóteo possuía idade abaixo de 40 anos.
Porém o auge dos conselhos do apóstolo está no versículo 16 do capítulo 4, tem cuidado de ti mesmo e da doutrina, persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.

II – Relacionando com a sociedade.

É dever de todo cristão orar pelas autoridades, fazendo pelos mesmos deprecações, ou seja, súplica de perdão; orações, ou seja, mediando por proteção; intercessão, ou seja, pedido em favor do sucesso das mesmas e além de tudo fazer ações de graças por todos os homens. Com os seguintes propósitos termos uma vida quieta e sossegada em toda piedade e honestidade (I Tm 2.2) e também pela salvação de todos os homens (I Tm 2.4).

III – Relacionando com a igreja.

Por congregarmos em uma determinada igreja, comungamos com a visão de trabalho e também com a linhagem teológica ensinada e propagada por esta assembléia. E ao fazermos parte buscamos propagar os ensinamentos bíblicos cada um conforme o seu chamado. Porém, a alguns que desejam o episcopado (I Tm 3.1). Que Paulo considera excelente obra deseja e assim como instrutor Paulo expõe as qualificações indispensáveis para a liderança eclesiástica: irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos fiéis, não soberbo, não iracundo, não dado ao vinho, não espancador, não ganancioso, dado a hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperado, retendo firme a Palavra, capaz de admoestar com a sã doutrina e capaz de convencer os contradizentes (I Tm 3. 2-6, Tt 1.5-9).

IV – Relacionando com a família.

Como cristãos devemos cuidar primeiro da nossa família (I Tm 5.8). Proporcionando para os mesmos cuidados médicos, sociais e principalmente espirituais.
No cotidiano tornou se natural as separações de casais, as constantes brigas, o aumento das doenças venéreas, a gravidez indesejada, os abortos provocados e o aumento de filhos órfãos de pais vivos. Todos estes fenômenos possuem como motivo básico na maioria das vezes o sexo antes ou fora do casamento. E cabe ao cristão ser marido de uma mulher sendo ele obreiro ou não. Não é permitido ser um namorador. Mas é um dever ser fiel (I Tm 3.2).
E por fim, cabe ao cristão ser excelente administrador da sua casa (I Tm 3.5).

Para obtermos relacionamentos frutíferos cabe a cada indivíduo o reconhecimento de que não somos melhores do que os outros e nem tanto piores. Todos os homens são dependentes de Deus e temos a mesma origem. Mas, é pertencente aos seres humanos o cultivo das relações. E para isto cabe a cada um responder as seguintes perguntas. Com quem eu ando? Onde ando? O que faço? E com quem faço? Estas e outras perguntas ao serem postas em prática da maneira correta proporcionaram relacionamentos frutíferos.